Our time in Eternity escrita por T F Marttin


Capítulo 1
Extra - Nossa vez na eternidade


Notas iniciais do capítulo

Bonjour, apenas uma notinha.
A fanfic se passa dois anos depois do final da once in the eternity.
Boa leitura.



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❄❆❄

Os cálidos raios da doce e ensolarada tarde adentravam todas as vidraças e janelas, agora abertas, do colossal castelo daquele reino. O sol beijava, gentilmente, o gelo sobre os telhados, e refletia nele lindas cores, e fazia seu frio azul reluzir como diamante e safira. Apesar de ser primavera, o castelo do reino de Arendelle sempre estava coberto de neve e fractais de gelo, isso devido a seus incomuns governantes serem dotados de magia, a magia que criava neve e gelo. Apesar de já ter sido uma enorme dor de cabeça um dia, hoje a neve só traz a diversão das crianças e adultos, que sempre estavam aproveitando-a.

E, como de costume, atrás de uma enorme pilha de papéis, se encontrava ela, a rainha do gelo e neve, Elsa de Arendelle. Tão bela como sempre fora, os cabelos presos em uma trança lateral, cheios de pequenos flocos de neve, vestido azul oceano com preto, como os que ela costumava usar, já que ela havia voltado a usar mais vestidos feitos por suas costureiras. Isso as deixavam felizes, felizes em poder fazer um vestido para sua rainha, que também ficava feliz. Certamente não poderia deixar de dar seus toques pessoais, colocando nele cristais de gelo e fractais. Ela se remexeu um pouco na cadeira, arrumando sua postura, com um semblante concentrado e olhos azuis topázio, fixos em cada papel que ela assinava. As frias mãos da rainha já não precisavam mais de luvas, e em seu coração agora habitava mais luz e amor do que trevas e medo.

Ela solta um suspiro e se joga contra o encosto da cadeira, olhando para o teto e se perdendo nele por alguns segundos.

“Há quanto tempo estou aqui?” pensara a rainha, sentindo seu estômago roncar de fome e notando que não conseguia mais se concentrar no trabalho. Era um serviço chato e tedioso, que só ela sendo rainha, uma política, devia fazê-lo, pelo bem de seu povo, mas... Ela não poderia negar que a parte política sempre fora a que ela menos gostava. Delicadamente, girou seus pés e virou-se para levantar, indo em direção à janela, olhando o tempo passar do lado de fora. Havia pessoas se divertindo em seu ringue de patinação, crianças brincando com pilhas e pilhas de neve, e mais diversão, mas em meio a todo esse paraíso de alegria, ela estava lá, trabalhando para que eles sempre pudessem desfrutar de uma boa vida, para que seu povo fosse feliz.

Vê-los felizes a fazia bem, ela se sentia realizada e até deixava um sorriso lhe escapar no canto da boca. Mas algo chamou sua atenção, ela notou um casal trocando doces olhares, sentados em um banco no pátio, e logo viu mais outro. Só então notou que, além das crianças, havia muitos casais entrelaçando suas mãos e trocando beijos e carícias. Não pôde deixar de ruborizar na hora, e sentir seu coração palpitar. Instintivamente seus dedos correram ao anel de ouro maciço em sua mão, no dedo anelar. Ela passou suavemente a ponta destes sobre a jóia, e viu gravado nele “Believe”, no qual não pôde deixar de imediatamente pensar em seu amado.

Sim, pois a rainha agora era uma mulher casada, assim como Anna, que havia finalmente encontrado seu verdadeiro amor em Kristoff, seu amigo, companheiro e namorado, desde que este a havia salvo, junto de sua irmã, do eterno inverno que acidentalmente a rainha provocara, tempos atrás.

Ela sorri ao pensar em seu amado, o jovem que lhe roubara o coração, que alegrava seus dias, manhã após manhã. Rapidamente vasculhou em meio ás pessoas no pátio pela presença do rapaz, afinal, ele sempre estava lá, ou na vila, e sempre cercado de crianças. Ele amava criar guerras de neve e fazer bonecos de neve com elas. Não demorou muito, e a loira pousou seus olhos sobre o rapaz, de cabelos esbranquiçados e sorriso ardente como o verão, Overland Frost, ou como era mais conhecido, Jack Frost. Como era esperado por ela, ele estava cercado de crianças, criando guerras de neve, e parecia estar ganhando. Jack agora usava roupas diferentes, uma espécie de terno branco, com punhos e gola azul, botões dourados e, por baixo, um colete azul escuro e uma camiseta branca, calça marrom e, como de costume, já havia retirado seus sapatos, que normalmente são pretos ou marrons também. Essa era, provavelmente, uma das mudanças mais notórias do ex-guardião. Agora, ele não usava mais seu costumeiro moletom azul e calças marrons, embora seu cajado ainda fosse seu mais fiel companheiro e estava sempre em suas mãos.

A rainha logo viu, também, Anna se aproximar dele, junto com Olaf e Sven, que posteriormente entraram na brincadeira, e já estavam em meio à pequena guerra. Era de dar inveja, Elsa devia confessar. Queria estar com eles, brincar com eles, e poder ser mais livre, mas já era acostumada com a rotina, então não se lamentaria por tal futilidade, afinal, esse era seu dever.

Vê-los já a fazia se sentir feliz, mesmo sem estar lá. Jack poderia não saber, mas mesmo que ela não fosse fisicamente lá, sempre estava o observando da janela, e sorrindo de suas brincadeiras. Era um costume que tinha adquirido desde que estavam juntos; enquanto presa em sua rotina, sempre o observava daquela janela, observava sua luz, a luz que invadiu sua fria existência e, assim como Anna, a encheu de calor e lhe deu tanto amor quanto ela não recebia há anos. Era seu hábito, e por mais forte que fosse o desejo de se desfazer dele, não conseguia, ela amava olhá-lo pela janela, adorava ver seu sorriso branco como floquinhos de neve, seus olhos de azul cristal, os cabelos tão brancos como a neve, e finos como linho, a forma como ele fazia todos à sua volta darem gargalhadas, e trazia a luz de dentro de si para fora.

Às vezes se pegava perguntando, por que Jack a havia escolhido ao invés da imortalidade? O que uma fria rainha tinha de mais? Jack não era fútil a ponto de querê-la apenas por beleza, ele vivera séculos e séculos, e ela apostava com todas as suas fichas que ele com certeza já havia visto donzelas mais encantadoras do que ela, e de personalidade bem mais sutil, então por quê?

Ela devia admitir, ela era a mulher dos papéis, e Jack o do público, quem os olhasse de fora podia não entender a relação entre eles, já que eram como Yin e Yang, de tão diferentes, tão desiguais; Jack era como o Sol, e ela a Lua, como o Verão e o Inverno, dois pólos diferentes, mas só ela sabia como Jack a completava de forma única.

O reino havia se tornado diferente desde o casamento deles, Jack a cada dia mais se tornava amado pelo povo, e admirado como rei. Ele não comandava, nem gostava do serviço, e muito menos do título, mas tinha um jeito arrebatador de conquistar corações. Ela era responsável pela parte burocrática, e ele a de lidar com pessoas, e fazia esta parte que Elsa não conseguia com perfeição. Ele realmente havia nascido com o dom, o carisma para isso, ser gentil e amável com qualquer um. Não que ela não fosse, muito pelo contrário, só não sabia demonstrar da mesma maneira que ele e Anna, que tinham uma relação bem próxima, tanto que às vezes causava uma pitada de inveja. Elsa sempre ria, nunca demonstrando isso publicamente, afinal sabia que era apenas o jeito extravagante de sua irmã em ação, ela sabia que Anna era loucamente apaixonada por Kristoff, assim como ele por ela, e que como ela mesma dizia, Jack era como um “irmão” que nunca tiveram.

A rainha suspirou ao sentir os raios ardentes do sol de fim de tarde lhe roçar a pele. Os raios alaranjados cobriam o céu, e dava a ela uma visão linda e exuberante de seu reino. Como os dias passavam rápido em Arendelle, dias sempre cheios, que mal lhe tinha tempo para notar o quão rápido passava. Por fim, fechou a janela e organizou seus papéis e documentos, como sempre fazia antes de sair, deixando-os para o dia seguinte.

Ao fim do dia, seu querido Frost sempre se pegava conversando com sua amada rainha do gelo, dividindo com ela tudo, e permitindo que ela dividisse com ele coisas simples, como fora seu dia, ou até mesmo sobre seus sentimentos. Elsa tinha Anna, sim, mas havia coisas que só Jack podia ajuda-la, só o ex-guardião podia dar a ela seus braços confortáveis, e o tom macio de sua voz acolhedora. O Frost vivia cada dia com uma intensidade que ele nunca vivera antes, amava o começo e o fim do dia, e ao término dele, tinha o prazer de poder dividir com a sua doce loira algo só deles, podia mostrar a ela seu amor, e sentir sê-lo retribuído, poderia ser visto e não se sentia mais só.

Mesmo seus corpos sendo um pouco mais frios que a maioria dos humanos, ele nunca se sentia tão quente quanto ela o fazia sentir, quando estava em seus braços. Ela o fazia quente, e despertava nele algo tão humano que ele nunca conhecera, mas que agora tinha esse sentimento, sempre que via sua amada trajando pouca roupa.

Desejo. Um desejo tão intenso que o consumia, e ele, com todo seu jeito rebelde de ser, conquistava o coração de sua amada todas as noites, e a satisfazia, enquanto sentia seu corpo se aquecer contra o dela, levando-os a uma conexão única. O gelo podia ser seu elemento, mas eles eram quentes e calorosos, quentes em seu profundo desejo e amor, um pelo outro. Ela fora seu motivo de acreditar que ele tinha um propósito maior, foi a razão que o fez desistir de sua imortalidade, sempre fora ela, e seus amáveis olhos azuis. Ele amava ser guardião, as crianças sempre foram sua vida, e seu dom sempre foi voltado a elas, mas embora sentisse falta de seus amigos guardiões, e de ser um guardião, ele a tinha escolhido, acima de tudo.

E sempre que se levantava para mais um dia, ele tinha o deslumbre de poder ver sua amada loira dormir como o anjo que era, sob o fino lençol que os cobria. Olhava em sua aliança, gravada “Love”, que o lembrava e reafirmava em seu coração que tudo que ele havia feito tinha valido a pena, que ela tinha feito tudo valer a pena.

Elsa havia plantado no coração do ex-guardião amor e carinho, que regava todos os dias com seus sorrisos e carícias, e ele havia semeado dentro de sua amada a sua luz e mais amor, que crescia um pouco a cada dia, embora ela ainda não soubesse disso...

Ainda.

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Notas finais do capítulo

Olá pessoas, Nanda novamente...
Sei que andei sumida e sem publicar nada na minha pagina, sorry a quem me segui e tal, e que agora entrei na faculdade e já sabem ne? cheia de trabalhos e provas, mas de toda forma, fica minhas sinceras desculpas aqui.
Bom, eu publiquei agora esse capitulo por que nunca me senti totalmente satisfeita com o final da fanfic, sim eu gostei e tudo mais, porém, eu sempre achei que faltava um '' toque '' no final dela. então eu decidi fazer algo que a tempos desejava fazer, porém, já tinha dado fim na historia então achei melhor deixa de mão... mas os comentários pedindo segunda temporada da fic e as pessoas sendo tão amáveis comigo me comoveram, dai decidi fazer esse extra, para mostrar como ficaram nossos amados Jack e Elsa.
Esse capitulo e dedicado e todos vocês, e principalmente aqueles que comentaram e mandaram mensagem pedindo segunda temporada, confesso que só me animei mais para faze-lo devido a um comentário que recebi esses dias, que foi tão cute cute, que me empolguei a lord hahahaha!
Bom, não tenho uma curiosidade para deixar aqui, apenas uma nota de autor a quem leu a ultima frase... entendam como quiser! Apenas digo que Jack e Elsa são casados a dois anos...
E queria dizer também que estava planejando publicar uma fanfic original, mas não me senti pronta. Ela me veio em um nível totalmente diferente do que to acostumada a usar, e requer muito estudo sobre historia, então talvez eu publica algo esses tempos, não sendo original, mas talvez de algum anime/livro/filme/seriado.
obrigada pela atenção, bjs da Nanda ♥