Jogo de sedução: A aposta. escrita por Heet


Capítulo 2
Meu trabalho, meu território.


Notas iniciais do capítulo

Em busca de melhorar minhas cenas e situações pra vocês, tentei dar um upgrade nos meus diálogos. A partir de agora utilizarei o clássico travessão. Quero que vocês me digam se melhorou na descrição dos diálogos e o que você acharam disso.
Me respondam uma coisa. O que vocês estão achando do nosso Fred até agora?
Não esqueçam de comentar e se gostarem, por favor indiquem.
Boa leitura!



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Desde que comecei a ficar mais velho, tudo que eu sempre quis foi ser independente, e sabia que teria que batalhar muito pra conseguir isso. Fiz faculdade de jornalismo, porque como qualquer um pode perceber, tenho uma certa habilidade em me comunicar com outras pessoas. Eu precisei apenas de alguns bons contatos femininos. Vai por mim, por mais que eu questione a capacidade que o sexo feminino tem de comandar algum empreendimento, é indiscutível o poder de influenciar que a mulher possui. Então eu conheci algumas damas, que me levaram a outros contatos, um telefonema aqui e ali, uma entrevista e pronto, consegui uma modesta vaga de redator na Guia do Homem Moderno, uma revista feita por homens, que fala com homens. Depois de um tempo, meu talento foi notado, ganhei algumas promoções, e como era de se esperar, liberdade, independência e mulheres gatas vieram atrás de forma natural.

O ambiente de trabalho é sempre agradável. Temos os caras solteiros como eu, que gostam de curtir e estão atrás da tal independência que eu falei, os caras casados, que estão sempre reclamando de ter que chegar cedo em casa, obrigações com as suas mulheres e desejando levar a mesma vida que os solteiros levam e as secretárias, de todas os tipos e tamanhos... Ah, e claro, tem a minha secretária, a Maria. Ela não é como qualquer secretária, as vezes eu acho que se essa coisa de alma gêmea existe, a minha é esta simpática senhora baixinha, de 42 anos e um pouco cheinha...

– Bom dia senhor Frederico - Disse uma sempre animada Maria, fazendo um pouco da dor de cabeça vinda da ressaca ecoar novamente.

– Bom dia Maria! Pra quê me chamar de modo tão formal? Já sei, você tá com medo de que as pessoas descubram o nosso caso de amor e esse deixe de ser o nosso segredinho. - Repliquei em tom galanteador apalpando sua cintura.

– Ai seu Fred, assim você me deixa sem graça.- Respondeu soltando uma risadinha abafada pela mão em sua boca, e com a outra batendo na minha pra que eu a retirasse de sua cintura.

– Maria, me sinto desapontado porque você nunca acredita na minha palavra. Mas faço questão de repetir, se um dia você não quiser mais o seu marido, me caso com você, e serei seu escravo fiel eternamente.

– Ai meu Deus, assim eu sinto até um calor, quem dera se fosse verdade, seu danadinho!... Já estava perdendo a noção do tempo, o Adriano mandou que você vá imediatamente a sala dele, precisa fazer um comunicado, e a garota ruiva da sala ao lado é a sobrinha de um dos acionistas, então já sabe, nada de chegar perto dela.

– Ruiva? Você sabe que eu nem gosto disso Maria... Tá bom, só um pouquinho vai, e já sei, parente de acionista, longe de mim.- Disse dando um sorriso descarado. - Sabe o que significa o Adriano me chamando na sala dele né? Promoção minha rainha! E assim que eu for chefe disso tudo aqui, você governará soberana sobre todos esses otários. Um beijo minha deusa!

Existe ditado que diz, "onde se ganha o pão não se come a carne". Pode até servir pra alguém, mas se a carne for macia e suculenta, por que não? Não vejo nada demais em um pouco de diversão, ou balançar algumas gavetas da minha sala com uma secretária de vez em quando, afinal elas são tão prestativas! E é exatamente nessa parte que a Maria me ajuda. Ela, com um jeitinho único e sutil me livra de todas as mulheres, secretárias ou não, que são um pouco chicletes e fazem questão de ficarem me procurando depois de saírem comigo. Me fala se essa Maria não caiu do céu?

– Bom dia meu brilhante editor. - Me recebeu um Adriano sorridente.

– Bom dia chefe! Ótimo dia pra grandes surpresas! - Respondi confiante em minha promoção.

O Adriano é o tipo de chefe que elege um funcionário e confia cegamente nele. E o sortudo da vez sou eu. Apesar de qualquer brincadeira e camaradagem que possa existir entre nós, eu sempre soube muito bem o meu papel como protegido e as responsabilidades que isso implica.

– Exatamente meu caro. Hoje é dia de surpresas, e eu tenho uma que com certeza você vai adorar. Algo inovador, impensado, que vai mudar a sua forma de trabalhar completamente. - Exclamou um entusiasmado chefe.

– Cara, exatamente o que eu penso, inovação! Eu sei que você quer fazer suspense, mas a verdade é que me sinto muito feliz e lisonjeado com esse presente, essa promo...

Antes que eu terminasse de revelar que já sabia de suas reais intenções, entrou pela porta uma mulher de mais ou menos 1.75 metros de altura, com uma postura confiante, cabelos longos e loiros, no rosto uma expressão de poder e que, com toda sua linguagem corporal exalava sensualidade e feminilidade... O dia não podia ficar melhor!

– Frederico, quero te apresentar a senhorita Thalita. - Exclamou um ainda mais entusiasmado Adriano.

– Minha dama, é um prazer.- Disse beijando sua mão, e em seguida voltando-me para o meu chefe. - Adriano, eu não acredito que você me surpreendeu dessa forma, uma promoção e uma assistente particular, não sei se mereço tanto!

– O prazer é todo meu Frederico. - Respondeu Thalita, soltando um risinho sem graça.

– Espera um pouco Fred, acho que você entendeu alguma coisa errada...

– Não precisa ficar com vergonha, eu aceito essa promoção. Sei que é um cargo difícil de ocupar, mas você sabe que eu me preparei a vida toda pra isso. - Respondi tentando parecer ao menos um pouco modesto.

– Frederico, não tem promoção nenhuma. O que eu quero te dizer é que esta senhorita que acabei de apresentar se chama Thalita Accioli, e ela é a nossa nova editora chefe da Guia do Homem Moderno.

– Isso quer dizer que... - Tentei completar alguma frase.

– Exatamente Fred. A Thalita é a sua nova chefe.


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