Foxy x Bonnie: O novo começo. escrita por Unicórnio gordo


Capítulo 8
Oh-oh...


Notas iniciais do capítulo

OOOBAAA! Cheguei meus amors



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Bonnie POV

Na manhã seguinte, ainda estávamos deitados eu e Foxy. Abraçados, alias. Quando do nada... Sim. Ela. Mangle, aquela raposa demoníaca. Ela simplesmente arrombou (!!!!!!) aquela maldita porta e voou para cima de nos dois, toda contente e espalhafatosa. Naquela hora eu não sabia se gritava ou se jogava aquela criatura no chão. Ela me olhou com uma cara de boba, tentando parecer dócil.

_Bonnie..._ Mangle disse enquanto lentamente erguia a ponta do lençol que nos cobria. Ah droga. Nenhum de nos dois havia tido tempo para vestir algo..._ você está... No seu padrão de fábrica...?

Juro que não sabia como responder àquela idiotice que ela havia dito. Ou melhor... Como ela teve uma reação tão natural ao... Ver a mim e o queridinho-da-tia-Mangle-endiabrada do senpai dela no seu “Padrão de fábrica”?!? Okay... Ela é REALMENTE inocente. Isso acabou sendo uma vantagem. A não ser que ela fique curiosa e chegue para a Meredith e a pergunte sobre “O que são aqueles sons esquisitinhos que o Foxy senpai e Bonnie fazem às vezes?”. Se bem que... A essa altura do campeonato aquela segunda cabeça dez vezes mais inteligente deve ter aberto a boca. Ou não. Mas espera... O que eu estava fazendo pensando em todas aquelas coisas estupidas enquanto uma ~coisinha que só Deus sabe de onde apareceu~ ficava lá encarando alguém de propriedade somente e apenas minha (m-i-n-h-a!!) -e a mim inclusive- numa situação tão incrivelmente constrangedora??? Certo... depois de voltar a mim, agi com toda a educação possível, pedindo “gentilmente” à Mangle para que ela se retirasse dali:

_SUMA DAQUI SUA COISA INTROMETIDA!! ANDA LOGO!! NINGUEM TE QUER POR AQUI! ANDA, DESAPAREÇA!! VOCÊ TEM EXATAMENTE CINCO SEGUNDOS!!!_ disse com a mão aberta apontada pra ela, marcando a contagem.

_M-Mas..._ senti um leve medo em sua voz. Haha, eu a traumatizei. Sou o melhor homem do mundo.

_Quatro..._ abaixei um dedo_ Vamos queridinha, coopere com o Bonniezinho aqui. Você não quer que “aquilo” aconteça com você de novo... Quer?_ fingi um sorriso malvado e franzi as sobrancelhas. Foi tiro e queda. A raposinha sumiu dali na mesma hora. Ri de mim mesmo, e voltei a me deitar. Foxy abriu lentamente os olhos, esticando os braços.

_O que houve?

_Nada. Só a Mangle vendo coisas que não devia.

_Tipo...?

Meu olhar percorreu seu corpo e ele entendeu.

_Mas está tudo bem. Só bastou ameaçar destruí-la mais uma vez que ela nem pensou duas vezes.

_Nossa, Bonnie. Seu maligno._ ele gargalhou sarcasticamente.

_Sim, treinei com você, senhor “arranca-lobos-frontais”.

Ele fez carinha de triste. Claro que era manha. Mas... Assumo que dessa vez peguei pesado. Esse é um acontecimento nada bom, que Foxy odeia ter que lembrar.

_Ohhh... me desculpe._ me aproximei dele e o enchi de beijinhos, arrancando-lhe um sorriso.

Quando finalmente nos vestimos, fomos até a cozinha, onde Meredith se servia com uma xícara de chá, enquanto a “Lolita menor” estava sentada num daqueles clássicos bancos de mais ou menos um metro de altura que ficam em volta de ilhas de cozinha, de braços cruzados e olhando pra mim com uma cara emburrada. Não sei se ela ia pedir desculpas. Só sei que pelo menos eu não ia (Maior que meu orgulho, só o drama que eu faço na maior parte das vezes...). ela então deve ter decidido parar de birra (provavelmente tomou a mim como exemplo de maturidade total), me dizendo:

_Desculpa, Bonnie. Não queria ter te irritado.

_Nem... Também não quis ter te assustado aquela hora._ Não, isso não foi um pedido de desculpas. Lógico que não.

Ela sorriu. A ruiva se aproximou da mais nova, alisando o topo de sua cabeça.

_Hoje é o primeiro dia de primavera. Mangle queria fazer uma surpresa pra você dois, por isso foi acordá-los mais cedo.

Okay... Isso conseguiu me deixar um pouco mal. A magoei justo quando ela tinha uma boa intenção. Por que eu sempre faço isso sem querer? A garotinha de pouco mais de um metro e meio (ou seja lá qual for a sua altura) quase tombou do banquinho onde estava confortavelmente sentada, e caminhou até mim, abrindo um largo sorriso ao contar a tal surpresa:

_Nós vamos para a praia!

Não tinha ideia do que aquilo significava. Sim, sei que praia é aquele lugar cheio de água, areia seca que tosta os pés, gente suando e exibindo roupas de banho extremamente sem noção. E claro, os quiosques de falsos havaianos que usam um colar de flores artificiais e ficam berrando aloha pra todo quanto é canto daquele monte de gente, enquanto vendem aquelas comidinhas sem graça por um preço alto(até demais). Mas, pessoalmente não me lembro de ter ido a um lugar assim. Nem mesmo quando eu era pequeno (como quem me conhece já sabe, não tive uma infância nem um pouco boa. Pelo contrário...). Seria a minha primeira vez de ficar horas deitado sobre uma toalha, sob um guarda-sol gigante e colorido, com a cara cheia daquela substancia pegajosa e incrivelmente gelada, mais conhecida como protetor solar. “Ah, mas Bonnie, como você sabe tudo isso sobre a praia e blá, blá blá?” porque simplesmente fiquei vinte anos tendo que aturar criancinhas filhas de gente endinheirada que ficavam se exibindo contando sobre suas lindas casas de veraneio. E alguns simplesmente falando sobre o que viam na TV. Estereótipos e mais estereótipos sobre surfistas, dançarinas, luaus e mas um monte de porcarias que lhes eram empurrados todas as noites quando se reuniam com a família na sala de estar.

_Oh, que legal!_ sorri de volta, com um ligeiramente falso entusiasmo. Que horas vamos?

_Daqui a pouco! Anda, vão se arrumar!_ A coisinha começou a empurrar Foxy e eu até a sala, onde algumas sacolas com nossos nomes escritos nelas estavam dispostas sobre o sofá._ Compramos isso pra vocês dois ontem!

Peguei aquelas embalagens brilhantes com uma das mãos, enquanto puxava os cabelos do pirata com a outra. Pobre de mim. Sequer tive tempo de tomar café. Nem de tomar banho, nem de nada. Mas enfim, entramos mais uma vez no local de onde havíamos acabado de sair. Enquanto nos trocávamos, finalmente pude perceber o quanto o corpo de Foxy era bonito. De verdade, nunca o havia percebido completamente. Ele olhou pra mim, e disse:

_Bonnie...

_O quê?_ balancei a cabeça, e ele levou uma das mãos até a boca.

_Você... Tá babando._ ele riu.

_Oh! Que coisa!

Cinco minutos depois saímos dali. Não sei quem estava mais esquisito. Provavelmente Foxy. Ele estava de bermudas e vestindo uma regata um pouco esportiva demais. Já eu parecia um magrelo que acabou de entrar numa academia mas já comprou aquelas roupas que são feitas para exibir os músculos, que só o treinador sabe se vão chegar ou não. Assim concluo que não tenho anatomia pra usar isso.

Meredith e Mangle estavam paradas na entrada. A mais velha com um vestido azul claro, um chapéu de palha enorme (sendo ruiva natural, não me admira que sua pele seja sensível) e óculos escuros. A pequena, por sua vez, estava com um vestidinho rosa com alguns frufrus, o cabelo num rabo-de-cavalo, com a franja presa por um grampo. Andamos nós quatro, até a saída do prédio (foi maravilhoso ter que descer sete andares com um guarda chuva gigante em mãos... Sério.), e mais uma vez fomos forçados a caminhar mais cinco quadras a pé, já que Meredith tinha dinheiro para comprar um apartamento e todas as roupas caras que quisesse, mas não dinheiro suficiente para comprar um carro. Metade da cidade estava ali, só exibindo chinelos, roupas e penteados seguindo a moda da nova estação. Até os outros homens entraram nessa. Depois disso, decidi para de me sentir tão estranho por... Pois é.

Quando chegamos ao nosso destino, Mangle arrancou seu vestido, revelando um biquíni extremamente e exageradamente infantil. Acho que ela teve um deslize na parte de cima, quase fazendo um top less (Se bem que, isso estaria certo se ela tivesse o que mostrar, não é? Claro que não foi por ciúmes que diminuí algumas coisas no corpo dela. Só queria que se adequasse mais a um local para crianças pequenas.). Meredith, por sua vez vestia um maiô comportado. Pelo menos alguém tinha bom senso por ali. Foxy e eu armamos o guarda sol e as cadeirinhas (acho que é assim que se chama), enquanto a ruiva estendia algumas toalhas enormes sobre aquela areia quase branca. Ela então se virou, puxando Mangle pelo braço(a menor dizia que estava louca pra nadar. Que eu saiba, robôs não são à prova d’água...), e indo até um quiosque. Esse pelo menos aparentava alguma decência, algo que seria difícil de achar num lugar daqueles. O pirata já havia arrancado a sua regata e se sentado sobre o sol, arrancando suspiros de cada maldita menininha de primário que passava por ali. Já eu... pelo menos tenho saúde (*cof*cof*) ...

Depois de uma hora, eu não conseguia sentir o gosto de nada além de camarões. Estava morrendo de sede, cansado de não fazer nada e com a leve impressão de que meu cabelo não aguentaria muito tempo naquele ambiente. Quando, de repente... algo me chamou MUITO a atenção. Urso e pata (sei que aquela coisa era pra ser uma galinha, mas dane-se. Chamo ela até de tiranossauro se quiser), andando pela praia, provavelmente procurando a mim e Foxy. Chica me assustou um pouco. Estava sem os dois antebraços, e com a mandíbula pendendo, sendo segurada apenas por um resto de tecido. Freddy estava menos quebrado, só com algumas partes danificadas. Já percebi quem andou bancando a difícil nesse tempo em que estivemos fora...

Os dois andaram até nós quatro, com cara de bravos. Em seguida, “Frederico” (um apelido que dei a Freddy. Muito carinhoso, não?) puxou Mangle e Foxy pelo braço. Eu caminhei atrás deles, protestando:

_O que vieram fazer aqui?

_Viemos comprar abacate pra fazer guacamole pra comer com nachos no cinco de mayo, seu idiota. O que parece? Viemos atrás de vocês três. Leva-los de volta para a pizzaria, de onde nunca deviam ter saído.

Mangle logo começou com o choro escandaloso de sempre:

_NAAAAAAAH!! EU NÃO QUERO VOLTAR!! QUERO FICAR COM MEREDITH!!_ por incrível que pareça, algum fluido muito parecido com lagrimas começou a escorrer por seu rosto_ ME DEIXEM AQUI!

_Não, sua raposinha estupida._ cacarejou a Chica.

_P-Posso ao menos me despedir dela?_ Mangle respondeu limpando o rosto.

Freddy deu de ombros e disse que tanto faz. A pequena logo se soltou e correu, voando em direção à ruiva e abraçando-a. consegui ouvir algumas palavras abafadas:

_Não queria ir embora... Mas tenho medo do que possam fazer comigo se eu não obedecê-los... Só... Não se esqueça de mim. Por favor...

_Claro que não, querida... Nunca poderia esquecer alguém como você. Sempre vai ficar aqui, dentro do meu coração. Pra sempre.

_Você promete...?

_Eu juro.

_Oh, muito obrigado... também lembrarei de você todos os dias!

_Eu também._ a ruiva a tranquilizou, beijando seus lábios rosados por uma ultima vez._ até qualquer dia desses.

_Até... só deixe-me..._ Mangle puxou a mais velha para mais perto, dando um daqueles beijos que só são dados quando se gosta de verdade de alguém (assumo que isso me fez lembrar da primeira vez que beijei meu pirata...). Pois é... Como eu já suspeitava aquela coisinha não passava de uma simples animatrônica. Pelo contrario, tinha algo muito diferente nela. Algo que talvez ninguém nunca soubesse, só ela e aquela amiga irritante dela. Incomodada com a demora, Chica fez carranca de brava e puxou Mangle pelo braço.

_Posso... buscar meu casaco de pirata?_ Perguntou Foxy.

_Não._ Freddy respondeu em seco.

_Por favor...

_Não. Já tem mais um monte na pizzaria.

_Mas... Eu quero o MEU casaco!

O ruivo então começou a gritar. Tipo gritar MESMO, pra fazer mais escândalo do que a própria Mangle. Aquele casaco era bastante importante pra ele, quase mais importante do que as pizzas pra galinha feia da Chica.

Ao ver aquela situação muito constrangedora, Mangle correu até as sacolas que estavam do nado do guarda-sol onde nos quatro estávamos nos abrigando antes daquela aparição dos outros dois animatrônicos intrometidos. Fuçou, fuçou. Voltou com as mãos cheias de roupas.

_Pensei que fosse esfriar, por isso trouxe nossas roupas._ disse ela com voz gentil enquanto entregava o casaco para o seu senpai.

Os olhos dele brilharam e ele sorriu, exibindo os caninos.

–Podemos ir agora??_ Aquele urso mais chato do que a encomenda já estava começando a ficar impaciente. Muito de costume...

_Podemos. Só espera a Mangle se despedir da outra ali._ disse, na tentativa de acalmá-lo.

Chica resmungou:

_E por que faria isso?_ espero não ser o único que quis socar a cara daquela ave irritante até a mandíbula dela se desprender de vez.

_Porque seria uma pena se alguém perdesse... A cabeça._ me aproximei daquela loira falsa, de alguma forma conseguindo deixar meus olhos completamente pretos (a minha versão toy consegue fazer isso. E claro que euzinho também, haha...).

Ela arregalou aqueles olhos violeta, dando permissão para Mangle se despedir. A pequena então correu, abraçando a sua um-pouco-mais-que-amiga, quase chorando mais uma vez.

Depois, sem mais nenhum tempo para mimimi. Começamos a marchar atrás de Freddy e Chica. Quando já estávamos quase chegando na pizzaria, fiquei pensando... Imagina só se a gente chega lá e mini “patinhas” cruzadas com mini ursos correm em direção a nós berrando “Mamãe! Papai!”. Ai, meu Deus... não estou com a cabeça no lugar, aposto.

Finalmente paramos na frente da Freddy Fazbears Pizza, onde eu tinha passado três quartos da minha vida (digamos que, eu tenho uns vinte e oito anos... Por aí. Eu sei. Não parece que sou tão velho. Mas tudo bem. Foxy também não é nenhum adolescente... É aproximadamente dois anos mais velho do que eu.). eu me recusei a entrar.

_Eu... Não quero ficar.

_Ótimo. Ninguém precisa de você aqui mesmo.

Foram as últimas palavras daquela ave enxerida. Foxy arrebentou seu queixo num soco. A mandíbula da mesma logo voou longe, de desfazendo em alguns pedaços. Ela levou a mão ao rosto, tampando aquela coisa feia em que sua (feia) linda cara havia se transformado. Freddy abraçou a ‘galinha’, levando-a para dentro, depois de dizer a Foxy e Mangle que não demorassem.

_Bonnie... Você vai voltar?_ a raposinha me perguntou, com cara meio triste.

_Eu... Eu não sei.

_Ah... Mas... Se der... Volte. Foxy senpai vai ficar muito muito triste mesmo se nunca mais te ver. Eu também vou. Por mais que eu te irrite às vezes... Espero que goste um pouquinho de mim. Isso faria eu me sentir muito especial._ logo surgiu um sorriso em seu rostinho pálido.

Foxy por sua vez, não disse nada. Só me puxou em sua direção, me abraçando bem forte. Em seguida, me beijou, quase não me largando mais.

_Eu acho que entendo porque não quer ficar aqui. Mas... Não suma de vez. Por favor, Bon Bon. E não se esqueça de mim e nem que... E nem esqueça que eu te amo. De verdade. E que sempre, não importa o que raios aconteça... Vai ser sempre o mais importante pra mim._ suas bochechas ficaram um pouco vermelhas.

_Okay... Vou tentar me virar. Eu acho. Ainda lembro onde aquela ruiva mora. Talvez eu passe lá e dê um olá. Agora..._ me segurei pra não começar a chorar._ eu tenho que ir._ beijei Foxy e dei um abracinho em Mangle._ gosto muito de vocês dois. Claro que do Foxy senpai eu gosto mais... mas mesmo assim...

Virei-me, relutante. Comecei a dar passos meio forçados. Limpei os olhos, os quais já estavam húmidos. Quando finalmente olhei para trás, os dois já haviam entrado.

Por que eu decidi “abandonar” a única coisa que tinha? Claro que provavelmente alguém aí me entende. Não sou tão confuso assim. Lá, com certeza aconteceram coisas boas. Mas a maioria me deixou triste, e... Simplesmente não queria permanecer ali. Se eu vou voltar? É lógico.

Só não sei quando...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? :v
Esse final do Freddy e Chica voltando pra buscar nossos queridinhos foi sugestão da XJinxed (creditos pra ela e-e)
Não esqueçam dos reviews, okay? kissus!