Foxy POV

Eu, Bonnie, Meredith e Mangle estávamos na sala. As duas estavam deitadas num dos sofás. A mais nova estava encostada sobre o colo da outra. Bonnie estava em uma poltrona e eu estava sentada sobre o tapete. Na TV, programas aleatórios. Todos nós estávamos com sono. Bom, pelo menos os que tinham essa capacidade. Meus olhos começaram a pesar um pouco. Logo eu adormeci. Quando acordei, já era noite. Fui até a cozinha, e a mesma estava vazia. Andei em direção ao quarto de hospedes. Bonnie estava debruçado na cama, abraçando um dos travesseiros. Perto da entrada, um bilhete que dizia:

“Mangle e eu resolvemos sair um pouco. Ela disse que era nova por aqui, por isso vou leva-la para um passeio. Volto antes das oito. -Meredith”

Ah, que ótimo. Imagino o que elas fariam. Coisas de menininha. Que interessante.

_Foxyyy!! Venha aqui!!­ ­_Bonnie gritou.

Eu obedeci, indo até onde ele estava. O coelho me puxou em sua direção.

_Onde estava?_ ele perguntou.

_Eu... Estava na sala, havia tirado um cochilo. Porque não me chamou quando veio pra cá?

Bonnie não respondeu nada naquela hora, só me puxou pelo braço e me atirou na cama. Se sentou no meu colo, colocou meus dois braços cruzados sobre minha cabeça. Logo em seguida começou a desabotoar minha camisa. As coisas ali começaram a ficar meio... “Tensas”.

_Por que... Eu... Ia... Querer...

Ouvi a porta abrindo. Só de ver as orelhas de Bonnie se mexendo, percebi que ele também. Mas ainda assim, ele sequer se importou com a chegada das duas. Seu abdômen também estava exposto. Logo ele trouxe seu rosto para mais perto, me beijando. Esse foi um pouco mais intenso que os anteriores. Acho que... seria mentira se eu dissesse que não estava gostando desse “novo jeito” do Bonnie.

Do nada...

_Bonnie!!Foxy senpai!!!

(Mangle, sua grandessíssima filha da....)

Aquela coisinha estava sendo mais intrometida do que deveria. Que droga... Quando ela se deparou com a situação em que Bonnie e eu estávamos, ela ficou de olhos arregalados. Não sabia se corria ou se gritava. Acho que ela não entendeu o que acontecia (não me admira). Ela balbuciou:

_M-Me-re-di-th e e-eu trouxemos a-algumas c-c-coisas pra vocês. Venham.

Bonnie e eu fechamos nossas camisas e fomos até a cozinha. A ruiva sorriu e disse:

_Trouxe algumas cenouras para o Bonnie. Mangle disse que você gostava.

_Oh, sim. Gosto muito._ ele deu um “daqueles” sorrisinhos._ mas... Muito obrigado.

_Diga a eles o que eu comprei também!_ minha imitação barata disse aos saltos.

_Ah, claro. Mangle insistiu que eu comprasse roupas novas pra vocês dois. Só deu pra comprar algumas, mas...

A menor do grupo veio até nós arrastando duas sacolas. Ali estavam dois jeans e duas camisetas. Por sorte ela não comprou roupas de Lolita, que no caso, eram as que ela usava.

_Amanhã sairemos os quatro juntos. Mas agora acho que precisamos dormir certo?

_Sim!_ Mangle disse num bocejo. Ergueu os braços e Meredith pegou-a. A pequena e inocente criatura logo “adormeceu” (apesar de tudo, acho que ela precisava recarregar as baterias). Logo, sua nova amiga a levou até um dos sofás da sala e deitou-a. em seguida, tirou seu cachecol e o colocou sobre os ombros de Mangle. Ela voltou para a cozinha, com a cara mais seria.

_Então... Mangle me falou de vocês.

_O quê...?

_Ela me falou que vocês três moravam na Freddy Fazbear’s antes de virem pra cá. É verdade isso? Quer dizer...

_Sim, é._ Bonnie não hesitou em contar a verdade._ espero que isso não vá parecer estranho, mas... Éramos nos três que alegravam as crianças por lá.

_ Sério??? De verdade nunca pensei que...

_Pois é..._Murmurei.

_... Que na verdade não eram bonecos! De verdade, sua atuação sempre foi muito boa! Pareciam robôs de verdade. Ah... Mas enfim... Aposto que vocês dois estão cansados. Amanhã de manhã conversamos mais.

_Até.

Bonnie me puxou pelo pulso até o quarto. Quando chegamos, ele se jogou na cama, e se cobriu.

_Ainda bem que ela não entendeu tudo o que Mangle quis dizer.

_Sim._ me deitei ao seu lado. Ele colocou o braço em volta do meu peito, suspirou e logo adormeceu. Finalmente o Bonnie dorminhoco de sempre.

Na manha seguinte, tomamos café da manhã, e Bonnie e eu acabamos sendo obrigados a vestir as roupas novas. Pelo menos não chamaríamos tanta atenção ao sair na rua.

_Onde querem ir hoje?_ a ruiva perguntou.

_Er... Poderíamos ir até o cemitério daqui, por favor? É só por alguns minutos. Preciso ver alguém importante._ perguntou o orelhudo.

_Sim, sem problema.

Depois de uma hora nós quatro saímos. Quando chegamos ao nosso destino (ou melhor dizendo, só o de Bonnie.), o coelho andou até achar uma lápide. Ele caiu de joelhos e começou a chorar. Me aproximei. Na mesma, estava escrito: “Jenna Morris” , seguido do ano de nascimento e de falecimento.

_Feliz aniversário, mamãe._ ele disse.

Em seguida pediu que o deixássemos sozinho por um instante. O fizemos, indo até a saída do cemitério. Depois de uns quinze minutos, ele voltou, com os olhos inchados. Não falou nada, só me abraçou apertado, e sussurrou:

_ Por favor, jure que nunca irá embora.

Assenti com a cabeça, querendo dizer que sim. Ele segurou minha mão. Fomos embora dali. Ficamos o resto do dia na rua. Quando chegamos ao apartamento de Meredith, estávamos mais exaustos do que nunca. Bon Bon correu para o quarto e se trancou. Quando cheguei mais perto da porta, pude ouvi-lo soluçando. Sentia muito por ele. Obvio que eu não poderia dizer que sei como ele estava. Porque realmente não sei. Eu mal tive contato com os meus pais, já que eles morreram quando... Melhor que eu não me lembre muito disso. Era mais que minha obrigação ajuda-lo numa hora dessas. Lá pela meia noite, Bonnie finalmente abriu a porta, liberando minha entrada. Ele voou em minha direção, enterrando a cabeça no meu ombro. O abracei, enquanto ele ainda chorava.

_Vai ficar tudo bem... Não vou deixar que nada de ruim te aconteça.

Ele nem respondeu, só me beijou. Depois, voltou para a cama, se esticou e dormiu. Me deitei ao seu lado e fiz o mesmo.

Só queria que as lembranças tristes dele fossem substituídas por coisas boas. E eu ia ajuda-lo nisso.