Bonnie POV

E então eu acordei.

Era tudo uma droga de um sono.

ÓTIMO!

Levantei, estava com metade do meu corpo dormente. A outra metade, já nem sentia mais. Acabei despencando no chão. Me estiquei, esperei uns cinco minutos e saí da Kids Cove, que no caso era o lugar onde eu estava. Quando cheguei na cozinha, Mangle estava sentada sobre a mesa, balançando os pés. Foxy, por sua vez estava fuçando na geladeira.

_Bonnie!_ A Lolita olhou pra mim e disse sorrindo.

_Bonnie?_ Foxy deu uma olhadela para trás. Quando me viu, acho que baixou alguma coisa nele._ BONNIE, SEU GRANDE FILHA DA MÃE! TAVA EM COMA, É? DESGRAÇADO! NUNCA MAIS ME DEIXE PREOCUPADO DESSE JEITO!

_T-tá bom...­_ eu disse, protegendo meu rosto com as mãos. Aquele gancho seria capaz de rasgar minha cara mais do que o meu..... NADA!!1!

(Foxy está pos-su-í-da.)

Mas enfim, toda aquela doideira tinha sido só um sonho? Se bem que... Pensando direito, isso meio que faz sentido. Aquelas coisas que aconteceram no provável sonho não condizem muito com a realidade. Por exemplo: uma ruiva que nos conhece de eu não sei aonde, que acaba virando a namorada (peguete) da Mangle... Eu conversando normalmente com aquele monte de ferro ambulante... E o pior... EU ME TORNANDO SEME!

Tudo bem que muita gente diz que sonhos refletem desejos, mas não. Não quero ver a Mangle com uma magrela peituda, não quero me tornar confidente de um punhado de arame trançado, e não. Não quero deixar de ser uma puta submissa (ué!).

Foxy ficou me encarando. Tipo olho no olho, mano a mano. Depois me deu um beijo. Nada do normal. Até que eu lembrei que a Mangle tava ali assistindo.

“Controla essa língua aê, jovem.” Pensei. “Senão tua caçulinha vai ter um troço.”

_F-F-F-F... FOXY SENPAI!—

_Que foi?_ perguntamos juntos, o Capitão Gancho e o Pernalonga aqui. Já estávamos há um tempo sem dar uns pegas. Foxy simplesmente não esperou a intrusa sair.

A pequena havia visto demais, ao menos foi o que ela aparentou ter feito. Cobria a fuça com as mãos. Algo parecido com sangue escorria pela sua mandíbula, e respingava quando chegava ao fim do queixo.

Modo fangirl ativado, menina!

Coitada. Daqui a pouco ela vai ver o que não quer.

(Ou quer, vai saber se ela puxou o mano dela ali)

Sobre a Mangle e o Foxy serem da mesma “matilha”? Não é só o fato de ela ser a toy dele e blá blá blá. Na verdade, acabei descobrindo que eles têm o mesmo DNA, ou algo assim. Como? Eu tenho meus meios... (Foxy me contou, na verdade. Aquele filho –da mãe dele- havia escondido isso de quase todo mundo. E muito bem, diga-se de passagem.)

Não, o Bonnie aqui não escutou conversas de ninguém. Até porque o povo da Freddy Fazbears é meio tapado quando se trata de saber da vida dos outros. Exceto aquela pata horrorosa...

É só ver, os dois se tratam como se fossem irmãos, a Mangle o bajula... E eles são estupidamente parecidos (principalmente na personalidade). Mas a pequena não é tão pegável como o irmão. Pelo menos no meu ponto de vista sim. Ele é meu namorado, oras! Posso achar ele o cara mais “suco de laranja do mundo” se quiser.

(Não se exalte Bon Bon... Não se exalte.)

Depois de ter que aturar o Foxy passando sermão pra Mangle sobre não abrir a boca sobre o que ela tinha visto (o que no caso foi uma tremenda viadagem, sem exageros.), finalmente voltei pra Kids Cove (alguém tinha expulsado a raposinha dali. Adivinhe quem... Estou falando sério, na verdade eu não tenho a mínima ideia de quem fez isso.). Havia acordado de um sono de umas duas semanas (!), mas queria voltar a dormir. Afinal, quem me acordou mesmo? Logo, o pirata entrou, trancando a porta.

Estávamos ali. Eu sentado e Foxy do meu lado. Ele estava descansando a cabeça no meu ombro e eu então fiquei brincando com o cabelo dele, e fazendo carinho nas suas orelhinhas pontudas.

_Então meu “coma” te preocupou, é?

_Claro, ué.

_Aha, acho que consertar sua irmã me cansou até demais.

_Provavelmente. Tirar um “demônio” do seu corpo também, não?

_Mas o qu... Bom, tem sentido.­_ (meu pai era um demônio?!?)

_Devia ter chamado os Winchester ao invés de tentar se auto exorcizar. Isso é meio impossível.

_É, mas eu consegui. Mereço um nobel por isso.

_Sim, merece. Eu mereço algo também. Por premio consolação por toda a preocupação que você me deu._ ele disse, olhando pra mim com aqueles olhões amarelados, e erguendo uma sobrancelha.

Olhei pra ele de volta. “hora de trabalhar, Bonnie.” Pensei.

_E o que quer que eu faça...?_ perguntei. Vai que ele não quis dizer o que eu entendi. Em termos de mente, a minha precisa de uma limpa...

Ele não disse nada, só sorriu de canto, chegando mais perto. Ele deixou todo o meu cabelo pra um lado só. Ele deu um suspiro, e depois deu uma mordida no meu pescoço.

_Com o que você sonhou em todo esse tempo...?_ ele disse baixinho perto da minha orelha.

“Que eu tinha te comido. DEAL WITH IT, BITCH!!1!!1” pensei em responder. Mas não queria estragar a festinha dele.

_N-Não lembro....~_ eu respondi. Meu modo de uke tinha voltado com t-u-d-o. Amo. Apenas.

Ele riu baixinho e depois continuou, enquanto seu gancho deslizou sobre a minha camisa, rasgando-a. Ele largou os dentes do meu pescoço e desceu pro meu peito, depois pro meu tórax e depois....

Bom....

Aquela noite foi....

Longa.

Quando eu acordei, Foxy tava grudado no meu corpo, parecia que eu era um bichinho de pelúcia ou simplesmente aquele travesseiro pra dormir abraçado. Nós dois estávamos sem nenhuma peça de roupa. Lembrei de que tinha o risco de alguém entrar ali. Mas, a porta estava trancada, então... Poderíamos ficar ali o dia inteiro sem ninguém encher o saco. Por sorte. Fazia um bom tempo que nós dois não tínhamos tanto contato assim.

Olhei pro rosto fino dele. Parecia que alguém aqui ia ter que fazer papel de barbeiro pra ele. Foxy era medroso, não gostava de segurar nada muito afiado. Ainda me pergunto o motivo disso. Ele bocejou alto e depois de aconchegou pra mais perto de mim. Eu suspirei e comecei a fazer carinho na parte de trás da cabeça dele.

Eu ri de leve.

Como foi que eu comecei a gostar dele mesmo? Foi do nada. Acho que foi na primeira vez que olhei dentro dos olhos dele. Senti como se tudo que faltava em mim estivesse ali. Na more, eu pensei que tinha achado minha... Alma gêmea.

Mas agora...

Agora eu tenho certeza.