Pin Up escrita por Cannibal


Capítulo 4
De Erwin




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Eu sonhei com você. Na verdade foi quase uma lembrança.

Estávamos em sua casa, em seu sofá. Lembro que você lia uma revista com as pernas sobre as minhas e eu via alguma coisa na TV, e então do nada você veio para cima de mim e me beijou, dizendo que queria "saber os limites de um virgem”. Quase transamos ali naquele dia, mas no sonho aconteceu. Eu rasgava suas meias e jogava os seus sapatos longe, seu vestido – aquele azul que você tanto ama – virava pequenas tiras de pano espalhadas pelo corredor quando te levei para o quarto. Eu beijava cada parte do seu corpo, apertava suas coxas e puxava seu cabelo. Tocava você daquele jeito que me ensinou Rivaille, devagar e suave; e quando estava em você, juro por Deus que pude sentir seu peso sobre meu e ouvir sua voz gemendo meu nome repetidas vezes, e cada vez mais alto.

Você gozou como a princesa que é. Sei que não gosta que te chame assim, mas... Rivaille eu quero voltar logo para fazer esse sonho se realizar. Quero matar essa saudade que tanto me aflige. Eu sinto falta desses dias tanto quanto você, mas isso parece não ter fim. Cada dia que passa sinto que fico mais longe de você, às vezes me pego pensando no que está fazendo e, por favor, não chore por mim. Eu não suporto te ver ou pensar que está chorando, sei que se sente sozinho, mas Rivaille, eu vou voltar. Cedo ou tarde eu vou bater na sua porta com um buque enorme de lírios e te levarei onde quiser. Vou dançar por 24 horas com você se quiser, quero dormir em seus braços enquanto canta para mim, eu quero voltar para casa Rivaille e nunca mais sair de perto de você. Sei que deve ter contado às coisas que disse para meu pai, mas agora eu estou bem. Eu não posso morrer para simplesmente me livrar disso.

Se eu morrer agora não poderei me lembrar dos dias que passei com você, eu quero envelhecer ao seu lado, quero ter a porra de uma casa perfeita. Eu quero passear pelo parque de novo, te beijar embaixo daquela mesma árvore e escrever “para sempre” embaixo daquele coração. Passar do limite de velocidade com você agarrado em minha cintura; te levarei aquela lanchonete e tomarei todos os milk shakes que quiser. Eu sinto falta da sua voz durante a noite, sinto falta das suas mãos, dos seus abraços; outro dia estávamos ouvindo rádio – um dos raros momentos de tranquilidade por aqui – e então tocou a primeira música que te ouvir cantar. Eu chorei feito um bebê. Eu quis correr de tudo, quis me embrenhar em seus braços e nunca mais te soltar. Nem que tivesse que morrer de fome eu não largaria de você.

Meu comandante disse que voltarei antes do outono. Passei meu aniversário com você. Isso já me deixa suficientemente feliz para suportar mais alguns meses aqui.

Espere por mim Rivaille, eu estou voltando.


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