O natal dos Potter’s e Weasley’s era sempre feliz, com muita comida e muitas risadas, esse ano não seria diferente claro, mas tinha uma coisa que faria meu pai ficar de queixo caído e fulo da vida comigo, pense na reação dele quando descobrir que sua pequena Lily está grávida, e os meus irmãos e reputação da família Potter onde vai parar bom, aí que está. Descobri minha gravidez há umas duas semanas, era uma menina que eu já amava demais, deixando claro que eu só tenho meus 17 anos, último ano em Hogwarts, eu estou literalmente ferrada. Porque minha vida não pode ser igual à das minhas primas? Como a Rose, ela trabalha no Ministério da Magia, é casada com Scorpions e vai ter um filho, Daniel seu nome, daqui um mês era uma vida perfeita: ela tem um marido que a ama, um bom emprego, quer mais o que? Mas tenho que me conformar que não sou perfeita igual ela, sou o desastre, sempre se metendo fria como essa nunca pensei que isso aconteceria, mas aconteceu em uma festa. Eu estava bêbada, o Anthony também, nós transamos e aqui estou eu, grávida de duas semana.

Arrumei-me, coloquei um lindo vestido e fiz minha simples maquiagem, eu fiquei muito bonita nesse vestido para o natal, o azul meio verde fez destacar meu cabelo ruivo que aliás, estava lindo, mas por trás de tudo isso tinha uma menina triste com a novidade de uma gravidez inesperada e um Anthony que viria passar o natal comigo hoje para dizer que iria assumir a minha filha, ele poderia dizer que me odeia, mas agora a coisa era diferente, ele teria que me aturar, ouvi alguns murmúrios e a campainha tocando, era ele que havia chegado, desci as escadas, todo mundo me olhou.

—Filha, você está linda!

—Obrigada pai, o senhor está bem também- falei com um sorriso no rosto tentando não mostrar nervosismo, mas falhei miseravelmente.

— O que houve Lily? Você está diferente.

— Nada pai, eu estou bem.

A campainha tocou mais uma vez e meu primo foi atender, assim o Anthony entrou acompanhado do pai.

—O que é isso Zabine? Sua filha não contou ainda ao Potter, vou deixar que ela fale então- Disse meu futuro sogro com uma voz de pena de mim, triste também, que mostrava um pedido de desculpas.

—Lily, o que aconteceu para o senhor Zabine aparecer aqui? Vamos querida fale!- minha mãe sempre doce comigo, acho que nunca mais eu verei ela falando assim comigo.

—Lily, sua família vai estar junto com você, seus tios também- obrigada Rose, depois eu te agradeço.

Eu não consegui contar de imediato, sentei no sofá e comecei a derrubar lágrimas, precisava de um apoio que não tinha, chorando que nem uma louca comecei a soluçar até que vi que teria que contar, o senhor Zabine viu o que eu precisava, sentou do meu lado e disse:

—Lily, se acalme, estamos todos com você e duvido que o seu pai fará o que você está pensando, ele te ama, pode contar a ele, ele não vai te abandonar.

Eu precisava dessas umas palavras para dar um empurrão, até que olhei para os olhos verdes do meu pai e falei:

—Pai, estou.... Grávida

O choque foi geral:  minha mãe colocou a mão no peito, meu pai sentou no sofá da sala, vovó Molly veio me abraçar, o Anthony fez o mesmo junto com os meus primos, mas a única coisa que eu fiz foi olhar para o meu pai que estava sendo consolado pelo tio Ron, eu me levantei e fui em direção a ele, o abracei forte, desejando que ele fizesse o mesmo assim como fazia quando eu era pequena e ralava o joelho e corria para ele e ele me abraçava dizendo que ficaria tudo bem, olhei de relance para meus irmãos, eles choravam, acho que foi um choque pensar na sua irmã caçula grávida.

—Lily, eu não sei o que dizer – falou meu pai- Mas de uma coisa pode ter certeza, nunca vou te abandonar, nunca minha filha, você sempre será o meu pequeno anjinho, sempre.

Falando isso ele me abraçou e nós dois choramos como nunca choramos, de tristeza e felicidade, minha mãe se juntou a nós assim como meus irmãos, era isso que eu precisava, minha família junto comigo porque eu os amava mais do que tudo.

—Agora quero conversar com o Anthony e com o senhor Zabine, afinal temos que resolver muitas coisas, e Lily, não pense que estou feliz, não estou filha, estou triste e magoado, mas estarei do seu lado para o que der e vier, agora Alvo e James cuidem do menino Zabine por mim!

—Sim pai – falaram em uníssono com um sorriso no rosto.

Eles foram em direção ao Anthony que os olhava com medo, claro, dois brutamontes indo em direção, saí correndo até o pai do meu filho e entrei na frente dele.

—Se vocês, dois brutamontes, tentarem fazer alguma coisa contra o pai do meu filho vocês estão ferrados, pois eu não quero criar a Amber sozinha!- eu acabei falando isso um pouco alto demais, então todos ouviram e me olharam.

—É UMA MENINA, MEU MERLIM, MINHA FILHA VAI ME DAR UMA NETINHA!

— Mãe, sem exagero, por favor.

Assim todos vieram me abraçar, até meus irmãos que ficaram super felizes com a notícia, mas eu ainda pude ouvir o James falando para o Anthony alguma coisa tipo assim “Salvo pelo gongo amigo, mas a próxima vez que magoá-la, me aguarde!”, traumatizante, mas o que importava é que estamos bem, eu e Amber.

—Lily, você pode vir aqui um minuto- chamou Anthony.

—Claro!

Fui em direção a ele, assim que cheguei perto, ele me puxou e me beijou, aqueles lábios quentes que me deixavam louca começaram a dançar e sincronizaram junto com os meus, as malditas borboletas no meu estômago começaram a dançar, quando faltou o ar ele olhou para mim e disse em um sussurro:

—Eu te amo, mas nunca admiti, me desculpe, espero que você me ame tanto como eu amo você!

Assim que ele disse isso eu o puxei para outro delicioso beijo, pois eu também o amava e agora eu tinha plena certeza, a felicidade havia chegado.