Uma Vida Alternativa escrita por Naomi Chan AD


Capítulo 1
O Espelho


Notas iniciais do capítulo

OoOoOoie _o/Bom esse é o primeiro capítulo da fanfic (um dia inteiro escrevendo >~< )espero que goste ^u^



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Meu MP3 por algum motivo, não está funcionando. Nada como eu sem ouvir música no ônibus da escola que não para de ficar balançando para o meu mau-humor começar.

— Calma Dy, aguenta que amanhã já é sexta feira! – Falo baixinho para mim mesma enquanto fico olhando a cidade pela janela do ônibus da escola.

O ônibus chegando na casa da minha melhor amiga, Rosalya. Reconheço pelas ruas e casas que impressionantemente são limpinhas, raramente se encontra um lixo na rua ou uma parede pinchada. Além do shopping, da lanchonete, da pracinha, da boate e o monte de outras coisas que ficam nesse barro. O bairro onde a Rosa mora é tão perfeito que um dia meus pais quase se mudaram para lá, me deixando a pessoa mais feliz do mundo, mas as casas são tão caras que não conseguimos pagar nem a mais simples por causa da quantidade de coisas que ficam perto.

O ônibus para em frente a casa da Rosalya, e ela vem correndo de salto. Rosa nunca usa um sapato que não tenha nem um saltinho baixo, menos se for para a Educação Física que ela é obrigada a colocar um tênis. Quando ela sobe no ônibus, cumprimenta o motorista sorrindo como ela sempre faz. Ela caminha devagar pelo corredor e então eu tiro a minha mochila colocando a mesma no chão em frente aos meus pés, para ela poder se sentar e a gente começar aquele nosso papo de sempre. Mas Rosa passa reto por mim com uma cara fria e senta no banco onde Íris e Melody estão, deixando as três exprimidas.

Isso é muito estranho, Rosa e eu somos amigas desde pequenas e praticamente vivemos juntas. Nossos amigos às vezes nos chamam de "As Gêmeas Siamesas" porque nós temos a mesma altura (mesmo ela parecendo mais alta por conta dos saltos), a mesma aparência física e cabelos brancos, compridos e lisos muito parecidos. A nossa única diferença é que ela tem olhos dourados e perfeitos e eu tenho medonhos olhos vermelhos. A gente se considera irmã, ela vive me enchendo o saco quando o assunto é moda, o que me deixa estressada às vezes mesmo assim a gente se ama.

Coloco a minha mochila de volta ao meu lado e volto a encarar a janela. O que eu poderia ter feito para ela ficar assim comigo? penso. Fico repassando a semana inteira pela minha cabeça e nada com que ela poderia ter ficado chateada. No máximo teria sido na terça, quando eu soltei uma gargalhada quando a Rosa caiu no chão na aula de Educação Física, foi um tombo feio, mas cômico. No começo ela fez cara feia, mas logo depois ela começou a rir junto, ninguém soube direito o que aconteceu. Poderia ter sido alguma mentira besta da Ambre, ela sempre me odiou porque ela fala que o idiota do Castiel me ama, o impossível. Mas a Rosa é esperta o bastante para ela não cair em um dos truques mal feitos dela. Parece que essa questão é impossível de ser respondida...

~✦~~✦~

Os corredores da escola estavam cheios de alunos conversando, brigando, pegando coisas em seu armários... Então vejo cabelos roxos até cima dos ombros cacheados, Violette. Ela estava perdida no monte de pessoas com a sua pasta gigante de desenhos até quando ela cai no chão saindo várias folhas de sua pasta espalhadas pelo chão. Dando cotoveladas alheias nas pessoas que não conheço, vou até a Vio e me ajoelho ao lado da mesma.

— Vio, você está bem? Deixa eu te ajudar... – Falo enquanto eu pego os desenhos dela e entregando para a mesma.

— Dy... – Vio fala friamente e segura o meu pulso fazendo eu deixar cair as folhas no chão – D-deixa que eu pego. – Ela fala com o mesmo tom de voz enquanto pega as folhas.

— Não atrapalhe, Guria! – Kim aparece atrás de mim me empurrando e ajuda a Vio a pegar as folhas.

Agora a coisa piorou, Violette sempre foi um doce e nunca negou uma ajuda amiga e Kim mesmo ela parecer grossa, mas é o jeito dela, ela nunca me empurraria desse jeito. Me levanto do chão e saio de perto delas para não ter mais nenhuma consequência. Caminho pelos corredores em direção ao grêmio para ver o Nathaniel e vejo a Rosa falando baixinho com Melody, que me lança um olhar frio e assassino, como se eu tivesse roubado o Nathaniel dela e Íris me olhava com aquele olhar decepcionado, como se eu tivesse feito uma coisa terrível. Então eu olho confusa e entro no Grêmio.

— Oi Nath, tudo bom? – Entro no Grêmio e encosto a porta.

— O que você quer? – Nathaniel parecia cansado e de mau humor.

— N-Nath, eu só queria ver como você estava hoje... – Falei meio sem graça.

— Eu estou muito ocupado, para a sua informação... – Nathaniel estava com muitos papéis nas mãos e nas mesas.

— Quer ajuda? – Falo com um sorriso simpático meio forçado.

— Não preciso da sua ajuda, por favor, retire-se que eu não tenho tempo para suas... infantilidades... – Ele fala com uma voz seria com uma pontada de grosseria, principalmente na última palavra.

— Nossa Nath, nossa amizade é uma infantilidade?! – Falo comum tom bravo e desapontado ao mesmo tempo e saio do Grêmio batendo a porta forte fazendo um estrondo.

Vou até o meu armário com passos fortes e encosto a testa no mesmo. Nathaniel sempre foi uma gentileza de pessoa, eu sempre ajudava ele com suas papeladas e no fim do dia a gente tomava um sorvete como recompensa. Pego minhas coisas no meu armário e fecho o mesmo. Lembro que hoje é aula de Educação Física, então eu pego a minha sacola com o meu uniforme da aula dentro e vou até o vestuário feminino colocar a roupa no armário.

Chego lá e ele estava vazio, coloco minhas roupas no armário e quado ia virar para trás sinto braços envolvendo minha cintura.

— Oi tábua, como você está gostosa hoje... – Castiel sussurra no meu ouvido com uma voz sexy.

— C-Castiel, para! – Tiro os braços dele da minha cintura e vou em direção a porta, quando eu ia girar a maçaneta Castiel me vira e me empurra contra a porta.

— Qual é a pressa? – Ele fala sorrindo maliciosamente para mim enquanto ele começa a levantar a minha blusa devagar.

Rapidamente giro a maçaneta, fazendo com que a porta abrisse e com que nós dois caíssemos no chão, com ele em cima de mim e com a mão dele dentro da minha blusa.

— Isso não é nada vitoriano... – Lysandre aparece de pé ao nosso lado com uma cara triste misturada com nojo e decepção.

Eu empurro o Castiel e saio do ginásio mais vermelha que os cabelos do Castiel, que são bizarramente ruivos. Castiel sempre foi um cara legal, ás vezes malicioso, mas nunca levou para "certas intensões".

Então eu entro na escola de novo e vou até a minha sala de aula deixar a minha bolsa em cima da minha cadeira, quando eu abro a porta da sala eu me deparo com o Alexy que me olhava com uma expressão triste e saiu andando sem dizer nada. Entro na sala e coloco a minha mochila na minha carteira e vejo o Kentin sentado no chão no fundo da sala de cabeça baixa.

— Kentin, você está bem? – Vou até ele preocupada, dói vê-lo triste assim.

— Estou bem... – Ele fala com com um tom triste e desvia o olhar.

— Tem certeza? Você sabe que pode contar qualquer coisa para mim... – Eu falo tentando olhar nos olhos dele, mas ele insistia em desviar o olhar.

— Tenho... – Ele falou com uma voz fraca.

— Qualquer coisa pode falar para mim, ta bom? – Eu me levanto e saio da sala para deixa-lo tranquilo.

Alexy sempre foi agitado e bem humorado comigo, ele sempre gostou da minha presença e deixava isso muito claro, encontra-lo daquele jeito foi o inesperado. E Kentin sempre foi um amigão, como a Rosa, e vê-lo chateado sem querer me contar o motivo dói muito no coração.

Vou até novamente nos corredores e vejo o Armin em seu PSP, finalmente alguém agindo normalmente.

— E aí Armin, que tal um multiplayer? – Sento ao lado dele, mas ele me ignora. – Armin? – Repito o nome dele mas ele nem responde.

Saio do lado dele e vou até as escadarias no final do corredor os os olhos marejando. Por que todos os meus amigos do nada estão contra a mim? Bato o meu pé com força no chão e deixo as lágrimas rolarem. Até que eu acho em um canto ao lado dos armários uma pequena salinha que nunca tinha reparado nela antes. Abro a porta dela devagar e me empurram para dentro e fecham a porta. Lá era uma salinha bem pequenina, com um espelho que cobria uma das paredes. O problema é que eu sou claustrofóbica, ou seja, morro de medo de lugares apertados assim. Fico batendo na porta e gritando por ajuda.

— Diane?! –Ouço a voz de Castiel bem baixinha.

— Castiel seu grande idiota, não tem graça agora me tira daqui serio! – Falo gritando.

Paro de bater na porta e só ouço a minha respiração ofegante. Castiel simplesmente me abandonou em uma sala apertada passando mal. Quando olho para trás, para o espelho, eu não sei exatamente o que é mas eu tenho certeza que não é o meu reflexo...


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Notas finais do capítulo

E acabou o primeiro capitulo da fic ;~;Se gostou acompanhe, se gostou muito favorite e recomenda e não deixe de comentar! (Comentários construtivos são sempre bem-vindos).Kisses for you >3



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