Aconteça o que Acontecer... escrita por Matheus Moraes


Capítulo 1
Capítulo 1 - Para Tudo Há Um Pequeno Princípio.


Notas iniciais do capítulo

Galera, estou escrevendo um Livro e queria muito saber qual a opinião de vocês público-leitor. Bom, este é apenas o primeiro capítulo e pretendo publicar mais ao longo da semana. Se gostarem sigam e passem pros amigos. Obrigado!



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Tudo isso não passa de uma grande história, não vivemos por viver, tudo gira em tono de uma grande razão. Talvez um dia alguém consiga finalmente entender tudo isso, entender por que há dor se não podemos ter o amor. No entanto, enquanto esperamos, tudo corre ao nosso redor e todos nós continuamos escrevendo interruptamente as páginas frias e vazias de nossas vidas.

O relógio é como um grande caminho sem fim. Corre sem parar para um destino desconhecido, que talvez nem mesmo exista. Acreditar que tudo vai dar certo é uma escolha, porque não simplesmente fazer acontecer?

Não sabemos nem mesmo onde devemos chegar, construímos círculos, caminhamos de olhos vendados e enxergamos aquilo que queremos ver. Não podemos ser somente mais um humano desse grande mundo de mesmices.

Esconda do mundo tudo aquilo que você julgue felicidade, esconda de todos e seja feliz para sempre. O mundo destrói qualquer rastro de final feliz que ele encontra. Aqueles que conseguem, não passam de mais uma história no grande livro da vida.

Nossos destinos nos olham, brincam com nossas vidas como uma criança brinca com um carrinho sem rodas. Colocam pessoas em nossas vidas e depois as tiram como se tudo isso fosse com razão de nos ver sofrer, medir nossos sentimentos.

Mas sabe o que prova que somos verdadeiramente fortes? Continuar vivendo. Mesmo não passando de uma simples poeira estelar, vencemos desafios que foram complexamente colocados em nossos caminhos. Somos mais humanos, somos aquilo que sonhamos ser.

Aquele cruzamento das ruas nunca ficara tão cheio de gente em anos, as pessoas se aproximavam dos carros com os vidros quebrados e procuravam ver o que havia acontecido. As luzes dos postes começariam a se ascender em alguns minutos e o sol quase que completamente tampado pelo horizonte.

Os resmungos e cochichos estavam ficando cada vez mais alto, os pedaços de vidro para todo lado mantinham as pessoas afastadas e o que mais as assustavam era o sangue visível que escorria pela porta amassada de um dos carros. Por sorte o senhor Longati, um velho dono de uma cafeteria do lado oposto da rua, havia chamado a emergência, eles chegariam a qualquer momento.

Os carros estavam todos parados diante daquilo que parecia ser mais um acidente por descuido de motoristas. Carros que ainda não tinham a visão do que havia acontecido buzinavam desesperadamente enquanto o sinal verde reluzia no para-brisa quebrado do carro acidentado.

Em questão de segundos já se era possível escutar o barulho da sirene que vinha chegando ao local. Tudo parecia estar em câmera lenta, as pessoas olhavam assustadas para aqueles carros dos bombeiros e da policia que rasgavam as ruas em direção a aquele cruzamento.

Homens vestidos com uniformes e algumas ferramentas nas mãos desciam correndo de um caminhão vermelho, gritavam um com os outros para retirar as pessoas de dentro dos veículos. Na esquina seguinte virava um Lexus Rx todo preto que queimava pneu para chegar até ali, o carro parou rapidamente ao se aproximar e quase atingiu um casal que atravessava a rua.

O que parecia ser um executivo desceu rapidamente e correu até a escolta de policiais. As pessoas já haviam sido afastadas dali, algumas ainda observavam de longe, o cheiro de gasolina estava forte.

O homem parecia um pouco assustado e desesperado, ele afrouxava sua gravata e abria seu terno cinza enquanto se aproximava de um dos policiais. Aparentemente parecia ser alguém importante e alguma coisa dizia que ele sabia o que havia acontecido.

Seus cabelos loiro-escuro estavam um pouco bagunçados, ele era um pouco alto e parecia ter mais ou menos vinte e sete anos, seus olhos castanhos claros estavam sendo engolidos pela sua gigante íris negra. Ele finalmente alcançara o policial que rapidamente o parou com uma só mão.

- Desculpe senhor – disse o guarda, ele segurava uma prancheta velha nas mãos, sua caneta azul parecia estar mastigada, suas roupas eram apertadas, ele estava um pouco acima do peso e tinha um grande bigode sobre a boca. – Mas não pode passar daqui.

Antes que ele respondesse qualquer coisa parou para ouvir o que os bombeiros diziam atrás do homem que o impedia de passar.

“O senhor do outro lado da rua disse que o carro passou enquanto o sinal estava vermelho e quando percebeu já estava tudo uma grande bagunça”.

Logo sem seguida ele conseguiu ver uma maca com uma pessoa ferida sendo colocada para dentro da ambulância, ela estava cercado por outras pessoas, aparelhos ligados por seu corpo e em seu rosto havia sido colocada uma máscara de oxigênio.

- Ele... Eu o conheço, ele é meu amigo – explicou o homem, em seu rosto estava estampado o medo e a gola de sua camisa tinha ficado torta.

O policial olhou para trás e logo voltou ao homem.

- Sinto muito, você pode encontra-lo no hospital – ele se virou e saiu, eles retiravam o outro ferido pessoa de dentro do segundo veículo, aquele parecia mais danificado.

Assim, sem mais, ele voltou para o seu carro, seu desespero ainda parecia não ter passado. O carro estava com duas rodas sobre a calçada, ele o acelerou com força e seguiu para o hospital onde a ambulância corria e abria caminho com seu grito assustador.

Tudo parece tão complicado. Afinal o que está acontecendo? Bom, acho que não entenderemos a menos que voltemos há aproximadamente quinze anos atrás, desde o principio. Histórias são como árvores, até mesmo as mais altas delas começaram como pequenas sementes.


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