Memory of Love escrita por Yuki Zawa


Capítulo 2
Tempo de Esquecer e Recomeçar.


Notas iniciais do capítulo

Hey, obrigada pelos comentários!!!

Erros no caminho, por favor ignorem

Bjos e boa leitura!!!



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Pedro se mexeu preguiçosamente na grande cama, com um suspiro abriu os olhos para encarar o teto.

– Acordou dorminhoco.

Sorrindo virou-se para olhar a linda morena que usava apenas uma toalha enrolada no corpo, o cabelo dela preso desajeitadamente no topo da cabeça.

– Assim você me matar! Esse é um bom jeito de ser acordado! Vem aqui.

Ela sorriu, e se aproximou da cama.

– E você não prefere que eu te acorde assim? - ela perguntou deixando a toalha cair.

– Obrigado força superior! - Pedro disse voltando a olhar o teto, quando voltou sua atenção para sua acompanhante, ela estava rastejando pela cama.

Quando o corpo dela estava completamente sobre o seu, Pedro a virou mudando as posições, e a beijando enquanto suas mãos deslizavam sobre a pele dela que ainda estava molhada, tentou lembrar qual era nome dela, na noite anterior depois do show, as coisas estavam um pouco confusas com todos os fãs, jornalistas e o vai e vem do backstage de um show como o deles.

Mas assim que seus olhos bateram na morena linda, sabia que terminaria a noite com ela na sua cama, mas realmente não se lembrava se ela tinha dito seu nome, procurou na sua mente mas com ela atacando seu pescoço era um pouco difícil. Uma vozinha disse que seria um canalha se transasse com ela sem saber o nome dela, o que outra voz retrucou que ele já tinha transando com ela, e sem saber o nome dela.

– Desculpa gata! - Pedro disse segurando o rosto dela para pode olha-la - Mas qual é seu nome?

Esperou que ela ficasse ofendida, o que não o incomodou por que ela terminaria ofendida com ele quando a mandasse embora de qualquer forma, mas ela apenas sorriu. Pedro correspondeu o sorriso.

– Karina, meu nome é Karina.

O sorriso morreu em seus lábios, como se a garota queimasse Pedro se afastou saindo da cama.

– O que foi? Aconteceu alguma coisa?

– Não, eu lembrei que eu tenho um compromisso - falou enquanto vestia suas roupas.

– A gente pode se ver depois?

Pedro terminou de se vestir e olhou para ela.

– Desculpa gata, mas não.

Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, saiu do quarto quase correndo.

–----------

Pedro suspirou frustrado, a piscina do hotel onde estava hospedado estava completamente deserta, o dia amanhecera nublado e friorento, por isso escolhera esse lugar para se refugiar, ali não seria incomodado. Havia se passado sete anos, mas a simples menção do nome dela ainda o desestabilizava. Por mais que tentasse não conseguia se curar, ela sempre seria uma ferida aberta e sangrando.

Esperava que com o tempo a dor fosse embora, foi o que lhe disseram, que o tempo o faria esquecer, mas não era verdade, a dor não passara com o tempo, em alguns momentos chegava a acreditar que ela até ficará mais forte. Mas aprenderá a lidar com essa dor, por si, pelas pessoas que o amavam. E por ela.

Não foi fácil, voltar a ser o velho Pedro brincalhão, quando tudo que queria era deita como uma bola e chorar, mas conseguira. A música o ajudou, foi sua muleta para voltar a viver.

Se enfiou de cabeça no trabalho de torna sua banda conhecida no Brasil inteiro, se a Galera da Ribalta não era conhecida no Brasil inteiro estavam quase lá. Todos os shows e as viagens, ajudavam a não pensar nela, e entre um show e uma apresentação tentava em vão, encontrar alguém que conseguisse colar os pedaços do seu coração.

Mas era como tentar contar todos os grãos de areia de uma praia, todas as garotas que entravam em sua vida duravam apenas uma noite, por mais diferentes que elas fossem dela, seu cérebro sempre parecia encontrar um detalhe que o fizesse se lembrar dela.

Chegou a conversar com Nando sobre isso, o que não foi de muita ajuda, seu amigo, barra, padrasto, barra, produto musical, o aconselho a encontrar um novo amor, como se fosse tão fácil como desligar um interruptor.

E se fosse sincero consigo mesmo, não queria se livrar desse amor, a ideia de deixar de amar a Karina lhe causava uma dor tão insuportável quanto o dia que descobrira que ela havia morrido.

– E ai cara, o que você está fazendo aqui?

Pedro tirou sua atenção da agua azul da piscina para olhar um dos músicos da banda que vinha na sua direção, ele se jogou na espreguiçadeira ao lado da sua, parecendo muito satisfeito consigo mesmo.

– Pescando, não tá vendo - respondeu tentando soar divertido, mas sua voz não poderia ter saído mais desanimada.

– Hey, achei que você estaria de melhor humor, eu vir você com aquela gostosa ontem à noite, e tive a impressão de te visto ela saindo do seu quarto quando estava vindo pra cá.

Pedro respirou fundo agradecido por não ter que voltar ao quarto e ter de expulsa-la, com um suspiro cansado, resolveu voltar ao seu quarto, já que sua acompanhante havia ido embora, poderia tentar dormir novamente antes de pegarem a estrada novamente.

Com um aceno de cabeça, se despediu do intruso que invadira seu refúgio temporário. Mas antes de chegar ao seu quarto Pedro já havia decidido, era tempo de esquecer, de seguir em frente e esquece a Karina para sempre.

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Estava a quilômetros de distância, mas o medo ainda a perseguia como uma sombra, precisava se controlar para não gritar e sair correndo toda vez que alguém esbarrava nela, sentia como se todas as pessoas da rodoviária estivessem com seus olhos presos nela, novamente olhou sua passagem, que já estava toda amassada, confirmando o horário de partida do ônibus.

Respirando fundo levantou-se seguindo em direção a fila de embarque, que a levaria ao seu destino, Rio de Janeiro, não sabia por que tinha escolhido esse lugar, mas algo que não sabia nomear lhe dizia que era ali para onde devia ir. Agarrou com força sua única bagagem, a mochila que carregava nas costas desde que fugiu da mansão. Não havia nada de valor dentro dela, duas calças jeans, três camisetas, calcinha, sutiã e dois pares de meia. O pouco dinheiro que tinha levava junto de si, dentro das meias que usava.

Aprenderá a se vira durante os dias que levou para sair da Argentina, por sorte um primo da Aurora concordou em leva-la de carro até a fronteira do Brasil, quase todo o dinheiro que tinha serviu para conseguir documentos novos, um novo nome, uma nova vida.

Tentando passar despercebida sentou-se na poltrona indicada, esfregando uma mão na outra. Quando o ônibus começou a se mover, foi que percebeu que estava segurando a respiração.

Precisava repetir para si mesma que ele não poderia encontra-la, expirando e inspirando, puxou capuz do moletom que usava, olhando seu reflexo no vidro da janela, essa não era a Karina, a Karina que tinha olhos azuis, cabelos loiros e longos. A que estava refletida no vidro tinha o cabelo preto na altura dos ombros, os olhos não eram azuis mais quase tão negros como a noite lá fora, escondidos atrás de grandes óculos de armação grossa, seus dentes ostentavam um aparelho removível, que também alteravam sua dicção o que a deixava falando como se estivesse sugando as palavras.

Nenhuma das duas era a Karina real, a de antes e a de agora, a Karina real, era a que se escondia embaixo dessa peruca, a que viu por apenas alguns minutos no espelho do salão depois de corta todo seu cabelo.

O reflexo lhe ofereceu um sorriso meio de lado, quando cortou o cabelo e se viu pela primeira vez no espelho com o cabelo tão curto quanto o de um garoto, foi como se encontrasse uma velha e querida amiga que não via a muito tempo e de quem sentia muita saudade, não conseguia explicar esse sentimento, mas foi tão forte que seus olhos se encheram de lágrimas.

Voltando a colocar o capuz se obrigou a relaxar, qualquer pessoa que a tenha conhecido poderia senta-se agora do seu lado que não a reconheceria até mesmo ele, Henrique.


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Notas finais do capítulo

Meninas, e meninos? Fiquei muito feliz com os comentários muito obrigada.

Rosana, brigadão pelo comentário, eu não sei se tem tanto mistério assim, vejo essa fic mais como um romance com pitadas de drama, espero que você goste desse capitulo, e que um pouco da sua curiosidade tenha sido sanada, bjos!!

Dani, tudo bem? Que bom que você me deu uma chance, valeu mesmo, então deu pra matar um pouco da curiosidade, espero te encontrar de novo no próximo capitulo, bjos!!!

Tom, oi, postei! Eu vou tentar posta uma vez por semana, mas não prometo!! Obrigada pelo comentário!! Bjos.

StéAmorinha, primeiro, adorei seu nick! Obrigada pelo comentário, vou tentar posta uma vez na semana, mas não prometo, eu sou muito boa tento ideia, mas na hora de por no papel, ai que vem a complicação. Bjos.

Jainara, obrigada pelo comentário e pelo perfeita!!! Eu acredito muito no que você disse, em nunca para de sonhar, mas sou muito insegura, mas mesmo assim sempre dou um jeito de mostra o que faço e por isso já recebi umas bordoadas, por que nem tudo é realmente bom, mas o negocio e continuar sempre!!! Bjos.