– Você por acaso sabe não é? - pelo menos ela pergunta se eu sei sem tirar concluções precipitadas.

– Não, eu não sei o porque ele me chamou, vai ver ele só lembrou do meu nome de quando ouviu a chamada – é, é isso, por que eu não pensei nisso antes? Era tão simples.

– Não acho que seja tão simples, não sei se você percebeu, mas ele tava olhando diretamente pra você e como você nunca responde a chamada e tem tambem a situação que ninguém te chama pelo nome ja a um bom tempo. Então te pergunto, você por acaso conhece ele? - fudeu de vez, não faço ideia do que tá acontecendo agora.

– Não faço ideia de quem seja – sinceridade em primeiro lugar, depois vem a fome e por fim a vontade de dormi, comumente conhecida como sono.

– Então deixa eu te disser uma coisa, ele com certeza fez alguma coisa pra descobrir seu nome e não acho que foi algo la muito correto – por alguma razão eu senti uma pouco de felicidade ao saber disso, só não sei o por que.

– Relaxa, se ele for um peseguidor e também quiser meu copinho nú, mas for pro lado ilegal pra consegui-lo coloco minhas aulas de Krav maga em ação e também, aproveitando que estamos nesse momento de sinceridade tenho que te contar uma coisa, - vou abrir o jogo ( e aproveito e sei logo o nome do bendito garoto) – sabe no intervalo hoje quando eu tava super distraida? - ela apenas afirmou – então eu tava pensado nos olhos de uma certa pessoa, e os olhos eram os desse garoto, sabe eles são de um indigo tão profundo e misterioso, que da vontade de se afogar neles e pra piorar tudo eu nem sei o nome desse garoto, você sabe já que eu não presto atenção em na chamada e eu não conseguir descobrir qual o nome dele ainda e ele já sabe o meu e tal, além dis... - soltei tudo como uma metralhadora sem parar, só parei quando a Manu colocou a mão na minha boca e eu não conseguia dizer mais nenhuma palavra, ela faz isso porque uma vez eu disse para ela que caso eu virasse uma metralhadora de palavras ela poderia tampar minha boca para não soltar um piu.

– Certo, vamos por partes, o nome desse garoto que te chamou na dinamica da aula de matemática é Zephir, Zephir Callagan, ele é o neto do diretor, por isso ele pode dormi na sala de aula no intervalo que nem hoje...

– Pera, como você sabe que ele é neto do diretor?

– Pelo nome dele e porque a Ariele me contou, tá voltando, e sengundo você tá apaixonada sim, finalmente já era hora, já tava começando a achar que você era lesbica e...-dessa vez fui eu quem tampou a boca da Manu com a mão.

– Tá, eu já te disse que não tó apaixonada por ele, eu to é encantada com os olhos, os o-lhos, dele, tendeu, não é amor, nem paixão, é só um pouco de atração e eu não sou lesbica, eu já disse pra você mil vezes que eu acho um monte de caras que a gente conhce bonitos eles só são muito idiotas para eu me interesar neles (e são mesmo, sempre que um cara me chama pra sair ele não olha para os meus olhos, eles olha pra o meu busto(ai eu digo um sonoro “nem pensar”)).

– Então, se ele não for um completo idiota você pode acabar se apaixonando por ele? - essa tem esperança, isso não posso negar.

– Não, não existe essa possibilidade, eu só vou me apaixonar por alguém, quando eu me apaixonar por alguém – eu não sei como o amor acontece, mas caso acontecer eu vou aceita-lo do jeito que eu sou, pois eu tenho meu orgulho e minha semi-independencia(pensando bem, eu não vivo sem os bolos da vovó ou os bolinhos da Tia Chris( e também não vivo se minha mãe não me alimentar, me der um lugar pra ficar, ou dinheiro para me divertir(que saber, eu sou bem dependente, mas só das pessoas que eu amo))).

– Mas você não disse que estava apaixonada pelos olhos dele? Isso não pode se tranferir para o resto do ser que é o Zephir? - tá certo a Manu agora deixou de ser esperançosa para se torna a própria esperança, que bom que o comedor da esperança ainda tá dentro da caixa de Pandora (ou vaso, ninguém sabe qual o certo, não é?).

– Eu falei que me encantei pelos olhos dele e não, não tem como eu me encantar pelo resto do ser dele, entendeu, agora chega de ser tão esperançosa mocinha e só por isso vou ficar aqui jogando no seu lindo playstation 4, enquato você vai desmentir pro Ed tudo que você falou até agora para ele.

– Você nos chama de telepatas, mas é você que sabe exatamente o que a gente tá pensado ou o que a gente tá fazendo – não é que eu seja telepata, é só que eu sei que quando é o Ed, você é uma baita de um fofoqueira, mais do que a bruxa do 71.

E foi assim o resto da tarde (até as 15:00pm) eu não falando com a Manu e ela me olhando com um sorrizinho muito suspeito, isso pode não ter tido cara de briga, mas sempre que eu brigo serio com a Manu ou com o Ed nós mantemos a calma e não saimo por ai alterados, claro que quando é por besteira (como por exemplo se o sorvete de morango ou o de sorvete de chocolate é mais gostoso(lógico que é o de flocos)) nós só faltamos gritar, (porque nossas risadas nessas horas já estão a mil.) mas depois de uns dez minutos nos já estamos de bem, tanto que quando fui embora eu dei um abraço na Manu e outro na Tia Chris(claro eu nõ briguei com ela).

Chegando em casa eu sinto logo algo me acertando com muita força na altura do peito.

– Eu adoro seus abraços nessa altura, seu peito grande é fofo que nem marshmalow – minha irmãzinha com suas observações estranhas depois de me abraçar pulando do sofá que fica de frente da porta.

– Calcio, se você não me soltar agora eu vou fazer um ataque de coseguas em você – ela me soltou na hora, mas eu sou má, dei um abraço super apertado nela e comecei a dar beijo por todo o rosto dela.

– Para eu te soltei, por que tá me atacando?

– Eu te ameacei com um ataque de cocegas – falei dando um beijo a cada palavra – isso é um ataque de ca-ri-nho – o que é diferente de qualquer outro ataque, você pega o carinho acumulado(aqueles momentos onde você quer fazer um carinho em alguém, mas se segura?(eu amo muito minha irmã e quero fazer carinho nela sempre)) e libera de uma vez em um monte de beijos e abacços repetidas ezes e super rapido.

Ca foge assim que eu solto ela e se esconde atras da nossa vó, que me olha com uma cara feia, mesmo que a Ca esteja fazendo um pessimo trabalho para esconder um grande sorriso, mas logo a carranca da vovó se torna um sorriso super largo(que boa atri ela é não(eu realmente fiquei com medo)).

– Como eu queria que a sua mãe e sua tia fossem amigas assim – ah, minha tia, sabe eu só vi minha tia três vezes na vida, a primeira foi no aniversario de 35 anos do casamento da vovó e do vovô(eu tinha apenas 5 anos na época), a segunda foi quando a Ca nasceu, ela foi convidada para o batizado e a utima vez foi no enterro do vovô, minha tia e a mamãe não tinham um bom relacionamento, tanto que minha tia mora em outro país agora e é por isso que a vovó tá morando com a gente.

Dai em diante foi a bela rotina diaria, tomar banho, fazer o dever, jogar um pouco, mexer no computador, ficar no tedio e ficar falando Bob enquato to deitada na minha cama king size com cabeça pendurada e com os pés bem separados sobre a cama, etc, etc e tal, até chegar a hora do jantar, quando mamãe e vovó perguntam como foi meu dia e o da Ca, termino o jantar, subo, jogo um pouco no computador e vou dormir, igual a quase todo santo dia da minha vida.

Menos por uma parte, meu sonho, eu geralmente não sonho, mas quando sonho, não é como esse sonho.