A Lua no alto vigiando cada movimento.
O gato ao lado atento a cada passante.
A cama vazia, os lençóis embaralhados.
O quarto desleixado, o guarda-roupas quebrado.
A sacada sendo apoiada, as costas retorcidas.
Oh, meu bem, minha bela.

O computador ligado, o molden desconectado.
A luz apagada e o miado do gato.
O cigarro que mais expelia fumaça do que matava.
O celular jogado, estilhaçado, contra a parede.
O vento arrumando-lhe os cabelos.
Oh, meu doce, eu amo você.

Cristais por todos os lados,
Seu nome escrito nas paredes.
Todas as combinações com o número que você odeia.
O policial, o detetive, no fundo do beco.
Não havia saida, não havia saída para si.