Cruéis: A Associação escrita por Ko3lho


Capítulo 2
Capítulo II: A Origem da Crueldade


Notas iniciais do capítulo

Não quero que isso seja um Scooby Doo, muito menos um CSI. mas espero que gostem do segundo capítulo de Cruéis...



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Capítulo II

–Alexia Margareth! Pelos barulhos que estavam vindo de seu quarto eu suponho que sua noite foi ótima. –Dizia Morgan. –Não foi nada gentil deixar os outros sem dormir.

–Eu precisava relaxar. Uma boa música era o que faltava para eu ter uma noite magnífica. –Respondia Alexia.

–Samantha foi até os correios pegar as cartas de nossa família...

–Ela foi o que? –Perguntava a jovem garota assustada.

–Alexia... Ela só foi pegar algumas coisas que as nossas famílias enviaram. Já ia me esquecendo, hoje eu queria propor um desafio: Eu, você e a Sam teremos que abrir as encomendas no meu quarto. Você topa? –Perguntou Morgana.

–Tudo bem. Você soube da notícia de ontem?

–Soube. Ela era tão jovem para morrer. Eu não sabia que ela era casada, ainda mais com o sorveteiro. –Dizia Morgan.

–Ao menos ela morreu envenenada. Não deve ter sido tão doloroso. –Completava Alexia.

–Um trabalho a menos. –Com algumas caixas empilhadas em seus braços, Sam se aproximava das garotas. Ela havia ouvido um pouco da conversa e soltou uma de suas piadas. –A Senhorita Spartex era um pé no saco. Eu gostei de sua morte.

–Vamos levar estas coisas para o meu quarto. –Dizia a garota de cabelos castanhos. –A Alexia topou abrir as encomendas lá.

–Bem garotas, eu vou ao banheiro. Daqui a alguns minutos eu chego lá. –Alexia se despediu das garotas.

Descendo as escadas, Margareth fica se perguntando o porquê de não ter aulas. Claro que a morte de uma antiga professora abalaria todos, mas todos irão morrer um dia, o mundo nunca foi gentil com ninguém, hoje não seria diferente.

Chegando ao banheiro, Alexia olhou durante alguns segundos para o espelho, vendo seu reflexo ela fazia algumas caras e bocas. Um grupo de garotas estava se aproximando da porta do banheiro, ouvindo risadas Alexia se dirigiu a primeira cabine e se escondeu para ouvir a conversa.

–Garotas! Hoje eu vi a Samantha com algumas caixas do correio. –Dizia uma das garotas, despertando a curiosidade das outras. –Dizia Megan.

–Sério? Não sei como não a prenderam. Uma Jovem negra cheia de caixas é um ótimo motivo para pegar alguns anos de cana. –Com curiosidade Amanda ironizava.

–Falando nisso, em uma das caixas estava o nome da Morgana, uma caixa grande com o selo de fragilidade. Até hoje eu não sei como a Samantha subiu tão alto na associação da Morgana, já que a tal é muito preconceituosa em quesito de cor de pele. –Continuava Megan.

–Sem falar que além de ser negra ela deve fazer inúmeros tratamentos de beleza para manter aqueles cabelos lisos dela. HAHAHA... –Terminava Diana.

Alexia já não aguentava mais ouvir as críticas em cima de sua amiga. Então como uma boa “amiga”, ela saiu rebatendo todas as garotas.

–Escute aqui queridinhas, o cabelo dela é natural, a beleza que está presente nela também. Diana, esse seu cabelo é pintado todo ano, você que a todo custo ser ruiva, sem falar que eu encontro você toda semana no cabeleleiro. Amanda, quem é você pra falar sobre prisão? Você já passou pela policia inúmeras vezes. E Megan, você tava tão curiosa pra saber o que estava dentro das caixas... Ah sim, eu sei o motivo, você só é assim tão recalcada, pois seu sonho era entrar na associação, mas nem pra ser inimiga da Morgana você presta. Então calem suas bocas cheias de merda, pois o fedor está pior do que os das privadas! –Afirmava Alexia enquanto se retirava. –Idiotas.

O cair da noite havia tomado os céus de Lepus Steel, e, além disto, uma noticia estava deixando todos os alunos roendo as unhas. Os novatos estavam curiosos. Os fracos estavam com medo. As falsas estavam se preparando.

A volta de alguém poderia abalar toda a estrutura de algumas vidas.

No quarto de Morgan, Alexia e Sam estavam reunidas. Como combinado estava na hora de abrir as cartas...

–“Querida Morgana. É uma pena não podermos nos reunir de novo...” Parece que eles mandam a mesma carta todo mês. –Dizia Sam. –Eles realmente não se importam com você?

–Como você viu, não. –Respondia Morgan de forma irônica. Pegando o papel das mãos de Sam, ela o rasgou. -Vamos pular a minha carta. E Então Alexia?

–Não mandaram cartas esse mês, mas me mandaram um Box de Pretty Little Liars... –Alexia afirmava enquanto foi interrompida por Sam.

–Você já assistiu todas as temporadas e acompanha a atual.

–Sim, sim. Mas isso foi o que eu pedi ano passado. Samantha, o que você ganhou? –Perguntava Alexia.

–O que? Ah sim. Só recebi um moletom com “Quem quer ser a rainha das vadias?” escrito. Foi algo decepcionante. Eu achei que ganharia um urso de pelúcia recheado com drogas. Eu poderia estudar enquanto via unicórnios. –Brincava Sam.

–Mudando de assunto... Vocês souberam que a Paola está para voltar? Lepus Steel vai virar um inferno outra vez. –Morgana mostrava interesse no assunto que percorreu os corredores da escola, querendo saber as opiniões de suas amigas.

–Soube que a família dela estava para chegar à cidade. Ela não vai fazer muita diferença aqui. –Alexia dava sua opinião, mesmo assim ela tinha um pé atrás com Paola, mas isso era algo que só pertencia aos seus interesses.

–Já era hora dela voltar. Quero testar os poderes de líder. Depois da saída dela, eu tive poder suficiente pra subir ao topo da escola, se tornando linda, popular e inteligente. –Terminava Morgana.

–Isso é verdade. Ela tinha a arte de seduzir os garotos... –Dizia Sam, mas foi interrompida por Alexia.

–Isso não conta. Você e ela eram ótimas amigas.

–Você já ouviu falar em falsidade? Eu costumo dizer que amizade não existe, as pessoas só servem para usar e serem usadas. Essa é a lei da vida. –continuou Samantha. –Será que ela ainda tem aquele olhar de gato?

–Olhar de gato? Eu acho que ainda não estava na escola quando ela ainda era uma estudante. Eu creio que pela sua piada, ela tinha Heterocromia. –Conclui Alexia.

O toque de recolher estava se aproximando, com isso as garotas decidiram voltar para seus quartos. Morgan empilhou algumas caixas que ela havia ganhado. Alexia foi rever a série que ganhou em seu quarto. Samantha como sempre deve ter ido fazer algo não importante.

Após as demoradas horas que estão presentes no relógio, a comum e maravilhosa cor acinzentada coloria os céus de toda a cidade. Uma cor que combinava com o dia.

Quando a noticia de que a aluna que atormentou os alunos durante anos estava para chegar, ninguém havia imaginado que a tal chegaria tão cedo.

O dia mal havia amanhecido, e, Paola já estava na recepção da escola, assinando alguns papéis. Pelo que tudo indicava, ela estava se rematriculando.

A sorte estava ao lado dela, conseguiu o penúltimo quarto vazio. Ao subir as escadas, reparou em três garotas juntas conversando no corredor. O assunto? Sim, estavam falado de Paola.

“Espero que ela mude a cor daquele ruivo falso...” Samantha tinha soltado a piada que poderia mudar sua vida repentinamente.

–Vejo que já virei artigo de primeira página. Bem que dizem: Noticias populares voam pelos ares. –Chegava Paola, interrompendo o assunto principal. –Quanto tempo garotas. –A tal sorriu de forma extremamente forçada, mas aquilo foi despercebido.

–Olá Paola. –Morgana a Cumprimentava.

“Dia qualquer do mês de fevereiro do ano de 2010”

–Você topa jogar o jogo do copo? –Morgana perguntava, demonstrando a vontade de jogar.

–Não acredito muito no Ouija, também não acredito no sobrenatural. –Respondia Paola. –Mas vamos fazer o teste.

Com o tabuleiro posto a uma mesa, as duas garotas se sentavam frente a frente. Um copo no centro do tabuleiro dava inicio ao jogo.

“Corações duvidosos unidos vão ficar. Espíritos do além vieram nos comunicar...” Morgana e Paola recitavam o suposto ritual que iniciaria o jogo. Ao encerrar as palavras, começaram com as perguntas.

–Eu começo! –Afirmou Paola. –Tem alguém aqui? –recebendo a resposta de “sim”, Paola decidiu continuar as perguntas. –Entendo... Alguém da minha família vai morrer? –O ponteiro estava apontando para o sim, mostrando que alguém talvez morresse.

O choque já estava tomando Morgana, ela era uma pequena medrosa. Ao contrario da tal, Paola mostrava interesse e duvida. Sendo uma pessoa cética, a tal não acreditava no sobrenatural.

–Quem será? Meu Pai? –o “olho do futuro” começou a se mover, pegando letras e formando palavra “mãe”.

Depois daquela resposta, Morgana decidiu parar. Apesar de não ter feito nenhuma pergunta, era hora do jogo ser encerrado. Então sem o consentimento de Paola, Morgana puxou o indicador, levando-o até a palavra “adeus”, encerrando a sessão.

Depois de uma conversa sobre assuntos aleatórios, Paola foi embora.

Depois de algumas semanas, Morgan estava conversando com Alice sobre um trabalho de artes que o professor da época Havia passado.

Sam chegou correndo, ela aparentava estar triste. “Morgan! Morgan!” gritou ela, esperando que a chamada a ouvisse. “A mãe da Paola morreu.” Depois daquela ultima frase, Morgan sabia que muitas coisas iriam mudar.

“Atualmente”

–Vejo que nada mudou. Samantha continua com sua falsidade, falsidade que escorre de suas presas como veneno. A Loirinha eu não conheço. E Morgana... Não tenho algo bom relacionado a você.

–Não me chamo loirinha. Se você tiver uma boa memória para decorar meu nome é Alexia Margareth. –Alexia dava dois passos para trás, demonstrando que iria se retirar. –Até depois garotas.

–Até. Nossa Paola, você citou a sua melhor característica, a falsidade. –Dizia Morgan.

–Temos aqui uma Nerd que gosta de se meter em problemas... Isso mesmo, a falsidade é uma característica que eu amo. Só assim eu consigo ter o dom de lidar com cobras como vocês. Bem, se vocês me derem licença eu irei descansar no meu quarto. Já encontrei víboras de mais por hoje. –Se despedia Paola com grande estilo.

–Espero que essa sua cara ainda esteja na garantia, vai ser caro o reparo depois que eu quebrar ela. –Sam ressaltou.

–Tente a sorte. –Encerrou Paola.

Depois de um longo entardecer o crepúsculo já estava sendo literalmente comido pela escuridão da noite. Mesmo com o cessamento das aulas, as três garotas pareciam cansadas.

Uma estrondeante música estava vindo do quarto em que a novata estava habitando.

“De onde está música está vindo?” Morgan se perguntou. Decidiu sair do seu quarto procurando a resposta. Ao sair encontrou Alice com a mesma dúvida.

–Paola? –Alice perguntou a Morgana.

–Supostamente sim Eli. Além do mais ela está ouvindo The Pretty Reckless á essas horas.

–Eu preciso dormir. Vamos até lá. –Sugeriu Alice.

Ao andar no corredor tentando não fazer barulho, Morgana começou a sussurrar perguntas.

–Próximo mês eu irei te levar a algumas amigas minhas na cidade. –Disse Morgan.

–Tudo bem. –Respondeu Eli.

Quando finalmente estavam chegando perto do quarto, a música foi encerrada. Um grito atordoante foi ouvido. Aquele som estava vindo do banheiro.

As duas garotas correram até o banheiro querendo descobrir o que tinha acontecido.

“AH!” Gritaram elas. Uma enorme poça de sangue estava no chão do banheiro. O sangue estava vindo de dentro de uma das cabines do banheiro, precisamente do corpo de Megan.

Várias alunas incluindo as monitoras do dormitório das meninas foram até o local depois de ouvir a sessão de gritos.

Além do sangue e do corpo, pegadas de sangue também estavam colorindo o cenário criminal. Quem sabe aquelas pegadas levassem a uma resposta.

Por fim, as pegadas levaram todas até a escada. Um par de botas ensanguentadas estava encostado na parede. Além das botas duas facas foram encontradas. Uma repleta de sangue e a outra limpa. Seria aquilo um enigma?

Além disso, um bilhete junto às facas revelava uma boa parte do mistério. Uma asa de borboleta estava colada no lado inferior esquerdo. “... irmãs gêmeas que nunca foram iguais.” Estava escrito.

Pelo que tudo indicava, faltava um pedaço do papel, como se tivesse sido rasgado.

“Vão todas para seus quartos!” Uma das monitoras gritou.

Após aquele grito de autoridade, todas voltaram para seus quartos. O mais estranho, é que Alexia e Sam não estavam em seus quartos, e mesmo assim não se encontraram com as outras garotas.

–Seria essa a Música que a morte cantava? –Sussurrou Paola enquanto estava adormecendo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Deixem um comentário pois isso motiva muito a continuar!
Nos vemos no próximo mês!



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