Family don't end with blood escrita por Loki


Capítulo 6
Foque na missão!




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POV’S SAM

Quando cheguei a casa, deixei a moça que atropelei confortável na minha cama e fui ligar para o meu irmão, pois ele é médico e queria que visse se não era nada grave.

– Alô, irmão? – falou do outro lado – Porque está me ligando a essa hora da madrugada? Aconteceu alguma coisa?

– Oi, Donnie. – disse com receio – É que... Sabe... Eu... Eu atropelei uma pessoa e estou... estou preocupado. Você poderia vir aqui ver se ela está bem?

– VOCÊ ATROPELOU UMA GAROTA?! – espantou-se. Só se deu conta de que tinha acordado a esposa quando a mesma perguntou o que estava acontecendo. Explicou-a e continuou: - Tudo bem, Sammy. Eu vou para aí, só vou me arrumar rapidinho.

– Obrigado. – agradeci – Até logo!

– Até! – retribuiu.

{...}

Ao ouvir as batidas na porta, fiquei aliviado, porque estava ansioso demais. Abri-a e avistei-o a minha frente.

– Graças a deus! – desabafei – Entre, irmão! – pedi.

– Onde a garota está? – indagou.

– No meu quarto. – repliquei.

Donnie foi o mais rápido que pôde para o cômodo. Tinha consigo uma maletinha de primeiros socorros, que o impedia de ir mais depressa. Como não queria atrapalhar, fiquei sentado no sofá da sala. Sabia que devia estar com eles, mas não estava. Por quê? O motivo não era esse de atrapalhá-lo e sim, outro que não sabia. Talvez fosse aquela menina. Ela me atraia muito.

– Ela vai ficar bem, só precisa descansar. – avisou meu irmão saindo do quarto – Agora, preciso ir. Tem uma mulher a minha espera.

– Obrigado, irmão. – falei acompanhando-o até a porta e a abrindo.

Despedimo-nos e voltei para o sofá, após trancar a mesma.

POV’S ALEXIS

Abri os olhos com dificuldade. Minha visão ainda estava turva, mas conseguia perceber que não estava na minha casa. Estava em um lugar estranho. “Onde estou?”, pensei confusa.

Sentei-me e observei o local já com a vista regulada. Vi que estava em um quarto com papel de parede azul; uma televisão em frente à cama em que me encontrava; e um armário que ocupava toda a parede lateral a partir da porta.

Levantei-me desconfiada. Comecei a sentir uma dor estonteante na minha perna direita e quase cai. Isso só não aconteceu porque me apoiei na cama. Quando consegui me equilibrar em apenas uma perna, quiquei até a porta e me segurei em sua estrutura, observando o local. Avistei um homem, com mais ou menos a minha idade, vestindo uma calça jeans rasgada, uma camisa branca simples sob uma jaqueta de couro preta e tênis All Star branco todo sujo. Seu cabelo era negro. Sua barba estava crescendo. Seu rosto não era nem muito largo nem muito oval. Seus lábios eram levemente rosados. E sua pele era bronzeada.

Ele estava sentado no sofá, jogado e de olhos fechados. Tentei sair dali sem ser percebida, sem fazer um barulhinho sequer, para não acordá-lo, mas não consegui. Fui apoiar a perna machucada no chão para ser mais rápida e ela acabou vacilando, fazendo-me cair e derrubar um móvel que parecia um banco largo, só que mais alto.

O anfitrião da casa (imagino eu), primeiramente, acordou assustado, dando um pulo. Depois, foi me ajudar.

– Você está bem? – perguntou preocupado.

– Sim, sim. – menti. Quando os meus olhos azuis se encontraram com os dele, que eram da mesma cor, só que mais intenso, meu coração bateu mais forte. Minhas pupilas dilataram. E fiquei sem palavras – Eu-Eu tenho que ir. – consegui dizer (mas também, foi apenas isso).

Ele me ajudou a levantar e tentei escapar dali o mais rápido possível, no entanto o homem segurou o meu braço, falando:

– Espere um pouco. Fique apenas pa...

– Eu realmente tenho que ir. – cortei-o, fazendo-o soltar o meu braço. Dei um passo e ele voltou a segurá-lo.

O fato foi que eu não estava me sustentando direito e acabamos nos beijando. Senti suas mãos me puxando mais para perto do seu corpo e eu consenti com isso. O mundo a minha volta havia sumido. Era apenas eu e ele no meio do nada. Aqueles dois minutos foram os maiores da minha vida. Quando nos largamos, minhas bochechas esquentaram e tinha um sorrisinho no rosto, que logo abandonei.

– Eu... Eu tenho que ir. – eu disse constrangida me afastando um pouco e me apoiando a parede.

– Eu te levo. – falou decidido.

POV’S SAM

Depois daquele beijo, fiquei desnorteado por um instante. Aliás, desde que a bati meus olhos nela, ferida e desacordada no acostamento da estrada, sai dos eixos, fiquei perdido, mas consegui me controlar e ajudá-la. Naquele momento, não tinha a intenção de beijá-la, porém foi impulsivo. Meu corpo inteiro ansiava por isso. Eu não a conhecia, não sabia onde morava, mas a queria para mim, apenas para mim.

– Eu te levo. – falei voltando a realidade. Ela hesitou, no entanto, no fim, aceitou a carona.

POV’S ALEXIS

Depois que saltei do carro, já na frente da mansão, suspirei até não poder mais. Esqueceria o acontecido a qualquer custo. Não podia ficar me preocupando com coisas fúteis, como aquilo. Minha missão era apenas uma: achar o culpado do acidente que matou meus pais, a mãe de Camilla e me deixou debilitada.

– A gente se vê por aí! – despediu-se o garoto após dar partida no automóvel e fazer uma bandalha para voltar para casa. Lancei um sorriso amarelo para não ser mal-educada.

Manquei até a porta e a forcei para abrir, pois ela não fechava direito desde que eu enlouqueci em uma noite e danifiquei a maçaneta. Entrei no hall e bati a porta. Luna estava esperando por mim em pé, apoiada na parede da sala de estar. Ela não disse nada. Deixou-me seguir meu caminho livremente até o quarto, onde passei o resto da noite, tentando não pensar naquele garoto que nem ao menos se o nome.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo???
O que preciso melhorar???



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