A Nova Seleção escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Postando outro capítulo essa semana



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"Se tiver de escolher entre cuidar da minha vida e ser atropelado por um carro, escolha o carro. Se o fizer, haverá chances de sobreviver". - Selecionada Jasmine J. Herondale

Selecionada Lucy

Minha trança estava impecável. Uma moça enviada do palácio, havia me transformado por completo. Estava linda, mesmo com uma calça preta jeans e uma blusa branca, com um broche dourado por cima.

Entrei no carro preto após me despedir de meu irmão e pai. Meu melhor amigo nem tinha aparecido. Fiquei decepcionada.

Até aquele dia, nunca tinha andado de carro; era uma Cinco. O modelo era o de última geração, um veículo prateado e bem moderno.

Havia pedido para que colocassem meu violino próximo á mim, para que quando chegasse o avião, pudesse "toca-lo" (ou pelo menos tentar).

O caminho não era longo.

Quando pus os pés para fora do carro, uma multidão de pessoas aguardavam atrás de fitas vermelhas. Muitos seguravam cartazes, outros só gritavam;

Não estava acostumada com aquele tipo de atenção. Minhas mãos suavam e se pudesse esconderia meu rosto num buraco. Passei várias vezes as mãos sobre os cabelos, estava muito nervosa.

Fui levada imediatamente para o avião, cercada de guardas. Ainda consegui ouvir os gritos da multidão quando as portas do avião fecharam e encontrei uma garota de cabelos castanho e olhos verdes brincando com um chaveiro.

– Olá! - Ela se levantou sorridente e, veio até mim.
Estendi as mão mas ela me puxou para um longo abraço.

– Que isso, sem formalidades! Somos amigas, certo? - A garota se desvencilhou e me olhou atentamente. A garota se desvencilhou e me olhou atentamente. Eu só conseguia ficar imóvel. Ela bateu a mão na testa, como se acabasse de lembrar de algo.

– Descupa, nem me apresentei. Me chamo Barbara, mas mudaram para Blair - ela apontou para o broche dourado - e você é a Lucy. - Ela abriu um largo sorriso e me guiou para o assento. - Mais duas garotas vão chegar.

O avião decolou e senti tudo ao meu redor ficar mais leve. Olhei pelo canto da janela, Connecticut ficar cada vez menor.

– È legal, né?! - Blair comentou. - Temos sorte em ser as primeiras, vamos poder ficar sozinhas por um tempo, mas isso é chato. - Franzi a testa. Não tinha entendido o que ela havia dito.

– Quais garotas vão viajar com a gente? - Perguntei.

– Sei que uma é da Dois e outra é da Três, mas não tenho certeza. - Blair colocou o indicador no queixo, pensando.

– Você toca? - Ela indagou ao ver o instrumento num banco próximo. Ela sorriu e correu até o objeto.

Ela era muito sorridente, sua euforia estava me incomodando. Como alguém podia estar feliz estando no mesmo avião com uma competidora que vai lutar pela mesma coisa que ela?

Olhando Blair, tentando tocar algumas notas (se é que podemos chamar garrancho de notas), percebi que ela não estava lá só por querer a mão do príncipe, não importava quem entrasse naquele avião, ela só queria ser e ter amiga, e não deixaria uma competição acabar com seu espírito alegre.

(...)

Ainda eram três e meia quando enfim o avião pousou novamente, dessa vez em Bonita. Quando embarquei, ainda não se passava das uma da tarde. As aeromoças tinham trazido lanches para nós, e Blair não parava de falar o quanto tudo aquilo era legal.

E eu estava achando tudo divertido, não tanto quanto minha colega, mas estava. Era muito melhor ouvir do que falar - e Blair falava por duas pessoas.

O avião pousou e dessa vez, ficamos meia-hora esperando para que a selecionada entrasse. Blair, curiosa, começou a olhar pela janela e comentar:

– Tem milhares de pessoas lá fora. Tem um cara empurrando um segurança pra chegar na garota... Ah! Olha, vem ver! Tem até gente com máscaras do rosto dela! - Blair apontava para todos os lados que conseguia. - Droga, perdi de vista!

– Logo ela entra. Você viu como ela é?

– Quase nada. Era Loira, estava com salto agulha preto, óculos escuros, uma pusera prateada e...

– Achei que não tivesse visto quase nada - argumentei, brincando.

– Só vi o básico, querida.

– Sei... - Comecei a rir.

Blair havia saído do assento ao lado e ido para o da frente e, eu o havia ocupado com o violino e algumas partituras.

No mesmo instante, a porta do avião se abriu. Gritos ensurdecedores entraram pelo pouco tempo em que ficou aberta, mas logo cessaram.

Era garota vestida com blazer e vestido pretos, e um salto gigante. O cabelo loiro levemente ondulado caia perfeitamente nos ombros. Ela tirou o óculos e o segurou numa mão. Olhou para Blair com desprezo, a mesma fingiu não perceber e se encolheu no banco. Depois a loira voltou o olhar pra mim, deu um sorrisinho cínico e foi para a parte de trás do avião.

Quando ela passou ao meu lado, vi em seu broche: Queen.

Não tinha dúvidas que ela era a Dois.

Não havia se passado nem dez minutos da decolagem e ela começou a pedir ás aeromoças para que lhe trouxessem suco e um travesseiro - para ela o banco estava duro.

Horas depois uma garota de cabelo azul entrou, olhou para nós e sentou nos primeiros bancos. Nãos sabia nem queria saber o nome dela, ela era estranha.

– Isadora - me sobressaltei quando Blair cochichou no meu ouvido. Que ninja!

– Ela é bem estranha.

– Concordo.

(...)

Quando descemos do avião, ficamos meia-hora dentro dum carro e enfim chegamos ao palácio, fiquei maravilhada. O palácio era ainda mais bonito visto de perto, ainda mais á noite. Já se passavam das seis, e a lua já aparecia.

No mesmo instante em que nosso carro estacionou - depois de dar duas voltas ao redor de um chafariz - outros, do mesmo modelo e cor estacionaram, e garotas com broches como o meu desceram organizadamente (outras não, é claro, começaram a gritar: "que lugar lindo" "vou morar aqui").

Fizemos um tour pelo palácio e Maeve, a instrutora, deu ordens para que tomássemos banho, trocássemos de roupa e fôssemos para o jantar. No dia seguinte a família real se juntaria a nós para o café;

Tivemos uma pequena "aula" para sabermos como nos portar e como agir. Foi interessante;

Após isto fui rapidamente atendida por três criadas, devidamente vestida e arrumada.

Como eu, muitas garotas estavam deslumbrantes. A selecionada Angela vestia um belo vestido violeta - bem delicado -, ela conversava com Àgata, parecia que elas se conheciam á tempos.

Outras já eram mais ousadas, como Stacie com um vestido gigante, vermelho sangue e jóias pesadas. Queen era mais sofisticada e elegante com um vestido turqueza sem decote. Helena, uma ruiva linda e simpática e Alyna conversavam juntamente com Beverly (a Seis) e Audrey. Outras estavam mais isoladas, como Samantha, Monyra e Jasmine. E não era eu quem conversaria com elas.

Seguimos para o jantar, encontrando á mesa as princesas. Não sabia que as primas do príncipe estariam no palácio; com exceção de Queen, a maioria estava surpresa.

Fizemos uma reverência e a princesa Christy deu-nos boas vindas.

Não tinha ninguém que não estivesse apreciando a deliciosa comida do palácio - dava para perceber pelos suspiros. Ao meu lado, Blair comia sem dizer uma palavra, mas olhando atentamente ás outras garotas, como se quisesse ver se estava fazendo certo.

Após a sobremesa todas foram para seus quartos, claro, que ainda comentando e cochichando o que achavam do palácio.

Selecionada Jasmine

O silêncio no quarto era chato e entedioso, mesmo que já estivesse acostumada com ele. Bocejei. Duas criadas terminavam vestidos, enquanto outra tentava inutilmente organizar sapatos em fileiras. Já eu, estava brincando com esmaltes pretos, jogando-os para o ar vezes ou outra.

– Senhorita, o que acha desse vestido? - Uma criada de cabelos brancos, estendeu o vestido cor de rosa para mim.

– Esta rosa demais - respondi.

Ela abaixou o vestido e o colocou de lado.

– Tem algum modelo em mente, senhorita? - A mesma perguntou, decepcionada.

Pensei por alguns instantes. Não queria nada extravagante, mas não queria passar despercebida como no jantar.

– Pode ser preto e branco. - Comentei. - Só não exagerem - olhei para o vestido pink sobre uma cadeira. Que elas pensavam que eu era para usar aquilo? - Vou dar uma volta.

Me levantei da confortável cama e vesti meu hobbie preto e fino. Tínhamos ordens para não sairmos do quarto até amanhecer; mas não era eu quem seguiria ás seguiria.

As criadas tentaram argumentar, fingi que não ás ouvi e calcei as pantufas, abri e fechei a porta e comecei a andar pelos corredores.

Alguns guardas faziam segurança ao redor, mas não eram muitos. Alguns até franziam as sobrancelhas ao me ver, mas não faziam nada considerável a respeito.

Arrumei meu cabelo preto e longo num coque frouxo. Estava acostumada a deixa-lo assim no escritório, enquanto escolhia casos para defender.

Estava com sono, era fato. Comecei a entrar em corredores e mais corredores, até sentir minhas pernas fraquejarem. Sabia que ainda estava no segunda andar, senão no primeiro. Mas não tinha certeza de ter descido alguma escada.

Entrei num corredor estreito, vazio e silêncioso e me encolhi atrás de uma armadura. Não controlando mais meus olhos, feche-os e encostei minha cabeça na parede.

Batidinhas leves no braço me fizeram acordar. Resmunguei, e me mexi, mas mesmo assim não paravam.

– Sabe, você precisa ir para o seu quarto.

A voz estava rouca, e bem baixa, mas consegui entender. Me recusei abrir totalmente os olhos. Mas minha curiosidade era maior.

Lentamente abri meus olhos, me deparando com uma cabeleira meio loira, ainda estava com terno e bocejava. A quanto tempo eu estava ali? E por que o príncipe estava ao meu lado?

– Me deixe em paz. - Falei sem rodeios.

O príncipe franziu a testa e começou a rir.
– Descupe se interrompi seu sono precioso, mas o chão é frio e você deveria estar no quarto agora.

– Eu não quero ir para meu quarto, estou confortável aqui.

– Não está não. - Ele estendeu a mão e a contragosto, com sua ajuda me levantei.

Tinha o péssimo hábito de acordar com mal humor;

– Como veio parar aqui? - O príncipe perguntou enquanto saíamos do corredor.

– Também não sei...

Ficamos num silêncio constrangedor.

– Olha, posso te acompanhar se quiser.

– Prefiro voltar sozinha. - Ele deu de ombros.

– Hum... Tudo bem, senhorita..?

– Jasmine.

– Ok, boa noite senhorita Jasmine. - Ele beijou minha mão e saiu andando.

Voltei para o quarto; as criadas comunicaram que se passava da meia-noite e que haviam mandado me procurar. Me irritei, mas não disse nada. Simplesmente tirei o hobbie e as pantufas. Pedi para que as criadas saíssem e me aconcheguei na cama.

Os últimos acontecimentos martelam em minha mente. Eu havia encontrado o príncipe. E havia sido grossa - hábito as vezes incontrolável - com ele. Ele era a autoridade ali, não eu.

Tive a leve impressão de que não deveria ter saído do quarto.


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Notas finais do capítulo

Fiz com pressa o capítulo. Espero que tenham gostado. Se tiver algum erro, por favor me avisem; Sugestões para capítulos estão sempre abertos.
Ps: Não consegui falar de todas as selecionadas, espero não estar decepcionando vocês, pois em momento algum eu quero isso. Sobre o final: Não é por que o peixe do aquário sumiu, que foi o gato quem comeu, certo?! - gente pelo amor, não vão ficar pensando que só por que a garota se encontrou com o prícipe e blá, blá... Isso não é legal.
#Sugestões estão sempre abertas!!
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