O reino das rosas. escrita por Lord JH


Capítulo 20
O sonho.


Notas iniciais do capítulo

Rainha Laís tem um sonho repleto de premonições e profecias.



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O sol iluminava o quarto real com uma luz dourada e vivida, enquanto a rainha Laís jazia deitada sobre a sua cama de cabeceira dourada e lençóis brancos cobertos por desenhos de rosas vermelhas.

A rainha estava bastante doente e não recebia noticias sobre o marido, o rei, há bastante tempo.

Toc Toc! — Posso entrar? — Perguntou o mensageiro real a bater na porta do quarto.

Pode sim! Cof! Cof... Meu bom e velho mensageiro! Que noticias trazes para mim? Cof! Cof... — Perguntou a rainha enquanto tossia.

Receio que nada de bom! Vossa majestade! — Falou o mensageiro com um olhar triste no rosto.

Cof! Cof... Prossiga! — Pediu a bela, porém fraca rainha.

O reino dos anões está um caos! O peixe voador causou um estrago muito grande nas montanhas geladas, e agora os dragões invadem as cavernas e montanhas dos anões em busca de ouro. — Falou o mensageiro com um olhar desesperado.

Trágico... — Sussurrou a rainha.

Sim! E para piorar a situação, o numero de crianças desaparecidas aumentaram nas vilas ao norte do reino! Os moradores locais afirmam que o cão vadio voltou a caçar! — Falou o mensageiro com um olhar assustado.

Mais tragédias... — Sussurrou a rainha.

Sim! Muitas tragédias! — Concordou o mensageiro.

Alguma noticia de meu marido? — Perguntou a rainha com um olhar esperançoso.

Mensageiro: — Não minha senhora... Nenhuma! Mas refugiados do reino dos espinhos dizem que o rei, o barão, o conde, e o duque, estão cercados por inimigos em um forte. E que eles não tem como fugir!

Fugir?!  Cof! Cof! Cof… Vocês não conhecem o rei ou o duque! Aqueles dois homens preferem morrer do quê perder uma batalha! — Falou a rainha com uma voz enferma e fraca.

Espero que sejam apenas boatos! Minha rainha. — Consolou o mensageiro.

E sobre Lorde Leo e Lady Julieta? Alguma noticia? — Perguntou a rainha preocupada.

Mensageiro: — Nada minha senhora! Marinheiros afirmam que o navio em que eles navegavam foi atacado por um monstro marinho, e que eles, a filha, e toda a tripulação, morreram afogados ou devorados.

Oh! Cof! Cof! Pobre garotinha... Ela desejava tanto conhecer a minha filha! Cof! Cof... Eu adoraria poder ver elas brincando e correndo pelos jardins do castelo... Cof! Cof... Mas o nosso mundo é cruel e insensível. — Lamentou a rainha.

De fato é! Minha senhora. — Concordou o mensageiro com tristeza na voz.

 Bom, e quem está governando os reinos? — Perguntou a rainha.

No norte, o conde Tony deixou a sua filha, a condessa Eleanor, no comando, antes de partir para a guerra ao lado do rei. Nas terras alem da floresta, o Barão Luiz, e o duque Lucio, deixaram a Baronesa Margarete, e a duquesa Diana, responsáveis pelo reino. — Respondeu o mensageiro.

E no reino do litoral e na cidade de Cardigton? — Perguntou a rainha.

Bom! Em Cardigton, Lorde Mellias Corde assumiu a cidade e a mansão do Falecido Lorde Leo. Dizem que ele reformou completamente a mansão! Mas sobre o reino do litoral... As coisas estão bastante complicadas. — Explicou o Mensageiro.

O que aconteceu? — Perguntou a rainha confusa.

Dizem que a princesa Clara torturou e assassinou o Sir Hoffman! Além de declarar guerra aberta contra o reino do mar. — Respondeu o mensageiro antes de soltar um suspiro fatigado.

Loucura! Cof! Cof... Aquela garota não poderia ter escolhido hora pior para iniciar uma guerra! Se o rei do mar se aliar aos imps, nós estaremos perdidos. — Falou a rainha extremamente preocupada.

Imagino que sim! Minha rainha. Mas temo que não haja nada que possamos fazer! — Lamentou o mensageiro.

Talvez... Mas não foi isso o que me foi mostrado nos meus sonhos! Cof! Cof... — Falou a rainha antes de tossir mais uma vez.

Os seus sonhos minha rainha? De que tipo de sonhos a senhora fala? — Perguntou o mensageiro confuso.

A rainha sorriu baixinho, e ao olhar com os olhos semicerrados, Falou — Galbert! Você acredita em sonhos e premonições?

Os olhos do mensageiro se esbugalharam de medo, e após o seu corpo se arrepiar todo, ele respondeu — N – Não Muito! Minha senhora.

Então eu lhe contarei uma em que deve acreditar! Para o bem de todos... — Falou a rainha com a voz fraca.

Eu escutarei de bom grado! Minha rainha. — Respondeu o mensageiro com honra na voz.

Bom... Cof! Cof... Esta noite eu tive um sonho... Cof! Cof! Eu sonhei com... Cof! Cof! Com... Cof! Cof! Com um...

Com um o quê? Minha rainha. — Perguntou o mensageiro agoniado.

Com um corvo negro! — Respondeu a rainha com uma voz sombria e um sorriso sapeca no rosto.

Um corvo minha senhora? Então foi uma premonição ruim! Pois o que um corvo traz alem de morte e azar? — Perguntou o mensageiro.

Esperança! — Respondeu a rainha. — Este corvo me trouxe esperança.

Como assim esperança? O que tinha este corvo de especial? — Perguntou o mensageiro extremamente confuso.

Ele tinha uma pinta vermelha na testa e falava! Cof! Cof... Ele me trouxe noticias sobre o futuro! — Respondeu a rainha.

O mensageiro ficou totalmente arrepiado, e com medo de que a rainha percebesse o seu medo, ele perguntou — E o que o corvo falou? Minha rainha.

Rainha Laís: — Ele me falou sobre um cavaleiro, que na verdade era um monstro. E sobre uma princesa solitária que poderia domá-lo! Cof! Cof...

Um cavaleiro monstro? Uma princesa solitária? Isto não faz sentido. Mas... Sobre o que mais ele falou? — Perguntou o mensageiro que passava a acreditar um pouco mais no sonho da rainha.

 Rainha Laís: — Ele também me falou de uma velha feiticeira, esposa de um velho mago, que vive na escuridão. Falou também sobre imps e feras; de reis mortos e de uma sereia corrompida; de princesas frias e apaixonadas! E além de tudo... De um príncipe.

Um príncipe? — Perguntou o mensageiro confuso.

Rainha Laís: — Sim! Um príncipe. Mas não um príncipe comum! Cof! Cof... Ele falou que é um príncipe especial! Com uma cobertura dourada e olhos brilhantes!

 E o que este príncipe nos trará? — Perguntou o mensageiro.

Ele nos trará a paz! — Respondeu a rainha — O corvo falou que o príncipe dourado empunhará a espada das rosas e dará um fim á escuridão de nosso mundo.

Descrente, o mensageiro esbugalhou os olhos e falou — Mas isso não é possível! Se isso que o corvo falou for verdade, como poderá o príncipe prometido ter a espada das rosas vermelhas? Já que esta espada é uma herança da sua família, e a senhora não tem nenhum filho, apenas uma filha.

Eu não sei! Mas eu confio no corvo! E eu gostaria que você escrevesse estas palavras em algum pergaminho. Se você ainda confiar no meu julgamento, é claro! — Sussurrou a rainha.

 É claro que eu confio! Minha rainha. Eu escreverei agora mesmo! — Falou o mensageiro ao procurar tinta e papel sobre a mesa.

Obrigada! Cof! Cof... — Agradeceu a rainha antes de tossir novamente.

Mensageiro: — Não precisa agradecer! Minha senhora. Devo colocar tudo sobre o sonho?

Sim! E quando acabar, por favor, chame a minha filha até aqui! Diga que eu desejo falar com ela... — Pediu gentilmente a rainha.

Sim! Minha senhora. — Falou Galbert após escrever a carta e deixar os aposentos reais.

Ah... Meu bom e velho Galbert... Você sempre foi tão leal! Eu realmente me sinto mal por não ter lhe contado a ultima coisa que o corvo me contou...  Cof! Cof! Cof...

A minha morte...


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Notas finais do capítulo

Continua...



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