You Found Me escrita por Juli06


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Eu nem sei como começo a pedir desculpas :'( Eu sei que estou em falta com vocês e peço extremas desculpas. Esse fim de ano foi um pouco conturbado e não consegui escrever, mas vou tentar entregar a vocês um final decente. Espero não decepcioná-los. ♥



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Capítulo Vinte e Dois

Malibu – 3:21 p.m.

02 de novembro de 2011

 

Patrick estava tentando se concentrar no trabalho que estava em sua mesa, mas não conseguia. Ele tinha lido o contrato três vezes e tentou entender o que o cliente queria, porém as palavras não faziam sentidos. Suspirando ele ligou o computador e abriu a pasta de músicas que ele pediu a sua secretária que selecionasse. Ele a tinha observado outro dia e viu que o gosto musical dela era bom e bem diversificado.

Sorrindo ele começou a ouvir os acordes de “Someone Like You”, intrigado ele tentou lembrar o nome da cantora e com um estalo o nome surgiu, Adele, ela tinha uma voz bonita.  Agora, um pouco mais tranquilo, ele recomeçou o trabalho e teve o resultado que queria quando as ideias começaram a surgir. Finalmente ele iria dar início ao seu projeto.

Passado quase uma hora os acordes de uma música encheram o ambiente. Patrick tinha uma vaga lembrança dela, entretanto ele não conseguiu lembrar-se de onde. Mas assim que o cantor entoou as primeiras palavras ele sentiu a cabeça girar com a volta repentina das lembranças.

 

♫ ♪ Saying, "I love you", Is not the words I want to hear from you. It's not that I want you, not to say, but if you only knew. How easy it would be to show me how you feel ♫ ♪

— Vamos lá, Jane. Essa é sua primeira dança como casado. – Gritou Cho arrancando risadas alheias.

 

— Patrick, tire sua esposa para dançar. – Lilly gritou também.

 

— Você ouviu, Jane. Tire-me para dançar! – Sorriu ela.

 

— Seu pedido é uma ordem, Lisbon. – Disse ele sorrindo.

 

Pegando-a pela mão ele foi até o centro da pista de dança que estava vazia, sorrindo apaixonadamente ele a envolveu pela cintura e com passos lentos começou a se balançar ao som da música que marcou a vida deles.

 

Ele estava tão feliz que não conseguia descrever em palavras o sentimento que ameaçava explodir de seu peito. Jane se sentia o homem mais sortudo do mundo naquele momento, estava com a mulher que amava em seus braços na primeira dança como casados.

 

— Você está linda, Teresa. – Sussurrou ele.

 

E ele realmente dizia a verdade, ela usava um vestido branco tomara que caia com um lindo bordado na cor salmão por todo o corpete, e um detalhe mais discreto na saia do vestido. O cabelo dela estava caído em ondas nas suas costas, um lindo e delicado véu o cobria. A maquiagem que ela usa era suave e realçava ainda mais o brilho apaixonado nos olhos verdes. E por um momento Jane se permitiu perder-se neles.

 

— Obrigada, Patrick. Você não está nada mal. – Ela sussurrou e aconchegou a cabeça na curva de seu pescoço, se embebedando no cheiro e calor dele.

 

Ao longe eles podiam ouvir a melodia e concordaram mais uma vez com a letra, eles não precisavam de palavras para expressar o amor que sentiam.

 

Na verdade ninguém ao redor esperou que eles falassem o amor deles, era palpável e bem visível, principalmente quando o vestido de Lisbon mostrava muito bem a pequena, mas redonda barriga que ela carregava. Aparentemente o futuro estava mais próximo do que imaginavam.

 

♫ ♪ More than words Is all you have to do to make it real. Then you wouldn't have to say, That you love me. 'Cause I'd already know ♫ ♪

 

Patrick arregalou os olhos e segurou a cabeça entre as mãos, parecia que ela iria explodir. Com dificuldade ele pegou o telefone e ligou para secretária pedindo ajuda. E em menos de 10 minutos uma ambulância parou no lado de fora do prédio e o levou ao hospital.

~.~

Sacramento – 3:23 p.m.

Cho e Lilly chegaram ao edifício que Van Pelt tinha indicado e entraram cautelosamente. Tirando a foto de Kirkland eles se aproximaram do balcão da recepção:

— Boa tarde. – Começou Cho. – Estamos procurando esse homem, ele está hospedado aqui?

— Senhor, eu não posso liberar essa informação. – Disse o recepcionista cauteloso.

— E agora, pode? – Lilly perguntou e mostrou o distintivo que as enormes siglas do FBI.

— S-sim. Ele está aqui. – A voz do recepcionista encheu-se de medo e falhou um pouco. – E-ele chegou agora, quarto 307.

— Obrigado. – Afirmou Cho e foi em direção ao elevador.

Dentro da máquina Lilly e Cho ficaram calados, ambos perdidos em pensamentos. Assim que saíram do elevador e adentraram o corredor eles se entreolharam, havia alguma coisa errada, a porta do 307 estava aberta.

Com armas em punhos eles seguiram até o quarto, o silêncio era quase ensurdecedor e eles se olharam novamente. Com três acenos de cabeça Cho entrou e Lilly seguiu atrás protegendo sua retaguarda.

O quarto estava revirado mostrando claramente que tinha ocorrido uma luta, com movimentos cautelosos eles começaram a investigar o ambiente, se tivessem sorte o suspeito ainda estaria ali.  Olharam debaixo da cama e dentro do guarda-roupa, mas nada encontraram. Lilly então percebeu que o banheiro estava fechado, chamando a atenção de Cho ela apontou a arma na direção da porta e contando até três ela esperou seu parceiro abrir a porta. Mas antes que fizesse isso tiros ecoaram pelo ambiente, mesmo um pouco longe dela Cho se jogou na direção de Lilly e a protegeu dos projéteis.

E do mesmo jeito que começou, os tiros cessaram e um clique foi ouvido como se a arma tivesse sido descarregada. 

— Kimball, sai de cima de mim. – Sussurrou ela e o encarou.  

— Desculpe. – Falou ele e a encarou também, por um momento eles se perderam no brilho que tinham no olhar.

Mas Cho quebrou o encanto e se levantou. Eles então se voltaram para o banheiro:

— FBI. – Gritou Cho. – VAMOS ENTRAR, PONHA AS MÃOS PARA CIMA.

— Estou pronta. – Falou Lilly e voltou para a posição de antes, mirando a porta.

Cho testou a maçaneta que cedeu na primeira tentativa e com um pequeno empurrão eles entraram no pequeno espaço. A primeira visão que tiveram foi a carinha sanguinária e sorridente, a marca de Red John.  Na banheira Kirkland tremia e tinha um ferimento no abdômen e uma arma na mão.

— Oh, Droga! – Falou Cho.

— Precisamos de socorro, Kimball. – Falou ela e imediatamente ela entrou no papel de médica e com uma destreza invejável ela pegou algumas toalhas e pressionou no ferimento.

Cho estava no lado de fora do quarto e ligava para uma ambulância em seguida ligou para Abbott e informou o que tinha acontecido. Eles esperariam a CBI chegar para sumir dali, ninguém podia saber que eles estavam na Califórnia.

Voltando para o banheiro ele observou Lilly tentando manter Kirkland acordado.

— Quem foi que fez isso? – Ela falava e encarava o homem. – Você o viu?

— S-s-sim. – Sussurrava ele. – M-m-moore.

— Moore? Quem é? Você sabe mais alguma coisa? – Perguntou Lilly mais animada agora.

— V-v-visualize, Ethan. – Ele falou antes de desmaiar.

— Ele morreu? – Quis saber Cho.

— Não, ele entrou em choque. Mas se a ambulância demorar mais um pouco ele vai morrer.

— Eu já lig... – Antes que terminasse a frase o celular dele tocou. – Aqui é Cho. (..) Ok, ele está na banheira. (..) Vamos sair.

Lilly o olhava intrigada e esperava respostas, ela ainda pressionava o ferimento e sua mão estava começando a ficar vermelha com todo aquele sangue.

— Vamos, Lilly. Abbott chegou e nenhum de seus subordinados podem nos ver aqui.

Saindo de lá eles correram para as escadas e ainda viram quando Abbott saiu do elevador ladeado por dois paramédicos.

~.~

Assim que a ambulância parou nas portas do hospital um alvoroço se instalou na emergência. Os dois enfermeiros que vieram com Patrick aplicavam uma massagem cardíaca nele, as enfermeiras do local gritavam para que todos abrissem caminho e os pacientes que estavam esperando atendimento tentavam ver toda a bagunça.

Ethan, que tinha fugido da UTI para tomar um pouco de ar, entrou na emergência no mesmo momento que Patrick e por pouco ele não deu meio volta e saiu de lá, porém, os cachos dourados o fizera olhar melhor e assim que reconheceu o amigo saiu gritando instruções. Depois de dois choques cardíacos eles conseguiram estabilizarem ele. Com um suspiro cansado, Ethan se virou para uma enfermeira:

— Joana, bipe Dra. Natalie Robson e a mande me encontrar no quarto 675.

— Ok, Dr. Moore. – Disse ela e saiu de lá.

Ethan passou as mãos pelo cabelo, ele olhou para Patrick e esperou que esse surto não fosse nenhum efeito indesejado. Se ele se lembrasse de alguma coisa todo o plano estaria arruinado.

Continua...


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