You Found Me escrita por Juli06


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Gente... desculpem a demora... espero que gostem :D



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Capítulo Dezoito

Washington D.C – 10:53 p.m.

22 de outubro de 2011

Cho saiu em disparada pela porta e nem se lembrou que poderiam estar numa emboscada. Ele só queria resgatar Haffner, talvez essa fosse a última esperança de resolver esse problema todo. Porém antes de chegar no homem sentiu uma fisgada no braço e por instinto se abaixou, ele estava sendo almejado, desesperado tentou pegar a arma, mas lembrou que tinha deixado em cima da mesa. Soltando um palavrão ele respirou fundo e correu chegando em Haffner o jogando no chão. Ele ouviu passos na sua direção e ficou sem saber o que fazer, os escombros não apresentavam qualquer chance de proteção e ele estava desarmado, então se viu encarando a morte. Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa ouviu a voz ofegante de Rigsby:

"Chefe, o senhor está bem?"

"Sim, mas o que diabos foi isso?"

"Era um guarda, acho que ele estava esperando a gente sair, mas eu o acertei".  Disse Rigsby preocupado e olhando em todas as direções. "É melhor voltarmos, já sabem onde é a saída e precisamos reforça a porta".

"Ok, mas me ajude aqui. Acho que Haffner se machucou".

Dizendo isso os dois homens pegaram Haffner e o arrastaram até a sala de comando, lá Van Pelt e Lilly esperavam os três, as duas estavam com armas em punhos e preparadas para qualquer eventualidade.

Assim que entraram Lilly arrastou Cho para um lado e Van Pelt pediu que Rigsby levasse Haffner para uma cama, assim ela poderia examiná-lo.

"Você é um idiota, Kimball." Falou Lilly furiosa, ela olhava para marca do tiro que ele levou. "Você teve sorte que foi de raspão. O que você estava pensado?"

"Eu não sei". Disse ele cansado. "É que quando eu vi Haffner... eu pensei que enfim conseguiríamos resolver esse mistério".

"E saiu correndo? A gente estava aqui, poderia ter dito alguma coisa, a gente te dava cobertura, e se tivesse mais agentes ali fora?"

"Eu errei, eu sei. Mas agora podemos saber o que está acontecendo".

"Ou não". Falou Rigsby entrando na sala. "Eu não sei se ele está em seu juízo perfeito".

"Cadê Van Pelt?" Perguntou Lilly e terminou o curativo.

"Está examinando ele. Ele tem um corte grande no abdômen, acho que já podemos descartar que ele matou alguém, o sangue que o está cobrindo é provavelmente dele".

"Se ele está machucado tão gravemente com certeza não conseguirá falar com clareza".

"Mas precisamos tirar alguma coisa dele". Falou Cho e se levantou.

"Você fica ai". Disse Lilly e o empurrou na cadeira. "Eu e Van Pelt fazemos o interrogatório. Rigsby fique de olho nele".

Ela saiu do recito e deixou os dois homens surpresos pela fúria dela.

"Você vai me impedir de sair daqui, Rigsby?"

"Chefe, me desculpe. Mas prefiro te enfrentar que bater de frente com aquelas duas". Disse Rigsby assustado e então sussurrou. "Eu acho que elas estão de TPM".

Cho olhou incrédulo para Rigsby e balançou a cabeça com um pequeno sorriso, ele percebeu que estavam ficando loucos presos ali. Precisava desesperadamente de uma pista, mas tudo dependeria se Haffner pudesse ajudar. Era quase meia noite quando Lilly voltou para a salinha.

"O que houve?" Perguntou Cho preocupado.

"Ele perdeu muito sangue, mas consegui mantê-lo estável". Disse ela derrotada. "Pelo menos é isso que eu acho".

"Mas ele está consciente?"

"Não. Por enquanto temos que deixá-lo descansar". Disse ela. "Amanhã conversamos com ele".

O silêncio reinou por um momento enquanto eles se entreolharam.

"Chefe, o que vamos fazer?" Perguntou Van Pelt entrado na sala. "O nosso esconderijo está comprometido. Precisamos de um plano de fuga e um modo de sair da cidade".

"Eu sei, já vou providenciar isso, tenho alguns amigos que podem me ajudar". Disse Cho.

"Você vai pedir ajuda a Dennis de novo?" Perguntou Lilly.

"Qual o problema? Ele me deve". Disse Cho como se fosse óbvio.

"Quem é Dennis?" Perguntou Rigsby curioso.

"É um amigo, Dennis Abbott é agente da CBI, nos conhecemos há alguns anos". Disse Cho e sorriu. "Ele pode nos ajudar, já que precisamos ir para Sacramento.

"Então ele seria de grande ajuda". Falou Rigsby.

"Você nem imagina, ele já me ajudou muito no passado". Disse Cho. "Ele salvou minha vida e eu a dele, no meio de um caso que investigávamos ocorreu um tiroteio ele tomou uma bala por mim".

"E quase 3 meses depois quem levou a bala por ele foi Kimball". Disse Lilly.  "Nunca vi, eu e a Teresa sofremos naquela época, dois manhosos reclamando o tempo todo".

"Ei, eu não sou manhoso". Disse Cho com um ar infantil, quase irreconhecível para ele.

Lilly se limitou a olhar para ele ironicamente fazendo Rigsby e Van Pelt sorrirem.

"Ok, eu vou ligar para ele e pedir ajuda. Talvez ele peça a Wylie para invadir o computador do FBI".

"Por que eu não posso fazer isso?" Perguntou Van Pelt magoada.

"Porque não podemos nos arriscar, mesmo eu sabendo que ninguém lhe bate nessa área. E precisamos arrumar tudo por aqui, e outra pessoa ajudando podemos sair mais rápido".

Van Pelt afirmou a contragosto, queria mesmo era fazer seu trabalho e não ficar arrumando malas. Rigsby estava calado, tinha os arquivos na mão como se querendo entender por onde toda essa confusão começou.

Já tinha passado das uma da manhã quando eles terminaram tudo, Cho já tinha encerrado o último telefonema, Rigsby já tinha fechado a mala com os suplementos. Van Pelt colocou a última roupa na mochila e suspirou de cansaço. Lilly já tinha colocado todo o material médico na outra mochila. E até aquele momento Haffner ainda não tinha se mexido, eles então desligaram tudo e colocaram mais alguns empecilhos na porta que já era bem reforçada, criando assim uma ilusão de mais proteção. E com as armas em punho foram dormir.

[Manhã seguinte...]

O primeiro a acordar foi Haffner, ele estava totalmente desorientado. A última coisa que lembrava era de ter conseguido escapar de um homem, ele tentou matá-lo e Haffner lutou, não antes de ser atingido por uma facada. Mas ele não sabia o que estava fazendo ali, nem como chegou ali. Para falar a verdade, ele nem sabia onde era ali.

Mas antes que tentasse se levantar uma voz o fez gelar:

"Não levante".

Cho tinha se levantado quando escutou a cama de Haffner mexer, ele não tinha dormido muito bem e queria que o outro homem estivesse mais consciente para tentar resolver toda essa confusão.

"Como eu cheguei aqui?"

"Você não lembra?"

Haffner apenas negou com a cabeça.

"Você apareceu aqui do nada. Não faço ideia de como chegou, ou de onde estava".

"Eu estava preso". Disse Haffner e sentiu um calafrio passar pelo corpo. "Me prenderam num tanque, depois do que pareceu ser dias... tudo começou a encher, eu tentei fugir, mas não consegui. Foi então que apareceu um homem".

"Que homem?"

"Eu não sei, nunca o tinha visto antes".

"Pode descrevê-lo?"

"Alto, olhos claros, cabelo preto".

"Tem uma pequena cicatriz perto do olho?" Perguntou Cho lembrando do homem com quem esbarrou quando saiu da sala de Lilly.

"Sim, como sabe?"

"Eu já o vi". Disse com raiva. "Mas o que ele fez?"

"Ele me tirou de dentro do tanque, pensei que ele iria me ajudar, mas aí ele tentou me matar". Falou Haffner e respirou com dificuldade. "Ele tinha uma faca, nós brigamos, mas eu fui atingido, mas antes que ele acabasse comigo consegui derrubá-lo e sai correndo. E é a última coisa que lembro".

Cho olhou pensativo para ele, queria saber o que o cara tinha a ver com tudo isso. E justamente quando ele pensava que iria entender tudo...

"Kimball, o homem que ele descreveu é o John". Disse Lilly que tinha ouvido toda a conversa.

"Ohh, então esse é o cara que te chantageou?"

"É. O que ele tem a ver com o sequestro?"

"Não faço ideia".

"Ele disse que eu sabia demais". Falou Haffner. "Mas eu juro, eu não sei de nada. Ele ficava falando que eu sabia de Red John, mas eu não faço ideia de quem seja". Disse Haffner desesperado e começou a tossir.

Imediatamente Lilly o socorreu, mas ele começou a sufocar. Ela chamou Van Pelt e assim que a outra mulher chegou, ele foi acometido por uma convulsão.

"O que diabo está acontecendo com ele?" Perguntou Rigsby assustado.

"Não faço ideia". Disse Cho.

Alguns minutos se passaram, mas pareceu horas, Cho e Rigsby estavam na frente dos computadores quando Lilly e Van Pelt apareceram, estavam com as faces cansadas.

"O que aconteceu?"

"Ele tem um Pneumotórax.

"Em Português, por favor". Falou Cho.

"Basicamente o ar entrou nos pulmões e não saiu, o que poderia matá-lo. Mas conseguimos controlar". Disse Van Pelt e sentou numa cadeira próxima a Rigsby.  "Porém não sabemos até quando podemos mantê-lo estável, não temos material suficiente para deixá-lo vivo".

"Kimball". Começou Lilly. "Antes dele apagar completamente... ele disse uma coisa para a gente".

Cho a olhou curioso e esperou, e ele esperou desesperadamente que fosse uma pista que levasse a Red John, mas achava que essa informação seria mais difícil de conseguir.

"O que ele disse?" Perguntou impaciente.

"Ele falou que a Visualize realizava algum tipo de experimento em alguns de seus seguidores, ele não sabia o que era, mas falou que as pessoas que saiam de lá não faziam ideia de quem eram".

"O chip?" Perguntou Rigsby. "Eles usavam o chip?"

"É a única explicação". Falou Lilly.

"E como isso pode estar ligado a Red John?"

"Não faço ideia". Disse Van Pelt.

"Podemos pensar nisso depois, amanhã sairemos daqui e vamos para Califórnia".

"E como vamos fazer isso? Kimball, o FBI está atrás da gente, na primeira tentativa de pegar um avião seremos presos".

"Eu cobrei um favor". Disse Cho. "Abbott conseguiu um avião para nos ajudar. Ele quer pegar Red John tanto quanto nós".

"Oh Meu Deus". Falou Rigsby que ainda estava no computador. "Será que podemos sair daqui em menos tempo?"

"Por quê?" Perguntou Cho e olhou preocupado para Rigsby.

"Foi relatado pela rádio da polícia que Bertram morreu, aparentemente ele teve uma parada cardíaca".

"Uma parada cardíaca? Logo depois que ele disse que a Visualize o comprou para se livrar de alguns crimes?" Falou Cho cético.

"O que faremos agora?" Perguntou Van Pelt. "Nós matamos o guarda que estava lá fora. Eles saberão que fomos nós e voltarão antes do amanhecer".

"Grace está certa. Temos que sair o mais rápido possível". Falou Lilly.

Antes que Cho falasse alguma coisa o celular dele começou a tocar, todos olharam o aparelho como se fosse um objeto estranho. Cho olhou o visor e não reconheceu o número:

"Alô?"

"Cho? Oh Deus, ainda bem que te encontrei. Você precisa sair daí o mais rápido possível, meus homens estão indo para ir pegar vocês. Arrumem o que puderem e não deixem pistas de onde vão. Se possível os façam irem na direção contrária. Será agora ou nunca, meu amigo. Se vocês forem presos eu não poderei ajudá-los e não pegaremos o filho da mãe do Red John".

"Preciso de 30 minutos". Disse Cho.

"Você tem 15”. – Disse e desligou.

"Quem era?" Perguntou Lilly.

"Abbott.  Precisamos ir. Estão vindo para cá".

"Quem?" Perguntou Rigsby.

"Aparentemente todo o FBI e o CBI". Falou Cho e saiu em disparada para o compartimento de armas.

 

Continua...


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