Selecionada escrita por Lu Vasquez


Capítulo 1
PARTE 1 Capítulo 1 - Um ataque pode mudar tudo..


Notas iniciais do capítulo

Hey amores!! Voltei com a fic!! Espero que gostem das modificações que fiz ;)



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Parte 1

A vida pode ser imprevisível

Um dia você aprende que...

[...]companhia nem sempre significa segurança[...]

[...]E começa a aprender que beijos não são contratos

E presentes não são promessas[...]

[...]E aprende que não importa o quanto você se importe,

Algumas pessoas simplesmente não se importam[...]

[...]Aprende que falar pode aliviar dores emocionais[...]

[...]E o que importa não é o que você tem na vida,

Mas quem você é na vida[...]

[...]Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida,

São tomadas de você muito depressa.

Por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos,

Com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos[...]

[...]Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva

Mas isso não lhe dá o direito de ser cruel[...]

[...]Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido,

O mundo não para para que você o conserte[...]

~~*~~

P.O.V. Maya Walker

Eu tento respirar agora. Não, não sofri um acidente, não tenho problema asmático nem estou morrendo. Apesar de que a dor que sinto agora seja maior do que se eu estivesse em qualquer uma dessas situações. E pensar que hoje de manhã estava tudo tão bem...

Tinha acordado e descido para tomar café com minha família. Minha mãe, Alícia, estava fazendo um café farto como sempre. Havia chamado minha irmãzinha Melanie, de 15 anos, pra descer. E Melanie chegava com um sorriso que contagiava a todos. E tinha meu pai William... fazendo piadas e nos divertindo. Ele era sempre assim, e eu amava isso nele.

Talvez, se eu soubesse o que aconteceria, não teria deixado ele ir trabalhar. Talvez, ao invés de ir com Melanie visitar nossa irmã Marisa que já morava fora com o marido, eu poderia ir até o trabalho dele e o tirado de lá mais cedo. Mas não tenho esse poder. Não pude mudar o futuro.

Eu, Maya Walker, não pude salvar meu pai. Agora ele está no hospital, no outro lado de uma porta da qual não posso passar. Meu noivo, Tobias Hale, está do meu lado, na sala de espera. Agradeço por ainda ter ele aqui. Mas minha mãe está inconsolável, nem o abraço de Melanie cessa suas lágrimas. E uma lembrança me vem à mente...

Eu tinha 8 anos e estava no hospital por causa de uma virose. Brigava com a enfermeira porque não queria que ela aplicasse o soro em mim, tinha medo da agulha. Mas meu pai estava do meu lado e ele me dizia para ser forte. Ele dizia que a dor era por uma boa causa, que depois que ela cessasse eu ficaria bem. E eu deixei ela aplicar. Eu olhava para meu pai e buscava força. Agora meu pai não está aqui, mas ainda preciso ser forte.

E sou forte. Até mesmo quando o médico diz que meu pai está num coma entre a vida e a morte. E mais ainda quando falam do tratamento caríssimo para ajudá-lo. Mas o que importava era que ele ainda tinha uma chance.

- § -

– Você se sente bem mesmo amor? Eu posso ficar aqui com você... se precisar. – Tobias fala enquanto eu solto o cinto de segurança do carro. Ele trouxe eu, minha mãe e Melanie de volta pra casa. Elas já entraram, e eu continuo aqui.

– Obrigada Tobias, mas acho que não precisa. Foi ótimo poder contar com você no hospital, e seu pai realmente o atendeu rápido... – o pai de Tobias que cuidou do meu pai, Augustus Hale era um grande amigo da família – Você já fez demais. Obrigada mesmo.

– O que você queria? Eu nunca lhe abandonarei Maya, ainda mais numa situação dessas. Eu te amo. – ele diz segurando minha mão. Tobias era o melhor noivo e amigo que alguém poderia querer. Era ótimo poder ter ele ao meu lado.

– Você não existe né? Eu também te amo. Muito! – falo dando um selinho nele. Depois saio do carro e entro em casa.

- § -

3 semanas se passaram desde o acidente do meu pai. Ele continuava em coma, e as vezes ficava entre a vida e a morte. Mas o tratamento o mantinha vivo. O tratamento era realmente caro e era pago semanalmente. Mas o importante é que estava ajudando, sem ele meu pai já estaria morto. Minha mãe retirava o dinheiro da poupança que tínhamos, mas não podíamos sobreviver só dela. Então minha mãe começou a trabalhar como recepcionista em um restaurante que era bem chique. Eu cancelei minhas aulas de música, além delas serem caras eu não tinha cabeça para faze-las enquanto minha vida estava uma bagunça. Mas eu tinha que ajudar em casa, então passei a dar aulas particulares de canto e instrumentos todo sábado e também trabalho no mesmo restaurante que minha mãe está trabalhando, só que em vez de recepcionar, eu canto e toco todo dia lá a partir da 19:00.

Marisa conseguiu um emprego para Melanie como auxiliar de bibliotecária. No caso Melanie trabalhará meio expediente junto com Marisa na biblioteca. Melanie está adorando o trabalho e eu achei uma ótima ideia, pois assim ele não ficará pensando em todos os problemas que nossa família está passando.

Tudo isso, mais a poupança e as economias que passamos a fazer, estamos conseguindo sobreviver. Não está sendo fácil, mas fazemos o possível.

- § -

– Maya Walker! Pare de dormir e preste atenção na aula! – fala a professora de álgebra.

Minhas férias já acabaram e com isso as aulas começaram. Com todo o trabalho acabo ficando cansada e dormindo na aula. O que só faz irritar meus professores.

Os dias estavam cada vez piores. Estamos cada vez com menos dinheiro e meu pai não dá esperanças de que irá acordar do coma. Estamos ficando com medo de daqui a pouco não consigamos pagar o único tratamento que o mantem vivo.

O sino toca avisando que a aula acabou. Guardo minhas coisas e saio da sala.

Paro quando já estou no estacionamento fora da escola. Tobias está parado em frente ao seu Lamborguine preto.

– Oi linda. – ele fala me puxando pela cintura para um beijo. Não nos víamos fazia uma semana. Estava com tantos afazeres que acabava ficando sem tempo.

– Estava com saudades. – falo com ele ainda segurando minha cintura.

– Também estava. Mas agora você está tão ocupada, eu já estou concluindo a faculdade e os professores nos entopem de trabalhos. – ele responde.

– É... está tudo muito corrido. – falo me lembrando de que há pouco menos de um mês meu pai estava bem e eu estava feliz.

– Hey meu amor, não fique com essa carinha triste. Logo tudo vai ficar bem. – ele diz me abraçando como se pudesse me proteger de todos os problemas. Não tinha percebido que as lágrimas tinham começado a cair. Não aguentava ver meu pai na situação que estava. Eu queria ele bem... ao meu lado... me fazendo rir... divertindo a casa. Tobias secou minhas lágrimas e me abriu a porta pra mim entrar no carro.

Durante todo tempo até minha casa, Tobias tentava me distrair. Me fazia rir, contava como os professores tinham a capacidade de ficar mais chatos no final da faculdade, falávamos dos preparativos do nosso casamento, e falávamos de várias coisas aleatórias. Ficamos conversando até chegar na minha casa.

– Você quer entrar? Melanie reclamou que você não foi mais vê-la. – falo.

– É claro. Não posso deixar Mel chateada. – ele fala com um sorriso brincalhão. Saímos do carro e quando entramos em casa Melanie e minha mãe estavam arrumando a mesa.

– Tobias que bom vê-lo aqui. – minha mãe fala. Melanie corre para abraça-lo.

– Desse jeito Maya ficará com ciúmes Mel. – ele diz retribuindo o abraço.

– Ela consegue sobreviver com isso. – Melanie fala me fazendo rir.

– Tá bom Mel. – respondo colocando minha bolsa na poltrona e caminhando até a cozinha para ajudar minha mãe.

Almoçamos animadamente, depois vou lavar a louça e Tobias me ajuda secando elas. Acabamos por assistir um filme nós quatro na sala e quando o filme terminou, Tobias teve que ir, pois já estava na hora de eu ir para meu trabalho.

Assim passei mais um dia sem meu pai. As coisas ficavam meio monótonas sem ele. Eu só queria que aquele ataque nunca tivesse acontecido. Mas eu fico pensando, tudo isso aconteceu por causa da irresponsabilidade do príncipe. Ah, o ataque ocorreu por causa da fuga do príncipe. Ele estava num bar e os rebeldes descobriram. Meu pai trabalha na empresa ao lado do bar. E tudo aconteceu assim, o príncipe saiu ileso e salvo pela guarda real e agora meu pai está em coma correndo risco de vida. Foi então que tomei uma decisão: eu odiava o príncipe de Illéia.


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Notas finais do capítulo

Então é isso! O que acharam?? Agora as coisas vão correr mais rápido!!
Deixe sua opinião nos comentários ;)
Kisses
— Lu



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