Luz do Luar escrita por Madason


Capítulo 8
Confissão I




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Dois dias depois, quando Youko começou a ir para a escola, até mesmo os estudantes das outras salas vieram em multidão para nossa sala para ter uma visão dela.

Um após o outro expressavam suas condolências para ela. Não mostravam nada mas atitudes de piedade.

A voz do Genji podia ser escutada no meio da multidão formada no centro da sala.

“Escola sem você é como a noite sem lua! Por favor, Youko anime-se e ilumine meus passos na escuridão delicadamente como você fazia!”

Oh como adoraria vê-lo tropeçar na escuridão e ficar preso numa valeta.

Um grupo de caras, Genji entre eles, estavam tentando se exibir, falando loucamente para ela. Tirar vantagem da fraqueza de uma garota pode ser uma estratégia pratica, mas não conseguia aguentar ver o comportamento patético deles.

“Você é um bom poeta, não é Genji? Obrigada por se preocupar comigo.”

Porém a Youko tratou cada um deles com maior educação, sem mostrar nenhum olhar severo – Não, até mesmo sorrindo. Mas uma vez cheguei a entender o porque ela era tão popular.

Não são muitas as pessoas que poderiam agir da maneira que ela fazia. Pelo menos eu não conseguiria. Afinal, estava aborrecido e só estava vendo ela.

Assim que a onda de visitantes quebrou, Youko se levantou e por alguma razão, veio na minha direção com um sorriso no seu rosto.

“Bem incomum você se aproximar de mim espontaneamente.”

“Mas você veio no funeral do meu pai, certo? Eu queria agradecer.” Ela sentou na cadeira vazia da Chizuru e alegremente sorriu. “Então, obrigada por vir, Nonomiya.”

“Não é nada que mereça sua apreciação. Eu meramente participei como representante de classe.”

“Mas é. Eu estava de algum jeito aliviada em ver você agir descontraidamente como sempre.”

“Oh, me desculpe por ser um cara frio. Estava preocupado sobre você no meu jeito, sabe? Uma pena, você não notar,” eu disse e encolhi os ombros desconfortavelmente, no qual a Youko riu alegremente: “Eu não penso sobre você desse jeito!”

“As coisas se acalmaram em casa?”

“Ainda tem bastante coisas que precisa ajeitar, mas no momento, sim.”

“Entendo. Você deve ter passado por dias problemáticos, acho. Bem, escola também tem seus aspectos problemáticos, para alguém popular como você.”

Youko sacudiu sua cabeça, fazendo com que seu macio cabelo balance.

“Estou tão grata que todo mundo esta preocupado comigo.”

“É agradável quando os outros sentem preocupado com você, de fato, mas há limites para ser respeitado, certo? Os seus fanáticos fãs não incomodam? Especialmente o Genji. Ou o Genji.”

“Eu na verdade gosto desse lado fofo dos garotos.”

Eu tentei achar os verdadeiros pensamentos dela por agitando ela, mas o sorriso da Youko permaneceu o mesmo como uma parede de ferro.

“Você realmente se comporta de forma madura.”

“Estou feliz que você me vê desse jeito, Nonomiya.”

Ela até aceitou minhas palavras perplexas com tom feliz.

“-Nonomiya,” Youko disse meu nome de repente, “você se lembra da sua promessa?”

“...Promessa?”

Não me lembro de ter feito uma promessa com ela.

“Se eu estiver com problemas-”

“-Ah, sim.”

No meio dela me lembrando, lembrei de uma certa conversa que eu tive com ela uma manhã.

“Certo, aquela promessa.”

“Bem, eu realmente prometi. Peça o que quiser, contanto que eu posso ajudá-la.”

Foi uma semente que eu semeei sozinho, mas no fundo do meu coração esperava que ela não fizesse um pedido chato.

“É algo que eu preferiria não falar na sala,” explicou Youko com uma voz deprimida tão fraca que ninguém afora eu escutasse.

O próximo instante, estava tenso da cabeça aos pés.

“...Estarei esperando por você na biblioteca depois das aulas,” ela sussurrou e saiu da sala elegantemente com seus cabelos voando atrás dela.

A palma da minha mão estava coberta em suor. Aparentemente estava mais tenso que imaginava.

A atitude duvidosa dela instantaneamente me fez lembrar a receita de assassinato.

Senti a curiosidade aumentando e esperava chegar no centro desse assunto. Mas ao mesmo tempo, estava alerto porque ninguém, naturalmente incluindo a Youko, devia saber que a receita de assassinato estava em minhas mãos. Minha tensão era prova que minha cautela era maior que curiosidade, supôs.

“E se a Youko sabe que eu tenho a receita de assassinato dela...?” Pensei sozinho, imaginando um cenário infeliz.

O funeral de seu pai foi conduzido sem problemas, ela virou uma personagem que aparenta ser uma heroína de um papel dramático e estava nos lábios de todos. Podia um plano dela possivelmente falhar em primeiro lugar? Olhando como ela tinha tudo, essa foi a impressão que eu tive.

As duas únicas coisas que estavam no caminho dela era a receita de assassinato que estava perdido e eu, por saber o que esta escrito na receita.

Assim que ela se livrar desses dois aspectos inseguros, ela teria conduzido o crime perfeito e obter o “mundo ideal” dela.

...quem sabe ela estava planejando em me matar em algum momento.

Eu engoli e meus batimentos começaram a ficar mais fortes.

E então – Eu ri.

Eu não queria morrer. E também queria admitir que era uma ideia absurda, mas estava intrigado. Eu estava intrigado de como ela me caçaria.

Em qual lugar no meu ambiente podia achar tanto estímulo? Além disso, o oponente era a Youko – eu não podia ter pedido por algo melhor.

Estava convencido: que era o melhor momento da minha vida em dezessete anos.


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