Luz do Luar escrita por Madason


Capítulo 2
Receita de Assassinato II




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Os únicos sons que se escutavam na sala eram a voz fraca do professor e o giz batendo no quadro.

Aparentemente nossa conversa ainda estava incomodando a Chizuru; ela ficava mandando olhares para mim.

Depois de alguns minutos, ela perdeu a paciência. Ela se inclinou um pouco na minha direção e sussurrou, “Sobre o que era aquilo?”

“Estou tentando me concentrar na aula, 'Chizu',” eu respondi sem tirar os olhos do quadro.

“...não seja malvado~”

Porque eu fiquei em silêncio, ela começou a me espetar com sua lapiseira. A ponta atravessou o meu uniforme e ficou preso na minha pele.

“Ei, isso dói.”

“Então não me ignore,” disse a Chizuru. “Durante a pausa do almoço, vocês meninos estavam falando sobre a Youko, certo?”

“Oh, nós estávamos?”

“...você sempre tenta sair desse jeito, Nonomiya. Na verdade, eu sei que estavam fofocando sobre ela!”

“Você escutou a nossa conversa? Estou chocado.”

“Não é isso! Eu só escutei o nome da Youko por acidente! Porque vocês estavam falando muito alto!”

“Chizuru,” chamei a atenção dela porque o professor tinha virado para a sala. Ela sentou depressa e pretendeu estar escrevendo o que estava escrito no quadro.

Depois de algum tempo em silêncio: “...Diga, Nonomiya. Você prefere garotas como a Youko, também, certo?” murmurou a Chizuru enquanto olhava para baixo para suas anotações.

Eu olhei para frente direita. Youko – a garota em questão – olhava carismaticamente para o quadro. De lado ela parecia inteligente, dando um pouco da impressão de uma apresentadora de jornal.

Sentando no meio da sala, sua aura excepcional fazia com que ela parecesse o coração da sala.

Certamente, ela era alguém especial. Apesar de tudo, pessoalmente, eu evito contato com ela, mas podia entender muito bem porque todos gostavam dela.

“—Não, particularmente.”

Eu não gostava de problemas, mas fiquei interessado em como a Chizuru ia reagir.

“É sério isso?”

Ela sorriu, parecendo aliviada.

“Nós discutimos essa alegoria: se ela fosse uma bebida, Youko seria vinho.”

—Que tipo de reação ela vai me mostrar, pensei?

“Por sinal, você seria toddynho.”

No meu lado escutei o som da ponta de um lápis quebrando.

“Ah, sim?”

Chizuru brincava com o lápis entre os dedos, se fingindo de indiferente. Contudo, eu não negligenciei o momento que suas bochechas coraram.

Depois disso o questionamento da Chizuru parou.

Sua honesta reação tinha de alguma forma, acalmado a minha mente. Eu tinha falado seu nome para despistá-los, mas quem sabe tinha revelado meu verdadeiro pensamento, sob o qual eu estava inconsciente.

Pelo menos nesse exato momento senti que gostava da Chizuru.

“...por sinal.”

Eu considerei nossa conversa terminada, mas ela ainda parecia querer falar algo.

Chizuru sussurrou com uma expressão séria no rosto, ‘So-Sou normal, sabe? Uma garota normal! Não uma estranha garota que você supôs antes! Não quero ser mal-entendida, certo?”

Eu acidentalmente sorri por causa das adoráveis palavras da Chizuru.

A honestidade dela era bem confortável para mim – quase como tomar um toddynho.

Eu queria me apaixonar por ela.


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