Generation escrita por Suzanna
Notas iniciais do capítulo
Desculpem o sumiço. Mas, estou passando por terríveis problemas pessoais e isso está me afetando de todas as formas.
Espero que gostem!
Sua língua pede passagem e eu cedo, extasiada pelo desejo. Nossas línguas dançam em sincronia, como se nunca houvessem sido separadas. Eu estava morta de saudades disso. Nosso beijo continua se encaixando perfeitamente e nossos corpos continuam interligados. Sua mãe agarra meus cabelos enquanto a outra aperta minha cintura. Eu aperto seus braços sentindo-me sedenta por mais.
— Não! - Empurro-o cuidadosamente acordando do transe. — Nós... Nós não podemos. - Digo ofegante, ele assente.
— Mas, eu não me arrependo! - Resmunga me pegando de surpresa. Me perco em seus olhos, mas desperto quando o vejo se aproximar de novo.
— Você está com aquela garota. - Digo dando passos para trás. — E nós nos magoamos muito, não podemos mais.
Ele abaixa a cabeça e suspira. — Tem razão.
— Eu... - Respiro fundo. — Acho melhor ficarmos distantes. - Ele olha triste. — Não podemos ser amigos. - Digo caminhando para trás.
— Somos adultos, Angel. Podemos separar as coisas.
— Não, não podemos. - Resmungo. — Não quando se trata de sentimento. - Ele franze o cenho e se aproxima.
— Se existe sentimento ainda, porque lutar contra?
— Porque não fomos feitos para ficarmos juntos.
— Como sabe?
— Lutamos muito e aonde chegamos? - Dou de ombros. — Magoamos um ao outro e acabamos separados. Você seguiu sua vida em Nova York e eu a minha.
— Estou aqui agora!
— Mas, eu não. - Digo sentindo as lágrimas escorrerem dos meus olhos. Lhe dou as costas e saio correndo para longe.
***
Bato a porta do quarto e me jogo na cama. Sinto-me destruída por dentro, pois beijá-lo fez voltar à tona tudo eu lutei pra expulsar de mim. Todos os sentimentos, pensamentos, lembranças. Me pergunto como teria sido se tudo houvesse sido diferente. Meu peito aperta e desabo em mais lágrimas. Droga! Achei que tudo isso tinha sido superado.
— Angel? - A porta se abre. — Ouvi seus soluços. O que houve? - Sophie pergunta se aproximando e se sentando.
Engulo o choro e me sento. — Cameron... - Respiro. — Eu e ele nos beijamos! - Ela me olha surpresa. — Não tem ideia de como estou me sentindo perdida. Eu achava... - Uma lágrima escorrega dos meus olhos. — Eu achava que havia superado.
— Eu sabia que isso ia acontecer. - Ela se aproxima me abraçando. — Não sou experiente o suficiente, mas uma coisa posso te dizer. Ninguém nunca supera um grande amor dessa forma. Não do jeito que vocês eram e não do jeito que terminaram. - Choro fortemente. — Vocês sempre tiveram um assunto mal resolvido.
— Como assim?
— Vocês nunca chegaram a terminar de verdade. - Explica. — Não se despediram quando ele foi embora, isso não deu possibilidade de vocês seguirem em frente.
— Então acha que devemos terminar agora depois de tanto tempo, pra que tudo fique no seu devido lugar, é isso?
— Não. Eu acho que devem conversar, finalizar algo, para assim o coração e o destino decidir o que irá acontecer.
PVD Cameron Dallas
Bato a porta com força e me sento no sofá. Por que isso está acontecendo? Foi tão mágico quando nos beijamos. Eu havia sentido muita falta de seus lábios aveludados, seu doce sabor e seu cheiro insubstituível. Fecho os olhos e a cena se repete em minha mente, sorrio sentindo-me feliz por um momento.
— Amor?
Abro os olhos e vejo Bethany. — Ainda está aqui?
— Estava te esperando para dormirmos juntos. - Sorri.
— Eu vou ser claro contigo. - Levanto-me. Não é justo com ela. — Não dormiremos juntos, nem hoje, nem depois. Eu e a Angel nos beijamos. - Suspiro. Ela abre a boca, surpresa e vejo seus olhos se encherem de lágrimas. — Desculpa!
— Por isso quis voltar, não é? - Grita se aproximando. — Pra ficar com aquela idiota. - Ela ergue a mão e desfere um tapa em meu rosto. — Você não vale nada.
— Tem todo direito de está com raiva de mim. - Digo. — Você não merecia e te peço perdão. - Uma lágrima escorre de seus olhos.
— Eu te perdoo. - Ela engole o choro. — Esquecemos isso, voltamos pra Nova York, pra nossa vida e amigos.
— Não. - Balanço a cabeça sentindo meus olhos marejarem. — Minha vida e meus amigos está aqui, Bethany. - Ela funga. — E eu percebi que... - Ela balança a cabeça negativamente. — Ainda sou apaixonado por ela. - Ela cai no chão chorando. — Me perdoe.
— Você... - Me abaixo e ela me empurra. — Ainda vai se arrepender disso tudo. - Diz se levantando e me olhando com fúria. Abaixo o olhar e ela então sai do apartamento, batendo a porta.
***
PVD Angel Louis
Acordo depois de uma noite terrível. Tive diversos pesadelos, todos eles com Cameron. Passo a mão na testa suada e suspiro cansada. Levanto e sigo diretamente para o banheiro. Retiro minha roupa e ligo o chuveiro. A água gelada cai sobre meu corpo, livrando-me um pouco do cansaço.
Finalizo meu banho e enrolo-me em uma toalha, voltando para o quarto. Abro meu guarda roupa e opto por uma blusa longa, ombros caídos e mangas extensas. Uma calça jeans azul claro e um par de botas pretas. Visto tudo e me sento em frente a penteadeira. Faço uma maquiagem baseada em base pra esconder a olheiras, rímel, delineador e sombra pra realçar os olhos, bastante blush pra dar aspecto de saúde e um batom suave. Passo meu perfume, coloco algumas joias e penteio meus cabelos deixando-os soltos.
Levanto-me pegando meu celular e bolsa. — Bom dia! - Digo assim que chego na cozinha, meus pais e Sophie me olham preocupados. — Por que essas caras? - Resmungo pegando uma maçã e mordendo-a.
— Não contou como foi os exames ontem. - Minha mãe diz. Dou de ombros e começo a andar em direção a porta.
— Angel! - Ouço meu pai chamar e paro, olhando-o. — Quando chegar do colégio, temos que conversar. - Suspiro.
— Depois do colégio tenho aula de dança.
— Não importa a hora, preciso conversar contigo. - Rebate, assinto respirando fundo e abro a porta, saindo enfim.
***
— Você e o Cameron se beijaram? - Rosie grita e eu coloco a mão em sua boca rapidamente. Maldita boca grande.
— Não espalhe para o colégio inteiro.
Tiro a mão de sua boca. — Ok. - Respira. — Mas, e você e o Cody? Ele e aquela garota que é namorada dele?
— Eu e o Cody não estamos juntos. - Suspiro. — E não é como se eu e Cameron houvéssemos voltado, foi apenas um beijo, nada mais. - Bufo.
— Está dizendo isso a mim ou a si mesma? - Debocha.
— Cala a boca!
— Com certeza. Até por que essa é minha deixa. - Ela diz e a olho confusa, até que ela passa por mim e eu vejo quem eu menos queria ver esse momento.
— Angel, podemos conversar agora? - O rapaz se aproxima de mim. Cody, eu lutei tanto para darmos certo, mas...
— Sou toda ouvidos.
— Não aqui.
— Aonde?
Ele leva as mãos até o bolso da calça e volta me estendendo um par de chaves. — No meu apartamento, em alguns minutos, pode ser?
— Ok. - Resmungo. — Eu toco a campainha. - Digo lhe dando as costas e deixando-o com a mão extensa no ar.
***
Pedi cobertura a meus amigos e sai da sala. Enquanto caminho para fora do colégio, um pensamento corre em minha mente. Cameron não estava na sala, ele não havia aparecido. Balanço a cabeça expulsando o pensamento e destranco meu carro. Adentro o veículo e dou partida para fora do colégio.
Em apenas uns minutos, estaciono em frente ao prédio em que Cody e consequentemente Cameron moram. Desço do veículo e tranco-o. Adentro o prédio e pego o elevador. As portas se fecham e logo se abrem. Saio do espaço e caminho pelo corredor em direção ao apartamento de Cody.
— Angel? - Uma voz chama assim que estou prestes a tocar a campainha. Olho para trás e vejo Cameron saindo de seu apartamento com algumas sacolas de lixo em mãos.
— Olá.
— O que faz aqui?
— Eu... - Sorrio nervosa. — Porque não foi ao colégio hoje? - Mudo o assunto e ele ri debochado, me olhando meio que decepcionado.
— Não precisa mudar de assunto. - Responde. — Você veio vê-lo, não é? Vai pedir para voltarem? - Pergunta.
Tenho que ser dura. — Acho que isso não te interessa. - Digo tocando a campainha e voltando a olha-lo irônica.
— Tem razão.
A porta se abre revelando Cody, apenas de bermuda e sem camisa. Ele nos olha meio confuso e eu adentro o apartamento sem olhar para trás. Cody fecha a porta e me segue.
— Que bom que veio. - Diz se aproximando.
— Diga o que quer.
— Você. - Gargalho debochada. — Angel, me perdoe por ter sido um idiota contigo. - Diz se aproximando. — Eu estava inseguro e com ciúmes.
— Eu estava verdadeiramente contigo o tempo todo. - Rebato me afastando. Ele passa as mãos pelos cabelos.
— Eu sei. Agora eu sei disso.
— É. Só que agora é tarde demais.
— Não diga isso, por...
— Eu e o Cameron nos beijamos! - Solto interrompendo-o. Ele me olha de olhos arregalados e eu engulo em seco.
— Vocês... Não, não é verdade. - Ri.
— Sim, é.
— Porque? Quando?
— Ontem.
— Não foi quando estávamos juntos. - Sorri aliviado. — Podemos esquecer isso e todo o resto. Recomeçarmos.
— Não. - Abaixo o olhar. — Infelizmente eu senti algo quando nos beijamos, não posso esconder isso e enganar nós dois dessa forma.
— Está me dizendo que vai voltar com ele?
— Estou dizendo que não quero te machucar, aconteça o que acontecer. - Rebato caminhando para porta. — Te agradeço por todos momentos e te peço perdão, mas não posso, não agora, ou talvez nunca.
A última coisa que eu vejo são seus olhos cheios de lágrimas. Saio do apartamento e fecho a porta, segurando as lágrimas e controlando a respiração. Olho para porta em minha frente e as palavras de Sophie se repete em minha mente.
Aproximo-me da porta e com as mãos trêmulas toco a campainha. Em alguns minutos, a porta se abre revelando o moreno com os cabelos bagunçados e sem camisa.
— Posso? - Pergunto. Ele assente e me dá passagem para que eu adentre o espaço. — Precisamos conversar.
Ele fecha a porta e se aproxima. — Concordo. - Respiro fundo e molho os lábios. — Angel, sobre o que houve...
— Sophie me disse que tínhamos que conversar. Que nós temos um assunto mal resolvido. - Digo. — Não chegamos a terminar realmente e não nos despedimos diretamente. - Ele me encara. — Talvez seja isso que ainda nos prende.
— Realmente temos um assunto pendente.
— Vamos resolvê-lo de uma vez?
— Sim. - Engulo em seco. — Começaremos assim... - Ele diz andando em minha direção e sem me dar tempo de responder, me agarrando pela cintura e selando nossos lábios em um beijo urgente e carinhoso.
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