Feuer Blume escrita por Alexiel Suhn


Capítulo 4
Auto Sacrifício.


Notas iniciais do capítulo

Recadinho Básico: Inu Yasha não me pertence e todos já sabem… ele é apenas de Rumiko-sensei *pensa: que pena* -.-



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Feuer-Blume

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Capítulo IV

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Auto Sacrifício.

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// - Capítulo anterior... - //

Uma gota de sangue caiu na terra queimada. O inu youkai estava parado com os olhos voltados para o lugar que em instantes passados estava Rin. Havia fechado sua mão em punho pressionando-a contra a palma da mão. As garras perfuraram sua pele resistente e o filete de sangue escorreu até uma gota de sangue cair.

Sentia-se um idiota por ter a deixado sozinha. Mas acima de tudo sentia-se idiota por ter deixado o demônio leva-la.

Arasoi wa mada

Mais uma discussão
Tsuzuku n darou

A ser resolvida
Dono michi ima ga

Agora, qual caminho
Taisetsu na no sa?

É o mais importante?

- Eu os encontrarei. – foram suas palavras se embrenhando na floresta.

- - -

Flores, muitas flores. Das mais diversas espécies e formatos. Variadas cores e tamanhos. O cheiro almiscarado ou talvez doce, até poderiam sentir o gosto silvestre no ar naquele vasto campo. Os passos em seco pisoteavam as frágeis plantas que se rebaixavam submissas a seus corpos.

O olhar de Renji estava focado a frente, para o nada, havia uma mescla de dor em sua feição. Não uma simples dor física, algo que lhe doía mais profundamente. Seu olhar foi até a garota humana, ele não queria que aquela menina tivesse que ser envolvida, mas aquela raiva que sentia, aquela dor, acabou cegando seus olhos e fez o que nunca sua amada o permitiria fazer.

- Serás livre, criança. Logo, logo, por enquanto, apenas continue a andar.

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- Rin!

- Hai?! Sesshoumaru-sama... – ela andou em passos rápidos até o inuyouka parando na sua frente.

Sesshoumaru a observou. Estava crescendo aquela menina, parecia que havia dado uma esticada para cima e afinado nos lados, embora a ele, Rin continuava sendo uma menininha baixa. Esperou alguns segundos em silêncio, enquanto ela inclinava a cabeça para o lado olhando-o interrogativamente. Ele ergueu sua mão frente aos olhos dela fazendo-a dar um passo atrás para ver o que era aquilo que ele carregava entre os dedos.

- Uma adaga? – perguntou pondo a ponta do dedo indicador no canto dos lábios e franzindo a região entre os olhos.

- Pegue-a! – foi a única coisa que ele disse naquele instante.

A garota segurou a adaga firme na mão e continuou, prontamente, prestando atenção em seu lorde. Sesshoumaru já havia mandado ensinarem-na defesa pessoal e agora estava lhe entregando uma adaga. O que será que pretendia?

- Defenda-se.

Depois disso os olhos de Rin se arregalaram e rapidamente teve que se esquivar para o lado direito girando seu corpo quando Sesshoumaru atacou-lhe com as garras direcionadas no pescoço da garota. Estava claro que o inuyoukai não usava de toda sua velocidade, mas para ela a velocidade estava num padrão humano normal. Ele inclinou os joelhos e novamente moveu suas garras fatais na direção do abdômen fazendo-a saltar para trás. Ficaram assim durante longos minutos até o momento em que Sesshoumaru estancou e a observou.

- Ataque, Rin. – ele disse seriamente como se estivesse esperando esta reação desde o primeiro movimento dele.

- Mas... Sesshoumaru-sama, eu...

- Apenas faça.

A garota coçou a nuca, desconcertada pelo que ele havia mandado, era óbvio que sendo uma humana, a menina, não o machucaria, mas mesmo assim, aquele era Sesshoumaru, o youkai que a salvou diversas vezes e a protegeu.

- H..hai. – concordou em ataca-lo ficando meio metro longe dele, a adaga que estava em sua mão impulsionou-se para frente sendo direcionada ao peito do youkai de orbes dourados

Agora ela se encontrava em uma situação totalmente constrangedora. Em seu ataque falho, ela inclinou-se muito a frente quase perdendo o equilíbrio e conseqüentemente perdendo o foco de seu alvo. Sesshoumaru rapidamente se pôs atrás dela segurando-lhe ambas as mãos e fazendo com à que segurava a adaga fosse forçada a se aproximar do pescoço da garota. Claro que naquele momento a menina não se importava se estava com a própria arma de ataque no pescoço, ela estava mais preocupada com a forma que Sesshoumaru a segurava tão próximo de si. E seria mais claro ainda que ele provavelmente estaria ouvindo as batidas daquele humano coração se acelerar descontroladamente, enquanto a face alva se tornava um rubro envergonhado.

O inuyoukai se perguntava como Rin poderia ser tão atrapalhada a ponto de quase cair quando ataca alguém, quase nem havia notado os "tum-dum" daquele coração se acelerarem, quando ele a segurou, se não fosse pela coloração avermelhada que a face aveludada, da menina, havia tomado. Foi só assim que ele notou o quão quente a pele dela era, rapidamente ele retirou esses pensamentos da cabeça e a soltou.

- Gomenasai, Sesshoumaru-sama. – se desculpou fazendo uma demorada reverência a Sesshoumaru.

- Está tudo bem, Rin. – foi a única coisa que disse virando as costas e saindo da clareira em que estavam.

- Hai, Sesshoumaru-sama. – ela disse sorrindo e se apressando para acompanha-lo.

- - -

Depois daquele dia a menina guardava a adaga escondida na manga e toda vez que podia treinava para que ele a visse evoluir. Ouvia das youkais que eram amigas da garota que ela fazia isto para poder mostrar-lo que não precisava cuidar sempre dela, mas o youkai queria tanto cuidar dela.

- Irei até você, Rin. – Sesshoumaru falou para si mesmo, enquanto corria entre as árvores.

Ele saltou para fora da floresta avistando um vilarejo, pousou tranqüilamente sobre uma pedra apenas observando. Expulsou os pensamentos ruins que giravam entorno de Rin e voltou a correr, seus passos eram tão rápidos e suaves que mais parecia flutuar sobre a terra embaixo de seus pés. Sesshoumaru sabia, estava se aproximando deles, o cheiro de Rin era simplesmente bom demais para não ser notado.

- - -

Renji permanecia com os olhos fechados, estava recostado num tronco de árvore e continuamente mexia os dedos fazendo uma linha de fogo rodá-los. A alguns metros havia um pequeno chalé caindo aos pedaços dominado pelas plantas, logo ao lado passava um lago cristalino em que os peixes ficavam saltando contra a fraca corrente. Próximo de Renji se encontrava a jovem garota, permanecia em pé, os olhos sem focos não davam descanso a face inexpressiva de Rin.

- Está chegando. – foi o sussurro de Renji antes de levantar-se e saltar sendo rodeado pelo fogo e sumir, reaparecendo próximo ao chalé.

Naquele momento a árvore que Renji estava recostado caía, ou melhor, metade dela deslizava sobre a parte inferior que havia sido cortada e soava o baque ao atingir o chão. Entre a escuridão de outras árvores os olhos âmbares se destacavam com certa luminosidade até a luz atingi-lo completamente revelando o inuyoukai. Renji observou Sesshoumaru fechar a mão em punho fazendo seus dedos estalarem ameaçadoramente. O demônio do fogo já não podia mais sorrir sarcasticamente, pelo que havia feito com a garota não tinha mais a capacidade de sorrir.

Sesshoumaru olhou para Rin, que continuava imóvel em sua posição. Um calafrio passou pela pele do inuyoukai ao notar que aquele coração humano, que bateu várias vezes ao toca-la, agora batia tão fracamente que nem imaginava a forma de como ela se mantinha em pé.

- Rin, afaste-se. - a voz dele imperou sobre o silêncio que era apenas quebrado pelo som da leve corrente de água.

Nem um único passo fora dado, nem um único centímetro fora mudado. Ela apenas continuava a olhar fixa para o nada na mesma posição de antes. A árvore que havia destruído estava a uma curta distância dela e mesmo assim continuava ali... imóvel.

- Ela não o ouvirá, não o obedecerá... nem sequer consegue lembrar-se de quem és, Sesshoumaru. - respondeu Renji às perguntas silenciosas de Sesshoumaru.

Tudo estava sendo a gota d'água para Sesshoumaru, mas vê-la daquele modo e descobrir o porque estava assim fez o sangue youkai correr fervente por suas veias. Seus dentes rangeram entre si quando pressionou sua mandíbula, agora a única coisa que pensava era protege-la.... e mata-lo.

O inuyoukai aproximou-se rapidamente de Renji desferindo-lhe golpes sucessivos, direcionando suas garras a garganta, peito, abdomên, qualquer lugar que pudesse feri-lo seriamente. Renji, embora se desvencilhasse, possuía, claramente, dificuldade de acompanhar Sesshoumaru, que estava cada vez mais se aproximando de acertar. O demônio do fogo dobrou suas pernas e impulsionou-se para trás saltando suavemente para longe do youkai de olhos ambares, mas isso não fora o suficiente, Sesshoumaru o acompanhara facilmente cravando suas garras no ombro do demônio. O líquido quente e viscoso escorreu pelo manto de Renji percorrendo a linha de seu braço até manchar aquele solo que tanto considerava sagrado.

Renji também aproveitou, segurou o pulso que Sesshoumaru usara para cravar suas garras e uma corda de fogo enlaçou o braço no inuyoukai começando a se alongar até seu ombro. A armadura impecável de Sesshoumaru chamuscou num laranja avermelhado e logo após se queimava, mas a pele dele por fim nem ao menos se alterou.

Irritado com a pertinência de seu adversário os olhos do youkai de cabelos prateados tomaram um tom vermelho, o vento o circulou demonstrando o quanto de energia tinha reprimida dentro de si, seu cabelo dançava junto ao manto que carregava no ombro balançando bruscamente a favor do tornado que o rodeava. Sua face se retorceu e alongou, caninos se afiaram enquanto o nariz tomava a forma de algo que inicialmente era irreconhecível. Ao fim da transformação um cachorro branco surgiu com o centenas de vezes o tamanho que Sesshoumaru possuía. As longas e fortes patas bateram no chão fazendo o mesmo tremer, moveu os fortes ombros circularmente enquanto movia a cabeça para baixo observando o demônio de fogo, sua saliva escorria como grandes torrentes de água, mas ao toque qualquer coisa enegrecia, perdendo seu tom e derretia. O grande inuyoukai ergueu sua pata e num único e rápido movimento golpeou Renji.

Ao ver a transformação de Sesshoumaru, Renji arregalou seus olhos, não imaginava que o youkai se revelaria tão rápido, o que era pior para o demônio de fogo. Uma onda de fogo o rodeou para que se movesse indo para o lado na intenção de desviar de golpe que lhe foi dado, mas não teve completo êxito, as garras de marfim lhe atingiram um lado do corpo fazendo com que o sangue mais uma vez manchasse o solo. Renji teria que agir logo, o vapor da saliva do youkai, que estava proxima de si, estava lhe intoxicando e seus movimentos estavam retardando mais. Protrou-se de pé e ereto, caminhando até Rin.

Foi-se ouvido um rosnado daquele grande cão ao notar que Renji estava ao lado de Rin. Evitou que a saliva lhe escorresse para não mata-la e teve que desfazer a transformação. Matar ao demônio do fogo seria um trabalho que ele faria na forma humana. Ao normal já ele encarav Renji e Rin , que estava ao seu lado.

- Parece que se importas muito com esta pequena humana, Sesshoumaru. - comentou Renji tocando o ombro de Rin e observando que mais uma vez Sesshoumaru havia mostrado seus dentes contendo um rosnado de raiva.

- Liberte-a. - exigiu o inuyoukai que dava um passo a frente ameaçando mais uma vez atacar.

- Oh!!! Não se precipite, meu caro. - Renji olhou para Rin e tirou sua mão do ombro da garota - Faça o que tem de fazer, pequena.

Rin ao ouvir o comando de Renji andou a frente ficando a alguns passos de Sesshoumaru.

- Rin!! - Sesshoumaru lhe chamou pelo nome, apreensivo, esperando uma resposta de sua protegida.

Ficou a um passo dele, seria nariz perto de nariz se ela não fosse tão baixa. Ele notou, como não havia de notar, ouviu a adaga deslizar sutilmente pela pele do braço dela até chegar a palma de sua mão. A garota fechou os dedos envolta do punho e rapidamente desferiu-lhe um golpe de baixo para cima, um golpe que deveria tê-lo pego de surpresa, mas o inuyoukai sabia. Apenas inclinou suas costas para trás e viu a lâmina passar a alguns centímetros de seu peito.

- Pare, Rin! - Sesshoumaru disse voltando a posição normal.

Parecia que ela havia perdido qualquer lembrança que tinha dele e isso o feriu de uma forma tão estranha que ele nunca imaginara. Ela continuou a atacar enquanto o inuyoukai apenas desviava. O inuyoukai ficava pensando em alguma forma de liberta-la disso, mas não fazia idéia do que fazer. Passou-se o tempo e eles continuavam naquele mesmo cenário de golpear e desviar, porém algo havia mudado aqueles olhos, que agora estavam desfocados, continham lágrimas que se acumulavam e escorriam por seu impecável rosto.

- Não... - ele parou enquanto falava vendo que a menina se aproximava para mais um novo ataque - ... chore.

Depois disso o que ocorrera foi muito rápido, ela se aproximara mais do inuyoukai e os braços dele envolveram-na num forte abraço. Sesshoumaru ouviu o coração dela bater forte uma única vez.

- Sesshou...maru...sa...ma.

Aquele chamado com a voz chorosa fez com que Renji e Sesshoumaru arregalassem os olhos. O demônio de fogo não acreditava que uma simples humana havia conseguido sair de seu controle, mesmo que por pouco tempo, daquela forma. Ouviu-se então o cravar da adaga, o sangue correu em excesso pintando, mais uma vez, o chão e kimono de Sesshoumaru. Os lábios do inuyoukai se entreabriram e por um momento o desespero invadiu os olhos ambares impassíveis.

- Gome... nasai. Aquela voz... man..dava matar meu lorde, mas....

Ele foi obrigado a segura-la mais forte, as pernas da garota humana não mais sustentavam seu peso. A adaga havia a perfurado embaixo das costelas e agora aquele coração que antes batia fraco, apenas trabalhava mais lentamente, o que de certa forma achava difícil isso acontecer

- Respire... Rin. - foi o ordem dele deixando um dos joelhos encostarem no chão enquanto o outro deixava que o corpo dela se apoiasse, parecia a mesma cena de quando ele a ressuscitou, só que dessa vez ele temia que os olhos dela não mais se abrissem - Rin!!

- Auto-sacrifício... por este youkai? - Renji se perguntou, seus olhos esboçavam um grande choque pelo que a menina havia feito - Por... que?

O inuyoukai estava em silêncio. Segurava-a fortemente entre seus braços como se quisesse passar o calor de seu corpo para que a menina se aquecesse. Ouviu os passos e olhou Renji que se aproximava, antes mesmo que Sesshoumaru começasse qualquer ameaça o demônio o calou.

- Não quero mais estender isto. Esta luta acabou, Sesshoumaru. - Renji disse caminhando até Rin e Sesshoumaru.

Sesshoumaru continuou de olhos fechados, apenas tentando acreditar que quando os abrisse tudo aquilo seria um sonho ruim que teve. Renji se abaixou até tocar os cabelos de Rin e deu um leve sorriso triste enquanto a olhava.

- Perdoe-me pequena. Agora acabou. Estás livre. - ele falou antes de tocar a mão de Rin e se levantando começara a caminhar na direção oposta a dos dois.

- Não fuja, verme.

O demônio de fogo olhou para trás, Sesshoumaru colocara Rin deitada no chão e depois se levantava olhando-o com um ódio que nunca havia expressado. Já sem ter sua protegida, o youkai de cabelos prateados voltou a iniciar sua transformação, mas algo o fez esperar.

- Não desperdice, Sesshoumaru. Ao menos tivestes uma segunda chance. - Renji olhou para Rin.

Sesshoumaru ouviu o faiscar de algo, virou-se e observou o fogo rodear o corpo da garota. As chamas tomaram o corpo de Rin era como se estivesse envolta de uma bola de fogo que se erguia do chão de centímetro a centímetro. A última coisa que vira do corpo da jovem era uma estranha flor que estava em sua mão... a mão que Renji havia tocado.

- Rin. - Sesshoumaru disse dando um passo a frente.

"Sesshoumaru-sama." - foi o que o youkai ouviu vindo de dentro da esfera de fogo, mas fora tão baixo que imaginou ter sido apenas uma ilusão.

- Rin. - ele a chamou mais uma vez, porém foi um chamado tão baixo e sem esperança.

Uma luz clareou mais aquele fim de dia, o fogo havia se tornado um cintilante raio de sol fazendo o inuyoukai fechar os olhos. Quando tudo silenciou-se e suas palpebras abriram-se e seu coração não pôde evitar de bater mais forte.

- Sess... - não terminou de falar porque teve ume leve crise de tosse fazendo-a por a mão sobre a boca.

Uma lágrima escorria pelo rosto da garota, que havia se prostrado sentada, mas antes mesmo de poder respirar sentiu o toque daquela mão quente sobre seu rosto. Ela inclinou o rosto para o lado que estava sendo acariciada pela mão de Sesshoumaru enquanto sentia o polegar do inuyoukai limpar o rastro da lágrima.

- Eu... eu... tive medo. - ela o olhou e seus olhos voltaram a se encher de lágrimas - Não queria deixar Sesshoumaru-sama. - e ao terminar não pôde evitar envolver seus braços envolta do inuyoukai o abraçando.

- Está tudo bem, Rin. Agora acabou. - no início ele não conseguia acreditar no que ela havia falado e muito menos em seu abraço, mas aquele coração youkai que antes era impassível a qualquer sentimento agora batia forte por aquela pequena menina que se tornou em uma mulher.

Sesshoumaru pôs uma mecha do cabelo de Rin para trás da orelha e inclinou seu rosto beijando-lhe a testa. Ele próprio não acreditava no que estava fazendo, mas sabia, ou melhor, descobrira o quanto gostava daquela humana. Fechou os olhos apenas inspirando o perfume que ela exalava e envolvendo-na entre seus braços para levantar e segura-la no colo.

- Apenas descanse, Rin. - ele ordenou quando a garota iria protestar - Estamos indo para casa.

Quando novamente ela iria se interpôr ao que o youkai estava fazendo, Sesshoumaru calou-a com seus lábios. Fora tão mais forte e... tão bom. Ele fechou os olhos apenas sentindo os gosto daqueles lábios definidos e macios. Notou-a que de início ficara surpresa, mas sentia o coração de sua Rin se aquecer, disparando ao suave beijo dele. Rin tocou a face do youkai com seus dedos trêmulos enquanto ele a segurava mais firme entre os braços. Sesshoumaru viu que ela precisava respirar, embora queria que aquele momento parasse apenas para poder aprecia-lo. Separou seus lábios dos dela e deu um meio sorriso ao ver que Rin não havia aberto os olhos ainda, como se estivesse tentando acreditar que tudo não passara de um sonho.

- Respire, Rin. - ele disse suavemente a garota.

- Ha...hai, Sesshoumaru-sama. - Respondeu começando a ficar rubra quando notou que não era um sonho.

Quando ela iria começar a falar ele novamente a interrompeu.

- Falaremos depois. Agora durma. - foi a nova ordem quando ele notou os olhos dela de sono e o seu bocejar.

- Hai, Sesshoumaru-sama. - obedecendo ela se aninhou no manto que ele carregava no ombro e fechou seus olhos repetindo várias vezes a cena em que o youkai havia lhe beijado, o que a fez sorrir enquanto se aprofundava em seu sono.

Sesshoumaru virou-se e encontrou Renji observando-os como quem estivesse relembrando o passado, quando iria começar a falar algo o demônio do fogo o silenciou.

- Não precisa dizer nada. Apenas peço perdão pelo que fiz a menina. - Renji falou virando as costas e andando na direção oposta.

Sesshoumaru o agradeceu num balançar de sua cabeça, algo que provavelmente não seria visto, mas estava grato por Renji ter dado a flor para Rin. O youkai suspirou e começou a caminhar na direção do pôr-do-sol, iriam voltar para casa, porém, enquanto caminhava, algo lhe chamou a atenção. Uma voz. Já havia ouvido antes, mas agora parecia tão mais lúcida.

Akaku nijimu taiyou wa subete o
Terashite kita ima mo mukashi mo
Kono yuuyami ni egaiteru souzou wa
Hatashite kono te ni oenai mono na no ka?

O carmesim se propaga
O sol envolve tudo
Brilha ao norte
Ontem e Hoje
Neste crepúsculo
Nossa imaginação esboça,
Concluindo
O que nós não terminamos?

E ao olhar para além do rio, aonde havia um pequeno campo de flores, o youkai avistou um casal, estavam de mãos dadas e sorriam alegremente olhando Rin e Sesshoumaru. Por um momento Sesshoumaru lembrou-se da história que havia ouvido a duzentos anos atrás e parecia que tudo se alinhava. O youkai que estava com a mulher do outro lado cumprimentou Sesshoumaru num afirmar de cabeça e a mulher humana sorria tão feliz que parecia que em qualquer momento toda aquela felicidade iria transbordar por seu corpo. Eles simplesmente se despediram e uma luz os envolveu enquanto o vento tocava a melodia daquela bela canção fazendo-os sumir completamente.

- Parece que agora sim acabou. - Sesshoumaru disse para si mesmo segurando Rin fortemente entre seus braços, mas ao olhar para o rosto da menina, lá estavam seus olhinhos abertos - Nem dormistes, pequena.

- Sesshoumaru-sama se importaria desta Rin caminhar junto do meu lorde? - ela perguntou sorrindo-lhe.

Como ele iria negar-lhe algo assim?

- Claro. - ele falou colocando-a no chão, Rin parecia estar com as energias renovadas, mesmo tendo dormido apenas por alguns minutos.

Ela olhou para o youkai. Ele olhou para a garota. Seus dedos indicadores se enlaçaram e por fim suas mãos estavam juntas enquanto caminhavam de volta para casa. Agora sim, naquele momento tão fascinante, tudo havia acabado e começado uma nova jornada.

- - -

Jyaken andava entre a escura floresta enquanto Arurun pastava aonde via alguma pastagem nascendo. O pequeno youkai estava com lágrimas nos olhos e balançava aquele cajado de duas cabeças para todos os lados.

- Ssssssssessshoumaru-sssamaaaa!!!! Aonde está o senhor? - ele gritava enquanto andava de um lado para outro - Sesshoumaru-sssaamaaaaaaaaa....

FIM!!!


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Notas finais do capítulo

TADAIMAAAAAA, MINNA-SAN *não leva pedrada, leva uma rocha de toneladas de uma vez* .
Gomenasai a demora, mas está aí o capítulo que fecha o fanfic.
Sem sal? Eu pelo menos achei isso, mas não queria refazer o final de novo, então deixei assim.
 
Quero agradecer às reviews que me foram enviadas no capítulo anterior pela Kiss May Chan, obrigada flor... muito bom saber que você esteve aí lendo *----*
Quero agradecer também a todos que estavam lendo *isso se estiver mais alguém lendo ne*.
 
Estarei postando mais projetos de RinxSesshy e InuxKagome, tavez *quem saiba* apareça um SangoxMiroku, mas até lá....como uma menina muito pedicheira, estou aqui para pedir suas opiniões em suas reviewns
 
Beijõs minna-san *---*