Memórias de Alice Moore escrita por Suh


Capítulo 14
Piquenique


Notas iniciais do capítulo

Perdoem a demora, voltarei a ativa em breve, minha ultima prova é semana que vem esperem por muitos novos capítulos!

Por favor, deem creditos a minha amiga Rebecca que me ajudou bastante e teve a ideia desse novo capítulo! Nao sei o que faria sem ela espero que gostem ;*



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Aquela foi uma situação difícil. Apesar de a Eliza ser minha melhor amiga, eu receava em lhe contar tudo aquilo.

Pra falar a verdade, eu estava mais preocupada com o que ela acharia dessa história. Eu não sei por que eu ainda me preocupo até agora com a reação que ela teria, ou talvez agora que eu vivi todo o resto sei que devia ter me preocupado mais naquele dia.

Tentei incontáveis vezes ler seu rosto que estava misterioso demais pra mim. Mas enfim, não consegui...

 

- Você se preveniu? – Ela me tirou de meus devaneios com sua explosão de curiosidade e preocupação.

 

- Eu... bem... não.

 

- Eu não acredito Alice! Vocês são loucos? Meu irmão é um irresponsável! Ele vai ver só! E você sabe muito bem que...  – Eu não a ouvia mais... Sua pergunta havia realmente me incomodado e seu sermão tinha todos os álibis de razão. Eu devia ter pensado nisso, devia ter me preocupado com as consequências, mas naquela hora eu só via o Alex, mais nada. Enquanto eu pensava naquele dia mais cedo, naquela hora de alegria com o homem que eu amava minha mente estranhamente vagueou para uma casinha pequena, de paredes azuis claro, janelas grandes e convidativas... Então eu vi alguém pela janela, era uma criança. Uma menininha de olhos castanho-claro, cabelos escuros presos cuidadosamente num laço rosa claro que contrastava com a cor dos cabelos, iguais ao do Alex, olhando para fora, parecia estar olhando pra mim. Eu me aproximei da linda casinha ainda em direção a janela quando o vi.

Alex, sentado numa poltrona vinho virada em direção a uma grande televisão. Mas o que era tudo aquilo? Que tipo de sonho é esse? Claro, eu só podia estar sonhando... Eu vasculhei o lado de dentro da casinha com curiosidade e vi uma bela mulher de cabelos claros na altura da cintura, vindo em direção a pequena garota que ainda olhava pela janela. Se ajoelhou ao lado dela e a abraçou com todo o amor do mundo.

 

- Mamãe, quando a tia Liza chega? – Ela tocou a face da mulher.

 

- Só mais alguns minutos meu amor, tenha paciência. Ela vem de muito longe. – Ela sorriu para a garotinha e beijou sua testa. Elas ficaram abraçados até uma voz mais séria, mas ainda familiar os chamou.

 

- Alice, venha aqui. A Eliza esta no telefone... – Alice? Eliza? Espere. Agora sim eu reconhecia aquela mulher loira, era eu. Mais velha, mas ainda era eu? Como? Alex? E essa garotinha, quem era? Eu me lembrei de suas palavras “Mamãe, quando a tia Liza chega?”. Mamãe?

 

Minha filha? Aquela garotinha era minha filha? Mas como...

- Alice. Alice! Acorda Alice. Ta me escutando? – Eliza me chacoalhava com carinho, tentando me despertar.

 

- Ahn? E- eu, to sim. Calma Eliza...

 

- Estou calma... Mas vocês deviam ter se protegido.

 

-... Tudo bem. – eu sussurrei.

 

- O que?

 

- Vai ficar tudo bem. – falei, dando o sorriso mais verdadeiro que eu pude.

 

- Hm. Eu tenho que ir amiga...

 

- O Ale... – Mas eu me interrompi. Aquilo tudo foi só um sonho. – Tudo bem. Boa noite Liza. – Eu a abracei com força.

 

É estranho pensar nisso agora, como um espírito... Mas confesso que aquela ideia, apesar de ter me assustado, me deixou feliz e com um pouco de esperança. Meu maior sonho era ser mãe.

 

Eu ainda não entendo como pude estar tão feliz. Aquela felicidade exagerada agora me dá enjôo. Eu fui tão ingênua com este sentimento.

 

 

 

Na manhã do dia seguinte, levantei bem cedo, cheguei a ver o nascer do sol. Para ser franca, eu não consegui dormir direito aquela noite. Eu lembrava dos mínimos detalhes e sentia uma ânsia inexplicável de vê-lo logo.

 

Depois de algumas horas vendo o sol subir no céu e de pensar nele mais do que em qualquer outra coisa na vida, tive uma ideia.

Fui até o telefone e disquei os números tão conhecidos.

 

- Oi Alice.

 

- Bom dia Eliza. Tá com vontade de fazer algo hoje?

 

- Hum, não sei. Você está?

 

- Tava pensando num piquenique. Eu, você, Mi e a Sophia. Que tal?

 

- Ótimo! To mesmo precisando sair de casa. Onde?

 

- Isso é surpresa.

 

- Nossa! Tá legal, você decide.

 

- Vou ligar pra a Mi. Tchau!

 

Eu estava tão feliz. Mas é claro, eu sempre estava feliz.

 

- Alô?

 

- Oi Mi, é a Alice.

 

- Ah, oi Alice.

 

- Vamos fazer um piquenique?

 

- Claro. Vai ser ótimo Alice. – Seu tom de voz estranhamente mudou.

 

- Que bom então. A gente passa aí na sua casa então?

 

- Não! Quer dizer, é melhor eu passar por aí.

 

- Mas o lugar é no caminho da sua casa... – queria saber o que Mi escondia. Mas eu não ligava naquele momento. Seria um dia perfeito.

 

Eu já nem me importava mais com o que a Mi tinha de tão misterioso. Se fosse algo que eu precisasse saber, com certeza ela já teria me contado.

 

- Então vocês me encontram na esquina da escola, certo?                      

 

- Combinado. Até mais tarde.

 

Eu fui falar com a Sophia. Mas é claro que ela aceitou. Ela adorava sair com a gente. Então fomos preparar as comidas e todo o resto pro piquenique.

 

Fomos até a Praça Fantasma. Achei que lá seria um lugar perfeito para um piquenique – estava certa.

Aquela praça no fim da tarde parecia algo surreal. Bem naquele centro, onde havia o lago com a ponte, era tão verde e o sol fazia questão de iluminar tudo a nossa vista. Não parecia ter uma cidade além dali, parecia fora da nossa realidade.

A grama estava bem alta, teimava em tomar lugar nas brechas dos caminhos de cimento. A tinta dos bancos de madeira estava descascando. Aquela linda praça não era cuidada há anos.

 

         Mi não parecia lembrar do que eu disse para ela no telefone naquele dia. Ela estava como sempre, todas estavam se divertindo.

Até que alguém ligou para Eliza.  Era sua mãe...

 

Quando Eliza anunciou que viajaria no dia seguinte, meu coração disparou.

 


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Notas finais do capítulo

Pessoal! eu quase morri do coração agora quando lembrei dos desenhos!!! eu esqueci completamente! perdão, perdão!! Eu juro que coloco no próximo capítulo pq eu nao posso mais esperar, demorei demais para postar esse T___T

Desculpem essa autora desnaturada i-i' podem me xingar se quiserem!
amo vcs, um beijao e ate a proxima ;* [que com certeza nao vai ser tao demorada quanto essa xD'''']