Alice escrita por Letícia M


Capítulo 2
Capítulo 2 - Santo espirro




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Havia parado em um comprido corredor. Nas paredes desse corredor tinham portas. Logo no finalzinho dele,existia uma mesinha de vidro muito bonitinha,e em cima dela uma chave prateada e minúscula.
– Ai meu Deus! Por que diabos fui me meter aqui! Juro que quando voltar para casa irei matar mamãe.. E.. E o sol também. Não era para estar acordada agora! Ah,santo espirro! - Batia o pé com força,como uma criança faria. - Mas com certeza irei fazer tudo certo. - Dei uma olhada na mesa para ver se existia algum vidrinho escrito "Beba-me".
Nada.
Testei a chave em todas as portas,inclusive naquela bem pequenina,que em seu outro lado existia o mesmo lindo jardinzinho no qual Alice Liddell havia passado,o tal castelo da Rainha de Copas. Dei uma segunda olhada na mesa,e havia uma folha de papel lá em cima. " O que será isso? Será que é um manual de instruções para se dobrar como telescópios? ". Quando peguei a folha,vi que ela estava em branco. Novamente olhei para a mesinha,e agora também existia uma pena e tinta. " Com certeza já se passou a época em que se escrevia com pena e tinta..." " mas não custa tentar ". Soltei uma risadinha,que ecoou gravemente pelo corredor. Então,olhei para uma das portas e vi o coelho saindo de uma delas. Não era a porta pequenininha,afinal nem ele cabia para passar. Ele segurava o famoso relógio de bolso.
– Ei,senhor coelho,será que o senhor poderia me ajudar um isso? - Perguntei delicadamente a ele,levantando a folha e a pena para que ele visse melhor.
– Oh Céus!! - O coelho fez uma longa e solene reverência,o que me deixou boquiaberta.
– Posso saber o motivo da reverência? Não sou nenhum membro da corte,pelo que saiba.. -
– Alice,certo? - Ele perguntou
– Exato. Alice Harther. Não Alice Liddell. Não sou a mesma Alice,afinal isso já faz muito tempo... Inclusive Alice Liddell era uma criança na época. Eu já tenho 16 anos..
– Bom - O coelho limpou a garganta - Queria alguma ajuda?
– Só queria saber o que fazer com papel pena e tinta,por favor...
– Bem... Deixe esses materiais para lá,são muito ultrapassados. Tome isto que acho que resolverá. Ah,e antes,pegue a chave e coloque no bolso,só de garantia. - O coelho me entregou um vidrinho,o mesmo vidrinho da poção que diminuía. Só que sem nenhum aviso de Beba-me ou coisa do tipo. Fiz como o coelho pediu,peguei a chave e coloquei no bolso. Tomei o vidrinho e encolhi até ficar bem pequenina,então fiquei no tamanho exato para passar pela pontinha. Peguei a chave no bolso e a abri. Entrei num lugar completamente diferente do jardim bonitinho,era uma grande floresta,mas bem aberta,como se fosse uma selva. A cada passo que dava crescia um pouco,então fiquei no tamanho da verdadeira Alice. Cheguei a uma mesa bem comprida. " Acho que essa é a mesa da Lebre de Março ",pensei,mas conforme fui se aproximando mais pude ver que na mesa não tinha nenhuma lebre e nenhum Dormundongo,somente um homem muito bem vestido usando fraque e gravata. Só pude o reconhecer por causa do chapéu que estava usando,era roxo e verde,tinha umas flores e algumas partes quadriculadas,grande e bem espalhafatoso. Estava na cara que aquele ser era o Chapeleiro Maluco!


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