Quinta-feira — 09h30min da manhã.

Anastacia entregava agora seu jejum de sete dias, ajoelhada na ponta de sua cama, com as mãos escondidas no rosto, terminava sua oração e logo iria tomar café da manhã e ir caminhando até a igreja (que ficava duas quadras da sua casa) e ir para o tão esperado passeio.

Sua igreja passaria o dia em uma ilha, pegariam um ônibus até o porto e lá pegariam o barco e, em duas voltas, estariam todos na ilha, prontos para aproveitaram o dia e, à noite, três horas de clamor que prometiam pegar fogo.

A loira de cabelos lisos e longos, levantou-se do chão, alisou seu vestido longo e saiu de seu quarto com sua bolsa de colo no ombro esquerdo. Pegou seus óculos do corredor e desceu saltitante para à cozinha.

— Bom dia, família maravilhosa! — Apareceu sorridente na cozinha. — Estão animados? —

— Querida, não vamos nesse passeio, você sabe que é só para os jovens! — Sua mãe ria.

(...) No ônibus, logo depois do tempo de clamor, os jovens começaram a cantar os seus louvores favoritos, intercalando com piadas e conversa sendo jogada fora. Ao chegar no local, pegaram o barco, fazendo duas viagens para levar os trinta jovens que iam para a ilha.

Era um lugar maravilhoso, bastante verde, água cristalina (coisa que começava a se tornar bem difícil nos Estados Unidos), e, uma casa grande e muito bem dividida.

— Olá. — Uma voz grossa e séria chamou a atenção de todos os jovens que na ponta da ilha esperavam. — Sou Brian e mostrarei a ilha para vocês. — O homem alto e grande, de barba por fazer, disse. — Vamos para dentro da casa, vocês se acomodam e depois nos sentaremos na praia para que eu conheça cada um de vocês.

(...) Sentados em uma roda, cada um se apresentava, anunciando seu nome e contando como entrou para igreja, de que forma aceitou Jesus como seu único salvador. Até que chegou a vez do homem, Brian, se apresentar.

— Sou Brian, tenho 29 anos e... — riu nasalmente — sou ateu. —

Os olhares começaram a ser trocados, cada um imaginando uma coisa. Apenas Anastacia permaneceu olhando para o homem.

— E o que te levou à isso? — Pergunta, fazendo com que todos a olhem e para ele, logo em seguida, a espera de uma resposta.

— Vários motivos, garota. —

— Estamos dispostos a ouvi-lo. — Retrucou.