Um anjo em minha vida escrita por Lillyty


Capítulo 4
Descobrindo verdades...


Notas iniciais do capítulo

Oiii pois é, tive provas e mais provas por isso não postei antes, mas agora eu estou aqui... Beijinhos e aproveitem o capitulo...



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Olho para o relógio mais uma vez, faz exatamente três horas e quarenta e cinco minutos que estou em uma aula chata sobre “Os grandes escritores ingleses”.

Como se eu já não tivesse lido sobre cada um deles.

Calma Flor, só mais quinze minutos. Meu subconsciente ralha.

Até que os quinze minutos se passaram rápido. Saí e fui direto para o estacionamento, Samuel já estava lá, me esperando, ao lado do carro.

–Até que enfim, apareceu a margarida. -Ele diz e me dá um selinho.

–Eu não podia sair antes de acabar, era uma aula chata, porém importante. -Eu digo e dou outro selinho ele. -Aonde vamos?

–Está com fome? -Ele pergunta e eu sorrio.

–Morta de fome.

Conto pra ele do sonho e como foi parecido com o que ele falou hoje antes de me beijar, ele fica sério e não fala mais nada.

Vinte minutos depois, estamos entrando em um restaurante chamado Jiulio’s.

Tudo é muito chique, me lembro de ter vindo aqui umas duas vezes com meu pai.

Mesas de vidro com arranjos de fores bancas em cima enfeitam o lugar que já esbanja beleza.

–Pra que isso tudo Samuel? -Pergunto olhando pra ele.

–Pra comemorar, e para conversarmos. -Ele sorri e puxa a cadeira para que eu me sente.

–Ok.

Fazemos os pedidos e começamos a conversar.

–Então Florence, eu quero saber mais sobre você. -Ele diz e dá um sorriso de canto pra mim.

–Pode perguntar, o que quer saber?

–Ah eu acho que você pode me dizer algo que eu ainda nãos saiba.

–Hum. Bom, eu tenho vinte anos, sou apaixonada por literatura, amo artes e adoro ler sobre anjos e demônios. Tive uma infância tranquila e agradável, a não ser por uma vez, eu quase fui sequestrada, mas um moço me defendeu e o sequestrador foi embora. Meu pai sempre foi ótimo pra mim, quando eu tinha 14 anos ele me levou pra Disney, foi o melhor dia da minha vida, mas foi nesse mesmo ano que descobrimos que minha mãe estava com câncer. -Abaixei o olhar.

–Não precisa falar dela se não quiser Flor. -Ele diz e segura minha mão por cima da mesa.

–Não, eu preciso... -Respirei fundo e continuei. -Ela era a pessoa mais doce desse mundo, protetora, amiga, mãe, irmã, tudo... Mais aí um dia ela desmaiou, e acordou no hospital, com o diagnostico sendo câncer no cérebro... Chorei durante duas semanas, entrei em depressão e tentei suicídio duas vezes, até que minha mãe disse havia melhorado e que o tumor havia sumido. Lembro-me de agradecer tanto a Deus e de dormir todas as noites com ela, quando eu fiz dezesseis anos minha mãe fez uma festa gigantesca pra mim, mesmo o presente maior ter sido a vida dela.

–Então eu vi meu mundo desmoronar em um dia de inverno, ela foi dormir e nunca mais acordou, me deram calmantes e ela apareceu pra mim em sonho, dizendo que eu precisaria ser forte. Naquele dia eu resolvi que eu seria forte, por ela, não importando o que acontecesse, eu seria forte.

–Me formei, namorei dois anos com um cara chamado Mark, ele era meu amigo e nós acabamos nos envolvendo romanticamente. Ele foi pra Portugal e desde então nunca mais o vi.

–Sinto muito. -Ele diz.

–A dor já é suportável, difícil mesmo é a saudade que nunca vai embora.

O garçom chega com os pedidos, nos serve e se retira, comemos em silencio. Até que eu o quebro.

–E você?

–O que tem eu? -Ele pergunta.

–Também tenho direito de saber sobre você, não é?

–Claro... Eu tenho Vinte anos, meu pai me pegou quando eu tinha doze anos, me ensinou tudo que eu sei, e me ajudou a ser quem eu sou, ele morreu em um assalto, com um tiro certeiro no coração, ele foi a pessoa mais próxima que eu tive em toda minha vida. O amava mais que tudo, e como você, tive que ser forte, mas eu não tive ninguém para me ajudar, sou sozinho no mundo Flor, sou só eu e Deus.

Fico em choque, ele acabou de me contar sua vida toda e tudo na maior calma. Olho pra ele e sorrio:

–Ele deve ter sido um bom pai.

–Foi o melhor. -Ele virou um pouco o rosto e eu pude ver uma cicatriz que começava no pescoço e entrava pra dentro da gola da blusa.

–O que e isso? -Pergunto e aponto para o local.

–Eu tive que proteger uma garotinha uma vez acabei sofrendo um pequeno acidente.

–Serio?

–Hunrun. Mas já passou foi a muito tempo. Fala-me, qual é a do meu perfume?

–Hum. -Coro. -Eu sinto o seu perfume há muito tempo, principalmente quando estou em “apuros”. Minha mãe sempre dizia que era meu anjo da guarda.

Ele me olha atentamente.

–Sinto tanto pela sua mãe Flor, ela era uma boa mulher.

Olho pra ele intrigada.

–Fala como se tivesse a conhecido. -Digo.

–E conheci, sua mãe é como eu. -Agora ele me olha serio e com um tipo de preocupação nos olhos. -Somos... Protetores.

–Que? Como assim? Do que você está falando Samuel?

–Somos anjos Flor, eu sou o homem que salvou você naquele dia, eu estou sempre com você, e sua mãe veio pra terra para uma missão. E em todas as vidas ela acaba sendo sua mãe, e eu acabo me apaixonando por você.

Olho pra ele espantada, ele não está falando coisa com coisa.

–O sonho que você teve essa noite, já aconteceu, foi em 1860, você foi apresentada a sociedade, e antes foi em 1434 sua mãe morreu quando você tinha sete anos, e é sempre assim, nós temos que descobrir o porque da sua mãe não conseguir cumprir a missão dela aqui na terra.

–Espera, se a minha mãe é um anjo, o que eu sou? -Olho pra ele, não sei o motivo, mas isso tudo parece mesmo ser verdade.

–Aí é que está o enigma, temos que saber o que seu pai é, ele não é humano, vamos ter que conversar com ele, se ele fosse humano você e seria um Néfilim, como o seu irmão.

O pai do Alec morreu quando ele tinha dois meses, foi o primeiro marido da minha mãe, mas logo depois ela conheceu meu pai e os dois se apaixonaram.

–Meu Deus, isso é muito pra minha cabeça, eu não teria que ser diferente? -Pergunto me interessando.

–Você é, os seus poderes só se manifestam depois de descobertos.

Acabamos de comer, ele paga a conta e nós saímos dali.

–Vamos pra minha casa, temos que falar com meu Pai. Ele ainda deve estar almoçando.

Abro a porta e chamo:

–Pai! -Vou em direção a sala de jantar segurando firme a mão de Samuel.

–Oi querida. -Ele sorri e depois olha para o Samuel. -Quem é esse?

–Olá senhor, eu sou Samuel, hmm... -Se enrola.

–Meu quase namorado pai, agora se você puder, queremos bater um papo com o senhor. -Falo séria, e Samuel me olha surpreso.

–Claro filha, vamos pro escritório.

Ele se senta em sua cadeira e faz um gesto para nos sentarmos também.

–Pai, eu sei sobre a minha mãe, e pretendo saber sobre o senhor. -Olho pra ele. -O que você é?

Ele relaxa na cadeira e expira todo ar dos seus pulmões:

–Eu sou um demônio filha.


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Notas finais do capítulo

Háha, eu sei. Sou maléfica, mas vai ficar melhor...
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