Síntese Do Amor escrita por Anne Santë


Capítulo 2
Homo Sapiens Amiga?parte 1


Notas iniciais do capítulo

Amorinhos voltei!!!!! E agora é que a coisa pega, sintam na pele o que Eureka sente.

Enjoy baby.



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Acordei ao som de Kansas Carry On Wayward Son, o som preenchia o pequeno quarto que felizmente só eu ocupava. Olhei para meu relógio de cabeceira, os ponteiros marcavam 5:30 da manhã o horário perfeito para minha corrida matinal. Saltei da cama radiante e vesti meu uniforme de corrida, uma camiseta velha dos Red Sox e um shorts que ganhei a umas quatro primaveras de uma colega de trabalho.
O shorts havia ficado largo naquela época, mas agora ficava quase dois palmos acima do joelho o que é só um pouquinho indecente. Calcei os tênis de corrida e sai porta a fora saltitando de alegria por ser a única acordada em todo o campus, Angelina e os alunos dourados estão em seu covil dormindo e não preciso me esgueirar por corredores, salas, matos, grama e o que quer que seja, porque a essa hora o maravilhoso campus é TODO meu.

Alonguei-me antes da corrida, primeiro as braços depois pernas e pescoço, aqueci-me um pouco e fui como se não houvesse amanhã.
Poucos pessoas tem hábitos saudáveis como se exercitar e comer verduras, mas graças a Maya Jones eu adquiri gosto por suar e comer brócolis, mamãe sempre me levava em sua rotina de exercícios e não dava mole na cozinha afinal era uma das melhores cozinheiras que já tive a honra de conhecer. Se está se perguntando porque me refiro a ela no passado a resposta é simples.

Ela está morta.
O câncer acabou com ela antes mesmo que pudesse ver meu diploma do ensino médio, foi uma surpresa quando foi diagnosticada e ela escondeu a doença por um ano inteiro, eu tinha uns dezesseis anos na época e saber que minha mãe tinha data de validade acabou comigo, meus dias se resumiam a cuidar dela e orar para que se recuperasse, nesse meio tempo minha vontade de curá-la me trouxe até a faculdade.

Uma ação gera a outra não é isso que dizem?
Então para dar vida ao meu futuro precisei de uma morte como impulso. Não gosto de pensar sobre isso, por mais que minha mãe tenha sido forte ao me criar desde que nasci e segurar a onda do câncer tudo isso me remetia ao meu pai, o grande infeliz que nos abandonou quando soube que ela estava grávida.
As coisas foram difíceis por um tempo antes de eu nascer e depois dela morrer, ela cuidou de mim e eu dela, detestei ter de vender a casa, mas precisava de dinheiro para faculdade.
Talvez ela tenha orgulho do que me tornei, uma vegetariana passiva e aspirante a bióloga.
Ela saberia lidar com Angelina e os alunos dourados. Ela era incrível.
Maya Liliam Jones foi a melhor pessoa que conheci, a natureza nunca poderá reproduzir um ser humano igual a ela e o mundo só é um lugar repleto de lembranças de que ela existiu e foi embora sem mim, por mais egoísta que isso soe eu não ligo. Espantei as lembranças da minha mente antes que começasse a chorar, ai com toda a certeza teria um acidente cardiovascular.
Concentrei-me em minha respiração e na musica que ouvia ao correr, na terceira volta eu já estava um pouco acabada então naturalmente procurei qualquer lugar para descansar, joguei-me na grama perto de uma arvore.
– Merda- resmunguei esfregando o lugar onde havia batido a cabeça na arvore. Tive a leve sensação de que estava sendo observada, dois anos me escondendo como uma criminosa me tornaram paranoica, rápida como um Rattus rattus e Ph.D. em invisibilidade. Olhei ao redor a procura de qualquer perigo iminente e não encontrei nada, algumas folhas da arvore se agitaram com o vento e os raios da manhã atingiram o topo da minha cabeça, aproveitem a sensação do sol em meu couro cabeludo e ingeri o máximo de vitamina D que pude até meu celular apitar.
Olhei no relógio do celular, marcavam 6:45 e se eu fosse rápida ainda me sobrava tempo para tomar uma ducha antes das aulas começarem, descansei por mais uns segundos e me dirigi rapidamente para meu quarto não tão radiante quando no começo já que teria de me comportar como um verme rastejante e discreto. Depois da ducha vasculhei meu guarda roupa atras de uma roupa mais sem graça do que a que vesti ontem, olhei-me no espelho umas três vezes depois de vestida para ter certeza de que não estava nem um pouco atraente.
Quando dei-me por satisfeita peguei meus cadernos e livro e segui para meu inferno pessoal. As duas primeiras aulas foram tranquilas a biologia tecidual era só perde no quesito super interessante para genética, dentro da sala de aula me sinto no paraíso é maravilhoso como assistir os Boston Red Sox dar uma surra nos NY Yankees.


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Notas finais do capítulo

Foi mal o capítulo chatinho, mas vcs precisam conhecê-la assim algumas atitudes vão fazer todo o sentido no decorrer da história.
Comentem amorinhos e até o próximo cap. que sai ainda essa semana.
Quem sabe uns três caps.
Depende apenas de vcs u.u
Erros ortográficos me avisem.



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