Behind The Mist escrita por fffoxx


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Quem quiser saber quais foram as exigências dessa primeira missão do #percyjacksonday, é só clicar aqui



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Começou com uma mensagem do Senhor D. Eu tinha que ir à um país do hemisfério sul para salvar a pele de um indeterminado. Conforme o especialista em loucura, não ia ter como pegar carona com um deus. OK, isso não era bem um problema. Um simples filho de Ares poderia pedir um pouco de grana e descolar uma passagem de avião. Único problema é que Grover teria que agüentar as pontas enquanto eu não chegasse. Arrumei uma mochila com algumas roupas, dei um jeito de colocar a minha espada de bronze celestial num lugar rápido e acessível. Eu estava pronto.

O vôo foi nervosamente bem. Quando fui no banheiro do aeroporto para lavar meu rosto, encontrei um sátiro em um dos boxes murmurando r0;Droga, droga, droga! Eu estou sentindo cheiro de monstror1;. Grover sabe deixar alguém nervoso. Abri a porta do box e o tal garoto ainda parecia cético r11; todos começam assim. Peguei a minha espada e sutilmente saímos do banheiro. Uma coisa legal: todos pareciam tão ocupados em chegar à um portão ou em seu destino final que não repararam minha espada, ou talvez fosse apenas a Névoa. Uma coisa chata: eu tinha a impressão que algo estava nos seguindo.

Eu não sabia que tipo de monstro era aquele, mas eu estava torcendo para despistarmos ele e voltarmos para o Acampamento Meio-Sangue. E ao comentar isso com Grover todas as minhas esperanças de ter sucesso naquela missão se esvaíram. Minha impressão de estar sendo seguido estava completamente correta. E foi o garoto indeterminado que percebeu isso. Um bull terrier estava nos seguindo. Por um segundo, eu suspirei aliviado. Só um cachorro, isso era legal, certo?

Não, não era legal. Aparentemente, o bull terrier virou um enorme cão infernal. Só que tinha duas cabeças. Duas cabeças realmente assustadoras, com dentes enormes rosnando para Junior. r0;Ah, cara! Por que nós temos que esperar quarenta minutos até o próximo avião para New York chegar, mesmo?r1; eu lamentei. O tão cão era Ortros, irmão de Cérbero. Eu esperava que esse cachorro também guardasse o Hades. Parece que eu estava errado. O pêlo de Ortros adquiriu um tom vermelho bordô, e sua cauda se alongou, mostrando uma serpente de cor verde-grama.

A primeira coisa que eu pensei? r0;Droga!r1;. A segunda? Não foi bem algo que eu pensei, porque agi instintivamente. Dei rápidas passadas até o cão, desviei-me com um pulo de uma cabeça que tentara me morder e desferi um golpe contra sua cauda-serpente. Um chiado estranho se misturou com um ganido de Ortros. Decepei sua cauda. Para minha sorte, não cresceu outra r11; não ainda. Para minha má sorte, eu enfureci muito o cão de duas cabeças, conseguindo toda sua atenção para mim.

r0;Underwood, leva o garoto para um lugar seguro. Quando eu terminar aqui, procuro por vocêsr1; eu gritei. Não foi preciso insistir, ambos garotos corajosos saíram correndo discretamente junto dos mortais. Falando em mortais, foi a primeira vez que notei que eles estava meio descontrolados. Olhavam para Ortros como se não acreditavam em seus olhos e corriam para se salvar. Eu não sabia o que a Névoa estava lhes mostrando, mas eu tenho certeza que não era um concurso para saber qual cachorro foi melhor adestrado.

Ortros nem percebeu o sátiro e o indeterminado dando o fora. Pelo menos salvei duas almas antes de morrer. Quer dizer, uma alma. Ah, sei lá. Inteligência não é o meu forte. A cabeça de esquerda do cão avançou em mim. Fiz o melhor que pude, ergui a espada e o focinho de Ortros se chocou contra a base da lâmina. Soltei um riso desdenhoso e bati a base da lâmina no focinho da outra cabeça, como se estivesse rebatendo uma bola de Baseball.

Se recuperando do choque, o irmão de Cérbero se jogou sobre mim. Em câmera lenta, eu vi seu corpo tomar altitude, sabendo que se eu não movesse seria esmagado facilmente por sua massa corpulenta. Mas não me movi. Ajoelhei-me sobre a perna direita e apoiei o cotovelo na coxa, segurando a espada o mais firme que eu podia, só esperando o corpo de Ortros cair. Com sorte, a lâmina de bronze celestial entraria na barriga do filhotinho e ele se dissolveria em areia, como todos esses monstros imbecis.

E, cara, deu certo. Conforme a espada ia entrando em sua massa corporal, esta virava areia. Areia que despencava sobre mim, mas não dei muita importância para isso. Se eu tivesse a sorte de Jackson, eu estaria sendo fotografado e filmado, me tornando o próximo adolescente descontrolado que o Brasil já vira. Balancei a cabeça, tirando a areia dos meus cabelos e guardei a espada cautelosamente na mochila, que fielmente ainda se encontrava pendurada em minhas costas.

Respirei fundo e comecei a correr, antes que os seguranças do aeroporto viessem me prender. Encontrei Junior e Underwood escondidos numa loja de perfumes completamente vazia. r0;Prontor1; eu disse inocentemente. O sátiro agradeceu os deuses, por dois motivos r11; o primeiro era que eu estava bem (entretanto eu achei que isso não teve significado) e o segundo era que ele finalmente sairia daquela loja de cheiros enjoativos.

r0;Quanto tempo ainda falta? Temos que ir logo, acho que devem estar me procurando por aír1; eu vesti o capuz da minha blusa, com a intenção de esconder meu rosto e meus cabelos ruivos. Saímos da loja e nos dirigimos para o portão onde pegaríamos o avião de volta para casa.

r0;Bom, você conseguiu perder trinta e dois minutos com o monstror1; Junior disse depois de olhar impacientemente para o relógio. Eu não tinha percebido que a luta durou tanto tempo assim, parecia ter sido apenas dez ou quinze minutos. Mas acho que ter demorado mais veio à calhar. r0;Se não chegarmos logo no portão vamos perder o vôor1; o indeterminado conversava em Inglês, já que eu não sabia falar sua língua. Ele tinha um sotaque um pouco estranho, misturando um sotaque texano e indiano. Não sei ao certo.

Graças aos deuses, nenhum monstro tinha se infiltrado no nosso vôo. Eu estava voltando para casa, e estávamos todos bem. Quando chegamos à New York, tivemos a sorte de não topar com mais nenhum monstro até chegar ao Acampamento. E acabou que o brasileiro era um filho de Hefesto. Haha, antes filho de Hefesto do que continuar indeterminado.

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