A Constante da Bad escrita por Vinicius André Junqueira


Capítulo 2
Capítulo 2 - Ué.


Notas iniciais do capítulo

Conteúdo um pouquinho mais explicito do que o anterior, mas está avisado nas tags disso.



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Acredito que devo ser bem sincero, eu fiquei pensando naquele menino o TEMPO TODO. A professora podia estar explicando o porquê de uma raça alienígena vir extrair irídio na terra, eu ainda estar pensando nele. Cara, eu estava muito assustado, por que... Eu nunca tinha ficado tão apaixonado por alguém assim, nem sei dizer se isso é paixão, eu queria conhecer mais o cara, queria mais ficar com ele, queria ficar mais perto dele, não entendia que fogo no rabo era esse, eu não sou um Pokémon pra ficar com essa putaria.

Eu ficava lembrando o rosto dele, de como ele era branquinho, daquele cabelo escuro e a forma como o cabelo se contrastava com o branco do rosto dele, e aqueles olhos, aqueles olhos claros me matavam, ele tinha o olhar de um tigre, que fica te encarando como se ele soubesse todos os segredos do fundo da sua alma.

A Tainá me chocalhou e disse:

– Tá pensando no crush é viado? Presta atenção na porra da aula.

– Osh, pra que prestar a atenção se posso copiar de você depois?

– Copiar de mim é? – E ela soltou uma gargalhada – Nunca miga, NUNCA.

– Eu sei que você vai me passar.

– É eu vou mesmo... – Ela disse.

E eu voltei a divagar, pensando nele, mas... Mesmo ele sendo meu crush, será que ele era gay? E se não fosse? Se ele tivesse passado o msn pra Tainá porque acha ela gostosa, não eu? Acho que ele nem me viu lá... Cara, como a vida é cruel viu, seja lá qual deus exista, você deve ser bissexual pra fuder todo mundo, eu mereço...

Quando comecei a prestar a atenção na aula, eu percebi que a professora Jéssica estava ensinando fórmula de Bhaskara para aplicar em equação de segundo grau com a raiz de delta. Eu nem sei equação de primeiro grau, quem mais dirá de segundo. Odeio matemática, e até hoje, nunca tive uma professora ou professor que me cativasse a estudar a matéria... Eu já achava chato, imagina sem apoio...

Peguei meu fone de ouvido, coloquei Help! dos Beatles e fiquei ouvindo... Beatles muda a vida das pessoas...

Help, I need somebody

Help, not just anybody

Help, you know I need someone, help!

When I was younger, so much younger than today

I never needed anybody's help in anyway

But now these days are gone, I'm not so self-assured

Now I find, I've changed my mind and opened up the doors

Eis que minha professora chega do meu lado e arranca o fone do meu ouvido:

– Ganesha, você está prestando a atenção?

Eu levantei já revoltado, nervoso, e comecei a gritar com ela:

MEU, VOCÊ É LOUCA? SE VOCÊ OUSAR TOCAR EM MIM DE NOVO EU VOU CHAMAR A POLÍCIA, ISSO É CRIME FILHA!

– Então tire o fone e presta a atenção na matéria.

– Eu não sou obrigado a tirar o fone e você não pode vir tirar o fone da minha orelha, você tem algum problema mental? Se toca, se você encostar em mim de novo eu chamo a polícia. Não sou obrigado a ficar prestando a atenção na sua aulinha de merda.

E saí marchando da sala de aula para o pátio. Faltavam cinco minutos para intervalo mesmo, tava nem ai. A mulher vem tirar o fone da minha orelha? Se ela tivesse pedido eu tinha tirado super tranquilo, agora ela vir arrancar achei uma injustiça.

O sinal tocou e eu já estava no lugar onde eu sabia que a Tainá sempre sentava comigo. Era como um ritual, a gente sempre sentava no mesmo lugar e voltava pra sala no mesmo horário todos os dias.

A partir daqui, eu preciso contar que, eu não entendi muito bem o que aconteceu.

O Math, aquele gato que parece o Zac Efron, veio falar comigo, e começou a fazer umas perguntas um pouco tanto quanto estranhas, afinal eu mal conhecia ele, e ele (na minha concepção) era hetero...

– Gan, você é gay?

– Ahn... Por quê?

– Ah, é porque eu também sou e te acho um gatinho.

O QUÊ? GENTE, ME SEGURA QUE EU TO NO CHÃO. Como assim o menino mais hot da escola é gay? Mas senhor, como pode? Eu to em choque ainda. O pior de tudo é ele me achar gato, amigo, você tá precisando de uns óculos né? Sou feio de longe, de perto parece que estou mais longe.

– Ah, obrigado.

– Bom, eu acho que a gente poderia subir até o banheiro do quarto andar, lá é só administrativo mesmo, ninguém nunca fica lá, os professores que estão lá, sempre vão pro segundo andar pra ficar com os amigos na sala dos professores, fora que o banheiro masculino lá quase nunca é usado, e o especial principalmente. Nenhum auxiliar prefere levar o cadeirante no quarto andar se pode levar no primeiro que é mais fácil, certo? Quer subir comigo até lá?

– Pra quê?

Puta que pariu como eu sou trouxa, senhor, eu sou muito trouxa. O GOLDEN AWARDS DE TROUXA VAI PARA, TARÃRÃRÃÃÃ, GANESH!

– Ah pra... Cê sabe. – E ele colocou o indicador na minha boca – Pra... Coisa que meninos gays fazem juntos.

Eu acabei subindo com ele até o quarto andar mesmo. Do segundo pro terceiro andar ele pegou na minha bunda, mas eu fingi que não e continuei indo. Mas eu gostei, a mão dele é bem pesada.

Finalmente chegamos aos mais, chegamos ao quarto andar e corremos até o banheiro especial que não tinha ninguém. Entramos e trancamos a porta.

Ele me jogou com força na parede e começou a me beijar, e eu não recuei, fui com a mesma intensidade e força para cima dele. Ele agarrou na minha bunda com aquelas mãos pesadas e fortes dele. Eu que não tenho nada de besta, já agarrei no pau dele, e fiquei segurando, depois, o masturbei por dentro da calça enquanto o beijava.

Ele abriu o zíper e o botão da calça, colocou o pau pra fora e sussurrou na minha orelha:

– Me chupa.


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Notas finais do capítulo

Peço o favor que entre em contato comigo para que eu saiba se devo continuar a história ou não. Facebook: Vinícius André Junqueira Email: viihzin@hotmail.com. Se tiver algumas sugestões também pode mandar que eu aceito super tranquilamente.



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