A Constante da Bad escrita por Vinicius André Junqueira


Capítulo 13
Capítulo 13 - O rolê de 20DP, pescoços quebrando e "A Seleção".


Notas iniciais do capítulo

Só para esclarecer, por mais que não tenha sido citado, 20DP é a linha do ônibus.



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Vou ser sincero, quase sempre que eu saio com alguém, pode até ser amigos mesmo, eu não vejo a hora de voltar para casa. Seja pra assistir Glee, AHS, The Vampire Diaries, qualquer coisa, mas... Quando estou com o Vinny, algo mágico acontece. Eu ao invés de querer ir embora, eu quero ficar mais e mais, e o tempo, ah o tempo, ele se torna tão rápido quando estou com ele, parece que tudo tem pressa pra acontecer, mas não á pressas no amor, porém, quando estou longe dele, parece que o tempo resolve desacelerar, parece que ele gostaria de fazer uma pausa para tomar água. Ele corre tão lentamente que os milésimos de segundo resolvem viver uma vida.

Finalmente, iria assistir Homem de Aço com o MEU Homem. Agora eu posso o chamar de MEU homem, oficialmente (afinal, ele já fez o pedido, certo?). O caminho para o shopping para assistirmos o filme foi à coisa mais bizarra do mundo. Eu e o Vinny nos sentamos, mas a Tainá, o Math e a Durga ficaram em pé, se segurando nas barras próximas ao lugar onde estávamos sentados. E a cada brecada que o motorista dava a Durga quase ia parar no colo do cara lá do fundo. Eu por mais que não esteja mais ficando o Math (e esteja namorando seu irmão) acho totalmente errado beijar o Vinny na frente dele. Totalmente. É, mas chupar vale né? Ai que vergonha, porque eu tinha que lembrar isso. ARRRRRGH. Que raiva. Mas o que passou, passou.

Um lugar lá no fundo se esvaziou e o Math foi se sentar lá, pois ele percebeu que os bancos próximos a nós não iam se esvaziar tão rapidamente, afinal, quase todos estavam dormindo. Já era tarde, acredito que boa parte dessas pessoas estavam voltando cansadas do seu serviço e precisavam tirar um cochilinho antes de ir pra casa. Então, com um olho no gato e outro no peixe eu e o Vinny nos beijamos. No ônibus mesmo, ué. Porque não? Não é crime, não tem uma placa no ônibus dizendo “Proibido poc-pocs se beijarem no ônibus”. Mas o gostinho do perigo é ótimo, o perigo de se beijar alguém em público. Conforme algumas pessoas iam acordando elas nos viam nos beijando e viravam a cara fazendo uma careta. NÃO, SOU, OBRIGADO.

E então meu celular vibrou. Como minha mãe tem o costume maravilhoso de me mandar sms constantemente pra ver como estou, fiquei no desespero de pegar o celular:

– O que foi? – O Vinny perguntou – Está tudo bem?

– Sim amor, está, é que meu celular vibrou e acho que... – Disse fazendo muito esforço pra tirar ele do bolso – Pode ter sido minha mãe, ela fica preocupada quando saio então manda vários sms pra ver onde estou, como estou e tudo mais.

Finalmente pego o celular, acendo a tela e quando vejo o sms, é do Math.

Math - 18:00 – Dá pra vcs se chuparem depois? Já não basta o que eu já vi hj? Dorme lá em casa Gan, mas não faça barulho quando ele meter.

Respirei fundo e acho que minha cara de ódio foi muito assustadora, porque o Vinny olhou surpreso pra mim, como se eu tivesse me transformado em uma fusão do Hulk e do Coisa.

– O que foi amor?

Nem falei nada, apenas estiquei o celular para que ele também pudesse ver aquela porra de mensagem.

– Aff, meu irmão é um babaca mesmo. Liga não, daqui o seu celular pra eu responder.

Ele pegou meu celular começou a digitar, mas escondeu a tela de mim para que eu não pudesse ver o que ele estava mandando até já ter enviado. Ele olhava com um sorriso maroto, como de um garotinho traquina que fez malandragem e foi descoberto. Depois de alguns toc toc ele devolveu meu celular e eu pude ver a mensagem maravilhosa que o Vinny respondeu:

Gan (ou Vinny) -18:05 – Pode deixar Math, que os meus gemidos não vão ser nada baixos. O Vinny vai meter em mim com tanta força, que vou socar parede que é vizinha do quarto dele com a sua, vou socar, me debater, arranhar. E fica tranquilo, não vou gemer, vou apenas gritar, pra você poder ouvir a quilômetros o meu grito. Pra você acordar durante seu sono com meus gemidos gritados de dor e prazer, algo que você não pode fazer comigo aquele dia.

E então, olhei para o Vinny e disse pausadamente:

– Ei-ta porra. Pai do céu.

– O que foi? Você não quer fazer dessa forma? Por que...

– Não, tudo bem, é que eu sou virgem de lá...

– Ah, mas na forma que você me chupou não parecia, você parecia tão acostumado...

E então, salvo pelo sinal do ônibus, o nosso ponto já estava chegando e pude ser salvo desse assunto, porque depois de hoje eu não sei se ele sabe daquele protótipo de transa que tive com o irmão dele. É que fica meio complicado né. Um pouco antes de descer o Math se aproximou de mim e disse:

– Desnecessário... Se eu ouvir você gemer desse jeito, entro no quarto pra participar.

Apenas dei uma gargalhada bem alta que acordou alguns dos dorminhocos do busão.

Desembarcamos do ônibus pra finalmente ir ver o filme. Chegamos no shopping e eu tenho o hábito de ir olhar os livros, sou apaixonado por livros, vários, de vários escritores, em vários gêneros, pra mim livros valem mais que dinheiro.

E então fiquei admirando um. O Vinny se aproximou e perguntou:

– Qual é o livro que você está contemplando?

– A Seleção, da Kiera Cass... Eu tenho uma amiga Gleek que é apaixonada por esse livro e sempre tive curiosidade em ler.

– Mas você o quer?

– Ah, eu queria ler sim... Mas não tenho dinheiro, assim fica complicado comprar as coisas.

– Tudo bem – Disse o Vinny – Vão comprando os ingressos e pegando os nossos lugares que eu já subo. Preciso ver umas coisas aqui no subsolo, minha mãe tá querendo vir fazer academia aqui e ela pediu um folheto.

– Tudo bem, vamos lá então galera.

Parecia que o zoológico tinha entrado no shopping. Meus amigos gritavam, riam, corriam, zuavam, parecia o zoológico de São Paulo lá. Mas apenas fiquei em silêncio fingindo que não conhecia.

Compramos os tickets e ficamos no aguardo do Vinny aparecer, mas ele estava demorando muito. Por alguns instantes, agradeci pelos lugares serem marcados pela cadeira e não pela ordem de chegada, porque olha...

Quando já estava na última chamada do Man of Steel o bonito resolve aparecer com uma pipoca e um refrigerante tamanho big extra super ultra mega blaster grande, um saco cheio de doces diversos e uma sacola da livraria, com um livro embrulhado em embalagem para presente.

– Aqui está amor, um presente de primeira hora de namoro.

Era lógico que ele tinha me comprado o livro. Dei um puta abraço nele e fiquei muito feliz mesmo que ele tinha comprado aquele livro pra mim.

– Ah, e tudo aqui é pra você, só a pipoca que é pra nós.

SE NO PRIMEIRO ROLÊ O BOY TE COMPRA UMA PIPOCA TAMANHO FAMÍLIA, UM REFRIGERANTE IMENSO E UM SACO DE DOCES, NÃO DEIXA O BOY ESCAPAR PORQUE UM DESSES É RARÍSSIMO.

A gente nem se beijou, nem se chupou, nem nada na sala do cinema, apenas fomos ver o filme. Ver o Super quebrando o pescoço do Zod. Que cena linda, Jesus Maria José, que cena linda aquele pescoçinho quebrando como se fosse papel.

O filme acabou bem tarde, os pais da Durga vieram buscar ela e Tainá já que as duas moravam bem perto uma da outra, e a mãe do Vinny veio nos buscar. Como estava tarde, ela me convidou a dormir na casa deles, mais exatamente no quarto do Vinny, e gente, eu não recusei.


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Notas finais do capítulo

Peço o favor que entre em contato comigo para que eu saiba se devo continuar a história ou não . Facebook: Vinícius André Junqueira Email: viihzin@hotmail.com, eu ficaria muito grato. De verdade.



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