Depois da 2ª Guerra Bruxa escrita por Julianatriz


Capítulo 12
Capítulo 11 - Justiça Seja Feita




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O natal havia passado e os alunos já haviam embarcado no trem que os levaria de volta a Hogwarts. Todos estavam em seus respectivos vagões conversando alegremente. A maioria ainda falava sobre onde haviam passado o natal ou sobre o que haviam ganhado de presente. Tudo estava na mais perfeita calma. Até Draco, que costumava ser solitário nos últimos meses, estava conversando com uma garota. Seu nome era Dafne Greengrass. Uma aluna do quinto ano que acabou ficando no vagão de Draco por ser o último disponível.

A viagem transcorria bem até que o trem freou bruscamente. Todos os alunos foram projetados para frente, e alguns até se machucaram, tamanha a força do impacto. O trilho do trem estava bloqueado. Todos os alunos correram em direção a janela para ver o que havia acontecido, quando de repente escutaram um estrondo, que fez com que todos imediatamente se calassem. Era um rugido tão forte que fez até os vidros da janela tremerem. Com isso, alguns até se esconderam debaixo dos bancos, principalmente os alunos do primeiro ano. Não sabia-se ao certo o que estava ocorrendo, só que alguns professores que embarcaram no trem corriam as pressas pelo corredor em direção a cabine do maquinista. Passado um tempo, escutaram mais um estrondo, ainda maior que o primeiro e as luzes do trem começaram a falhar. Os alunos sem nada saber, começaram a entrar em pânico. Ninguém sabia o que estava acontecendo e de uma hora para outra, o trem estava voltando a estação de KingCross. A última coisa que os alunos viram antes do trem voltar foram feixes de luz em direção aos trilhos.

Após o ocorrido, quando o trem ja estava quase de volta a Londres, os monitores das casas pediram aos alunos para ficarem todos nos corredores, pois os professores gostariam de explicar o ocorrido.

Quando todos já estavam nos corredores, um dos professores tomou a frente e explicou que o trem acabara de ser atacado por cinco dragões. Era dragões enormes e muito violentos. O ataque destruiu a ponte por onde os trilhos do trem passavam e temporariamente eles ficariam na estação, até que os dragões fossem capturados e fosse seguro voltar a escola. Os professores ainda explicaram que o trem quase fora atingido pelos dragões e que não sabiam da origem do ataque.

– Por que será que os dragões atacaram o trem? - questionava-se Harry.

– Existem muitos bandos de dragões selvagens livres por ai e talvez a ponte fizesse parte do trajeto de migração deles. - disse Hermione.

– Mas tinha que ser justo na hora em que estávamos no trem? Não podia ser mais cedo? - disse Rony.

– Muito engraçado Rony. - disse Hermione, que não podia nem imaginar isso.
– Ah Mione, você não tem senso de humor não? - disse Rony.

– Pelas barbas de Merlin, Rony! Isso é assunto para se brincar? Poderia ter acontecido algo pior. - ralhou Hermione.

– Tava demorando... Ja vão brigar? - disse Gina.

– Mas eu não fiz nada. Só queria aliviar a tensão, credo. - disse Rony dando os ombros.

– Neville, por que esta tão quieto? - perguntou Gina.

– Não é nada. Eu só acho muito estranho os dragões atacarem uma ponte. - disse Neville.

– É. Isso é estranho mesmo. Dragões só costumas atacar algo quando se sentem ameaçados. Porém eles são dragões selvagens. Não costumam ser muito previsíveis. - disse Hermione

– É, você tem razão. Bom... A gente se vê outra hora. Vou procurar a Luna. Desde que voltamos, perdi ela de vista. - disse Neville indo embora.

– Tchau Neville. - disseram os quatro em coro.

Passado-se um tempo, os professores pediram a todos para embarcarem no trem novamente. Pois o problema já havia sido resolvido e os dragões foram capturados. Eles seriam levados para uma espécie de criadouro de dragões para serem tratados (antes de serem novamente libertado), pois os dragões estavam bastante feridos. Fato que deixou aqueles que os capturaram bem intrigados. O caso seria investigado pelo Ministério da Magia, pois acreditava-se que esses Dragões eram criados ilegalmente em cativeiro nas regiões próximas. O trem finalmente tomou seu rumo novamente em direção a Hogwarts e dessa vez a viagem transcorreu tranquila e logo os alunos já estavam colocando seus uniformes antes de desembarcarem na escola.

– Tomaram um belo susto na vinda, não foi? - disse Hagrid.

– E bota susto nisso. - disse Rony.

– Bem... alguns dragões possuem temperamento difícil. Mas dragões são seres imcompreendidos. - disse Hagrid.

– Hagrid, você não muda nunca. - disse Harry abraçando o amigo.

– Falando em dragões, tive notícias do Norberto enquando vocês estavam de recesso. Vocês precisam ver, ele esta uma gracinha. - disse Hagrid.

Os quatro riram. Do jeito que o Hagrid falava, até parecia que Norberto era um cachorrinho.

– Depois venham tomar cha na minha cabana. Carlinhos me enviou algumas fotos do Norberto. Vocês precisam ver como ele cresceu. - disse Hagrid.

Eles prometeram ao amigo visita-lo assim que o final de semana chegasse e em seguida se dirigiram ao castelo.

As aulas retornariam na manhã seguinte, então os alunos tinham um momento de respirar antes de voltar a rotina. Todos estavam pelo jardim do castelo, após receberem as boas vindas da diretora. Era uma tarde agradável e o assunto do ataque ao trem ainda corria solto pelo castelo. Draco ainda conversava com Dafne. Era bom finalmente ter alguém para conversar em tempos, apesar de
Dafne ser bastante tagarela e falar o tempo todo.

Harry e Rony pediram licença as meninas pois iriam até o dormitório. Gina e Hermione continuaram no jardim.

– E ai Mione? Preparada para o N.I.E.M.s? - perguntou Gina.

– Claro. Ele é um exame decisivo para o nosso futuro depois da escola. Só estou preocupada com o Ron. Por mais que eu tente, ele não esta estudando o suficiente. - disse Hermione.

– Ah amiga. Você sabe como meu irmão é. Mas não se preocupe. Ele vai dar o jeito dele. - disse Gina.

– Eu espero. - disse Hermione rindo.

– Mas e então? O que você pretende fazer depois da escola?- disse Gina.

– Bom... eu pretendo fazer um estágio no Ministério da Magia. Quero levar o F.A.L.E. mais longe. Não desisti de lutar pelo direito dos elfos. E agora mais do que nunca. Quero fazer isso pelo nosso amigo Dobby. - disse Hermione.

– É, sinto saudades do Dobby. Ele era um excelente amigo. - disse Gina.

– Gostaria que todos os elfos conseguissem entender que tudo bem em ser livre. Assim como o Dobby. - disse Hermione.

– Eu também. - disse Gina.

– Mas não vá ficar igual ao Percy viu? Aquela época em que ele estagiava no Ministério, deu uma baita dor de cabeça nos meus pais... - disse Gina rindo.

– Hahaha! Pode deixar. - disse Hermione.

– E ai Mione? Ja decidiu o que fazer com a poção que você encontrou no final do ano passado? Descobriu algo? - perguntou Gina.

– Fale baixo amiga. Fora nós, o pessoal que esta no jardim não sabe de nada. Mas ainda não descobri nada. Vou dedicar tempo para descobrir. Não quero envenenar ninguém por acidente. Eu até tive uma ideia. Mas depois eu te conto, porque estou pensando ainda. É só uma ideia vaga. - disse Hermione.

– Ah amiga, vai mesmo esconder de mim? Vai ficar ai fazendo mistério? - disse Gina.

– Não. Ok, eu te conto. Só que mais tarde. Aqui não é um lugar seguro. - disse Hermione.

– É, você tem razão. Mas vou ficar esperando viu? - disse Gina.

– Ei Gina. Eu posso falar com você? - disse um garoto do sexto ano que vinha em direção ao local onde as duas estavam.

– Claro! A gente se vê mais tarde Mione! - disse Gina.

Gina foi embora, conversando com o garoto, que era da sala dela. Hermione ainda ficou um tempo sozinha no jardim. Estava pensando em ir a biblioteca mais tarde pesquisar sobre a poção dos desejos. Com certeza haveria algum livro a respeito. Ela estava então presa em seus pensamentos quando Draco se aproximou.

– Olá Granger! - disse Draco.

– Olá Malfoy. O que faz por aqui? - perguntou Hermione.

– Gostaria de saber se poderíamos começar esta quarta? - perguntou Draco.

– Claro. A gente se encontra as nove da noite em frente a sala precisa. - disse Hermione.

– Você já tem alguma ideia em mente? - perguntou Draco.

– Ainda não, mas pode ficar tranquilo que eu vou conseguir um meio de te ajudar. Não pensei ainda. Estou com várias coisas na cabeça no momento. - disse Hermione.

– Claro, eu entendo. A propósito, como foi o seu natal? - perguntou Draco.

– Como? Quer dizer, foi ótimo! E o seu? - disse Hermione engasgando com a pergunta inesperada.

– Foi ótimo também. Passei com uma tia e meu primo. Você deve conhece-lo. Ted Lupin. - disse Draco.

– Você é primo do filho do professor Lupin com a Tonks? Mas como? - perguntou Hermione surpresa.

– Sim. Na verdade eu era primo da Tonks, consequentemente sou primo do filho dela. - disse Draco.

– Claro. - disse Hermione ainda surpresa. Não sabia que Draco era primo do afilhado de Harry. Era algo estranho a se pensar.

– Bem, fico feliz que teve um bom natal. Eu passei o natal com a minha mãe, Harry e a família Weasley. - disse Hermione.

– Fico surpreso em saber como coube tanta gente na casa dos Weasleys. Espero que não tenha passado fome. - disse Draco caçoando.

– Mas como se atreve... - dizia Hermione quando Draco a interrompeu.

– Desculpe, força do hábito. Esqueci que você é quase uma Weasley também. - disse Draco.

– Ora, se você quiser minha ajuda, acho bom não vim com seu preconceito contra os Weasley pra cima de mim. Não vou tolerar isto. Afinal, eles pelo menos são uma família unida. - disse Hermione vermelha.

– Senti uma pitada de ofensa no final da sua frase. Mas tudo bem. Me desculpe. Isso não se repetirá. - disse Draco.

– Acho bom. A propósito, está ficando tarde. Boa Noite! - disse Hermione indo embora.

– Espere. Eu não quis ofende-lá... - disse Draco, mas Hermione já caminhava a passos fortes, em direção ao castelo.

Hermione caminhava pelos corredores, a procura de Rony. Andava com passos fortes, pois o comentário de Draco a deixara irritada.

– Como ele ousa falar comigo assim, mesmo depois de eu aceitar ajud... - disse Hermione quando trombou com alguém.

– Oh! Me descul... Ah Ron! Eu estava justamente indo procurar você. - disse Hermione.

– O que houve Mione? Você parece irritada. - perguntou Rony.

– Não é nada. É só o Malfoy que me tirou do sério com um comentário maldoso. - disse Hermione.

– O que ele te fez? - perguntou Rony começando a se irritar com Draco.

– Nada não (Hermione não queria que Rony fosse tirar satisfações com Malfoy). Esquece isso. Estava indo te procurar. Fiquei com saudade. - disse Hermione abraçando o namorado.

– Também fiquei. Estava indo te procurar também. Pensei que estivesse com a cara metida em algum livro e perdera a noção do tempo. - disse Rony rindo.

– Você fala como se fosse algo ruim. Ah propósito, você deveria começar a se dedicar mais viu mocinho? - disse Hermione.

– Lá vamos nós de novo... Tudo bem, eu vou me dedicar mais se você me prometer que vai parar de tocar nesse assunto toda vez que ficarmos a sós - disse Rony estendendo a mão para a namorada.

– Combinado. - disse Hermione apertando sua mão.

Os dois continuaram caminhando pelo castelo até que finalmente decidiram que já era hora de voltar ao salão comunal. Mas não antes de passar na cozinha primeiro. Hermione perdera o horário do jantar e estava com fome e Rony não perdia a oportunidade de beliscar algo. Eles voltaram ao salão comunal comendo bomboms que Winka dera ao dois. Após o ocorrido no corredor proibido. Winka se
tornara muito amiga de Hermione e ela até ja pensava em usa-la para poder chegar mais perto dos outros elfos e leva-los o assunto do F.A.L.E. Antes de pedir a diretora que os pagasse um salário, precisava convencer os elfos de que seria melhor para eles, mas esse seria um assunto para mais tarde.

Naquele momento, estava desfrutando da companhia do namorado. Que sabia como ser bem carinhoso com ela. Hermione não conhecia esse lado do Rony até começarem a namorar. Ela o fez prometer mais duas vezes que se dedicaria ao N.I.E.M.s e ele, mesmo de má vontade, disse a ela que se esforçaria. Hermione pediu a Rony que a acompanhasse a biblioteca no dia seguinte, pois queria pesquisar mais sobre a poção dos desejos e este era um assunto que também o interessava. Ele concordou rapidamente e Hermione ficou feliz que conseguiria arrasta-lo para a biblioteca. Poderiam até mesmo retomar aos estudos na próxima noite.

Os dois se despediram e finalmente foram dormir.

Na manhã seguinte, levantaram e foram para o salão principal tomar café da manhã. Lá estavam Harry e Gina. Harry conversava divertidamente com Gina. O assunto era a nova manchete do Pasquim e também do Profeta Diário, que os alunos receberam naquela manhã. A manchete principal de ambos era a de que, dentre o membros do Ministério da Magia que haviam sido investigados sob a jurisdição de haverem colaborado com o lado das trevas ou praticado atos de crueldade com nascidos trouxas ou mestiços, estava um nome que fez com que todos vibrassem de alegria naquela manhã. Todos leram naquela manhã e até os professores pareciam contentes com aquela notícia a ponto de nem passarem deveres . Até mesmo a diretora estava de humor melhor do que de costume. O título da notícia era esse: Dolores Jane Umbridge: Do Ministério a Prisão.

Umbridge havia sido presa em Askaban na manhã daquela terça-feira, após um julgamento de três horas , no qual que ela foi fatalmente julgada por unanimidade como culpada e sentenciada a prisão perpétua. Os alunos vibravam ao saber que aquela sapa velha e cruel finalmente tivera o que merecera. O Ministro da Magia fez um único pronunciamento, de que durante o seu tempo como ministro, a justiça caberia a todos.

O assunto do trem morrera após os novos acontecimentos e todos se alegraram que a justiça finalmente havia sido feita. Diversos ex-comensais e funcionários aliados a Lorde Voldemort estavam atras das grades. Estimava-se que 99% ja estavam presos e o restante aguardava julgamento. Mas essa notícia afetara alguém na escola: Draco. Ele temia mais do que nunca ser trancafiado. Mas
da mesma forma, procurava concentrar seu pensamento em que se sua mãe conseguira, ele também conseguiria. Foi nesse momento que Draco teve uma ideia brilhante. Nesse exato momento ele correu ao corujal e despachou uma carta para sua mãe. Esperava respostas de como ela havia conseguido liberdade e talvez essa fosse a chave para ele.

Agora só restava esperar, e em tempos, a esperança brotou no coração de Draco.


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Notas finais do capítulo

Olá meus amores. Tudo bom com vocês? Espero que gostem desse capítulo, pois deu um trabalhão kkkk. A danada da criatividade não vinha e eu demorei pra ter ideias kkk. Mas fiquem tranquilinhos, pois sempre que a criatividade brotar, eu posto capítulos fresquinhos pra vocês. Bjão e até a próxima!

Se você acompanha essa fanfic e quiser falar comigo ou dar alguma sugestão, meu twitter é @julianatriz.



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