Recomeçar escrita por Caroline White


Capítulo 1
Recomeçar


Notas iniciais do capítulo

Olá. Eu notei que não tinham muitas história do casal aqui e antes de fazer de qualquer outro que eu tinha que fazer deles. A história começou bem, eu travei numa parte e terminei quase dois meses depois, mas até que gostei do enrendo.
E obrigado u-chan por betar :D



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O corpo jazia sobre a cama como se estivesse sem vida. Não sentia seu corpo, não conseguia se mexer ou falar, apenas grunhia ou gemia como se não tivesse língua. E a cabeça, ela doía, doía como se seus vasos sanguíneos fossem se romper. Não conseguia pensar em nada além da morte, que parecia ser sua única saída daquele inferno que estava vivendo. A visão ainda estava embaçada, tinha acordado a pouco. Ao menos não estava vendado.

“Aoba-san.” Ouviu a voz de Virus e, em seguida, passos.

O jovem azulado tentou encontrá-lo com os olhos, vendo apenas os borrões das cortinas negras se misturando com o resto das coisas pretas do quarto. Enxergou um borrão amarelo e então sentiu a cama o fazer se virar de leve para a direção do borrão.

“Parece que lhe esgotamos, Aoba-san.” Aproximou a mão dos cabelos azuis espalhados sobre a cama.

O loiro fitou um pouco os olhos âmbares sem vida do outro. Aoba era lindo para si, não importa quanto o olhasse, mas a falta de expressão no rosto pálido e obviamente fraco, o incomodava. Tocou-lhe o cabelo com cuidado, como se lhe fosse fazer um carinho, ouvindo um gemido baixo de seu amado, além da leve mudança de expressão, um pouco mais doída. Sorriu com aquela pequena reação, apertando os fios que tinha na mão, vendo o rosto frágil em sua cama se retorcer de dor junto de um gemido sofrido, fazendo seu sorriso aumentar. Soltou os fios sem tirar o sorriso da face, não costumava fazer isso, mas as vezes o agradava.

“Aoba-san, consegue se mover?” Perguntou se mantendo ao lado do outro.

Os lábios do jovem se separaram, tentando pronunciar alguma coisa, mas nenhum som saiu, nem si quer um grunhido. Virus suspirou.

“Isso é por não comer tudo que lhe damos, Aoba-san.” Se levantou da cama, ainda observando o outro.

O não gêmeo queria devorá-lo, não tinha vontade de possuir seu brinquedo quase como uma boneca por outro lado. Suspirou novamente, enquanto o observava o corpo perdido no mar de cobertas em sua cama.

“O que faria com você des-” Foi cortado, por um estrondo alto, algo como um móvel, talvez um armário, caindo. “O que foi isso?” Estreitou as sobrancelhas, se levantando e indo para fora do quarto.

O som assustou o menor na cama, que tremeu de leve, mas não sentiu medo. Apenas resolveu aproveitar para deixar o corpo descansar, se desse sorte, morreria. Fechou os olhos aos poucos, voltando para o escuro e se deixando perder nele, que teria dado certo se não fosse assustado por mais um estrondo, fazendo-o abrir os olhos de novo. Logo em seguida um grito, de dor, não soube dizer de quem. Ficou nervoso, aquilo nunca tinha acontecido antes. E agora silêncio.

“Vi... Rus...” Falou baixo, com dificuldade, chamando o outro.

Não era como se quisesse a presença dele, mas antes um rosto conhecido, que o de alguém pior junto de si. Poderia também ser um dia sagrado onde um desconhecido veria-o jogado ali, quase morto e falaria “Pobre alma, deve ter sofrido, descanse em paz” e então o mataria da maneira menos dolorosa possível, fazendo seu corpo sentir um enorme alívio. Aquele era o final feliz onde se via.

De repente, passos, um pouco apressados. Tentou encontrar o dono deles com os olhos, mas foi em vão. Provavelmente era um dos dois que brincaram consigo. Tomou um pequeno susto quando os passos se apressaram mais. Sentiu um peso do lado da cama, oposto ao que o olhava, ao virar de leve novamente. Moveu os olhos para lá, arregalando-os assim que viu o homem.

Abriu a boca, estático, sem falar nada. Não acreditava no que via. Talvez tivesse morrido e aquilo fosse um sonho. A possível ilusão se tornou realidade quando sentiu a mão quente lhe afagar o rosto, fazendo um carinho que ele a muito não sentia.

“Finalmente lhe encontrei, Aoba.”, falou deixando as lágrimas tomarem o rosto.

“Kou... Jaku...”, pronunciou com dificuldade, passando a chorar junto do amigo de infância.

“Aqueles dois malditos judiaram de você.”, manteve a carícia. “Mas agora acabou, te levarei daqui.”. Parou o cainho.

O amante de roupas japonesas pode ver um sorriso fraco no rosto do amado. Sim, amado. Mas trataria disso depois. Se aproximou mais dele, pegando-o nos braços e erguendo-o com cuidado. Estava extremamente leve, até mais do que o homem achou que estaria. Pegou uma das cobertas da cama com dificuldade, colocando sobre ele, ajeitando-o no colo, refletiu posteriormente que aquela não era a melhor maneira.

Aoba finalmente relaxou de fato, se fosse um sonho gostaria de nunca acordar. Não se perguntou o que tinha acontecido com ambos os loiros. Ao menos não agora. Foi ouvindo os passos do amigo de infância e se deixando relaxar e dormir como a muito não fazia.

~*~

“...Hn?”, resmungou enquanto acordava, coçando os olhos e bocejando em seguida.

Sentou-se na cama com dificuldade. Os olhos, já não mais turvos, rodaram o ambiente. Um quarto diferente do que esperava. Não via mais o preto dos quartos de Virus e Trip, mas sim um local branco, tinha uma janela a seu lado, um tanto grande, de onde a luz do sol vinha. A cabeça de Aoba ainda assimilava aquilo. Olhou para si mesmo, em cada braço uma agulha coberta por um esparadrapo, ligado ao que parecia ser soro e o outro desconhecido. Vestia um avental branco, obviamente a roupa não era sua. A ficha caiu, estava em um hospital. Um quarto no caso.

Sentia o corpo fraco, mas, ainda assim, mais forte do que a última vez que acordará. Estava um tanto dolorido. E um tanto “travado”, mas com uma certeza melhor do que antes. Há quanto tempo esteve dormindo? Ainda não tinha ideia se tudo aquilo era um sonho ou não. Pensou em tentar falar, mas a ideia sumiu ao ouvir uma voz fora do quarto.

“Receio que ele não mostrou nenhuma melhora ainda.”, era uma mulher, estava séria.

“Nenhuma previsão?”, a voz de Koujaki saiu preocupada.

“Ele pode acordar hoje, como daqui a dez anos.”

O jovem ficou estático, parado olhando para a porta fechada do quarto de hospital. Primeiro o choque do coma e em seguida o de não ter sonhado. Não tinha nenhum loiro doente do outro lado da porta, apenas seu amigo de infância. As lágrimas brotaram no rosto por conta própria, a face avermelhou e a delicada felicidade que lhe invadiu o peito era indescritível. O barulho chamou a atenção das duas pessoas do lado de fora, que abriram a porta, se depararam com um Aoba choroso, mas sorridente. O homem não pensou, correu até ele, parando ao lado e sentando na beirada da cama. Viu aquele enorme sorriso no rosto dele, junto de um olhar alegre inundado em lágrimas felizes. Não se segurou, limpou-lhe as lágrimas com os dedões e em seguida o abraçou.

“Bem-vindo de volta, Aoba.”, estava tão feliz quanto o outro.

“Obrigado,” a voz saiu fraca. “Obrigado por me salvar, Koujaku.”

O alívio no peito do amante de coisas japonesas era sem tamanho. Tinha tido tanto medo que visse o mesmo olhar de quando o resgatou, quando ele acordasse. Que ele ficasse preso em toda aquela escuridão. Não poderia negar que tudo o que ele passou deixariam sequelas, mas não tão ruins quanto o esperado pelo cabeleireiro. A enfermeira que antes estava falando com o homem se pôs a correr, ia chamar o médico responsável.

“Era a única coisa que eu poderia fazer.”, sorriu com ternura sem soltar o amigo de infância.

O médico logo veio, analisou-o por cima e agendou exames para o dia seguinte, disse que este deixaria para os dois conversarem. Entretanto advertiu o Koujaku para tomar cuidado com que o falasse, seu paciente estava sensível, além do recém-trauma.

Aoba lhe perguntou sobre sua avó, sobre os outros, sobre o platinum jail e teve cada resposta dada com calma. Sua avó estava bem e vinha o visitar sempre que possível; Clear aparecia as vezes perguntando sobre notícias do “Master”; Mink apenas desapareceu e Noiz também. Se não tinha sobrevivido e Ren estava consigo, já que a avó do outro pedia para cuidar dele. Platinum jail acabou ruindo de todo jeito e as coisas andavam melhores na ilha. Não chegavam a tocar no assunto de como tinha sido encontrado, onde estava e o mais importante: Por que tinha isso salvado-o? Conversariam sobre isso depois, sobre isso e talvez um tratamento psicológico para o outro, ainda não sabia os agora traumas dele.

“Koujaku,” chamou-o baixo, a voz ainda estava fraca. “Poderá passar a noite aqui?”, tinha uma leve preocupação na voz.

“Sim, mas terei que ir amanhã de manhã. Mas sua avó fica aqui amanhã.”. Sorriu, se ajeitando no lugar e vendo o alívio do outro.

A noite logo veio, Aoba dormiu rápido e antes de Koujaku, que logo se ajeitou na cama de visitantes, mesmo que ela fosse bem desconfortável. Deixou o corpo relaxar e o sono vir aos poucos, se o protegido não o tivesse feito voltar a si com seus gemidos do nada.

“Não... Por favor, não!”, mexia-se na cama e as vezes quase berrava.

O cabeleireiro não pensou, se levantou e foi até o outro, tocou-lhe o rosto com suavidade, ele tremia e suava, para piorar ainda chorava um pouco. Aproximou o rosto da orelha do amigo, sussurrando enquanto fazia uma leve carícia no rosto do outro.

“Está tudo bem, eu estou aqui. Não tem nada de ruim te acontecendo.”.

Aos poucos a tremedeira e o choro do azulado pararam, dando lugar a uma grande tranquilidade para ambos. Koujaku já sabia que teriam um longo caminho pela frente. A noite seguiu tranquila e na manhã seguinte, o japonês fora resolver seus assuntos, mas logo a avó do outro chegou, revendo cheia de felicidade o neto.

O tempo começou a passar até finalmente Aoba receber alta, um mês se passou e todos aqueles dias uma pessoa ficava consigo no hospital, na maioria das vezes seu melhor amigo. Clear ia sempre que podia ou conseguia, fazendo o azulado rir e se distrair, mas acabava dividindo da mesma preocupação de Koujaku: os pesadelos. O de cabelos brancos sabia, mas só tinha visto uma única vez, enquanto o tatuado já presenciava toda vez, e nelas todas o tranquilizava. A avó ia quase sempre, lhe levando comida, ajudando-o a recuperar boa parte do peso.

Estava deitado sobre sua cama, acariciava o pelo de Ren enquanto se distraia nos próprios pensamentos. Tudo parecia tão triste e irreal. Lembrava de Sei todo dia e isso lhe fazia um mal extremo, chorando quase todas as vezes. Se sentia só, mesmo com sua avó e Ren. E o medo, o medo é incontrolável, trava, faz suar frio e enlouquece. Por culpa disso, mal saia na rua. Mesmo com os dois mortos, eles parecem estar em todo lugar, prontos para levá-lo. Tremeu só de pensar.

“Aoba”, a voz de Tae cortou os pensamentos do jovem. “Koujaku está aqui.”

O jovem se sentou na própria cama, levantou-se e abriu a porta de seu quarto, vendo a mulher a sua frente.

“Ele está lá em baixo.”. Saiu de frente da porta e se foi para o andar de baixo.

Estranhou um pouco, o amigo normalmente subia e ficava fumando em sua varanda. Por que desta vez estaria no andar debaixo? Desceu a escada e encontrou sua resposta na cozinha, devorando algo que parecia um bolinho.

“A comida de Tae-san é a melhor”, comentou de boa cheia.

“Vai engasgar assim”, comentou na porta do cômodo.

O homem olhou para o lado com um bolinho na boca surpreso de ter sido num momento como aquele. Engoliu o que estava na boca, sorriu sem graça para o amigo e soltou um risinho constrangido.

“Olá”, falou sem graça.

Aoba deu um leve sorriso para o outro. Sem precisarem de uma troca de palavras, o mais velho dos dois agradeceu a comida e foi junto do anfitrião para seu quarto.

“Como está seu corpo?”, perguntou enquanto se aproximava dele.

“Já me sinto bem melhor.”, comentou com um leve sorriso no rosto, sentado na cama.

Koujaku sentou-se do lado do amigo, encarou tranquilo, querendo passar isso a ele. Sabia muito bem o quão forte ele se mostrava, mesmo que na realidade estivesse se quebrando. Seu atual forte e frágil Aoba.

“E os pesadelos?”, questionou calmo e sutil.

O azulado olhou para o chão assim que acabou de ouvir a pergunta. Começou a tremer, sem controle algum. A respiração ficou pesada. Os pesadelos estavam voltando, o assombrando e atordoando. Vendo aquilo o outro não pensou duas vezes antes de puxá-lo para si e abraçá-lo fortemente. Levou a mão a sua cabeça, o aproximando mais do próprio peito.

“Está tudo bem. Eu estou aqui, você está seguro e salvo.”, dizia calmo e acolhedor.

O mais baixo foi parando de tremer, se acalmando. Separou-se do outro envergonhado pela cena que acabara de acontecer.

“De-desculpe.”, desviou o olhar.

Não queria ter deixado aquilo escapar, queria apenas ser forte, se mostrar forte. Mesmo sendo mentira. Era mais fácil do que parecer que todos a sua volta sentiam pena de si por estar naquele estado deplorável. Já bastava o estado que estava quando foi encontrado. Por que não podia ser só um sonho ruim e apenas acordaria no dia seguinte?

“Aoba.”, chamou-o docemente.

O mais novo olhou de relance para o amigo, voltando a desviar o olhar em seguida. Foi surpreendido ao sentir as mãos do outro em sua face, se virou para encará-lo e viu ali um belo sorriso, enquanto no próprio rosto ainda tinha a feição abatida.

“Você não tem que ter vergonha de nada. O que te aconteceu foi horrível, é normal ter traumas. Se você se sentir mal ou quiser chorar, você pode. Eu vou estar aqui para te lembrar que acabou e já está tudo bem.”, manteve o sorriso.

Os lábios do jovem começaram a tremer, passou a fungar e seus olhos se encheram de lágrimas sozinhos. Segurou as mãos que estavam em seu rosto e começou a chorar na frente do amigo. Rapidamente já estava em seus braços mais uma vez, se acolhendo e colocando as coisas ruins para fora. Queria ter salvo seu irmão, queria ter sido forte e resistido. Mas não se pode ter tudo.

“Obrigado.”, agradeceu sorrindo.

Separaram-se mais uma vez, desta sem nenhum movimento brusco. O coração do cabeleireiro chamava por manter mais aquele contato, mas agora teria que se controlar. Um dia estariam devidamente juntos, ao menos era nisso que acreditava.

“Vai dormir aqui?”, perguntou ajeitando-se no lugar.

“Agora que convidou não tenho como recusar.”

O tempo continuou a passar e com ele as surpresas vieram. O cabelo de Aoba foi parando de doer, até por fim ele não o sentir mais. Isso impressionava a ele próprio, não sabia o motivo, só tinha acontecido. Os pesadelos foram diminuindo, assim como as vezes que via seu melhor amigo foram aumentando. Continuava odiando andar sozinho e repugnava que o tocassem. Exceto Koujaku, o único que o toque o acalmava e fazia se sentir bem. Seis meses se passaram e aquele Aoba já parecia muito mais próximo do antigo, antes de ser levado.

Estavam ambos no quarto do mais novo, mais uma vez. O amante da cultura japonesa sentado na varanda e seu protegido ajeitando uma coberta que tinha caído de seu armário. Observava a cena inerte em seus pensamentos. Bem a sua frente estava ele, a pessoa que o salvou antes de tudo sem nem saber. O amor de sua vida. Só tinha lhe caído a ficha quando ele desapareceu. Quantas noites não passou em claro com medo que ele estivesse morto. Não podia mais guardar aquilo dentro de si.

“Koujaku?”, ergueu uma sobrancelha, encarando-o.

“Hã?”, voltou a si.

“Está bem? Ficou fora durante alguns segundos.”

“Eu...”, travou um pouco.

Era sua chance.

“Você... ”, deu-lhe a deixa para completar.

“Preciso te contar algumas coisas. Sente-se aqui.”, pediu sério, apontando para o lado.

Ele estranhou, mas fez como o amigo pediu, se sentando do lado dele na varanda. Começou a contar, desde que foi embora da ilha até o momento que o resgatou. Deixou claro que não esperava nada recíproco, apenas precisava falar a verdade. Se surpreendeu ao ver uma face vermelha ao seu lado, nunca imaginou que ele pudesse ficar daquela cor. Ficou sem reação, Koujaku esperava tudo, menos aquilo.

“Você está bem...?”, questionou preocupado.

Viu-o ficar mais vermelho ainda. O que diabos tinha feito?

“E-eu não sei.”, respondeu um tanto transtornado.

“O que está sentindo?”

Aoba encarava o amigo, o coração batia rápido, como não se lembrava de ter batido antes. E a sensação de felicidade que enchia o peito. Quando? Quando tinha se apaixonado? Tinha seu salvador a sua frente preocupado com si e não sabia o que falar ou como agir. Respirou fundo, se acalmando um pouco. Não sabia o que falar, logo só lhe restava mostrar. Aproximou o rosto do mais velhos com calma, tocou os lábios dele com os próprios suavemente, lhe dando um rápido beijo e voltando para onde estava em seguida. Ficaram alguns segundos se encarando, ainda processando aquilo.

Saíram da varanda, sentaram-se na com uma distância um do outro. Ao mesmo tempo que se encaravam, desviavam o olhar logo em seguida. Aoba já tinha agido, era a vez de Koujaku. Mesmo quando iam desviar o olhar novamente ele se manteve ali, sem virar o rosto.

“Eu posso te beijar novamente?”

O azulado nada disse, apenas concordou com a cabeça e novamente um beijo calmo e doce foi trocado pelos dois. Separaram-se lentamente e deixaram os olhos se encontrarem. O mais jovem tomou um pouco de fôlego e colocou as mãos sobre a do amigo, sem deixar de encará-lo.

“Eu não sei quando começou, mas...”, hesitou um pouco. “Gosto de você.”

O cabeleireiro aproximou o rosto do amado, encostando a testa na dela, sorrindo. Estava feliz. Ele sabia que seria um longo caminho, que a sua frente ainda tinha uma pessoa com traumas e medo, mas essa é a que o salvou sem precisar fazer nada.

“Vou te fazer sorrir todo dia.”.

“Era assim que conquistava as mulheres?”, debochou.

Ambos riram, aquilo tinha e não tinha estragado o momento. Mas ainda teriam vários. Mesmo tudo tendo dando errado antes, ali estavam a chance de recomeçar.

~Fim~


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Notas finais do capítulo

A história quase teve sexo, eu espero que tenham entendido o motivo que isso não aconteceu. Entretanto, me deu ideia para outra história do casal :D