—Alguem sabe aonde estão Crânio e Magrí?
Miguel estava preocupado com os amigos que estavam atrasados e não era só Miguel, todos estavam preocupados com Magrí e Crânio que não ligavam ou davam noticias que pudessem justificar sua demora.
—Não Miguel...-respondeu Chumbinho -acho que eles se atrasaram...não deve ser nada demais...
—Espero que esteja certo.-falou Calú.
—Bem...-começou Miguel, porem, foi interrompido pelo toque de seu celular.
—É Magrí!
—Atende logo Miguel!-apressou Calú.
—Alô?...Crânio?...O que aconteceu?...Pode deixar...Não se preocupe estamos indo pra aí agora...Tenta acalmar ela...Tchau.
—O que aconteceu Miguel?-perguntaram Chumbinho e Calú preocupados.
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—O que foi Magrí?-perguntou Crânio preocupado entrando no banheiro.
Ele não teve resposta para sua pergunta, ao entrar no cômodo se deparou com o motivo do desespero da garota. Magrí estava ajoelhada no chão e a sua frente a mãe da garota estava com cortes no pulso no corpo ,ao lado de seu corpo havia uma faca ensanguentada com o sangue da mãe da garota.
—Pelo amor de Deus Crânio! Chame uma ambulância!-Magrí mal conseguia falar, estava aos plantos-mamãe fala comigo...por favor...
—Calma...vou ligar...
Crânio desceu as escadas correndo e minutos depois voltou com os para-médicos que entraram logo no local para examinar a mãe da garota.
—Joana vai com ela...-começou Crânio.
—Não...eu é que vou...-interrompeu Magrí.
—Eu levo ela depois Joana, assim que eu conseguir acalma-la.-disse ele sem dar ouvidos a interrupção de Magrí.
—Tudo bem...ja vou indo...cuida dela.
—Pode deixar Joana, ja vamos para lá.
—Crânio, eu quero ir agora, por favor me leva. -disse Magrí imundada em lágrimas.
—Tenta se acalmar, já vamos pra lá...achei melhor a Joana ir com ela porque essas horas o melhor que temos a fazer é rezar e você esta muito alterada para para ir com ela...vamos avisar os outros sobre o ocorrido e então eu te levo...-disse a abraçando-tudo bem?
—Ta bom...mais, por favor...não me deixa sozinha.
—Não vou deixar...
***************************-Alguem tentou matar a mãe de Magrí?
—Não sei Chumbinho, Crânio disse que ela foi encontrada inconciente no banheiro, ninguem sabe o que aconteceu.
—E ela esta bem?-quis saber Calú.
—Não se sabe ainda...Crânio não deixou Magrí ir ao hospital ainda, disse que ela esta muito alterada, eu acho que ele faz bem...
—Mais e a gente? -perguntou Chumbinho.
—Vamos até a casa de Magrí dar uma força para ela, sei que nessas horas é quase impossivel se manter calmo mais vamos ajuda-la no que for preciso.
—Concordo com Miguel, temos que ficar ao lado dela.-disse Calú.
—Então vamos! -apressou Chumbinho.
Todos se levantaram para sair em rumo a casa de Magrí.
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Crânio não sabia mais o que fazer para Magrí parar de chorar, apesar de saber lá no fundo que não conseguiria acalma-la enquanto não a levasse para o hospital ver sua mãe ainda achava que conseguiria acalma-la antes de leva-la.
—Você quer que eu faça alguma coisa? Não gosto de te ver assim...
—Tem uma coisa...
—Pode falar.
—Me leva para o hospital...por favor.-pediu Magrí.
—Melhor esperarmos os outros depois eu te levo...
Magrí desviou o olhar de Crânio por um momento tentando por a cabeça no lugar e tentar entender o que estava acontecendo.
Logo a porta da sala foi aberta e a garota que estava com a cabeça apoiada no ombro de Crânio levantou a cabeça com o barulho para olhar para trás.
Pela porta adentrou um homem alto que vestia uma roupa mais social e em seu rosto não havia expressão alguma.
—O que está acontecendo aqui Magrí? Quem é esse garoto que esta com você? -perguntou o pai de Magrí referindo-se a Crânio.
—O-oi se-senhor...-disse Crânio que estava nervoso com a presença do pai da garota -meu nome é Crânio...sou o...
—O que faz aqui? -perguntou Magrí.
—Essa ainda é minha casa...aconteceu alguma coisa? -perguntou ao ver que sua filha estava chorando.
—Minha mãe...ela...ela...eu achei ela no banheiro caida...estava inconciente...havia uma faca ao lado dela e...
—Sua mãe é uma louca, é incapaz de superar o que aconteceu!
—Crânio acho melhor irmos.
—Tudo bem...-concordou Crânio ao ver o rumo em que a conversa poderia tomar.
—Aonde voce vai?
—Ver minha mãe, ate agora não tive noticias sobre o estado dela.
—Eu te levo...
—Não precisa pai, eu vou com o Crânio...
—Eu levo os dois, vamos...não quero vocês dois andando por ai sozinhos.-disse olhando de lado para Crânio que mexia no celular.
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Miguel, Calú e Chumbinho estavam saindo do Colégio Elite para irem a casa de Magrí, quando o celular de Miguel vibrou, ao retirar o celular do bolso percebeu ser uma mensagem de texto enviada por Crânio, a mensagem dizia o seguinte:
" Estamos indo para o hospotal espero voces lá."
Miguel ao ler a mensagem respondeu na hora.
"Porque? Aconteceu alguma coisa?"
"O pai da Magrí esta aqui"
"Ok. Voce não viu nada de suspeito nessa suposta tentativa de suicidio?"
"Tenho minhas suspeitas..."
"Quais?'
"Te conto depois"
"Ok"
—O que foi Miguel?-perguntou Calú.
—Vamos para o hospital...Chumbinho, chame um taxi.
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—Joana ,como ela está? -perguntou Magrí assim que chegaram ao hospital.
—Ela esta instável, mais está inconciente os médicos disseram que não sabem ainda quando é que ela vai acordar. Eles disseram que apesar de estar desacordada ela não corre nem um risco por enquanto.
—Ainda bem...-disse Magrí aliviada - pelo menos o pior ja passou...
—Graças a Deus. Mais so amanhã liberaram as visitas. -concordou Joana a abraçando .
—Sobre o que ela e meu pai falavam antes de tudo acontecer?
—O mesmo de sempre...mais dessa vez seu pai disse que iria embora da cidade, que iria morar com aquela mulher, se casar de novo, vender a casa em que voces moram e que levaria voce com ele, disse que iria brigar pela sua guarda legal...ele foi muito duro com ela...
—Mais ele não poderia ter falado assim com ela. E o que mais ele disse?
—Isso eu não sei, quando perceberam que tinha gente ouvindo se trancaram no quarto e então não pude ouvir o resto da conversa.
—Isso é estranho...
—Magrí! -chamou Miguel.
—Oi gente...
—Como esta sua mãe? -perguntou Calú.
—Ela esta melhor, de manhã ja vou poder vê-la.
—Que otimo! -disse Miguel a abraçando.
—Por que não vamos la fora tomar um ar? -disse Magrí a todos os karas, ela queria ficar a sós com eles e aquela sala no hospital estava lotada. Todos pareceram entender o que a garota queria e logo foram concordando e saindo. Quando ficaram a sós em uma rua atras do hospital Magrí começou.
—E então o que descobriram?
—Tem certeza que quer fazer a reunião agora Magrí? Se quiser podemos nos reunir amanhã.
—Não, Miguel. Agora que minha mãe esta fora de perigo acho que podemos continuar de onde paramos...e eu não quero parecer louca mais acho minha mãe não se mataria assim do nada...

—O que você esta querendo dizer Magrí? -quis saber Crânio.
—Acho que talvez alguem tenha tentado mata-la, e fez isso parecer que foi suicidio e eu não duvido nada que tenha sido um de nossos velhos "amiguinho"...mais isso é só um teoria...
—E o que voce pretende fazer? -perguntou Chumbinho com receio da respostada da garota.
—Eu vou querer vingança!

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Continua...