Perfect Harmony escrita por S2teli


Capítulo 5
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Comentem, fiquem a vontade.
É isso até a proxima, espero que gostem.



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“Depois de um tempo você aprende que companhia nem sempre significa segurança” – William Shakespeare

Não estava achando nada de suspeito naquelas fitas, na verdade estava ficando com sono, sei que preciso me concentrar, para salvar aquelas crianças, mas muita coisa estava se passando pela minha cabeça neste momento.

–Med – gritou Spencer do outro lado da sala, o que me fez saltar da cadeira e quase cair no chão – Desculpe – comentou sorrindo, levantei-me de onde estava sentada e fui até o outro lado da sala onde ele estava.

–Da próxima vez grita mais baixou – brinquei, enquanto me sentava ao seu lado.

–Na verdade há um contraditório nessa frase – comentou – Porque o ato de gritar, já é configurado por ser alto, gritar baixo, é a mesma coisa que conversar somente, logo sua frase esta sem...

–Foi apenas uma brincadeira – interrompi-o sorrindo.

–Desculpe – disse sem graça.

–Me diz vai o que encontrou – tentei quebrar o gelo que de repente havia se instalado.

–Tudo bem – respondeu apertando um botão que iniciava o vídeo da onde ele estava pausado – Observe, podemos ver a criança olhando para fora certo – afirmei com a cabeça enquato olhava para a tela – segundos depois ela se afasta dos pais e não é vista mais.

–E? – perguntei sem entender.

–Ela conhece o sequestrador – completa.

–Mas isso só nesse vídeo? – perguntei curiosa.

–Não em todos são assim.

–Sugere então que as crianças conheciam os sequestradores – assente com a cabeça – A pergunta agora é dá onde?

–É isso que temos que descobrir – sugeriu virando-se para mim, foi ai que percebi que estávamos muito perto um do outro, dava até para sentir a respiração dele. Trocamos olhares por um curto período, o que fez meu coração acelerar, percebi que ele dividia seu olhar entre meus olhos e minha boca, então começamos anos aproximar, até que me afastei, não estávamos em uma hora nem lugar apropriados para isso – Desculpe – disse-me sem graça.

–Também peço desculpas – comentei me levantando meio sem graça, droga isso não podia ter acontecido, respirei fundo e sentei-me na beirada da mesa que ficava no centro da sala, isso nos mantinha em uma distancia relativamente segura – Então como vamos saber qual é a ligação entre as crianças e os sequestradores?

–Você acha mesmo que podem ser dois? – perguntou-me curioso, percebi que ele estava disfarçando nosso pequeno deslize.

–Acho, porque você acha que é só um? – questionei.

–Não tenho certeza ainda, tenho algumas teorias – respondeu-me virando-se para o monitor novamente.

–Quais são elas? – indaguei.

–A primeira é que... – de repente o celular dele toca, ele tira do bolso e examina o identificador – Garcia – me diz enquanto atendia e colocava no viva voz – diga-me oque achou?

–Oi para você também gatinho – brincou Garcia do outro lado da linha.

–Vamos lá Penelope – apressou Spencer.

–Nossa acalme-se meu anjo, consegui o que você queria.

–Por favor, diga-me.

–A única ligação que encontrei é que eles vão todos ao mesmo pediatra.

–Pediatra? – questionei de repente.

–Quem é essa voz? – brincou a voz do outro lado da linha telefônica.

–Essa é a Medson, está nos ajudando no caso – respondeu Spencer.

–Eu me chamo Penelope Garcia, prazer, por favor, cuide do meu menino – brincou.

–Ah claro – respondi meio sem graça.

–Deixa eu ver se entendi, eles vão ao mesmo pediatra, é isso mesmo? – perguntou Spencer, mais para si mesmo do que para qualquer uma de nos.

–Sim, o nome dela é Carly Hewitt – respondeu Garcia.

–Posso sugeri uma coisa? – entrei na conversa.

–Claro – respondeu Penelope.

–Tem como você pesquisar sobre a vida desta medica? – sugeri.

–Sim, o que tem em mente – perguntou a voz do outro lado da linha, enquanto isso Spencer me olhou pensativo.

–Olha pode ser um tiro no escuro, mas procure se ela esteve grávida nos últimos seis sete anos.

–Você acha que ela possa ser a sequestradora? – indagou Spencer surpreso.

–Talvez – comentei somente.

–Achei – gritou Penelope – Aqui diz, em seus registros médicos, que ela perdeu o bebê a quase sete anos.

–Fazendo as contas o seu filho teria seis anos agora imagino – comento.

–Minha nossa.

–O que foi Garcia? – pergunta Spencer.

–Ela estava grávida de quíntuplos – respondeu chocada.

–Quer dizer então que faltam dois – comentei.

–Se seguir o padrão até o momento, ela vai roubar a outra criança... – fez uma pausa, parecia não acreditar no que estava pensando, mas tomou coragem para prosseguir – Hoje outra criança vai ser sequestrada – concluiu Spencer assustado, fiquei calada, era algo de se assustar realmente – Garcia pesquise todas as crianças que tenham seis anos que a doutora atende, e mande para todos nós por email.

–Deixa comigo meu anjo, até mais – disse encerrando a ligação.

–O que faremos agora? – perguntei apavorada, se a situação já estava difícil antes, agora estava pior, em algumas horas outra criança pode ser sequestrada.

–Vou ligar pro Hotche – respondeu-me discando o numero do celular.

Enquanto eles conversavam tentei entender o que estava acontecendo, essa era a questão, a pediatra tem a confiança dos familiares e das crianças, logo ao ver a pediatra chamando as crianças provavelmente não haviam de ficar com medo, sentiram-se seguras de estar na companhia dela, pois já a conheciam, mas no fundo essa historia toda estava dando um nó na minha cabeça.

–Não pense demais – assustou-me novamente Spencer, olhei-o e sorri – As vezes não é bom pensar muito sobre isso, ainda mais em casos como este, é mais fácil quando não fazem sentido.

–Acho que você tem razão – comentei.

–Eu sempre tenho razão esqueceu? – brincou, sorri, ao lembrar-me de nossa despedida da faculdade, ele havia me dito essa mesma frase.

–O que vamos fazer? – questiono.

–Nada, Hotche está indo para a casa dela, e Morgan para o escritório – respondeu-me sentando-se próximo de mim – Por hora é esperarmos .

–Tudo bem.

–Sinto muito pelo que houve agora pouco conosco – diz com a cabeça baixa.

–Acho que já nos desculpamos demais Spencer – tento brincar para quebrar o gelo, mas não funciona porque ele não ri – Relaxa não foi nada.

–Certo – comenta meio sem graça, levantando-se.

–O que foi que eu disse?

–Nada.

–Spencer – diz Jeniffer entrando na sala apavorada – Sequestraram outra criança e não acham a doutora Hewitt em lugar nenhum. -meu coração gelou ao ouvir aquilo.

–O que fazemos agora – pergunto um pouco tonta com à noticia.

–Spencer? – questionou Jeniffer, ele olha para o painel onde estavam as fotos das crianças e dos locais onde elas foram rápidas.

–Eu não sei – respondeu desapontado consigo mesmo.

“Devemos aceitar a decepção finita, mas nunca perder a esperança infinita” – Martin Luther King.


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