Time After Time escrita por killersnows, paulohonorato


Capítulo 11
You know it can get hard sometimes


Notas iniciais do capítulo

Samchel vão enfim ficar juntos?

Músicas desse capítulo:
Ed Sheeran - Photograph
Coldplay - A Sky Full Of Stars
Daft Punk - Get Lucky
U2 - Every Breaking Wave



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Caminhando a passos rápidos pelos corredores do estúdio de gravação, Rachel xingou seu despertador novamente. Tinha combinado de ir cedo para lá e a desgraça não tocara no horário certo, por causa de uma queda de energia durante a madrugada que bagunçara o aparelho, agora estava atrasada vinte minutos.

E se isso não bastasse para deixa-la estressada, naquela manhã iria gravar o dueto final com Mason, que estava meio arisco com ela desde a despedida de Mr. Schue. Entrou na sala e o rapaz já estava ali, rindo de alguma piada feita por Adam, porem o sorrido diminuiu até desaparecer assim que a viu, deixando-a apreensiva.

Será que um dia ele iria perdoa-la? Nunca teve a intenção de usa-lo, muito menos magoa-lo e também não imaginava que Mason fosse se apaixonar por ela. Ela só queria libertar sua fúria e frustração de forma prazerosa, mas deveria ter notado que aquilo jamais iria acabar bem.

“Bom dia.” Desejou a todo, com um forçado sorriso e evitando contato visual com Mason.

“Bom dia.” Ele respondeu monotonamente, provavelmente apenas porque todos também lhe desejaram de volta.

“Já que você chegou, podemos começar.” Adam se manifestou e Mason praticamente pulou do sofá, na direção da cabine ansiando por poder liberar os vocais, timidamente Rachel o acompanhou. Assumiram seus lugares, colocaram os fones de ouvido, onde apenas a música sem letra tocava e soltaram a voz.

Terminando a gravação pela terceira vez, Adam os chamou para ouvir o resultado que tinha lhe agradado. A música tinha ficado perfeita, os dois numa sintonia incrível, a emoção na voz de Mason estava notável para a vergonha de Rachel, que sabia de onde exatamente vinha toda a dor.

Enquanto ouvia Adam, recebeu a ligação de Kitty lhe informando de mais um compromisso aquela semana. Sua vida ultimamente estava numa enorme correria, entre gravações para o álbum, apresentações em programas e as últimas decisões para seu clipe, ela quase não tinha nem tempo para respirar.

Pelo menos naquele dia seria a estreia do clipe de seu primeiro single, Cue the Rain, no Vevo. O single em si estava disparado, depois de sua apresentação na Ellen e em outros programas saírada posição #80 para a #16 na Billboard Hot 100 e a gravadora tinha expectativas de que entrasse no top 10 depois da estreia do clipe.

i.

Junto com Kitty e Tina, a Berry assistiu orgulhosamente seu clipe. Com suas taças de champanhe as três brindaram ao sucesso que estavam suas carreiras e a tudo de bom que estava por vir.

“Você estava maravilhosa e o vídeo é lindo, agora só falta ver se a pessoa pra quem você fez isso vai entender a mensagem.” Kitty foi a primeira a falar, depois que o vídeo terminou.

“Não Kitty, eu e o Sam estamos no passado. Isso nunca vai dar certo.” Rachel cortou logo. Não tinha contado e nem pretendia contar sobre a noite que passaram junto após a homenagem do Mr. Schue, afinal conhecia sua melhor amiga e sabia que ela ia fazer de tudo para junta-los. Os dois tinham entrado em um consenso e não iria desrespeita-lo, tinha feito isso antes e quase acabara de vez com todas as suas chances.

“Você foi ótima Rachel.” Tina elogiou, como de costume amenizando o clima.

“Ótima? Rachel é bem sucedida, linda, tem músicas de sucesso e ainda fez a coisinha se enfiar num buraco para nunca mais sair...”

“Kitty para! A Scarlett não merece isso.” Rachel interrompeu a loira, encarando-a de cara feia.

“Okay, que diabos? Primeiro a Tina e agora você? Quando é que mudou de lado também? Só eu vejo a cobra que ela é por baixo daquela cara de boa moça?” Kitty retrucou brava.

“Ai Kitty nada a ver! Ela só estava protegendo sua relação, não tem culpa que vocês duas ficavam armando contra.” Tina a cortou.

“E ela tinha motivos para não gostar de nós duas, mas depois que coloquei tudo de lado, ela é até uma mulher divertida.” Rachel acrescentou, enquanto Tina acenava concordando. Já Kitty ergueu as mãos se rendendo.

“Já vi que estou em desvantagem. De qualquer forma, ainda não gosto dela.”

~~

Algumas semanas depois e Cue The Rain tinha chego a #2 posição, uma enorme façanha para um estreia tardia, mesmo que as criticas tivessem sido um pouco duras e até ridículas em sua opinião.

Sua vida era um sucesso. Infelizmente, apenas a profissional, porque o campo amoroso era um desastre. Só de pensar lhe dava tristeza. Não tinha Sam e havia magoado Mason, lembrava da dor que ele transpareceu durante a música e decidiu que aquela situação não podia ficar assim. Colocou uma roupa casual, seus óculos escuros e pediu que Alfred lhe levasse em tal endereço o mais rápido possível.

Entrou no hotel perguntando em qual quarto Mason estava hospedado e fez um pouco de charme para o homem na recepção, impedindo-o de ligar e avisar que estava subindo. Respirando fundo, deixou o elevador e caminhou para a porta dando algumas batidas de leve.

“Rachel?” Mason exclamou surpreso ao ver a morena para na sua porta.

“Oi.” Ela cumprimentou insegura. “Atrapalho?”

“Nã-não! Eu estava apenas descansando antes do meu turno no restaurante.” O rapaz respondeu, dando espaço para que ela entrasse. “Como você me encontrou?” Questionou curioso, não tinha dado o endereço do hotel para ela ou para Kitty.

“Find my friends é um aplicativo bem interessante.” Ela respondeu com um tímido sorriso que o rapaz devolveu igualmente. Ele não parecia guardar rancor, o que a deixava mais aliviada. Mason sentou no sofá e ela sentou ao lado dele. “Eu vim pedir desculpas, não tinha a menor intenção de tudo acabar daquela forma.”

“Rachel... Eu sabia onde estava me metendo! Sabia que não deveria ter me apaixonado, mas é impossível não se apaixonar por Rachel Berry.” Mason falou, fazendo-a corar.

“Mazz...”

“É a mais pura verdade, mas não deixarei isso atrapalhar nossa amizade, vamos continuar de onde paramos, mas dessa vez sem a parte do sexo.”

“Okay então amigo.” A morena falou animadamente. Um enorme peso tinha sido tirado de seus ombros e, além disso, não tinha perdido uma amizade que presava muito.

“Já que você está aqui, que tal vermos um filme enquanto nos entupimos de sorvete?” Ele questionou, depois de olhar no relógio e ver que tinha tempo o suficiente até o começo de seu turno. “É vegan.”

“Eu pensei que você não gostasse desses.” Ela comentou confusa, lembrava-se de quando comprava para seu apartamento e o rapaz só comia porque não tinha outro.

“E eu não gostava, mas acabei acostumando e agora não fico sem.” Ele deu de ombros como se não fosse nada e tirou os dois pequenos potes de passas ao rum e baunilha. Entregou o segundo para a morena e sentou no sofá passando de canal até acharem um filme que julgaram interessante.

Pra ele não era a situação ideal, mas era o que tinha e iria se contentar com aquilo.

~~

Com o filme em fase final de produção, Artie e os produtores acharam que era hora de lançar a trilha sonora, e assim Thousand Needles, o dueto entre Rachel e Mason foi liberado junto com algumas outras músicas naquela manhã.

À tarde a música já era febre entre os casais, e começou sua escalada nos charts e na critica especializada, que para a surpresa da morena, aprovaram a música. À noite a música já ocupava o #4 lugar, para a surpresa da gravadora e dos produtores do filme, mas não para a morena que sempre tivera certeza que aquela música seria um sucesso.

“Eram seus produtores.” Kitty explicou, se referindo à ligação que acabara de atender. “Eles querem gravar um clipe para essa música, deixaram à sua escolha, mas terá algumas cenas do filme. A maioria será do trailer, mas terão umas duas novas.” Explicou, sentando de volta no sofá, mas deixando o filme pausado. “E é claro que Mason fará parte.”

“Você contou que terminamos nosso namoro?”

“Na verdade não.” A loira respondeu baixinho, sabendo que sua cliente/amiga ficaria brava.

“O que?” Rachel exclamou indignada. “Por que não?”

“Não tem muito tempo desde que você admitiu que estão namorando, além disso tem um importante dueto para propagarem, tanto para o filme, quando para seu cd.” Explicou como se fosse a coisa mais clara do mundo.

“E o que diabos você sugere que devemos fazer?”

“Vão continuar namorando e...” Kitty começou a explicar, mas foi interrompida pela morena.

“Não tem como! Eu acabei de conversar com ele, decidimos ser amigos!” Explicou, levantando do sofá e andando de um lado para o outro.

“Não de verdade sua tonta! PR, mãos dadas aqui, um selinho ali, posarem num red carpet juntos, só até o tempo de promoção do filme e cd acabarem. Depois a gente inventa qualquer besteira e acabou.”

“Ai... eu não sei não, e o Mason vai aceitar fingir ser meu namorado? Sem ganhar nada em troca?” Questionou indecisa, o rapaz gostava dela, saberia distinguir as coisas ou botaria tudo a perder e no final acabariam terminando a amizade?

“Bem, ele vai ganhar fama e dinheiro e eu já falei com ele.” Kitty respondeu, pegando o celular e mostrando a mensagem que o Twin Incest lhe mandara. “Ele tá dentro, só falta você.”

Depois de muita persuasão e muitos exemplos que conhecia a agente finalmente conseguira convencer sua cliente. Aquilo não deveria ser um grande problema, era apenas um pouco de atuação e faria maravilhas a sua carreira.

~~

Naquela manhã, aproveitando que não tinha nenhum compromisso resolvera se dar uns presentes. Primeiro algumas horas no Prazi Spa, onde recebera massagens maravilhosas, diversos tratamentos para a pele e suas unhas da mão e do pé foram hidratadas e pintadas num azul maravilhoso que batera os olhos.

Depois de tomar um belíssimo café da manhã Urth Caffe, foi caminhar por Bervely Hills, queria comprar algumas peças de roupa e sapatos, já que para mulheres roupas nunca eram demais e seu closet precisava de umas peças a mais.

Caminhando distraidamente, só notou a moça que caminhava em sua direção quando já era tarde demais e tinham esbarrado uma na outra, não foi forte o suficiente para caírem no chão, apenas para perderem o equilíbrio.

“Olha para onde anda idiota!” Ouviu a voz falar e grunhiu frustrada, Seu calmo dia chegara ao fim. Olhou para frente e deu de cara com Harmony.

“Educada como sempre, posso ver.” Respondeu ironicamente. Com tantas pessoas para esbarrar, tinha que ser a que menos suportava? Por que não Johnny Depp ou Brad Pitt?

“Oh você.” Harmony falou, em tom de desaprovação. “Ouvi sua musiquinha na radio, é boazinha. Pelo menos a voz do rapaz não me deu dor de cabeça.”

“Ouvi a sua também... não espera. Você não tem musica na radio. Verdade, também não tem dois Tonys, oops.” Respondeu com cara de desdém. Virou-se e parou para observar a lingerie na vitrine, era branco com detalhes que remetiam a um anjo, algo que se imaginava usando talvez numa outra vida, mas tinha que admitir era lindo.

“Vi seu clipe, achei divertido. Mas talvez você não devesse ter participado, estragou uma boa parte.” Harmony alfinetou, geralmente discutiam entre indiretas, mas parecia que naquele dia ela queria ser bem direta mesmo.

“Talvez você devesse dar sua opinião quando fizesse um clipe ou um cd ou um single e tivesse algum sucesso, ai sim, acredito que aceitaria sua opinião, até lá entra por um ouvido e sai pelo outro, porque não tenho espaço para armazenar lixo.” Rachel respondeu, ficando cada vez mais impaciente.

“Olha aqui queridinha...” Harmony começou, mas foi interrompida pela Berry.

“Olha aqui você sua invejosa, eu não dou a mínima para o que você pensa e para suas opiniões. Você pode criticar o que quiser, meu single está na segunda posição, o dueto na quarta, o álbum do filme em primeiro no iTunes, tenho meus amados fãs, diversos seguidores no instagram e mais sucesso do que poderia imaginar, meus Tony’s estão enfeitando minha instante e meu nome ainda é lembrado como uma das divas da Broadway ao lado de Barbra e Patti, quando você chegar nesse patamar, a gente conversa. Agora se você me der licença, eu tenho coisas melhores para fazer do que te ouvir, tenha um bom dia.”

Desviou de Harmony e continuou a andar na calçada, como se nada tivesse acontecido.

ii.

Lima – OH

Algumas semanas sem Will comandando a escola e tudo lentamente voltava aos eixos. Emma tinha sido a escolhida para assumir a direção e fazia o máximo que podia, mesmo com dias em que precisava ir embora mais cedo por causa das crises de choro. Não ia desistir da escola, aquela fora a grande paixão do falecido marido e faria de tudo para que continuasse sendo o grande sucesso que era.

Enquanto isso, Sam liderando o New Directions iria enfrentar as Troubletones e mais vinte outros corais nas Nacionais em Washington, D.C dali a algumas semanas, por isso os ensaios estavam mais pesados, precisava que seus alunos estivessem muito bem preparados se quisessem ganhar o troféu novamente.

“A tarefa dessa semana é emoção, liberem tudo o que estão sentidos e sejam vocês mesmo. Também é a sua chance de liberarem sua frustração comigo, afinal estou os puxando até seus limites.” Brincou. Já tinha ouvido alguns alunos reclamarem sobre os ensaios e suas criticas construtivas e por isso resolveu que naquele dia iriam dar uma pausa nas coreografias e dar aquela lição. “Para demonstrar e também porque estou a fim de cantar, vou lhes dar uma singela inspiração.” Pegou seu violão e acenou para a banda.

Loving can hurt
Loving can hurt sometimes
But it's the only thing that I know
And when it gets hard
You know it can get hard sometimes
It is the only thing makes us feel alive


We keep this love in a photograph
We made these memories for ourselves
Where our eyes are never closing
Hearts were never broken
And time's forever frozen still

Ao cantar aquela música, liberava o que estava preso há meses sem medo de se expor pela primeira vez. Os acontecimentos recentes lhe mostraram que não tinha tempo a perder, que negar a verdade era uma atitude estupida que não levaria a nada.

So you can keep me inside the pocket
Of your ripped jeans
Holding me close until our eyes meet
You won't ever be alone
Wait for me to come home

Loving can heal
Loving can mend your soul
And it's the only thing that I know
I swear it will get easier
Remember that with every piece of you
And it's the only thing we take with us when we die

Automaticamente sua mente se voltava para Rachel, lembrou-se de seu último dia com ela. Uma noite e manhã de puro amor e paixão. Que estavam fotografados em sua mente e guardados num local bem especial.

And if you hurt me
Well that'so kay baby
Only words bleed
Inside these pages you Just hold me
And I won'tever let you go
Lembrou-se também de outros momentos com ela e eles passaram em sequência em sua memória, quando ela lhe pediu para ir ao baile e ele mentiu por vergonha de não ter dinheiro, quando ela apareceu na sua casa com roupas e um violão, o baile, quando ela o resgatou do clube de striptease, quando ela lhe convenceu que deveria perseguir uma carreira de modelo e ainda o ajudou a começar. Rachel era sua bússola, seu norte e com ela tudo daria certo.

Infelizmente não tinha ideia de quando estaria com ela.

When I'm away
I will remember how you kissed me
Under the lamppost back on 6th street
Hearing you whisper through the phone
Wait for me to come home

Ao final da música recebeu uma animada salva de palmas da turma e então se voltaram uns para os outros conversando entre si e decidindo qual música cantariam, afinal não poderia arriscar de mais uma pessoa cantando a mesma música. Como recompensa, Sam prometera que o ‘vencedor’ terá o solo nas Nacionais e como desafio, todos cantariam sem ensaio prévio.

Após ouvir as diversas músicas, estava impressionado. Sabia que seus estudantes eram ótimos, mas não sabia o quanto! Estava ferrado em ter de escolher apenas um.

“Sr. Evans?” Judy, a secretaria adentrou a sala. “A Sra. Schuester deseja falar com você.”

“Avisa que já estou indo, só vou terminar a lição e dispensar a classe.” Voltou sua atenção para os alunos e levantou-se da cadeira do meio, de onde assistira todas as apresentações. “Vocês mandaram muito bem! Captaram a essência da lição, amanhã eu revelo quem é o solista e voltamos aos ensaios com a setlist final, estão dispensados por hoje!”

Enquanto os alunos deixavam a sala, Sam arrumou as partituras utilizadas, organizou as cadeiras, pegou suas coisas e seguiu para a antiga sala de Emma, quando ela ainda era a psicóloga, já que ainda não tinha a coragem de entrar na sala de Will.

Na sala a mulher estava agachada ao lado da mesa limpando-a com uma escovinha que se semelhavam a de dentes, as responsabilidades com a escola e seus filhos em conjunto com a morte de seu marido fizeram com que seus níveis de ansiedade aumentassem e o TOC, controlado há anos, voltara em força total.

“Chamou?” Sam questionou, batendo no vidro da sala.

“Oh Sam, sente-se, por favor.” Pediu, levantando-se do chão e sentando em sua cadeira. “Você que ficou cuidado das negociações da implantação da escola em Los Angeles, certo?”

“Sim, eu viajei e organizei tudo. Por quê? Deu algum problema?”

“Não, está tudo bem, mas o Will...” Ela pausou, quando sua voz fraquejara. “Desculpe, o Will queria que você se tornasse diretor da escola.”

“O que?” O professor questionou confuso e surpreso. “E-ele nunca me falou nada sobre isso. E-e eu não posso aceitar! Detesto cidades grandes, não consigo morar num lugar assim, me desculpa, mas...”

“Sam, não há ninguém melhor que você para isso. Não há ninguém que eu confiaria isso e sei que meu marido também.” A ruiva o interrompeu, insistindo.

“Mas e o ND? Temos as nacionais em pouco tempo e...”

“Será depois da competição Sam, a escola em LA só vai abrir no próximo ano letivo, já que esse está no final. Mas acho que o Roderick poderia assumir se necessário e nesse tempo você pode dar uma supervisão e dicas para ele.” Ela explicou calmamente.

“Me dê um tempo para pensar.” Ele pediu por fim, não queria aceitar, mas também não queria chateá-la negando tão rápido.

“O tempo que você precisar.” Ela respondeu sorrindo, despediram-se e o rapaz deixou a escola, pensativo. O que deveria fazer?

~~

Algumas semanas depois e o grande dia tinha chegado. Nacionais.

Sam sempre ficava apreensivo, mesmo tendo vivenciado tal momento duas vezes como aluno e outras diversas como professor, e mesmo assim ficava tenso. Eram a última equipe a se apresentar naquela noite e estava confiante, seus alunos eram maravilhosos e lutaram unhas e dentes para chegar ali.

Tinham que vencer!

As luzes do palco diminuíram enquanto a melodia da música começava a tocar e saindo do chão num palco móvel, Chay e Pietro foram os primeiros a entrar no palco cantando os primeiros versos da música.

'Cause you're a sky, 'cause you're a sky full of stars
I'm going to give you my heart
'Cause you're a sky, 'cause you're a sky full of stars
'Cause you light up the path

Josh, Anne e Abigail saindo dos bastidores foram os próximos, assumindo o lugar onde os dois primeiros começaram.

I don't care
Go on and tear me apart
I don't care if you do
'Cause in a sky, 'cause in a sky full of stars
I think I saw you

Juntos o resto do ND subiu ao palco começando a coreografia que lutaram semanas para aprender, dança não era o forte da maioria ali, mas não se deixariam abalar, aquelas Nacionais eram deles.

'Cause you're a sky, 'cause you're a sky full of stars
I want to die in your arms
'Cause you get lighter
The more it gets dark
I'm going to give you my heart

'Cause you're a sky
You're a sky full of stars

Such a heaven lyview
It such a heaven lyview

Sentado junto á platéia, Sam os observava orgulhoso. A performance fora bela e simples, mas ao mesmo tempo poderosa, ao melhor estilo ND. A música do Coldplay mal acabara e segunda começava. Dessa vez com Mark e Jô assumindo o vocal principal.

Like the legend of the phoenix
All ends with beginnings
What keeps the planet spinning
The force from the beginning

Assumindo as posições, o grupo se separou em casais e começaram a segunda coreografia.

We've come too far
To give up who we are
So let's raise the bar
And our cups to the stars

She's up all night 'til the sun
I'm up all night to get some
She's up all night for good fun
I'm up all night to get lucky
We're up all night 'til the sun
We're up all night to get some
We're up all night for good fun
We're up all night to get lucky
.

E por ultimo, mas não menos importante Pietro, o ganhador do solo começou sua rendição de uma de suas bandas favoritas.

Every breaking wave on the shore
Tells the next one there'll be one more
And every gambler knows that to lose
Is what you're really there for
Summer I was fearlessness
Now I speak into an answer phone
Like every falling leaf on the breeze
Winter wouldn't leave it alone
Alone

If you go?
If you go your way and I go mine
Are we so?
Are we so helpless against the tide
Baby every dog on the street
Knows that we're in love with de feat
Are we ready to be swept off our feet
And stop chasing
Every breaking wave

Durante as palmas e gritos da plateia quando o ND ganhou o troféu de primeiro lugar aquele ano, Sam começou a realmente pensar na proposta de Emma. Seu trabalho ali fora feito durante nove anos, dez contando aquele ano e em LA tinha uma nova oportunidade, fazer a diferença num novo lugar.

Também teria que lidar com a confusão da cidade grande, inúmeros carros, estresse, vida acelerada, jogos de futebol que torcia para quem estivesse ganhando por não entender o que estava acontecendo e também perderia toda a beleza do campo e calma da cidade pequena.

Mas teria algo muito mais importante. Uma oportunidade de ser feliz com Rachel Barbra Berry.

“Prometa-me que não deixará sua felicidade passar por você sem fazer nada, persiga-a, faça dela verdadeira e uma parte de sua vida.” As palavras de Scarlett vieram a sua cabeça.

Rachel era seu tudo, deixaria mesmo de ficar com ela por não querer ficar numa metrópole? A cidade podia ser uma confusão, mas ela era a ordem, fazia o caos ficar racional e o guiaria até a luz no fim do túnel. Juntos poderiam vencer aquilo, podiam vencer qualquer coisa que viesse em seu caminho.

iii.

“Sammy.” Rachel atendeu o telefone animadamente. Não esperava que o loiro fosse lhe ligar, mas era uma doce surpresa. Largou o suco de maracujá na mesa e se jogou no sofá como uma adolescente apaixonada que trocava palavras com o crush.

“Ganhamos as Nacionais.” Ele anunciou orgulhoso. Desde que pegaram o avião para casa não parava de pensar em ligar para a morena, sua voz era a única coisa que precisava ouvir.

“Eu sei! Tina, Kitty e eu assistimos tudo, eles foram maravilhosos.” Ela elogiou. Desde que as competições de corais começaram a ganhar mais importância, alguns canais começaram a passa-los.

“Sim, foram. Mas não foi só para isso que eu te liguei, eu estivesse pensando muito essa semana sabe? E...” Antes que pudesse falar foi interrompido pela morena que pediu para ele esperar, já que a campainha tocara.

“Deve ser a Kitty, ela sempre esquece alguma coisa aqui em casa, só não esquece a cabeça porque é colada no corpo.” A Berry falou, enquanto caminhava para a porta. Abriu sem dar muita importância, mas ao invés de ver os cabelos loiros de sua melhor amiga, viu cabelos e barba loira e belíssimos olhos verdes lhe encarando com diversão.

“Surpresa!” Sam exclamou, mas não deu tempo para a morena se recuperar do espanto, passou os braços pela cintura de Rachel e colocou seus lábios. Estava morrendo de saudades daqueles lábios sempre tão convidativos.

Alguns minutos depois a morena se recuperara e passou a retribuir ferozmente o beijo, puxou-o pela gravata para dentro do apartamento e pulou em seu colo, murmurando quarto em seus lábios.

Passaram o resto da noite reconhecendo seus corpos e levando um ao outro aos mais altos níveis de prazer, deixando claro o quanto se amavam e que finalmente o pra sempre deles estava acontecendo.


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Notas finais do capítulo

Finalizamos a fic com esse final feliz?


Nããoo, tem muita coisa para acontecer ainda...



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