Renji, ao resgate! escrita por Malk


Capítulo 1
Rukia, eu te salvarei! (único)


Notas iniciais do capítulo

Outro dia eu estava revendo o episódio 52 de Bleach e tive a ideia escrever essa one shoot. Os acontecimentos não são exatamente iguais aos do anime, mas espero que gostem.



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Após ter levado um piau do Ichigo, Renji, o nosso adorável cabeça de abacaxi, fez um inusitado pedido.

– Kurosaki, por favor, salve a Rukia.

O shinigami substituto não entendeu o pedido do seu adversário derrotado, mas por que não aceita-lo? Se fosse algo do tipo “Volta pro seu mundo e deixa a Rukia morrer” ou então “Larga aquela pintora de rodapé e fica comigo, seu poço de gostosura” ele certamente recusaria, mas como já era sua intensão salvá-la, ele prometeu que a salvaria.

Depois que Ichigo partiu, Renji, todo estrupiado, foi resgatado por membros do quarto esquadrão e levado a uma enfermaria, tendo sido declarado curado poucos dias depois.

Logo após ter recebido alta, o teimoso shinigami começou a pensar na sua melhor amiga...tá bom, até cego vê que Rukia é muito mais do que isso para ele. Sua mente voltou ao tempo em que viviam no distrito Rukon, em como suas vidas eram duras, mas ainda assim, suas melhores lembranças junto a ela eram dessa época. Lembrou também de quando foram admitidos na escola de shinigamis e o fatídico dia no qual sua amiga recebeu a proposta de ser adotada pela família Kuchiki. Quando ela veio falar a respeito disso com seu bff, ele disse para ela aceitar sem hesitar. “Aonde eu estava com a cabeça?”, pensou Renji. Também foi naquele dia que ele decidiu como meta da sua vida superar o fresco do Byakuia e treinou dia após dia para atingir este objetivo.

Renji parou de pensar na morte da bezerra e decidiu que não deixaria o seu amor ser salva por um cabelo de cenoura, e principalmente que era hora de mostrar que ele era melhor do que o seu capitão. Ele então saiu da enfermaria, deu uns sopapos nuns bunda-moles que encontrou pelo caminho e partiu apressado em direção à Torre da Redenção. Porém, durante sua corrida, foi praticamente paralisado por uma espantosa pressão espiritual que só podia vir de uma pessoa. Você acertou, era o Byakuya Kuchiki.

– Aonde você pensa que vai tenente Abarai Renji? – perguntou o capitão, com sua esnobedez costumeira.

– Saia da minha frente, irei salvar Rukia.

– Não vai não!

– Sim, eu prometi que a salvaria, e cumprirei minha promessa. Fiz essa promessa para mim mesmo, e a salvarei!

Assim, os dois shinigamis empunharam suas zampakutous e começaram a batalhar. O combate estava bastante equilibrado, com Renji dando poderosos golpes de espada, enquanto gotas de suor escorriam pelo seu rosto, que se encontrava vermelho devido calor da batalha. As veias do seu pescoço estavam saltadas, sua cabeça parecia que ia explodir, enquanto isso, Kuchiki apenas se defendia com calma e elegância, até que em um momento de descuido do cabeça de abacaxi, o capitão deu várias espadadas no seu adversário, deixando-o mais cortado do que braço de fã da Demi Lovato.

– Desista tenente, e sua punição poderá ser mais branda.

– Nunca! – Renji sangrava e tinha dificuldade em ficar em pé, porém sua determinação era tanta que ele jamais desistiria – ainda tenho uma cara na manga: Bankai.

A espada do Abarai foi liberada, se transformando naquela cobra esquisita que logo começou a atacar o Byakuya. O capitão pulava feito uma gazela para escapar das investidas do seu tenente, e após muitas tentativas, Renji conseguiu acertá-lo, deixando o nobre Kuchiki de joelhos no chão.

– Há, ajoelhou tem que rezar! – gabou-se Renji.

– Esplêndido, você realmente chegou ao nível bankai, porém você ignorou o fato de que após aprender a liberar sua zampakutou, um shinigami leva cerca de dez anos antes de conseguir usá-la em combate de forma eficaz. Além disso, eu também tenho bankai. BANKAI!

A espada do Byakuya se transformou em um monte de espadinhas que destruíram o bankai do Renji e ainda furou ele todinho. Sangrando, ferido, humilhado, enfim, ferrado, o tenente caiu no chão quase morto.

– Fique quietinho aí e espere a morte chegar, eu tenho assuntos a resolver. Adeus, Abarai Renji.

Byakuya deu as costas e saiu andando com a elegância de uma modelo em uma passarela. Renji ainda tinhas forças para lutar, mas em um breve momento de sensatez tomou uma sábia decisão: se fingir de morto até o capitão ir para bem longe.

– Arff, não foi hoje que eu superei o Byakuya Kuchiki, mas eu tenho a vida toda para fazer isso. Por outro lado, eu tenho apenas algumas horas para salvar Rukia, preciso salvá-la e finalmente declarar o amor que sinto por ela.

Certificando-se que o capitão não estava mais por perto, Abarai se levantou, pegou sua espada e continuou correndo para a torre. Viu Byakuya e Ichigo tampando na porrada, passou de fininho pelo canto para não ser notado, subiu a montanha, bateu em mais alguns não-interessa e finalmente, chegou à ponte que ligava a Torre da Redenção ao local da execução.

– Rukia, eu vim salvá-la! – gritou o cabeça de abacaxi ao ver sua musa inspiradora, a luz dos seus olhos, razão do seu viver, sendo levada por carrascos para ser executada.

– Renji, vá embora, eles irão mata-lo! – suplicava a shinigami salva-vidas de aquário.

– Nunca! Eu ainda tenho um golpe secreto, CÓLERA DO DRAGÃO!

Renji deu o seu golpe e acabou com todos os shinigamis que escoltavam a prisioneira.

– Rukia...prometi para mim mesmo que iria salvá-la e cumpri a promessa – disse Abarai, ofegante.

– Obrigada Renji, mas você não tem medo de ser perseguido e morto pela Soul Society?

– Um pouco, mas nada se compara ao medo que tenho de perde-la.

– Que bom!

– Rukia, eu tenho que confessar que...desde que éramos pequenos eu sou, quer dizer, eu te...

As mãos do rapaz suavam mais do que gringo em quadra de escola de samba, seu coração estava acelerado e sua garganta seca. Enfim, ele respirou fundo e continuou com a sua declaração de amor.

– Rukia, te...

Antes de concluir o que tinha para dizer, Ichigo surgiu diante deles todo arrebentado, certamente resultado de uma sangrenta batalha.

– Ichigo! – Rukia gritou pelo cabeça de cenoura e saiu correndo ao seu encontro, deixando Renji falando sozinho.

– Rukia, eu vim te salvar!

– Obrigada, não precisava. Você está todo machucado, não diga que foi o meu irmão que fez isso com você?

– Tive uma terrível luta com ele, mas graças ao treinamento relâmpago que a Yoruichi me deu, consegui vencê-lo.

– Oh Ichigo, estou tão feliz.

– Além disso, depois que você foi levada, percebi que você não é apenas minha amiga, eu te amo e estou te pedindo em casamento.

– Ai Ichigo, assim tão de repente...Eu aceito!

– Esse é o dia mais feliz da minha vida. Aliás, tenho que te contar uma tradição da minha família, segundo os nossos costumes, a noite de núpcias não ocorre após o casamento, acontece logo depois do pedido de matrimônio ter sido aceito.

– Ah claro, vamos nessa?

– Vamos então, conheço um lugar aqui perto que é perfeito para isso.

O novo casal saiu de mãos dadas e saltitando, ignorando totalmente a presença do real salvador da Rukia.

– Mas...mas...ai que droga, eu quase morri pra nada, eu odeio a minha vida!

Renji praguejou, e sem qualquer reação, ficou apenas olhando o objeto da sua devoção desaparecendo no horizonte de mãos dadas com o responsável pela sua quase morte, partindo para uma longa noite de amor. Isso nos lembra o velho ditado que diz “Não adianta quase morrer para salvar a vida da Rukia, no fim ela vai dar para o Ichigo”.


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Notas finais do capítulo

Confesso que fiquei com pena do Renji, mas fazer o que, perco o amigo mas não perco a piada.

Os leitores mais novinhos talvez não saibam, mas o dublador do Renji é o mesmo do Shiryu, do CDZ, por isso ele deu um cólera do dragão.

Se tiver alguma fã da Demi Lovato lendo, não fique aborrecida comigo, então vai uma dica: faça um comentário com uma piada sobre fãs do Queen e sinta-se vingada.

É isso, espero ter proporcionado alguns minutos de diversão a vocês e obrigado por lerem.