Consciência escrita por BabiihFr


Capítulo 6
Confusão


Notas iniciais do capítulo

OE /o/
Enjoy.



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"Quando?"
Hm.
" Antes que meus pais me internem, ou seja, o mais rápido o possível!"
E eu tinha razão. Do jeito que a minha mãe tinha ficado assustada com os meus gritos de noite, eu não duvido nada...
"Certo...Amanhã?"
"Claro."
E desliguei o notebook. Pff, eu vou me encontrar com um desconhecido numa rua deserta. Meu juízo se esvaiu inteiro mesmo.
Me enfiei debaixo das cobertas. Nada de sonhos ruins, agora, queria eu.
"E mais uma vez eu estava batendo na cabeça do mendigo enquanto ele me enforcava. Mas eu fui ficando sem ar, e fui perdendo força...Logo, aparece um cara de capa. Er, parece a morte. Mas não, ele expulsou o mendigo. Mas, mas...mas eu já tinha morrido e..."
E aí eu acordei. Mas por sorte, não estava gritando. Levantei e corri para o espelho, só pra constatar uma coisa: Meu pescoço ainda estava roxo.
Já tinha amanhecido e eu resolvi levantar. Depois eu teria todo o tempo do mundo pra me recuperar da noite mal dormida.
- Demi? - ouvi minha mãe me chamar, na porta do meu quarto - Café da manhã.
- Já vou, mãe.
Ela saiu do quarto e eu entrei no banho. Estava precisando relaxar.
Quando saí, desci as escadas e sentei na mesa. Comecei a comer em silêncio, meus pais já estavam comendo.
- Noite agitada... - meu pai comentou, dando um loooongo bocejo. Assenti em silencio.
- Estávamos pensando - minha mãe começou - Talvez devéssemos tirar umas férias, viajar, esfriar a cabeça.
Pensei um pouco. Não.
- Hm... - resmunguei - Mas...Sério, mãe? Quer dizer, a gente precisa mesmo?
- Você não quer ir? - meu pai perguntou, arqueando uma sombrancelha.
- Eu... - pensei numa resposta não muito estranha - Eu...não.
OK, isso era bem óbvio.
- Bom - minha mãe murmurou, para meu alívio - Então não vamos. Mas você vai para um psicólogo.
- MÃE! - berrei - EU NÃO PRECISSO DE UMA PORCARIA DE PSICÓLOGO. EU SOU PERFEITAMENTE FELIZ E SAUDÁVEL.
Meu pai suspirou. Cansei de comer e voltei para o meu quarto. Não ia ficar ali aguentando meus pais me chamando de doida. Entrei no MSN.
"Tudo bem?"
Perguntou a pessoa desconhecida que eu iria me encontrar.
"Não. Meus pais vão me mandar prum psicólogo e eu vou morrer de ódio."
Sou bem direta.
"Talvez você pudesse se encontrar comigo hoje. Sabe, se as coisas estão tão desesperadoras assim"
Respirei fundo. Ótima idéia. Tenho que admitir que estava com uma pontadinha de medo, pelos vestígios do juízo que um dia habitara a minha mente, mas que já não se fazia mais presente.
"Claro. Agora"
"Agora? Hm, sim. Tudo bem. Agora. Estarei te esperando"
"Estou a caminho"
Fui tomar banho e trocar de roupa. Peguei o celular.
- Mãe, vou passear.
- Certo... - ela me olhou desconfiada - Mas não vá muito longe!
Ai que ótimo. Agora alem de ser um porre, minha mãe não confia mais em mim. Pff.

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Notas finais do capítulo

Meninas, só um aviso. A parte do sonho da Demi, eu tentei deixar o mais confusa o possível, para vocês entenderem o nó de pensamentos que está a cabeça dela :P
:*