What is Love? escrita por Sweet Serial Killer


Capítulo 10
Céu? um espelho que me reflete...




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Dias depois...

O despertador soava por todo quarto de paredes brancas, na cama a garota ainda sonolenta o pegou e jogou na parede, “mais um quebrado, ótimo!” pensou ao se levantar e ir direto para o banheiro se banhar.

Ao sair do banho penteou rapidamente os cabelos e colocou as primeiras peças de roupa que tinha em seu guarda roupa, que resultou em uma calça que ficava curta e pés de meias diferentes, revirando os olhos após se olhar no espelho voltou ao guarda roupa e com mais calma pegou um jeans cinza e o par certo da meia calçando os tênis rapidamente. Se olhou no espelho e pegou a blusa em cima da cama a vestindo e por fim a bolsa.

─Cindy vai se atrasar! –disse sua mãe passando em frente ao seu quarto

─Já estou pronta Jolene! –falou ao sair e olhar a mãe que franziu o cenho.

─Pra você é mãe! –a morena riu. ─E você parece bem alegrinha para a aula hoje.

─Último dia de detenção! –comemorou descendo as escadas sendo seguida pela mais velha. ─Tinha como não ficar alegre?

─Certo, aquele agasalho preto que você disse que um amigo te emprestou está lavado e dobrado em cima da maquina, se quiser devolve−lo hoje, já pode! –disse sua mãe com um sorriso de canto nos lábios.

─Mãe, desfaça já este sorriso! E obrigada! –caminhou até a lavanderia pegando a blusa e colocando−a dentro da bolsa. ─Tchau mãe!

─Boa aula e não me apronte nada! –advertiu enquanto a morena saia, dando de cara com um Andrew a esperando encostado no carro.

─O que seria de você sem mim? –perguntou ele quando a garota se aproximou.

─Não seja convencido, você não é a única pessoa que poderia me dar carona! –mostrou língua pra ele entrando no carro.

─Você está falando do cara da moto? –perguntou entrando também e começando o caminho ao colégio.

─O “cara da moto”, tem nome! –respondeu fazendo aspas com as mãos. ─E sim, estou falando dele!

─Você não deveria se envolver com pessoas da detenção, eles costumam não...

─Não o que? –perguntou o cortando um tanto rude. ─Costumam não prestar?

─Eu não ia colocar dessa forma, mas já que você disse, é isso mesmo! –deu de ombros.

─Ele pode ser muitas coisas Andrew, mas ele é melhor que muitas pessoas! –rebateu irritada.

─Desculpa insultar seu amiguinho. –disse de forma irônica.

─Qual é Drew? Porque você está implicando tanto? –perguntou o encarando.

─Eu não estou implicando Cindy! Eu só estou te avisando, não quero que se engane com alguém. –respondeu olhando rapidamente para ela e logo voltando a olhar para rua, já próximo ao colégio.

─Não seria a primeira pessoa. –disse baixo olhando emburrada para a rua.

Andrew estacionou o carro e Cindy rapidamente saiu do mesmo sem dizer nada e caminhou até a entrada com passos rápido querendo chegar a sala o mais rápido possível, mas ao passar pelos portões esbarrou em uma pessoa que a segurou antes de ir direto ao chão.

─Onde vai tão nervosa? –perguntou a pessoa e Cindy encarou vendo que era Nate.

─Eu ia até meu armário! –o garoto riu e soltou o braço da morena que havia segurado para a mesma não cair. ─Ora, quem diria o senhor rindo na escola. –brincou.

─Não pense que isso vá tirar minha fama de mal. –deu um sorriso de lado e piscou para a garota que riu.

─Certo senhor Bad boy, mas eu preciso ir ao meu armário! –passou pelo garoto caminhando até seu, sem ela perceber Nate a acompanhou.

─Ultimo dia de detenção, certo? –perguntou a assustando.

─Droga Nate! Avise quando estiver me acompanhando. –reclamou abrindo o armário e vendo Nate encostar−se no armário ao lado, o armário de Andrew. ─E você está certo sim!

─É a minha blusa? –perguntou assim que ela abriu a bolsa.

─Ah, é sim! Minha mãe lavou, então não liga se tiver cheiro de flores, ela gosta dessas coisas na roupa. –ela o entregou e o garoto a encarou.

─Por isso você tem cheiro de flores? –Cindy riu e assentiu guardando os livros no armário, ao olhar para o lado viu Andrew se aproximando, ele não parecia muito alegre. ─Tá tudo bem? –perguntou se virando para ver o que a garota olhava. ─Ah, seu amigo, estão brigados?

─Não exatamente, acho que ultimamente é o que fazemos de melhor, brigar! –riu colocando a bolsa no armário.

─Vocês são só amigos mesmo? Porque às vezes parece que são... –antes que continuasse Cindy colocou a mão sobre a boca do rapaz o olhando séria.

─Nem pense em dizer o que estava prestes a falar! –disse séria e o garoto ergueu uma sobrancelha a encarando ─Estamos entendidos? –Nate assentiu e a garota tirou a mão da boca dele que riu fazendo−a rir também.

─Atrapalho algo? –perguntou Andrew ao se aproximar dos dois.

─Não! –responderam em uníssono logo voltando a rir.

─Que ótimo, então poderia me dar licença? –disse ao garoto parado enfrente ao seu armário, Cindy fechou o armário e olhou de relance para Drew.

─Vamos, Nate! –e saiu puxando o garoto pela mão.

─Sabe, se você sair assim andando por todos corredores, vão pensar que estamos juntos! –falou Nate fazendo a garota o soltar ruborizada.

─Ah, é... foi mal! –o garoto por sua vez riu e olhou para trás da garota.

─Tenho que ir, nos vemos na detenção? –perguntou e ela deu de ombros.

─Não é como se eu pudesse fugir dela.

─Até lá, maluca! –brincou fazendo−a rir.

─Até, idiota!

[...]

Definitivamente matemática não era seu forte, enquanto Cindy travava uma batalha consigo mesma tentando resolver a terceira equação, Grace, Will e Isa já haviam terminado, Grace agora ajudava Luke e por mais que Isabelly tivesse tentado ajudar Cindy a mesma negou alegando que deveria conseguir resolver aquela obra do capeta sozinha.

─E agora Isa? –perguntou mostrando para amiga que fez uma careta.

─Então...

─Ah! Desisto! –resmungou batendo a testa na mesa.

─Qual é Cindy, nem é tão difícil quanto parece! –falou Isa rindo.

─Não é tão difícil quanto parece? –riu ironicamente. ─Olha, eu gravei em menos de um minuto as quatro formas diferentes de se usar a palavra “porque” e nem em dez anos eu aprenderia essa... Coisa. –dizia gesticulando.

Após as duas continuarem a discutindo sobre algo que não entrava de jeito nenhum na cabeça de Cindy, Grace chamou atenção das duas as lembrando que a aula já havia acabado, rapidamente Cindy juntou suas coisas e saiu da sala as pressas sem dar explicação alguma.

─O que foi isso? –perguntou Grace rindo.

─Não tenho ideia, mas pelo jeito é algo importante. –respondeu Isa acompanhando a ruiva na risada.

─Deve ter ido encontrar com o amiguinho dela. –falou Andrew passando pelas garotas e saindo da sala, as meninas se entreolharam e riram.

[...]

Cindy corria pelos corredores esbarrando em uma pessoa ou outra sempre soltando um “me desculpe”, mas sem parar de correr, assim que chegou enfrente ao seu armário o abriu totalmente sem jeito pegou os livros que havia pego na biblioteca e guardou suas outras coisas logo fechando novamente o armário e saindo correndo em direção a biblioteca, mas um esbarrão em alguém a levou ao chão assim como três dos livros que segurava.

─Droga! –praguejou com a mão na perna que havia sentido o impacto contra o chão.

─Você só pode ser cega garota! –Cindy levantou os olhos e logo reconheceu os curtos cabelos negros e gelou, “pronto, é agora que eu apanho!” Pensou enquanto se levantava.

─Lory, eu não estou afim de discutir com você, eu tenho mais o que fazer. –disse sem pensar recolhendo os livros.

─Discutir? Oh, mas é claro que não iremos discutir, irei fazer algo bem mais divertido com você, nanica. –sorriu maldosa cerrando o punho enquanto Cindy apertava os livros contra si.

─Eu... não quero brigar! –disse tentando manter o tom firme, o que não havia dado muito certo.

─O que foi? Está com medo? –perguntou e Cindy deu uma olhada pelo corredor, as pessoas não haviam reparado na discussão, então sua ideia daria certo.

─Eu... –deu um passo pra trás e gritou saindo correndo ─Sai da frente!

Desistindo de passar na biblioteca a garota subia as escadarias o mais rápido que conseguia com Lory atrás de si a xingando de tudo quanto era nome, por um momento Cindy teve vontade de rir, mas o medo de ser esmagada pelas mãos da outra garota lhe gelava a espinha, assim que chegou ao andar desejado correu até a sala entrando derrubando as duas primeiras carteiras chamando atenção dos outros alunos, logo Lory entrou atrás extremamente vermelha, parecia que logo fumaças sairiam por suas narinas e fogo de sua boca, como um verdadeiro dragão. Ao perceber que o professor ainda não estava na sala Cindy largou os livros e pegou o uma cadeira.

─Fica longe de mim! –gritou indo pra trás.

─Ah, vamos lá Cindy eu nem vou te machucar tanto assim. –sorriu cinicamente para a menor.

─Não me faça ter que te adestrar como um cão raivoso. –assim que disse se arrependeu de tais palavras, sabia que isso só aumentaria a raiva da garota, principalmente pelos alunos terem soltado altas gargalhadas.

─Se você se acha tão capaz disso larga a cadeira! –falou entredentes.

─Cães raivosos não são vacinados, não estou a fim de pegar doença! –mais uma vez sem pensar “Droga, qual problema comigo?” se perguntou após enfrentar a garota, mas logo a cadeira de suas mãos foram tomada e tacada do outro lado da sala causando um grande estrondo.

─E agora, chihuahua? –perguntou zombando da garota que se afastava prendendo o ar.

─Lory, o que você está fazendo? –ao ouvir a voz do garoto Cindy soltou o ar e se tranquilizou um pouco.

─O que você acha? Estou me divertindo um pouco, gatinho. –sorriu para o mesmo que permaneceu sério encarando−a

─Deixe−a em paz. –Cindy por sua vez revezava o olhar entre a garota a sua frente e o garoto ainda na porta.

─Nem vem, é agora que vai ficar divertido...

─Já chega! –se aproximou da garota e passou por ela bruscamente. ─Fique longe dela! –disse firme fazendo Lory o encarar incrédula, pegou na mão de Cindy e a fez sentar próxima a ele enquanto Lory saia da sala o xingando.

─Obrigada! –agradeceu Cindy. –Pense que ela arrancaria meus olhos para usar como pingente.

─Já disse que você é maluca? –perguntou rindo e a garota deu de ombros sorrindo e se levantou pegando os livros que havia largado em uma das mesas, logo voltando a se sentar próximo a Nate.

[...]

A biblioteca nesse horário era praticamente vazia, se não fosse pela bibliotecária e pelos jovens que estavam sentados na mesa mais afastada próxima a janela com alguns livros sobre a mesa, enquanto a garota foleava um dos livros o garoto encarava o céu pela janela, Cindy desviou os olhos do livro e encarou o garoto a sua frente que mantinha os olhos azuis encarando o céu que começava a ficar fechado, a garota inevitavelmente sorriu lembrando-se da primeira vez que o viu, jamais imaginando criar uma amizade com ele sem muitas complicações.

─Posso te fazer uma pergunta? –perguntou sorrindo chamando atenção de Nate que a encarou.

─Acabou de fazer! –ela desfez o sorriso e o garoto abriu um pequeno sorriso. ─Manda!

─Porque você gosta tanto de olhar para o céu? –perguntou o encarando ainda séria, Nate olhou nos olhos de Cindy e pode notar o brilho de curiosidade que os mesmos transmitiam.

─Tem algo mais calmo que o céu? –perguntou e viu a garota franzir o cenho pensando na resposta, mas logo continuou. ─Até mesmo em dias de chuva o céu tem certa calma, não é sempre que se enfurece e solta seus tão temidos trovões e raios, para mim é como se fosse um espelho que me reflete. –Cindy sorriu.

─Isso é lindo. –falou sorrindo. ─Não sabia que tinha um lado poético, Nate.

─Não sou muito fã de deixa−lo a mostra. –riu. ─Já achou? –apontou para o livro e a garota assentiu empurrando o mesmo para ele.

─Espero que não se importe, mas escolhi um conto que fala sobre os prazeres carnais para trabalharmos. –disse vendo-o ler.

─Você quer dizer sexo! –a garota corou.

─É... isso! –Nate riu e assentiu.

─Sem problema, mas porque esse conto?

─Primeiramente, ele não é explicito! Segundo, ele usa muitas formas de comparações, para sensações e sentimentos, como você fez com o céu, comprando−o com um espelho. –disse e ele assentiu.

─Mãos a obra? –perguntou pegando uma caneta do estojo de Cindy.

─Mãos a obra!

[...]

Após entregarem o trabalho ao professor foram liberados, Nate passou em seu armário e fez a garota o esperar, pegou o agasalho preto e o vestiu, logo seguiram para o armário de cindy onde a mesma pegou a bolsa e alguns de seus pertences e se direcionaram para fora do colégio.

─Você está com cheiro de flores! –comentou ela, Nate cheirou o agasalho e sorriu de canto.

─Estou com seu cheiro! –ela riu. ─Esqueci uma coisa, espera aqui! –disse após saírem do colégio.

Não demorou muito para o garoto aparecer balançando uma chama na mão.

─Está com a moto do seu irmão? –perguntou e o sorriso do garoto aumentou.

─Na verdade agora é minha! –disse e foi com a garota até a moto entregando−lhe um capacete.

Não demorou muito para que chegassem na casa de Cindy, a mesma desceu da moto e tirou o capacete entregando ao garoto logo ajeitando os cabelos.

─Valeu pela carona, de novo. –riu.

─Sabe que não precisa agradecer, mas tenho um convite para te fazer! –falou tirando o capacete em seguida.

─E o que seria? –perguntou curiosa.

─Sexta vai ter uma festa lá em casa, seria legal se você fosse! –falou um tanto desconcertado, o que na visão da garota só o deixou fofo.

─Bom, eu não sou o tipo de garota que vai a festas...

─Também não era o tipo de garota que ia para detenções... –disse a cortando e fazendo−a rir.

─Tudo bem, eu vou! –sorriu para o garoto.

─Pode levar seus amigos estranhos também! –disse provocando−a.

─Com certeza vou levar meus amigos! –disse sorrindo e ignorando a provocação de Nate. ─Tchau Nate! –beijou o rosto do garoto e se dirigiu para dentro de sua casa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo, me desculpem por e qualquer erro no capítulo, não revisei, como a maioria kkkkk

beijinhos e comentem amorecos ^^



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