Trinity Deblanc — A Origem escrita por Calena
Notas iniciais do capítulo
Primeiro capítulo completo!
Mas ATENÇÃO!!! Pode haver mudanças posteriores no texto devido à vida que pretendo dar para uma história gigantesca... xD
Os Discípulos — VII
Encantados, a Casco de Abelha
e o amigo Coração dos Ventos,
fitam belo o pequeno centro
do Grande Livro de capa velha:
A brilhar sua intensa auréola,
eterna e casta, em tenro brio
de áurea vasta, entre os mil
papíreos que Nele atrela.
O Coração dos Ventos, no entanto,
ao reviver o sonho neste encanto,
citou momento espelho, feito aquela:
“...As tochas ao vento
perpetuam linda imagem
de magia bela
Onde o fogo e o tempo
purificam a paisagem
aos redores Dela
E sobre a rocha
desabrocham as passagens
que enflorescem Pedras!...”
Assim, os dois pequenos pôneis
foram selados por magias poderosas
do Grande Livro de poesias misteriosas
que, em seus olhos, douram amigáveis!
E cumpriram bom juramento
da melhor, humilde e mais rica magia,
que enquanto houver perfeita harmonia
a poesia profere encantamento.
O Grande Livro — I
Há quatro milênios das Irmãs Celestes,
àntiga Equestria não bem vinha flores
raramente o ninho de poucos amores
se acaso os céus tornassem agreste:
a neve é casual como uma peste
com tempestades de pouca ausência
numa terra mágica de turbulência
onde habita o mau que se fortalece.
Ouço o canto das criaturas meticulosas
à esperança que tanto abraçam: milagrosa!
Em um manto de verdades, sestrosa,
até que os Céus outorgaram discreto:
O bem enlaça os seus corações,
d’Estrelas Divinas monções
contra todos os males de afeto!
Os Pôneis Híspidos — I
Écrina, aos Deuses, cantava,
da sua crina, neve e rosa cor,
que a sua linda e bela flor
Aurora, fosse desejada:
Uma semente que fora regada
nos campos de tundra e neve
para que Estrelas assim a leve
a mil léguas trotadas.
E pelas preces, que há em distante,
a Rocha da Estrada Tardia
talvez fosse perfeita harmonia
destes pôneis de terra obstante,
diferente do viver oscilante
dos Pôneis Híspidos de ser
na vida. Sem ter o que ter,
senão o frio devastante.
O Grande Livro — II
Porém, a segunda Lua foi o bastante
para que o medo, assim, os tomasse.
Quando o antigo conto lhes revelasse
que o mau era mesmo constante.
Acontecia, o Conto do Sonhador:
Numa noite permeio a Lua viva e a dor,
cheia de sofrimento em meio a vida
onde rezava o potro à sua égua entristecida
da fome que mais consome o seu amor.
Tudo, depois de tantos eventos de horror,
mas proclama para a Estrela Amada:
“Ó, Luz do Luar, minha Lua vespertina,
A Tua beleza e o Teu encanto
que brilha tanto amor, e tanto cristalina,
Eu imploro que o Teu manto
em meus olhos, na minha retina,
e na alma que, em todos nós, fascina
seja Tu, a Estrela que o mau espanta.
Estrela Amada! Proteja-me nesta jornada.
Dos muitos trotes meus em terra amaldiçoada,
eu terei de derramar meus prantos outra vez?
Que nada! Eu quero Te ouvir, minha Amada,
sei que podes mais, com Tua imensa sensatez,
Creio em Tu, e a Ti eu rogo mais uma vez:
Proteja-me, com todo amor... Proteja!”
E em sua procura, a toda prece que despeja,
faminto, ele persiste, sem alimento algum na mesa,
e resiste, sem fôlego, na tristeza, como um desesperado!
Porque todas as Flores de Tundra haviam se acabado
na porção norte, no oeste, nas montanhas e no sul gelado
até que, para manter as energias do frio, ele hiberna.
Contudo, esqueceu que a magia da terra é eterna,
e que a vitalidade nele, interna,
atrai como uma presa a Nuvem de Escárnio:
Tomada por magia negra de Unicórnio
a tornar o restante da sua vida em calcário
e o seu coração lastimado em ódio.
Porém, ainda, aos Deuses pertence!
O mau apenas transforma o próprio,
pela mágica de agressivo episódio
em uma criatura mística reluzente:
De azul espectro — a cor da pele —;
Desproporção de tamanho; E leve;
Onde todo ódio para si é um banquete;
a assunção de um ócio em frio ardente.
Os Pôneis Híspidos — II
As tempestades cantavam fortes,
sinfonia que as Híspidas orelhas corte:
era a manada de cavalos do norte
aos trotes, em sua orquestra da morte!
Quando os Três Cavalos, filial à Nuvem,
tomaram posse da última vila,
Écrina sabia que uma luta Divina
ocorreria, se Cascotauro os detivesse:
O gigantesco centauro de chifre e crina,
intocável pelo frio em sua santa sina;
E os Wendigos, do ódio que mais querem.
Aos redores do touro de cascos,
os Três Cavalos formaram o furacão
e no meio daquele turbilhão
toda felicidade sumia em lascos!
Porém, diante de toda perturbação
o centauro ergueu suas mãos
e ao meio deles fez estilhaço...
Cascotauro ressuscitava a esperança
e com os Híspidos formava aliança
diante do horror: o amor, e o laço.
Um por um, destruía,
arrancando tudo o que construíam
de negativo em seus humildes paços.
E o poder que o azul fluía,
desfecho de breve fantasia,
recuperou deles as sementes
de cascas puras e macias:
frutos bons e sorridentes
que cada um deles possuía.
Entregue, o fim das tempestades,
corações renasceram na neve
em bredos de felicidade.
Os Discípulos — VIII
Por um instante, seus olhos despem:
Aos chacoalhes despertam,
a harmonia tormenta,
e o encantamento funeste.
— “Será que as Pedras
referem às sementes?”,
e sussurra deste:
— “Assim como a neve
nos fere em tempestade?
Será tanto verdade?”
E a Casco de Abelha confia,
séria e certa, como sempre sorria:
— “Os meus olhos ardem fogo,
e os meus cascos querem mais!
Voltemos logo para descobrir
o que está sobre ali!...”
Os dois citam: — “Na Pedra!”
E a harmonia e encanto quebram
a conversa, pelo ouro e o mágico,
no retorno do Grande Livro poético.
O Grande Livro — III
A Luz que, nos céus, somente
reluz harmoniosa vertente,
agora aos prantos, murmúrios e desdém,
por mais Divina que fosse
e do exemplo que deseje
não ouvia o mau, mas o bem.
Aprisionada e espectante
a Deusa da Lua Minguante
nada podia para os Híspidos
além de encantar seus corações em paz,
e acreditar que o Unicórnio não fosse atrás
por unções, de Lua Protetora, desunido.
Porque a Lua Nova, em breve, chegaria,
e suas proteções não mais controlaria
nos corações dos seus súditos vivos.
Foi quando cantou o hino
para milênios que encantou
em canção nefasta e inoportuna,
As Lamúrias de Luna:
“Meus pequeninos, eu vos levarei,
para uma terra de encantos
Meus pequeninos, pra sempre terei,
os seus amores e prantos
Por todo o mau que, aqui, há,
eu sempre terei
forças pra aguentar
a tristeza e o desdém
e se alguém chorar
que chore por bem
não deixe que as mágoas
se evoquem
Meus pequeninos, amada eu sou,
mesmo distante da terra
Cantem os hinos que em breve serei
sua harmonia sincera:
As criaturas do Luar,
tem minhas bençãos,
enquanto sorrir
para o meu coração,
e sempre que verem
a noite agradar
sou eu a lembrar
para sempre
Meus pequeninos, a Lua eu sou,
em uma terra de prantos
Meus pequeninos, a Aurora trarei,
com meu amor, em meu manto...”
O Grande Livro - IV
Ouviste, Luna, da Écrina: a centelha.
A luz do luar então brilhou na trilha
de encontro com algum poder ofuscante
que a luz da Lua comunicou, presente,
e fez-se o apelo, da criatura mágica, em resposta,
uma voz sombria, sussurrante, astuta e perigosa:
— “Quem és tu, perversa, a quem converso!?
Queres que eu permita a passagem
de pôneis híspidos? À esta terra?
Deste trecho ninguém passa!
Nenhuma criatura que o Soberano
antes de qualquer proposta
venha, a mim, perscrutar.”
Então um desfecho da Luz da Lua,
mesmo distante, aprisionada, e espectante,
conseguiu atrair mística criatura o bastante
e agir palavras sábias para o instante:
— “Eu não sou perversa,
mas a Noite e a Lua, eu sou.
Se tu não queres
que a Noite continue um triunfo
respeita-me e faça o que eu mando!”
Uma serpente saiu de dentro das montanhas:
enorme, cinza e de escamas dracônicas,
de peito amarelo, olhos negros de suas entranhas,
em um poder místico que se solidifica.
Olhou para os céus, para a Lua,
e em seus olhos a verdade esclarece
fez com que obedecesse a Sua
ordem e a Ela, assim, transparece:
— “Luna, perdoa o insulto meu,
não sabias que era Tu, Estrela Divina!
Mas o que direi eu ao Soberano
se acaso os pôneis por aqui passarem
e Ele souber?
Tu bens sabes quão grandioso Ele é,
o quão fúnebre Ele foi
e o quão poderoso és além de Tu,
minha amada!”
E Luna responde, lisonjeada:
— “Não tema meu amor, perdoado estás,
mas ouça o que a tua deusa comanda!:
Assim como você, os últimos de sua raça,
os pôneis híspidos também, e têm a minha graça!
Permita que eles ultrapassem
a Fenda para o Outro Mundo,
e que Aurora tenha sua segurança
por toda a passagem.
No tempo certo serás recompensado,
com algo grandioso e de bom grado
apenas mantém tua força e esperança!”
E a criatura, cinzenta de audácia,
tormenta ao aturar circunstâncias
mas aceita, retornando às montanhas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu preciso muito das críticas de vocês, leitores! Agradeço muito a todos os comentários que vocês deixarem pra mim a respeito do texto. Espero que tenham gostado. Aguardem por mais!