A Mediadora: o Futuro Me Espera escrita por nathy_spimpolo


Capítulo 4
Capítulo 4: Ops!




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Nós quatro nos encontramos na porta da minha casa, Jesse estava longe de mim, como se estivesse com nojo. Ali ja percebi que uma briga estava por vir.
Eu entrei na casa sem falar nada, subi as escadas e vi que o único que passou pela sala e continuou me seguindo era o Jesse, ele sentou na minha cama e esperou enquanto eu ligava a banheira.
Voltei para o quarto e olhei para ele.
-Jesse eu...
-Não Susannah! Eu não posso acreditar que você foi atrás dele.
-Eu não...
-Não importa o motivo, eu não quero saber. Você foi até a casa dele, é isso que me importa.
-Jesse eu não queria...
-O que você queria. Não queria que eu soubesse? Que eu tivesse que te salvar mais uma vez?
-Nossa, ru não preciso da sua ajuda, Hector.
-Susannah...
Não queria ouvir, tudo bem eu tava errada e ele certo, mas poxa pego pesado comigo.
Eu me virei e fui até o banheiro e entrei na minha banheira. 
Não sei quanto tempo fiquei ali mas deu tempo de ficar toda emrrugada, coloquei uma roupa larga e desci as escadas, a casa estava tão silenciosa que achei que todos já haviam ido embora.
Mas quando desci as escadas, um garotinho moreno de olhos azuis e magricela pulou em cima de mim. Jack!
-Suze! Você esta bem?
-Oh, Jack.
Eu abracei ele forte, estava com tanta saudade do Jack, o menininho que me ajudou nas ferias passadas.
-Estou.
-Hey Jack, posso falar com a Suze?
Olhei para cima e Paul estava parado na porta me olhando fixamente com a Ana Julia do seu lado.
-Aham. -Jack falou e saiu da sala indo foi para a cozinha.
-Suze, você e o Jesse tem quer para de brigar, é isso que eles querem.
-Mas..
-Mais nada o Paul tem razão, sei que não conheço você nem ele a muito tempo, mas pelo o que Paul falou e o que vi, vocês se amam.
-É, nós nos amamos, mas esta ocorrendo tantos problemas.

-Ele esta lá fora e pediu para perguntar se você estava bem. Mas por que você mesma não responde.-falando isso Paul piscou para mim.
Eu andei até a porta e a abri, lá estava Jesse, parado olhando ansioso para mim, quando olhei em seus olhos afundei neles como sempre e só pude dizer.
-Me desculpa, você tem razão de ter ficado com raiva.
-Você também, me desculpa e saiba que adoro te salvar.
Eu ri com esse comentario.
-Te amo.
-Também te amo.
Quando iamos nos beijar o Paul e a Ana Julia apareceram.
-Estamos sem tempo para romance.
-Paul, você definitivamente não é romantico! Porque eu gosto de você mesmo.
Paul nem teve a chance de responder porque Jack apareceu e interrompeu.
-Então gente eu odeio ser vela.-Jack falou da porta.
Entramos na casa, sentamos na sala.
-Vamos lá, suze o que você descobriu lá?
-Bom, eu não sei o que esta acontecendo. Mas é como se o Tad tivesse sendo controlado por algo, ele não é mais o Tad que eu conheci, ele esta cruel, insensivel, grosso, até parece você, Paul. -Eu tinha começado a falar sem parar e a ultima parte tinha saido sem querer, minhas bochechas rosaram quando vi o rosto de Paul- O que quero dizer é que você era assim, mas não é mais, você era um idiota, você mudou.
-Não faz essa cara, Paul, ela tem razão.-A voz fina de Jack soou pela sala e todos riram da cara do Paul menos eu.
Até ele estava rindo, pelo menos até ver minha cara, porque ai ele só sorriu pegou uma almofada e tacou em mim.
-Ei relaxa suze, eu mereci.-Ele disse rindo.-Mas enfim, Jesse daria para um fantasma controlar a mente de Tad?
-Bom, daria para meio que fazer uma lavagem celebral.
-Como assim ?-Ana Julia perguntou, colocando meus pensamentos em palavras.
-Bom, pense, se alguém ficasse falando em sua cabeça algo dias e dias sem parar aquilo ficaria.
-Então o que você quer dizer é que o Marcus esta falando com o Tad como você fez com o David?
-Isso hermosa!

-Eu sabia!-Falei pulando do sofá e ficando de pé.
-O que suze?-Jack perguntou.
-É que quando ele veio em minha direção Marcus apareceu e puxou a toalha de Tad, nesse momento vi pelo menos por um momento o Tad inocente. Mas ai Marcus o encostou e depois sumiu, então Tad voltou a ser o idiota e veio para cima de mim.
-Tudo bem, olha vocês precisavam me contar quem é Marcus e Tad, e eu ainda não entendi esse negocio de o Jesse ser um humano que era um fantasma.
-Ana Julia.
-AJ é melhor, suze.
-Ok, AJ. O que aconteceu foi...
Contei toda a historia de Tad & eu, Marcus & eu e a melhor historia da minha vida que foi enterrompida pelo Jack, pelo Paul e pelo Jesse, a historia sobre Jesse & eu.
-Ok, entendi, mas então ta na cara o que nós temos que fazer.
-O que, Aj? -eu perguntei.
-Exorcisar o Marcus.
-Mas vai ser complicado, ele não é qualquer fantasma.
-Porque não.
-Bom Aj, -Paul começou.-Se humano ele era uma praga, fantasma, com poderes e etc. Ele é um demonio.
Todos se entreolharam concordando plenamente com Paul. Haviam algumas perguntas a se fazer: o que iriamos fazer? Como iriamos fazer?
-Acho temos que chama-lo até nós, leva-lo até o outro lado será o mais facil.-Paul continuou.
-Concordo, mas ele sabe quem somos, ele não vira sem um bom motivo .-Jesse falou passando o braço pela minha cintura e me fazendo sentar de novo.
-Mas qual seria um bom motivo? -Jack perguntou.
-Gente pelo o que entendi ele quer ver a Susannah morta, certo. E se nós a matassemos. -Aj falou, eu a tinha entendido e ja sabia até como fazer, mas pela cara dos outros eles não entenderam.
-AJ, idéia ótima, podemos dar um jeito de eu fingir estar morta.
-Nem pense nisso entendeu!-Jesse falou me apertando mais contra si.
-Jesse...
-Não adianta, você não vai fazer mais uma locura, sua cota já esta bem cheia Susannah!
Eu sabia que nem adiantava brigar agora, teria que convece-lo mais tarde, só não sabia como. A única coisa que sabia era eu precisava fazer algo para deter Marcus.

Estavamos pensando em um plano, apesar das interrupções do Jesse e Jack dizendo que eu NÃO iria me arriscar, como se não me bastasse um cara super protetor agora tinha dois, iamos chamar Tad, ou melhor eu ia chama-lo, então ai eu "morreria", ou seja, me deslocaria. Jesse, Paul, AJ e Jack, apesar das minhas objeções quanto a isso, estariam no quarto do Brad.
Mas haviam falhas no plano, como Marcus perceber que era um truque, Tad me matar mesmo, entre outros, então precisavamos de um plano B, iriamos então falar com o Sr. Slaski, o avô do Paul.
-Oi crianças.-A voz da minha mãe veio da porta.
-Mãe, chegou cedo.
-Na verdade não.-Andy falou atrás dela e os meninos chegaram junto.
-Onde vocês estavam.
-Bom, fomos a missa que David pediu para dedicar a mãe, foi hoje que ela morreu e o Padre Dominic aceitou a fazer uma missa para ela. -Andy falou e foi para a cozinha.-Vocês todos vão jantar aqui?
-Não, senhor. -AJ e Paul falaram juntos.
-Tchau suze.-Falou AJ me abraçando e indo para a porta.
-Tchau.-Paul falou e saiu.
Jack por sua vez pulou em cima de mim, segunda vez no dia, e me deu um beijo estalado na bochecha, eu ri da cena.
-Tchaaau suze. -Jack falou e foi embora.
Todos tinham saido menos Jesse e antes que ele respondesse ao Andy minha mãe falou por ele.
-O Você fica, querido.-Depois sorriu para mim e piscou. Minha mãe como sempre discreta.
Olhei para Jesse e falei baixo:
-Vou falar com David.- Então dei um beijo nos seus lábios e ele assentiu.
Eu subi as escadas e fui direto ao quarto do meu irmãozinho. David estava deitado na cama com a cara no travesseiro, mesmo sem fazer barulho o corpo tremendo mostrava que ele estava chorando.
Eu me ajoelhei do lado da cama e começei a mecher em seus cabelos ruivos.
-Eu queria poder ver fantasmas, que nem você.
-Duvido muito.
-Eu queria ver ela! Bom então faz o que você fez com o Jesse, ele era um fantasma e você o trouxe de volta.
-David você sabe que eu não posso.

-Não Susannah, você pode, só não quer, porque é comigo, agora se fosse com você nossa então você ja treria feito.
-Isso é mentira.
-É mesmo, tem certeza!-Ele estava berrando.
-É claro.Meu pai também morreu.
-É diferente.
-David...
-NÃO! Você só se importa com você. Toda noite você some e sua mãe fica preocupada mas você não conta para ela do porque.
-Ela não acreditaria.
-Ela acreditaria, porque ela te ama. Eu sei também que você tentou deixar o Jesse morto, porque VOCÊ o queria aqui.
-Ele também queria.
-Tem certeza? Você sempre se preocupa com você! Você acha que sua vida é horrivel porque ve fantasmas, mas adivinhe tem gente com problemas de verdade, Susannah. Existe gente morrendo literalmente de fome, tem gente sem casa, tem gente sem a mãe para sempre. 
-David...
-VAI EMBORA.-Agora ele estava chorando muito.
Antes de sair olhei para ele e vi em seus olhos arrependimento mas ele ainda não estava pronto para pedir desculpas.
Sai do quarto fechei a porta e me encostei na parede e escorreguei para o chão. Eu olhava para o nada, pensando no que ele dissera,era verdade, nunca me importei com a minha mãe, queria o Jesse aqui mesmo o privando de uma vida de verdade, mas David esqueceu de uma coisa, eu também não ligava para meu pai quando estava vivo, nao saia com ele, quase nunca e quando morreu queria que ele nao fosse para a eternidade para ficar comigo, meu deus!
EU ERA EGOÍSTA!
Ouvi passos na escada e depois os braços morenos do Jesse me pegando no colo, então me lavando para o meu quarto deitando na minha cama e se deitando o meu lado, ele fazia carinho na minha cabeça, esperando que eu falasse o que tinha de errado comigo.Mas eu não iria falar, eu não conseguia nem abrir a boca.
-Susannah eu ouvi vocês, ele só disse aquelas coisas porque esta triste. -Ele disse percebendo que eu não iria quebrar o silêncio.
-É claro que ele tem razão e você é a prova viva disso. Você podia ter tido uma vida e eu fui impedir isso para que você ficasse comigo.

Respirei uma vez e continuei.
-Eu fui empedir que Paul te salvasse, eu fui praticamente te matar, você entende. Eu fui tão egoista que preferia ter você morto, do que não ter você, mas com você tendo uma vida, você...
-Hermosa fique quieta! - Ele berrou comigo. Será que todos iam berrar comigo?- Sem você eu não teria tido uma vida, você consegue compreender isso?
-Mesmo as...
Eu não consegui terminar pois Jesse viu que eu ia voltar a falar em como eu era egoísta e me beijou, mas o beijo foi quente e limpou minha mente, a única coisa que pensava era como ele me fazia feliz.
Acho que ele pensava o mesmo pois ele esqueceu de seu sempre, inconveniente, cavalherismo do século XIX.
Ele meio que subiu em cima de mim, uma mão na minha nuca, a outra subia pela costura da minha calça, passando por tudo até chegar perto do meu seio. 
Eu por minha vez estava explorando o perfeito peito dele com uma mão e a outra eu arranhava de leve sua nuca.
Mas quando seus dedos encostaram em meus seios ele se sentou de costas para mim, sabia o que tinha acontecido e sabia que ia acontecer quando tudo começou.
-Desculpe-me, hermosa.-Ele falou colocando as mãos em seu rosto, como percebi, mesmo ele estando de costas.
Revirei os olhos, sabia que vinha o texto de como ele não queria ter me desrespeitado, mas não queria ouvir aquilo, não naquela hora.
Então o abracei, passado as mão pela sua cintura e comecei a beijar sua nuca. Suas mãos passaram pelo meu braço fazendo carinho.
Ele se virou um pouco e deitou me puxando para perto, eu coloquei a cabeça em seu peito, depois ele passou os braços em minha volta e com a outra mão entrelaçada com a minha e nossos dedos se acariciando.
Ficamos assim por um bom tempo, mas para falar a verdade preferia ter ficado daquele jeito por muito mais, porque o que aconteceu em seguida foi ver um fantasma se materializar na minha frente e isso era a última coisa que eu queria.


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Notas finais do capítulo

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