Anna

Acordei com a cabeça latejando. Fechei os olhos com força, lembrando do ocorrido de ontem.

Eu estava mancando, então eu vi aquele rapaz, na frente de um Creeprer pronto para explodir. Eu não podia ficar parada. Em um salto eu finquei a espada no coração da criatura. Me senti fraca, gastei minhas energias. Encarei o garoto. Ele tinha cabelos escuros, e olhos... Olhos brancos e brilhantes.

Espera, é isso mesmo produção, olhos brancos e brilhantes? Bem...

Senti minhas pernas cederem. Mas antes que eu caísse no chão, ele segurou, impedindo minha queda. Droga! Estou dependendo desse estranho para ficar em pé.

–Quem é você - Ouvi ele sussurrar.

–Anna... - Respondi, quase que a palavra não saia de meus lábios, então falei um pouco mais alto - Meu nome é Anna...

Então eu desmaiei.

Abri meus olhos, enquanto me sentava. Percebi que eu estava em uma cama. Espera, onde estou?

Olhei em volta, e vi rostos desconhecidos. Mas alguém que me chamou a atenção. Era parecido com o garoto que salvei, mas tinha olhos. Franzi os olhos, olhando a sala, então vi o próprio menino de olhos brancos. Há tá. Gêmeos...

–Ela acordou - Sussurrou uma garota de cabelos ruivos. Todos se viraram para me encarar. Eu franzi a testa.

–Você está bem? - Perguntou o menino de olhos brancos. Eu somente assenti.

–Onde estou? - Foi o que falei.

–Está na nossa casa. Você se machucou muito e meu irmão lhe trouxe para cá; - O gêmeo do menino de olho branco falou. Até descobrir seu nome vou marcar ele como "gêmeo".

–Há...Tá... - falei franzindo a testa, então encarei o garoto de olho branco.

–Ei, menino de olho branco - Chamei. ele riu.

–Meu nome é Herobrine. - Eu revirei os olhos.

–Há, tanto faz, só quero lhe pergunta uma coisa - Fale me sentando.

–O que? - Ele falou confuso.

–Você é cego?! - Falei, mas o tom parecia uma acusação.

–Não...

–Pois é o que parecia - Falei cruzando os braços - Tinha um Creeper bem na sua frente, e você ficou parado, sem fazer nada! - Falei bufando - Por acaso é louco?

–M-mas eu não tinha espada... - Ele falou surpreso com minha reação.

–Então corria - Falei revirando os olhos - Fazia alguma coisa, mas não bancava o idiota!

–Ei! - se intrometeu o Gêmeo. - Lembre-se que ele se salvou, e você quem quis ajudar ele, a inda por cima está machucada demais para...

–Par ao que? - Falei estreitando os olhos. Então eu ri de uma maneira sarcástica - Primeiro: Aceite que o seu irmão é um idiota, porque ninguém deve sair de casa sem pelo menos uma espada. Segundo: Eu estou perfeitamente bem, você não tem ideia de como eu sou durona. E terceiro... - Dei um passo em sua direção estreitando os olhos - Saiba que é muito feio se intrometer nas conversas dos outros, e se você me perturbar de novo eu arranco suas bolas.

Falei intimando-o. Ele arregalou os olhos assutado. Eu comecei a andar para fora de casa.

Quando estava chegando perto da porta, ouvi uma voz.

–Espera! - Me virei, deparando-me com a garota ruiva.

–Olha ruivinha, eu não to afim de ficar aqui.

–Primeiro - Ela falou - Meu nome não é ruivinha, e sim Alex, E segundo - Ela sorriu - Eu fiquei surpresa com o que aconteceu... - Ela falou rindo. Eu suspirei, pelo menos ela parecia alguém legal.

–Sabe, não tenho culpa se um garoto é estupido por naturalidade. - Falei, fazendo Alex gargalhar.

– O Steve é mesmo idiota as vezes - Ela falou rindo. Franzi a testa. Steve , provavelmente deve ser o nome do "Gêmeo".

–Steve... - falei franzindo a testa, guardando o nome em minha mente.

–Ele, que é igual ao Herobrine, mas que tem pupila - Ela falou revirando os olhos.

–Entendi...

–Você realmente vai embora? - Ela falou me encarando - Não que você pareça fraca, mas... - Ela fez uma pausa mordendo o lábios - Bem... Que se ver no espelho? - Ela falou me encarando. Eu dei ombros meio desconfiada. Ela me guiou até seu quarto, e me mostrou no espelho.

Eu arfei. Estou acabada! Sério, em meu próprio rosto havia vários arranhões. Antão foi que notei que a roupa que usava não era minha. Eu pude ver meu braço todo arranhado e cheio de curativos.

–Nossa! - foi o que exclamei. Posso parecer durona, mas uma garota tem princípios... Que até agora eu não consegui seguir... - Que roupa é essa? - falei analisando-me.

–E da minha amiga Sarah que está aqui. Provavelmente você já deve ter visto ela... - Alex falou dando ombros. Sim, aquela garota loira que também estava no quarto. Eu assenti para Alex.

–Posso entrar? - ouvi umas batidas na porta.

–Entra aí! - Alex falou. Nesse momento a menina, suposta Sarah, entrou.

–Então, Anna, né? - Ela perguntou.Eu assenti sorrindo.

–E você é a Sarah, correto. - Perguntei. Ela sorriu.

–Espero que possamos ser amigas - Sarah falou com um sorriso otimista.

–Eu também - Afirmei.

Afinal... pensei... Ficar aqui talvez não seja tão ruim quanto imaginei.

Enquanto isso...

Herobrine

Ouvi as garota rindo. Sorri sabendo que a Anna pelo menos fez amigos. Sério, estou me sentindo mal. Nunca ninguém deu uma bronca assim como a tal Anna fez. Nem mesmo Alex.

Meninas...

Pensei. Quando percebi eu batia na porta do quarto de Alex.

–Entra! - Ela falou. Coloquei a cabeça para dentro, e vi Anna bufar ao me ver.

–Er... Oi?- Falei sem graça, fazendo Alex e Sarah rirem.

–O que foi? - Anna perguntou cuspindo as palavras.

–E-eu vim pedir desculpas - me surpreendi falando essa palavras. Percebi que ela também.

–Você veio pedir desculpas? - Ela falou, surpresa.

–Pois é - Alex disse encarando Anna - Herobrine não é tão idiota quanto você pensa, acredite. Ele só tem um... problema...- Ela me encarou. Eu mordi o lábio. Sim, eu tenho esse enorme problema, que chamo de consciência negra.

Chamou?

NÃO! Pensei, tentando não mostrar expressão no rosto, senão as meninas iriam achar que estou louco.

–Bem... - Anna revirou os olhos - Talvez eu quem deva pedir desculpas... Admito que fui grossa demais. Estava estressada, viajado a quase um ano, e me sinto péssima - Ela falou bufando. Eu dei uma risada.

–Uma vez, eu , Alex, e Steve ficamos viajando por aí durante um tempão... Mas agora moramos aqui - Falei sorrindo. Ela sorriu de volta.

Então eu soube que, eu a Anna no fim poderíamos ser amigos.