31 de agosto de 1888- Mary Ann Walker
Eu sou um monstro, e eu gosto disso. Eu estava em bar qualquer, a maioria dos clientes eram homens, só tinha uma mulher. O cabelo dela era marrom escuro, e ela tinha alguns fios grisalhos e os olhos eram castanhos. Era uma vadia qualquer, no momento que eu a vi se passaram tantas coisas sádicas pela minha cabeça. Eu nunca consegui conviver bem socialmente, eu quis machucar as pessoas ao meu redor, principalmente mulheres. Ela parecia ser pobre e alcoólatra, ela não faria falta pra ninguém. Paguei o garçom e eu esperei ela sair de lá, eu não conseguia e nem queria controlar as coisas que eu estava pensando.
O barulho no bar, e todas as vozes na minha cabeça me levaram a cometer meu primeiro assassinato. Quando ela saiu do bar completamente bêbada, eu segui lentamente ela. Eu chequei se a rua estava vazia, não queria correr o risco de ser pego. Ela estava cambaleando até o canto da rua, completamente fora de si. Ela escorregou e caiu sobre o chão. Eu andei calmamente até ela, como se nada fosse acontecer.
- Quer ajuda, senhorita?- eu perguntei.
Meu casaco ajudava a esconder uma pequena lâmina de barbear, que estava em uma de minhas mãos.
- Eu bebi mais do que deveria hoje- ela disse.
Eu estendi a mão a ela, e ela a pegou. Quando ela se levantou, eu acertei seu pescoço com dois rápidos golpes com a lâmina. Eu a joguei novamente no chão, e fui pra cima dela. Pude ver em seus olhos, o medo que ela teve de morrer. Ela tentou lutar mas não conseguia, ela estava seriamente ferida. Eu a acertei com a lâmina no abdômen várias vezes, era um golpe intenso e irregular.
Ver o sangue daquela desconhecida escorrendo pelo seu corpo, me deixou com uma ótima sensação. Mesmo com tudo isso, eu estava ajudando ela. Se eu não tivesse feito aquilo ela poderia continuar com sua vida medíocre. Eu me levantei e observei ela. Ela estava implorando pela vida, só que ela não sabia que seria mais fácil morrer do que continuar viva.
Sai andando calmamente dali como se nada tivesse acontecido, eu nunca tive uma sensação tão boa quanto a que eu tive hoje.