Breve e único; isso definia aquele leve encostar de lábios, tão ocultamente desejado que, ao ocorrer, parecia ser apenas um sonho. Kageyama sentia seu estomago revirar e revirar, e tudo que queria, naquele momento, era vomitar todas as infelizes borboletas que lhe causavam uma sensação estrangeira demais.

O estresse do jogo ia à medida que Hinata se aproximava mais de si, colocando as mãos pequenas nas suas costas, logo depois de ter apartado aquele selinho. As bochechas coradas.

A sensação de estranheza não conseguia deixar seu cérebro, não quando seu primeiro contato romântico acabara de acontecer – e céus, foi com Shoyo!

Tobio se sentia quente, por mais que o inverno trouxesse a neve lá fora, uma satisfação diferente se apoderava cada vez mais do seu corpo e tudo que pode fazer foi colocar as mãos nas bochechas rubras do seu parceiro e, ao separar a face deste do seu ombro, encara-lo profundamente.

Só havia silêncio.

E, se alguém além da lua estivesse presenciando aquela cena, acharia que ambos estavam tentando enxergar a alma um do outro. Mas eles estavam sozinhos, e nada e nem ninguém os impediria de, logo após cansarem de buscar respostas um no outro, se beijarem novamente.