Mas... De onde vem o Amor? escrita por HQueenElla


Capítulo 1
Apa... Xonei?


Notas iniciais do capítulo

Ehuehuehuehue' vocês encheram o saquinho! Mentira! Vocês pediram tanto que resolvi postar antes do prazo que queria, mas não importa, espero que se divirtam.
Desculpem os erros!



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A Dra. Robin estava sentada na poltrona vermelha da sala de convivência do grande Thousand Sunny.

No sofá vermelho ao lado, estava o Capitão Monkey D. Luffy, suspirando e entediado.

Ele estava com vestes diferentes das de costume: hoje, estava de pijama e ainda estava enrolado numa enorme coberta azul clara com desenhos esquisitos.

Robin estava de vestido jeans, segurava um livro fechado em seu colo enquanto sentia o par de óculos deslizarem sensualmente pela ponta do nariz.

- Então Luffy-san, o que anda sentindo? -ela perguntou calma-

- Não sei explicar direito... -ele suspirou novamente- me sinto muito estranho ultimamente.

- Hm... -ela franziu o cenho- Anda sentindo desânimo?

- Sim.

- Frustração?

- Sim.

- Não quer comer?

- Não ando sentindo tanta fome assim.

- Com certeza você está doente. -a gota surgiu na cabeça da morena- Ahn... Anda com febre?

- Muita.

- E seu coração?

- Meu coração? O que tem ele?

- Está doendo?

- Ahn... -ele gemeu triste- não sei dizer bem, parece que tem um buraco enorme dentro dele, como se algo faltasse para poder tampar esse vazio.

- Hm... - Robin resmungou de novo- E quando sente essa dor no coração?

- Bem, quando fico muito tempo sozinho e ás vezes, quando fico tempo demais perto da Nami.

- Hm... -Robin ajeitou os óculos- Você fica triste quando fica longe dela?

- Sim.

- E quando ela muito perto de você, fica com vergonha?

- Sim.

- Hm...

- Robin, eu acho que estou morrendo! -dramatizou o jovem-

- É, você está mesmo morrendo. - ela concordou, assustando seu capitão e logo que o viu virar bruscamente para si, sorriu de ponta a ponta.

- O QUÊ?! E-EU ESTOU MORRENDO?! O QUE EU TENHO ROBIN?! É MUITO GRAVE, QUANTOS DIAS EU TENHO AINDA DE VIDA?!

- Sim, é uma doença grave, não sei quanto tempo você tem de vida, mas posso afirmar que tem cura.

- Cura?! Então, o Chopper pode fazê-la pra mim?

- Hm, na verdade não, essa cura é especial.

- Mas afinal de contas, o que eu tenho?

- Amor Luffy. -ela sorriu mais- você está apaixonado.

- Apa... Apa... Apaixonado?... -virou a cabeça confuso- mas como assim?

- Você está sentindo amor por alguém em especial.

- Mas... De onde vem o amor?

- Ele nasce desse buraco que você está sentindo no coração. O Amor é uma doença pior do que ódio. Te faz ficar dias acordado pensando em alguém que você goste muito.

- Gostar? Mas eu gosto de todo mundo.

- Bom, quando você está perto de mim, essa dor no coração é forte?

- Não.

- E quando está perto da Nami, ela piora ou melhora?

- Piora muito. Mas as vezes melhora quando ela me abraça.

- Está apaixonado pela Nami.

- M-mas... como?

- Está sentindo agonia por não conseguir entender o amor, Luffy, o amor te deixa mais bobo do que o normal, faz você perder a fome de vez em quando, te faz ficar entediado quando está sozinho e sempre sente essa dor no coração quando está longe de quem ama. O amor pode se expressar de diversas formas, mas o amor que você tem pela Nami não é só de companheirismo.

- Então, é amor do quê?

- Ah, você já está o nível totalmente grave da doença.

- Sério?! Mas eu vou morrer?!

- Você tem o chamado Amor de Juramento.

- Amor de Juramento?

- É quando você se apaixona pela pessoa e quer ficar com ela para sempre, não importando a situação, também podendo causar dependência e um ciúme possessivo demais.

- Mas... O Zoro sente ciúme de você o tempo todo.

- Ele é um caso a parte. -ela riu de canto- enfim, quando você sente amor neste nível, pode acabar morrendo de verdade se não expressar o que sente.

- E como faço isso?

- Primeiro, precisa contar pra Nami que está doente e depois, lhe dê um abraço e um sorriso e diga que a ama.

- Mas... Ela vai me bater.

- Antes batendo em você agora do que te bater morto.

- Tem razão. Vou contar!

Robin sorriu enquanto via o jovem Capitão sair num pulo do sofá e ir na direção do pé de laranja.

*

*

*

- Nami, Nami! -ele chamava desesperado a ruiva-

- O que foi Luffy? -ela encarou o moreninho ainda de pijama- por que está aqui fora? Não deveria estar na cama descansando?

- Eu descobri!

- Descobriu o quê?

- Eu sei qual é a minha doença! A Robin sabe o que tenho!

- Mesmo?! E é algo grave?! -Nami se preocupou-

- Sim, é muito grave! Ela disse que eu estou doente de Amor!

- O quê? -ela travou com o susto, Luffy... Apaixonado? Era brincadeira da Robin, não era não? -tem certeza de que ela não estava fazendo uma pegadinha com você?

- E por que a Robin mentiria para mim? -ele franziu o cenho bravo- sabe que ela não mente.

Pensando bem, ele estava certo, Robin não mente quanto a esse assunto;

- Então, diga, como vai fazer para se curar?

- Robin disse que preciso te dar um abraço primeiro.

Ela não entendeu nada, mas o fez. Dando um curto abraço no nakama e depois o viu sorrir.

- E agora? -disse entediada-

- Eu te amo. -ele respondeu com seu sorriso grande e simples.

- Hein?

- Eu te amo.

- L-Luffy, você está falando isso por que a R-

- Estou falando isso porque sei que quando estou perto de você, o buraco no meu coração diminui.

Por mais idiota que ele seja, ela não consegue ficar brava de verdade com seu capitão. Estava tão corada quanto o possível e logo sorriu de volta.

- Bom, eu ainda não sei se te amo, mas pode me ensinar a sentir isso também.

- M-mas Nami, se essa doença é contagiosa, eu posso acabar te matando! -ingenuidade level supreme-

- Não se preocupe, a cura virá com o tempo e quer saber, a Robin tem razão, você está tão doente que precisa de mais cuidados. -encostando suas testas, a navegadora sorriu mais alegre e puxando Luffy pela mão, lhe deu um rápido selinho, afinal, "a cozinha e o cozinheiro moram ao lado... " -venha, eu vou cuidar de você agora.

E lá estava a arqueóloga, olhando da sacada do andar de cima com um sorriso contente. Pelo menos dessa vez, Luffy não voaria para o outro lado do Sunny.

Ainda observando a cena, deixou-se sentir as mãos fortes do espadashin em sua cintura e sorriu maliciosa quando encarou o rosto dele.

- Você é muito pilantra.

- Obrigada, eu faço o meu melhor! -ironizou-

- Hey, estou entediado.

- E o que quer que faça?

- Sobe e eu te mostro.

- E a pilantra sou eu.

- Anda Morena, sobe logo... -ele já meio que arrastava Robin pela cintura até o ninho de corvo... Ah, amor é algo tão bonito e tão ridículo.

Robin simplesmente não discute com Zoro quando ele lhe dá uma ordem dessas, porque no fim das contas, os dois se divertem...


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