Tease escrita por Director of dreams


Capítulo 7
Complication


Notas iniciais do capítulo

Oláa!
Vou usar este espaço para agradece a alguém por aí que me deixou uma recomendação maravilhosa. Eu pulei durante cinco minutos, e meu amigo me chamou de louca, mas valeu a pena cada minuto. Obrigada de verdade, foi muito importante para mim!
Aos demais, encorajo que façam o mesmo :)
Boa leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/607858/chapter/7

Capítulo 6

♥ Complication ♥

Josie

— Star. — Eu gemo. — Tem certeza disso?

Eu sinto muito, Josie, mas sim, eu tenho certeza. — Ala suspirou. — Não posso continuar pedindo ao Paul para se mudar comigo, ele tem um emprego e família aqui. Eu amo Josie, e me sinto egoísta como o inferno por pedir isso a ele mais uma vez. Nos conhecemos em Seattle, acho justo nos estabelecermos aqui, agora que vamos nos casar. — Sua voz se torna um implorar, e mesmo não podendo vê-la, sei que ela está fazendo beicinho nesse momento. — Por favor, não me deixe Josie. Eu sei que estar em Seattle é difícil para você, mas, se as coisas se tornarem insuportáveis na casa dos seus pais, você pode vir morar comigo.

Eu bufo uma risada.

— Claro! Eu, você e o Paul morando juntos. Incrível! Podemos até ter um ménage quando estivermos entediados.

Ouço sua gargalhada do outro lado da linha.

Sim! — Ela grita divertida. — Isso é, se você conseguir convencer o Paul. — Diz mais que cansada de saber que seu noivo não vai tocar ninguém que não ela. Vadia sortuda!Mas, sério Josie. — Ela suspira. — Não podemos perder você! Não desista de nós... infernos garota, não desista de mim!

Eu não estava pensando em desistir. Na verdade, apesar de tudo, eu estava feliz que Starla queria se estabelecer, Deus sabe quanto tempo Paul ralou para ela concordar em se casar. Ele deve estar radiante. Starla Jones é um fenômeno mundial, e há quase dois anos eu venho fazendo parte do seu show, e nenhuma de nós está pronta para desistir da outra. Nos tornamos muito amigas para deixar ir tão fácil. Me aborrece um pouco que ela pense que eu seria capar desistir da equipe, ainda mais nesse momento de mudanças.

Ela vai se casar com o Paul em breve, e quer gravar seus próximos discos, estabelecer a concentração da equipe e a preparação para as turnês aqui, em Seattle. Ela sabe o que esse lugar significa para mim, e é por isso que tem tanto medo de eu desistir.

Eu realmente estou preparada para voltar a Seattle, mas não para a casa dos meus pais, certamente não para ver Jeremy e sua noiva todo santo dia. Mas eu venho dando jeitos há anos, posso fazer isso por mais alguns. Certamente Jillian vai querem uma colega de quarto quando chegar aqui, e eu estou preparada para me oferecer para ocupar o posto. Tenho morado com Jilly tempo o suficiente para estar sentido falta até mesmo de seus maus hábitos durante esses quase três dias em que eu estou por aqui.

— Pare de se preocupar, Star. — Eu ouço seu suspiro de alivio no mesmo instante. — Estarei por perto tanto tempo quanto você me quiser. E se você quer enfim se estabelecer em algum lugar com o Paul, deveria saber que eu seria a primeira a te apoiar. Eu sou a pessoa quem vem te dizendo para fazer exatamente isso há um ano e meio.

Ela ri. — Isso é verdade! O Paul agradece. — Brinca. — Mas, e ele?

Ela não precisa me dizer quem é o ‘ele’ em sua frase.

— Eu pretendo me manter tão longe quanto possível do Jeremy, Star. Acho que estou indo para morar com Jill, sinto falta das merdas dela de qualquer forma.

Ok, mas se precisar de ajuda para chutar a bunda do seu garotão, pode contar comigo baby...e bom, com os músculos do Paul.

Eu rio.

— Proposta tentadora, mas acho que dou conta!

Se você diz...

Ouço o som da voz distante e abafada de um homem do outro lado da linha, e então Starla grita “estou indo”.

Desculpe. Josie?

— Sim?

Tenho que ir, Paul e eu vamos procurar casas hoje. Eu disse que poderia contratar alguém para fazer isso, mas ele diz que temos que agir como um casal normal alguma vez na vida... — Ela bufa. — Prevejo um inferno midiático, mas por ele vale a pena.

— Own, você está começando a ficar melosa. — Provoco.

Foda-se Josie!

— Também te amo! Mande beijos para o Paul.

Mandarei.

Ela desliga e eu caio na cama.

Porra! Parece que eu estou me mudando de volta.

Bom, que merda, ainda pouco eu disse a Susan que não iria ficar muito tempo por aqui. Ruim para ela, eu acho. Mas eu tenho muito para lidar, para ainda me preocupar com a reação de Susan Gibson com sua única filha de volta em casa. Certamente, ela vai ficar puta. É a única coisa que eu me permito pensar sobre minha mãe, neste momento eu tenho mil coisas para resolver, como por exemplo, transferir novamente meu curso para Seattle.

Não que isso seja um problema, o reitor Bennet me adora, ele quase não cedeu a minha transferência para uma universidade em Paris quando fui para lá, seja pelo dinheiro do meu pai, ou por meu GPA impecável, nunca vou saber... enfim, minha única preocupação é que eu tenha que atrasar minha formatura, falta apenas um semestre para eu terminar e eu planejava fazer isso na Universidade da Califórnia, onde eu estava cursando no ultimo um ano, ou coisa assim. Eu não ralei minha bunda no ensino médio com aulas pré-vestibular, pulei um ano graças ao meu desempenho, e fui para faculdade ao mesmo tempo que meu irmão mais velho apenas para me formar depois dele.

Na época pareceu uma boa ir para a faculdade ao mesmo tempo que o Jer, mas não parece tão atrativo agora. Nossa relação passou de confortável, maravilhosa e quente, para constrangedora, miserável e mais fria que as temperaturas de inverno em Seattle.

Deus, doí pra caramba o jeito como está.

Eu amo o Jeremy. Modo verbal: presente. E isso é uma complicação, dois anos fora e eu não o esqueci. Eu simplesmente não tenho otimismo o suficiente para acreditar que vai ser fácil esquece-lo só porque ele está com alguém agora. Seguir em frente pode ter sido fácil para ele, mas para mim vai levar cada grama de controle que possuo. No entanto eu estou determinada a tentar. Me habituar com o fato de que algumas pessoas não nasceram para ficar juntas. E eu e o Jer sempre fomos uma impossibilidade.

Eu tenho que sair dessa. Ele está com outra pessoa, mas não é só por esse motivo. Eu culpei meus pais por nos separar e culpei o Jeremy por seguir em frente, mas a única pessoa verdadeiramente culpada nesta história sou eu. Eu comecei com isso. Jeremy sempre resistiu, mas eu quebrei suas paredes e atravessei os muros.

Agora, eu tenho que viver com o que fiz. Mas, caramba, reconhecer este fato não torna a dor mais suportável.

Um leve e hesitante toc toc interrompe o meu momento de reflexão auto-incriminatória. Eu suspiro antes de me levantar da cama, esperando que quem quer que seja me traga uma boa notícia. 

Eu giro a maçaneta da porta e então congelo, sem saber o que fazer, pois Jeremy está parado do outro lado.

Puf! Tanta coisa para evita-lo...

— Oi. — Ele diz, sua voz é tão hesitante quanto a sua batida em minha porta.

— Oi? — Respondo estupidamente o que soa como uma pergunta. — Em que posso ajudá-lo?  

Eu tento me recuperar sendo diplomática. Viu o que eu disse sobre nós? Constrangedor, miserável e frio.

—Eu.. Eu queria saber se.. — Ele não termina, seu roto cai e ele olha para o chão.

— Se o quê, Jer?

Juro que tento ser paciente, mas porra, ele já sabe que eu não sou, então não adianta tentar esconder agora. Ele está aqui por um motivo, e eu me odeio por isso, mas estou curiosa para saber.

Ele olha para mim parecendo surpreso por meu feito em reconhecer sua presença. Jer corrige sua postura e puxa um pouco de folego quando finalmente toma coragem. — Eu queria saber se você não gostaria de ir ao jogo. Esta noite.

Oh! Okay.

Minha parte menininha, que se sente lisonjeada por ele querer retomar nossos antigos programas quer gritar ‘infernos, sim!’; mas minha parte racional e que sofreu a humilhação de ser trocada sem aviso prévio grita ‘não, para o inferno com isso camarada!’.

Eu me sinto rasgada em duas direções diferentes.

Não é uma boa sensação em tudo.

Eu encaro o Jeremy o tempo todo, pensado em uma maneira sensata de responder. Não é como se eu pudesse simplesmente ignora-lo. Ele pode não ser mais meu amante, mas temos uma coisa que vai nos ligar para o resto da vida: sangue.

Nós somos irmãos afinal de contas.

E se eu não posso ter o Jer da forma que eu quero, eu vou aceitar ele da forma como posso. Nós podemos fazer isso, certo? Um relacionamento entre irmãos?

— Isso seria ótimo, Jer! — Então o vejo sorrir genuinamente pela primeira vez desde que eu voltei. — Eu nunca seria uma boa irmã se perdesse os jogos do meu irmão mais velho, certo?

Seu sorriso cai e ele força para fora um “certo” resmungado, antes de virar as costas e sair.

Respondendo a minha retórica: Não, não vejo isso acontecendo em breve.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem comentários, gostaria muito de saber o que estão achando da fic!
Beijocas :*