Sete Dias escrita por magalud


Capítulo 5
Dia 7




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Dia 7

O mundo era estranho, escuro e quente. Mas lentamente, algumas vozes começaram a aparecer. Algumas luzes, também.

Demorou muito até que as coisas tivessem nomes e formas novamente. Primeiro era por poucos minutos, depois era por mais tempo. Líquidos quentes passavam por sua garganta. Às vezes eram frios e rascantes. Outras vezes suaves.

Os rostos tinham nomes, mas eles logo escapavam. E havia um nome que eles diziam com insistência. Todos - e eram tantos! - falavam esse nome.

– Diana... Diana, pode me ouvir?

Ela abriu os olhos e olhou em volta. Ela conhecia aquele lugar. E aquela pessoa. Esforçou-se para se lembrar...

– Madame Pomfrey...?

A voz saiu áspera e fraca. Madame Pomfrey a fez tomar uma poção. O líquido escorregou pela sua garganta, confortando-a.

– Aqui, querida. Seja bem-vinda ao mundo dos vivos de novo.

As palavras dela fizeram Diana gelar. Ela estava morta. Tinha morrido, claro que tinha morrido.

Ela se lembrava de uma dor horrível e do nada. O cinza. O silêncio.

Depois ela se lembrou de estar com muito medo. Severo. Voldemort. Todos os acontecimentos terríveis...

Num impulso, ela tentou se erguer. Madame Pomfrey correu até ela:

– Calma, calma - Fez com que ela voltasse a se deitar. - Ainda está muito cedo para essas traquinagens. Faça o favor de ficar bem quietinha.

Ela quis saber:

– O que... aconteceu? Eu... não morri?

– Calma, Srta. Adrian - disse Madame Pomfrey, rindo. - Eu sou boa, mas não tão boa assim. Foram necessários dois dias até você se recuperar. Severo tem estado aqui todos os dias. Está muito preocupado.

Diana sentiu uma raiva quente lhe subir ao rosto:

– Ele não está preocupado! Ele me atacou! - Ela não pôde falar mais: ainda estava fraca, mas não com menos raiva. - Ele quase me matou!

– Ele salvou a sua vida - explicou Madame Pomfrey pacientemente. - Ele teve que lhe aplicar um feitiço de estuporação excepcionalmente forte. Depois ele simulou estar lhe arrancando o coração, quando na verdade, fez isso de um animal.

– Mas... então...

– Severo explicou-nos tudo que aconteceu. E também descobriu o antídoto para o veneno. Uma vez curada, a pessoa tem seus poderes multiplicados. Foi assim que ele conseguiu lançar-lhe diversos feitiços ao mesmo tempo, sem que Voldemort percebesse.

– A memória dele voltou, então?

– Ele disse que sua memória voltou numa noite em que lágrimas de amor foram derramadas. E que ele ficou muito grato por isso.

Diana enrubesceu terrivelmente, confusa. Madame Pomfrey recolheu suas poções e disse:

– Seus pais e o Prof. Dumbledore estão aí fora. Quer descansar ou posso mandar algum deles entrar?

– O Diretor está bem?

– Veja você mesma. Vou pedir que ele entre.

Diana olhou para o grande janelão da enfermaria enquanto Madame Pomfrey saía. Ela se sentia confusa, ferida e sozinha, relembrando os momentos terríveis nas masmorras de Voldemort. Mas não ficou muito tempo nesses pensamentos porque uma voz alegre a saudou:

– Ah, Diana. Como se sente?

Ela não pôde evitar sorrir:

– Bem, obrigada, Diretor. E o senhor? Recuperado?

– Como novo. Severo me deixou uns 30 anos mais jovem.

– Ficamos todos muito preocupados. E Harry Potter?

– Já está de volta aos treinos de quadribol. Mas claro, ainda estamos todos comemorando a derrota de Voldemort.

Diana arregalou os olhos:

– Vol... demort? Derrotado?! O que houve?

– Ah, claro. Esqueci que você não soube o que aconteceu. - Ele sorriu. - Com seus poderes aumentados, Severo o enganou e conseguiu acabar com ele. Acho que gostará de saber que Lúcio Malfoy está passando por uma temporada em Azkaban. Uma longa temporada, devo acrescentar. - Diana estremeceu ao lembrar que tinha sido raptada por Malfoy Sênior. - E agora devo perguntar mais uma vez, minha jovem: como se sente?

Algo nos olhos de Dumbledore a fez reviver a raiva que pensara ter esquecido. Mas respondeu apenas:

– Confusa, eu acho.

– Ah - fez o Diretor. - É natural. Não me surpreenderia se também estivesse com muita raiva. É, seria natural, também. Mas eu odiaria pensar que esta raiva pudesse obscurecer-lhe o julgamento. Você sempre foi uma pessoa tão lúcida, Diana, lúcida além de seus jovens anos. Se deixar, essa raiva pode levá-la a cometer uma grande injustiça.

– Fala do Prof. Snape?

– Tenha certeza de que Severo fez o que achou necessário para salvar a sua vida. Ele falou comigo - O diretor riu-se, corrigindo. - Ou melhor, ele não falou, embora eu perguntasse. É assim que ele é: reservado. Mas isso não quer dizer que ele não tenha sentimentos - por mais que ele deixe isso difícil de perceber.

Diana se mexeu na cama, desconfortável. Dumbledore continuou:

– Severo não dormiu um minuto desde que a trouxe de volta. Ele é um herói, mas recusou todas as homenagens, as celebrações, as entrevistas aos jornais. Tem estado na enfermaria, acompanhando seu progresso. Não arredou o pé daqui, tratando pessoalmente de todas as poções para a sua cura. Mas quando você acordou, ele achou, por alguma razão, que você não iria querer vê-lo. Então, recolheu-se a seus aposentos sem falar com mais ninguém - Dumbledore olhou para ela, os olhos azuis brilhando. - Se eu o convidasse para visitá-la, você o receberia?

Diana olhou para seu colo por alguns segundos, pensativa.

– Eu não sei, senhor.

Ele assentiu:

– É uma resposta honesta, e isso me alegra. Você deve ser honesta consigo mesma, Diana, o tempo todo. Quando deixar de ser honesta com você mesma, ninguém mais o será. E aí você vai se perder facilmente.

Por alguns segundos, Diana deixou essas palavras ecoarem na enfermaria. Em seguida, Dumbledore disse:

– Bom, acho que é hora de voltar para o salão. Temos tido banquetes diários em comemoração à derrota de Voldemort. Espero que você já esteja boa para ir ao próximo.

– Obrigada, Prof. Dumbledore.

– Ah, seus pais estão aí fora. Acho melhor deixá-los entrar logo. Parecem ansiosos. - Ele pegou um sapo de chocolate e o deu a Diana. - Madame Pomfrey pediu que lhe desse isso. Parece que você vai precisar de muitos desses.

Distraída, Diana mordiscou o sapo. Ela não sabia o que pensar. Severo tinha ficado o tempo todo com ela, dissera Dumbledore. Mas ele tinha dito coisas tão horríveis dela a Voldemort... Ela se sentira tão humilhada, tão enganada, traída. Ela estava com raiva de si mesma por gostar dele.

Um grito a devolveu a realidade.

– Diana!

– Oi, mãe.

Foi abraçada efusivamente.

– Filhinha! - Sua mãe a envolveu nos braços e seu pai acariciou-lhe os cabelos. - Ficamos tão preocupados!

– Dumbledore nos contou o que houve - disse seu pai Telêmaco Adrian. - Sentimos muito, querida. Como você está?

Cassiopéia Adrian não parava de acariciar Diana, que conseguiu responder:

– Agora estou bem, papai. Está tudo bem, mamãe.

Pesadamente, Telêmaco Adrian disse:

– Nós nos sentimos muito culpados pelo que aconteceu a você, Diana. Espero que nos perdoe.

A moça não entendeu.

– Culpados? Mas por quê, papai?

– Se tivéssemos contado a verdade desde o início, você não teria sido levada. Foi culpa nossa que Lúcio Malfoy a cobiçou para Voldemort.

Diana disse:

– Isso não é verdade, papai.

– Mas nós temos sido muito estúpidos, querida. Nós não a amamos menos por você não ser nossa filha de sangue. Ao contrário. Nós a escolhemos porque nós a amamos assim que pusemos os olhos em você.

Cassiopéia acariciou os cabelos da filha:

– Eu lembro quando nós a vimos pela primeira vez. Você parecia tão assustada, com seu cabelo bem preto e seus olhos miudinhos bem azuis, tão pequenininha. Tão frágil, tão delicada.

O pai garantiu:

– Você foi e ainda é nossa maior alegria, Diana, nosso maior tesouro. Não duvide disso nunca. Só o que queremos é sua felicidade.

Os três se abraçaram, formando um anel de amor familiar. Telêmaco Adrian sorriu para a filha:

– Nem temos como agradecer a Severo Snape pelo que ele fez.

Diana enrubesceu:

– Eu... contei a ele. Sobre quem eu sou, quero dizer.

– Ele nos contou. Disse que isso salvou sua vida. Se você fosse realmente sangue-puro, Voldemort não teria se detido por nada até sacrificá-la.

Cassiopéia disse:

– O Prof. Snape também nos pediu permissão para cortejá-la, Diana. Ele diz que tem intenções de casamento.

Diana arregalou os olhos. Ela sabia que seus pais, absolutamente apegados a tradições e costumes, jamais se oporiam a um casamento com uma família da estirpe dos Snape. Na verdade, provavelmente a encorajariam. Mas ela tinha medo de ser forçada a um casamento que não queria.

Será que não queria realmente?

Diana estava muito confusa. O terror em seus olhos pareceu transmitir precisamente isso a seus pais. Telêmaco Adrian disse:

– Calma, querida. Nós lhe respondemos que a decisão seria sua. Mas ficamos muito surpresos. Nem sabíamos de qualquer interesse de Snape em você.

Com coração pesado, Diana disse:

– Ele não estava em seu juízo perfeito quando falou isso, papai. Tinha sido envenenado e alvo de um feitiço de memória. Quando ele se livrou do feitiço, ele... deu indicações de que o interesse tinha acabado - Ela ficou surpresa quando uma lágrima desceu pela sua bochecha.

– Mas então - quis saber sua mãe -, por que ele teria falado conosco e pedido sua mão, se não tem mais interesse?

Diana deu de ombros:

– Ele é um homem de palavra. Provavelmente fez isso por obrigação, uma vez que já tinha empenhado a sua palavra. - Nossa, como aquelas palavras doíam dentro de seu peito. - Ele não tem interesse real em mim, mamãe.

Cassiopéia tocou o queixo delicado de sua filha e a encarou:

– Mas você tem nele... não é?

Diana sentiu uma vergonha quente lhe chegar às faces:

– Eu não quero que ele fique comigo por obrigação. Ele deixou bem claro o que pensa de minha... ascendência.

– Eu acho que você está errada, minha filha - disse sua mãe. - Acho que ele tem interesse real em você. Mas isso você só vai poder saber quando lhe comunicar sua decisão.

Diana estremeceu:

– Eu... falar com ele?

Suavemente, Cassiopéia disse:

– É apenas justo, Diana. Sejam quais forem seus motivos, esse homem teve que se expor e lhe fez um pedido que ele tenciona honrar. Você lhe deve a mesma cortesia.

Diana sabia que sua mãe tinha razão. No mínimo, era uma questão de educação. Mas ela quis saber:

– Mamãe, você preferiria que eu dissesse sim?

Cassiopéia consultou com um olhar Telêmaco, que assentiu, então ela se virou para a filha:

– Querida, eu já disse e repito: a decisão é sua. Seu pai e eu não vamos interferir. Se você disser sim, receberemos Snape na nossa família com toda a cortesia que o futuro marido de nossa filha merece. E se você o rejeitar, nós a apoiaremos. Tudo o que queremos é sua felicidade.

Ela se abraçou à mãe:

– Ah, mamãe, eu estou tão confusa!

– Shh - fez a mãe, acariciando-a. - Não tem com o que se preocupar, querida. Tudo vai terminar bem, eu tenho certeza.

– Mas e se eu escolher errado?

– Siga o seu coração e não terá como errar. Basta ouvir seu coração.

Telêmaco disse:

– Só não esqueça de nos avisar de sua decisão quando você a tomar.

Diana sentiu seu coração batendo mais forte. É que ela ainda não sabia que decisão iria tomar.

*

Mais tarde, Diana abriu os olhos e viu uma figura deitada à cabeceira de sua cama. O susto foi tamanho que ela imediatamente estava desperta.

Severo Snape parecia mais com o antigo mestre de Poções de que ela se lembrava: abatido, pálido, o cabelo desgrenhado, os olhos profundos com olheiras. Via-se que estava há dias sem dormir. Ele olhou para Diana e ergueu-se pesadamente:

– Vou chamar Madame Pomfrey.

Num impulso, Diana o deteve:

– Não. Por favor, fique. Precisamos conversar.

Snape voltou a sentar-se:

– Eu... agradeço a concessão. Esperava apenas deixá-la à vontade.

Diana sentou-se na cama, constrangida:

– Eu.... gostaria de agradecer.

– Pelo quê?

– Por salvar a minha vida.

– Ah - fez Snape. - Era o mínimo que eu podia fazer. Você salvou a minha.

– Mas... como conseguiu?

– Na verdade foi um truque trouxa chamado prestidigitação. Eu falei um feitiço, mas na verdade estava lançando outro sobre você.

Ela se lembrou:

– Então... aquele feitiço que pareceu falhar...

– Deu muito certo. Eu o lancei sem varinha.

– Sem varinha? - Diana ficou boquiaberta. - Mas... isso é muito perigoso.

Snape explicou:

– Graças ao veneno, eu ganhei poderes adicionais. Esse veneno é muito perigoso justamente por causa disso: se a vítima não morre, sai muito mais poderosa da experiência.

Diana citou:

– "O que não te mata te faz mais forte".

– Precisamente.

– Você enganou Lord Voldemort. E o Sr. Malfoy.

– Eu apenas aproveitei uma oportunidade.

– Muito sonserino de sua parte.

– Tomo isso como um elogio.

Diana sentiu o sangue subindo e sabia que estava ficando vermelha:

– Também aproveitou a oportunidade e falou com meus pais? Por quê?

Severo garantiu, a voz controlada:

– Não tive intenção de constrangê-la. Acredite, isso jamais me passou pela cabeça.

A moça, contudo, estava rapidamente perdendo o controle:

– Então o que lhe passou pela cabeça, professor? - Ela sentiu que sua voz se enchia de amargura. - O senhor já recobrou sua memória; certamente eu não iria cobrar-lhe uma promessa feita fora de seu juízo perfeito.

– Eu não lhe fiz qualquer promessa fora de meu juízo perfeito, Srta. Adrian.

Ela se espantou:

– Mas... sua memória...

Ele não deixou que ela completasse:

– ... estava perfeita quando lhe falei de meus sentimentos. Acredite, eu sabia perfeitamente o que dizia. Na verdade, graças à senhorita.

Diana estava confusa e envergonhada:

– Como?

– O feitiço que me fora lançado só tinha uma chance pequena e remota de ser desfeito: lágrimas sinceras de uma pureza apaixonada. Somente as lágrimas de amor de uma pessoa intocada me devolveriam a memória. Para Lúcio, isso equivalia a não ter cura. Era fundamental para ele que eu jamais recuperasse a memória, caso contrário eu poderia achar a cura para o veneno - e isso arruinaria o plano dele, que era enfraquecer Dumbledore e Voldemort, tornando-se o novo Senhor das Trevas sem qualquer tipo de oposição - Diana arregalou os olhos, impressionada pela maldade e arrogância do pai de Draco. - Na verdade, não fui eu quem derrotou os planos de Lúcio, Diana: foi você.

Ela sentiu um rubor nas bochechas e abaixou a cabeça. Severo ajoelhou-se ao seu lado, pegou-lhe as mãos e continuou:

– Mesmo desmemoriado, eu sabia para onde meu coração apontava. Meu coração tem estado vazio por muito tempo, Diana. Agora ele achou você e não quer desistir desse tesouro por nada neste mundo.

Diana sentia o corpo todo tremendo:

– Mas... o senhor disse a Voldemort....

Ele completou:

– ...um monte de mentiras. Cada palavra me doía. E me doía duplamente ver o efeito que essas palavras tinham sobre você. Perdoe-me, por favor - Ele beijou as pequenas mãos dela. - Diana, eu nunca senti por outra pessoa o que eu sinto por você. Isso me assusta e me excita. Durante anos eu espionei Voldemort para Alvo, mas nada me preparou para as emoções pelas quais estou passando agora, Diana. Se você me rejeitar, eu... - A voz dele engasgou na garganta. - Eu... não sei o que farei...

Emocionada, Diana sentiu as mãos que seguravam as suas - calejadas, mas finas e quentes. Por um segundo apenas, ela imaginou aquelas mãos em volta de seu corpo, acariciando-a. Ela sabia que aquelas mãos jamais deixariam de ser gentis com ela, respeitá-la, protegê-la.

Uma das mãos subiu até o rosto dela e limpou uma lágrima que escapara de seus olhos. Em voz suave, ele disse:

– Eu sei o que você sente por mim, e é um sentimento tão forte que foi capaz de desfazer um feitiço poderoso. Agora o que eu preciso saber é se você estará disposta a seguir seus sentimentos. Afinal de contas, eu não menti sobre uma coisa: você pode não querer nada com um mestre de Poções velho, cansado e ensebado como eu.

Diana indagou, ligeiramente alterada:

– Por que você sempre se coloca para baixo? Você sempre faz isso com você mesmo, e isso não é justo. Você tem excelentes qualidades, Severo, tem inteligência, charme e um sex appeal todo próprio. Eu não gosto de ouvi-lo falar assim sobre você mesmo porque isso não - Ela interrompeu-se ao ver que ele sorria para ela. - Eu disse alguma coisa engraçada?

Ele parecia ronronar:

– Você me chamou de Severo. Finalmente...

Pega de surpresa, Diana enrubesceu e não pôde evitar sorrir. Severo acariciou-lhe o rosto:

– E você fica adorável toda ruborizada. Mal posso acreditar que você é minha.

Diana imediatamente disse:

– Mas eu não lhe dei qualquer resposta!

– Você não me rejeitou - ele ressaltou. - Quem cala consente.

– Eu ainda preciso pensar sobre isso. Não é uma decisão que eu possa tomar assim, repentinamente.

– Você está amadurecendo essa decisão há dias. Sabia que faz uma semana desde que você me achou na Floresta?

– Só uma semana?

– Parece mesmo muito mais. Tanta coisa aconteceu...

– Eu jamais imaginei algo assim. Eu estava contando as semanas para me formar e deixar Hogwarts. Só o que eu queria era pedir uma indicação de Madame Pomfrey para iniciar um treinamento no Hospital de St. Mungo's, depois de terminar uma universidade.

– Eu posso lhe dar a indicação também. Não pensou em pedir uma carta de recomendação a seu professor de Poções?

Diana brincou:

– Meu professor de Poções sempre me odiou. Ele jamais me daria uma carta de recomendação.

– Aquele seu professor de Poções morreu na Floresta. Esse Severo Snape lhe dará uma carta de recomendação até à trouxa Rainha da Inglaterra.

Diana sorriu, tocada:

– Então você não se importa que eu queira uma carreira?

– Eu insisto - disse ele. - Um talento como o seu não pode ser desperdiçado. St. Mungo's terá sorte em contar com uma pessoa como você.

– Mas eu terei que morar em Londres, enquanto você mora em Hogwarts. Ficaremos distantes.

– Esse pode ser o arranjo até o casamento. Quando você for a Sra. Snape, iremos para a Mansão Snape. Pedirei a Alvo que canalize a rede de Flu para a lareira de meus atuais aposentos.

Diana sentiu um embrulho no estômago. Ela seria a Sra. Snape... Esposa de Severo. Eles envelheceriam juntos, e essa perspectiva lhe parecia adorável. Ela teria um marido respeitado, e seria respeitada. Tudo era tão novo, tão incrível.

Severo deve ter notado alguma coisa, porque perguntou:

– Diana?

– Sim?

– Você ficou distante de repente - ele disse, sentando-se na cama - Alguma coisa errada?

– Nada, eu só... É que eu... Acho que me assustei um pouco.

– Oh, meu amor. Não há nada a temer. Eu estarei do seu lado sempre que precisar. Não deixarei que nada lhe aconteça. Eu sempre a protegerei - Severo a abraçou, e ela encaixou sua cabeça embaixo do queixo dele, descansando sobre seu peito. - Isso quer dizer que posso começar os preparativos?

– Eu gostaria de ajudar. Quero participar em tudo. Mas tem uma outra coisa que eu quero mais do que tudo.

– Qualquer coisa, querida. Basta pedir.

– Uma promessa sua.

– Promessa?

Diana olhou para cima, encarou-o bem fundo nos olhos e pediu:

– Prometa-me que vai me beijar todos os dias de nossas vidas. Não importa o que esteja acontecendo, ou o que tivermos que passar, prometa-me um beijo por dia.

Os olhos de Severo sorriram - ao ver isso, Diana sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo - e ele inclinou-se para baixo, sussurrando:

– Prometo que começarei a cumprir essa promessa agora mesmo.

E selou seus lábios nos dela, firmando um compromisso que duraria a vida inteira.

Fim


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Notas finais do capítulo

O título do capítulo está certo...



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