Charlie Jackson

Estava sentada no chão de uma varanda escondida do sétimo andar perto da sala precisa, minhas costas estavam encostada na velha parede, parecia que não vinham aqui a anos.

Minha guitarra estava em meu colo enquanto eu dedilhava notas que não levavam a nenhuma canção aparente, eu pensava sem parar se deveria ou não ir para o baile, algo me dizia que eu deveria ir, que era minha missão mudar o Riddle e não da Hermione.

Comecei a dedilhar uma música que a tempos eu não tocava, era simples e lenta nada tão agitada e sem perceber me vi cantando a música.

Querida irmã, você pode me ajudar a mentir?
Eu disse a verdade tantos anos
Mas parece que ninguém quer ouvir
Eu não sou alguém dentro

Eu tenho estado sozinha nessa estrada solitária
Parece que eu não estou indo para casa
Mas eu não me importo, por favor não chore.

Me assustei quando alguém se sentou ao meu lado, ainda mais com quem havia sentado.

— Boa tarde Sr. Riddle — falei colocando a guitarra de lado.

— Boa tarde Srta. Jackson — falou — Não sabia que conhecia esse lugar.

— Conheci hoje enquanto procurava um lugar pra pensar — falei.

— Eu venho neste lugar desde que cheguei a Hogwarts — falou e eu me surpreendi por ele ter me contado isso — Não que você devesse saber algo sobre mim.

— Estava bom de mais pra ser verdade — murmurei e vi um mínimo sorriso surgi em seus lábios, mais foi tão rápido que eu pensei ter imaginado isso — Mais como eu já te disse antes, eu sei de muita coisa sobre você.

— Duvido que saiba algo sobre mim — debochou.

— Mestiço, seu pai era um trouxa e sua mão uma Gaunt, descendente de Salazar Sonserina e ironicamente, o único que sabe onde a câmara secreta se encontra — falei sem o olhar, mais sentia o mesmo me analisar — Chama os idiotas que tem medo de você de Comensais da morte, sua seguidora mais fiel é sua namorada, Debby e o único que você deixa te chamar pelo nome trouxa é o Abraxas Malfoy ou seja — o olhei — Seu melhor amigo.

— O que quis dizer com meu pai era um trouxa? — perguntou ainda me analisando.

— Eu sei que o matou, Tom — falei e o mesmo me olhou surpreso — Não estou te jugando por isso, muito ao contrário.

— Por que não me julgaria como as outras pessoas? — perguntou confuso.

— Por que eu não sou elas — respondi me levantando — Penso e ajo bem diferente delas.

Ele olhou novamente a paisagem antes de me olhar novamente, seu olhar era indecifráveis e eu odiava não saber o que se passava por detrais dos seus estúpidos olhos castanhos esverdeados.

— Esteja na escada as dez, Riddle — falei sorrindo antes de me virar e o deixar lá ainda olhando o lugar onde eu antes estava.