Chosen: Between Heaven and Hell escrita por Auburn


Capítulo 13
Love Hurts


Notas iniciais do capítulo

Especial Derora ♥

Enjoy it!



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A garota de cabelos claros seguiu o homem alto e loiro sem dirigir uma palavra à ele.

Seus olhos verdes curiosos correram pela costa dele e seus ombros largos cobertos pelo casaco cor de amêndoa que ele usava, lembrando das noites de lúxuria que compartilharam juntos, nas quais cravará suas longas unhas em seus ombros e arrastará até o fim de suas costas, deixando a marca de suas unhas, deixando sua marca. A marca que gritava o nome dela, a marca que mostrava que ele pertencia à ela.

A garota deu um sorriso travesso se perguntando se a marca que deixará algumas noites há trás ainda continuava ali.

Seu sorriso sumiu assim que o homem parou de andar, virou-se para ela sem encará-la nos olhos e levantou lentamente seu braço direito na direção da testa da garota.
Sua mão segurava um revólver prateado que encontrará a poucos segundos, a testa da menina à sua frente.

A garota sentiu a ponta fria do revólver pousar em sua testa e ela permaneceu calada.
Não por medo,
E sim porque ela estava machucada por dentro.

— Aurora, você mentiu para mim. - Ele finalmente se pronunciou agora levantando seus olhos marejados para encará-la. Seus olhos cor de mel esverdeados encontraram com os olhos verdes azulados dela.
Nenhum dos dois ousaram quebrar aquilo.

— Eu temi que acontecesse o mesmo que está acontecendo agora, Winchester. - Ela disse em um tom calmo e sereno. Quando a voz da morena atingiu seus ouvidos, era como se anjos cantassem.

Ah, como ele amava que ela o chamasse pelo sobrenome.
As voltas que seus lábios carnudos faziam ao pronunciar cada letra do seu sobrenome o deixava louco enquanto sua voz o acalmava. Essa garota o fazia sentir coisas inexplicáveis.

— Quando nos conhecemos naquele bar há alguns anos atrás, quando meus olhos encontraram os seus, quando ouvi sua voz pela primeira vez, quando toquei sua pele enquanto dançávamos eye of the tiger juntos. Eu senti uma sensação estranha. Era como se meu corpo se auto-locomovia enquanto minha mente só conseguia pensar o quanto era linda, o quanto você me atraía. O quanto eu te queria só para mim. Fazê-la só minha. - Ele deu um sorriso de lado abaixando o revólver. - Nunca imaginei que eu me prenderia à uma só mulher por tanto tempo. Dois anos.

— Dean.. - Aurora chamou por ele dando um passo a frente permitindo que as lágrimas caíssem de suas órbitas. - Eu só não queria perdê-lo. Não quero.

— Eu também não queria perdê-la. - Ele disse enquanto observava cada detalhe do rosto da garota como se estivesse gravando-os em sua memória para nunca esquecer. - Nunca imaginei que iria perdê-la depois de você ter quebrado todas minhas regras fazendo-me apaixonar por você, não depois que eu me ajoelhei em sua frente e pedi que ficasse ao meu lado para sempre.

Aurora começou a entender tudo e encarou os galhos de árvore que estavam perto de seus pés.
Suas lágrimas agora vinham com pressa, escorrendo até a maçã de suas bochechas para depois cair no chão de terra.

— O que você é? - Dean perguntou tentando adiar o que sua mente dizia para ele fazer e o que seu coração gritava em desespero para que ele não o fizesse.

— Híbrida. - Aurora respondeu com a voz trêmula. - Minha mãe é uma bruxa, diferente das que você conhecesse. Ela tem seus próprios poderes. Fui transformada em vampira aos meus dezoito, quando estava prestes a morrer de peste negra. - Ela o encarou por alguns segundos decifrando sua feição. - 150, tenho cento e cinquenta anos.

Dean respirou fundo baixinho tentando controlar as malditas lágrimas. Ele andou até ela, depositou um beijo molhado e demorado em sua testa.

— Não podemos continuar juntos, Le Fay. Eu caço suas raças para proteger aqueles inocentes que eles desejam matar. Não irá dá certo. - Ele disse separando seus lábios da testa da garota. - De agora em diante, somos inimigos, não hesitarei em matá-la na próxima vez que a vir.

Dean disse rudemente sem derramar nenhuma lágrima, apertou o queixo fino da garota, fazendo-a encará-lo pela última vez com paixão, para depois começar à enxergá-lo como só um daqueles de muitos que desejam matá-la.

Ele soltou o queixo de Aurora e virou-se de costas novamente, caminhando para longe dali.

Aurora ainda em choque, caiu sentada em um tronco e começou a encarar a escuridão a sua frente, o caminho pelo qual Dean partiu.

Ela sentiu seus olhos arderem pedindo-a que ela libertasse suas lágrimas novamente.

Tudo que ela queria agora era que ele voltasse correndo para ela arrependido, que a envolvesse em seus braços e que ficassem assim por um bom tempo. Ele sempre fazia aquilo quando eles brigavam.
Ela olhou para frente implorando em seus pensamentos que ele voltasse logo e dissesse que eles lutariam juntos.
Mas ele não veio.
Horas se passaram e ela continuava ali, olhando pro horizonte parada, enquanto sua esperança ia se esvaindo aos poucos.

Ela viu a lua dar lugar ao sol. Ela costumava achar o sol tão bonito, mas agora ela odiava. Ele indicava o tempo que ia passando, ele praticamente jogava na cara dela que seu amado não iria voltar.

Ela respirou fundo, cansada de chorar. Esticou suas pernas sem olhar para trás quando sentiu sua irmã atrás dela.

— O amor machuca, dói e é capaz de matar. - Aurora disse agora com sua voz estabilizada e deixou que uma última lágrima caísse, enquanto olhava para a irmã mais velha parada à seu lado.

Ela viu desespero, tristeza e culpa passar pelos olhos de Diamond.

A maior balançou a cabeça e sentou-se sob um tronco mais alto ao lado de Aurora.
Diamond levou sua mão até os cabelos macios de sua irmã mais nova, o que fez Aurora deitar sua cabeça no colo da sua irmã automaticamente.
Diamond acariciou os cabelos de sua irmã com uma mão, enquanto sua outra mão acariciava o rosto da mesma carinhosamente.

— O amor não machuca ou mata. Os monstros matam e machucam.
O amor não dói, nós que o culpamos por nossas escolhas erradas, tais que nos fazem sofrer. - Diamond deu um sorriso reconfortante. - O amor é puro, inocente e forte. Um dos sentimentos mais perfeitos que existem.Tens a eternidade toda pela frente para fazer as pazes com ele. Você foi abençoada pelos Deuses, não desista assim tão fácil.

— Viu minhas memórias, huh? - Aurora bufou. - Eu tenho a eternidade, ele não.

— Será? - Diamond sorriu observando a borboleta azul que havia pousado nas costas de sua mão e depois olhou a roxa que havia pousado no nariz de Aurora.

Elas se encararam e sorriram como duas crianças.
Aquilo definitivamente fez com que a esperança de Aurora florescesse dentro de si.

— Lembra quando eu estava prestes a morrer? - Aurora perguntou observando as borboletas voarem pra longe, Diamond a encarou e assentiu.
— Katherine disse algo antes de eu morrer com o sangue dela no meu sistema, ela disse que eles iriam agradecer à ela um dia.

— Eles quem?

— Acho que meus irmãos por parte de pai. - Aurora respondeu fazendo uma careta.


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Notas finais do capítulo

:'(



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