– Aonde quer chegar?

– Quero um tempo. - Eu digo. Ele se assusta.

– Como assim?! Um tempo?

– Ed, você precisa decidir o que quer! Precisa decidir com quem quer ficar.

– Esta terminando comigo por causa do beijo?

– Não e sim. Mas olha não é um termino. É um tempo.

– Sky, não faz isso comigo. Eu amo você. Vamos começar do zero, vamos tentar - Ele disse segurando minhas mãos.

– Eu já decidi. Vou voltar para Little Swan - Eu digo firme.

– Sky, amor não vai. Por favor. Eu te peço. - Ele me abraça.

– Ed. Calma.

– Você não me ama mais é isso?! - Ele se levanta indignado. - Você não me ama mais!

– Ed, não é isso... Já te expliquei. Vai ser melhor para nós dois. - Eu disse segurando minhas emoções.

– E então? Não precisa fazer isso! - Ele diz. Ele começa a chorar.

– Ed. Não chora - Eu disse indo até ele. Ele me olhou.

– Não me deixe Sky. Você é a metade da minha alma - Ele sussurra.

– Tente me entender amor. Desculpa. Mais tenho que ir. - Eu disse saindo do quarto rapidamente. Entrei em meu quarto. Mudei o horário do voo para as onze da manhã. Ele entrou em meu quarto. Ele se sentou no chão.

– Então. Você vai mesmo. - Ele diz

– Sim. - Eu disse. Açúcar pula no colo dele. Eu me sentei ao seu lado. - Açúcar fica?

–Não. É sua. - Ele diz me olhando -

– Aliança?

– Sua. - Ele diz com os olhos cheios de água. Sem querer escorreu uma lagrima em meu rosto. - Por que esta fazendo isso Sky?

– Por que o amor não é egoísta. Ele é calmo e sabe dividir. Se você descobrir que ama ela, tudo bem. Só quero te ver feliz. Mas saiba que quando você ouvir uma musica minha tocando na radio e ela falar de amor, saiba que escrevi pensando em você. - Eu disse. Alguém bate a porta.

– Senhora. Seu taxi já chegou viu?

– Sim. Já vou descer. - Eu digo - Então. Já é hora de ir - Eu me levanto. Ele se levanta. O abraço. Ele me aperta. Ele funga.

– Posso te dar um beijo? Apesar de você falar que os melhores beijos são roubados - Ele diz e eu solto uma risada.

– Pode - Eu digo. Ele se aproxima. Beija meus lábios lentamente. Um beijo de despedida. Suas lágrimas escorriam. As minhas também. Ele me solta lentamente e beija a palma da minha mão.

– Droga - Ele diz chorando e sai correndo para o quarto. Funguei. Merda. Ninguém me entenderia. Mas Ed precisa de espaço. Peguei minhas malas e a Açúcar. Desci e as coloquei no taxi. Marcelo apareceu.

– Oi Sky, pra que essas malas? - Ele pergunta.

– To indo embora - Eu digo.

– Mas por quê?! - Ele diz desesperado

– Saudade da Family - Respondo - Você pode me levar pra pegar um chocolate magico? - Pergunto.

– Claro. - Ele diz triste. Entramos no taxi e fomos a silencio para a mansão do Spider. Entreguei a chave pra ele e ele trouxe a caixa dourada pra mim. Escolhi a cor vermelha, por que é a cor da paixão. Ele comeu um azul. Entregou-me a caixa.

– Leve. É sua.

– Mas...

– Sim. É sua e não se discute moça. - Eu ri dele.

– Então ta.

– Vou com você ao aeroporto. - Ele diz. Eu estava tão triste. Queria colocar esses pensamentos em uma malinha e despachar para a coreia do sul. Ai meu Deus. Eu tinha que fazer isso, eu tinha. Eu não ia suportar viver daquele jeito. Com aquela vagaranha se esfregando em Ben. Vagaranha deve ser vagabunda com aranha né? Ah deve ser. Rindo fracamente em meu cérebro. Eu ia sentir falta do Canadá mais aqui não é meu lar. Preciso de meus amigos e minha Family. Sinto muita falta deles. Quando chegamos ao aeroporto, fiz o check - in e fui para a sala de embarcação. Abracei Marcelo. Ele suspirou.

– Me apeguei a você nessas semanas - Ele diz ainda me abraçando.

– Eu também. Ligue-me. - Eu digo.

– Ta, eu vou ligar pode apostar. Apesar das chicotadas - Rimos.

– Desculpa. Bom agora eu já vou.

– Sky, você sabe que Ben virá atrás de você não sabe?

– Aham - Eu disse com sarcasmo - Ele ira atrás da gostosa da Nicola.

– A morena oxigenada?

– Morena oxigenada, ta certo - Eu ri – Eu vou indo Marcelo, obrigada por tudo mesmo. - Eu disse e entrei na sala de embarque. Vi uma lanchonete. Que maneiro na sala de embarque! Fui e comprei uma coxinha. Uma moça me atendeu. Ela me olhava animada.

– Coxinha de frango, por favor - Eu disse e ela soltou um gritinho. Pegou uma coxinha e me deu um suco de latinha de pêssego. Paguei.

– Só uma pergunta. Você é a Sky...

– Sim sou...

– Aah é perfeita! - Ela grita - Pode tirar uma foto?

– Ah eu não acho que...

– Merida! Tire aqui! - Ela gritou sorri sem jeito e tirei a foto. Depois que comi foi anunciado o nosso embarque. O avião era lindo e muito chique. Fiquei na fila e depois caminhei até o avião. Subi as escadinhas e olhei para trás. Respirei fundo. Entrei no avião.

– Bem vinda ao France Airlines. Senhorita Skylla Evergreen?

– Sim, eu.

– Temos o prazer de ter uma celebridade aqui em nossa aeronave. - Ela diz.

– Obrigada.

–Poltrona sete. - Ela diz. Caminho até minha poltrona e me sento. Era na janela. Acho que pensaram que a Açúcar era de pelúcia de tão branca. Sorri e acomodei minha coelhinha no meu colo. Se Ben podia continuar a vida eu também podia. Olhei pela janela. Suspirei triste. Olhe pelo lado positivo Sky, ele será feliz. Será feliz e você pode tentar outro amor. Verdade. Obrigada consci. Dormi a viagem toda. Não desci em N.Y. Durmo novamente. A aeromoça me acorda.

– Skylla Evergreen? - Acordei assustada.

– Onde? Abominável homem das Neves? Onde? Onde? - Ela riu do meu assombro.

– Não senhora, seu destino. Já chegou a Little Swan. - Ela diz. Suspirei e meus olhos lacrimejaram. Escorreu uma lagrima sem querer. - Se sente bem?

– Sim, é só o ar... -Funguei - Condicionado. - Me levantei. Peguei a Suh e desci do avião. Estava escurecendo. Depois de descer comprei uma água com gás. Peguei minhas malas. Sai em direção a rua. Tomei um susto. Estava lotado de gente. A avenida estava interditada. Mais que porra é essa?! Quero ir embora! Olhei para as pessoas e elas gritavam animadas. Tinha cartazes com meu nome. Ai meu Deus! Elas vieram me receber! Meus fãs. Passei no meio da rua e um carro me esperava no final dela. Era meu Citroën. Sorri. Elas gritavam ' Ah Skylla! Olhe aqui!' Me jogavam ursinhos. Chocolates. Uma menina veio me entrevistar. Era louca.

– Estamos aqui com a nova Estrela do Pop Skylla Evergreen, que mesmo antes de seu álbum de estreia ser lançado já passa de uma semana nas paradas de sucesso. - Eu estava parecendo uma pessoa civilizada, mas na verdade eu queria dançar Macarena e cantar 'Ahauhu eu tô na BILLBOARD, Ahauhu já passa de uma semana, Ahauhu e eu ainda tenho fãs ' - Como você se sente com isso Skylla Evergreen?

– Ah eu estou muito feliz, meu sonho né, e quem não desejaria ter fãs tão maravilhosos?! - Eu digo e elas agitam. - Ah você é mesmo uma fofa. E que nome você daria a suas fãs? Estamos entre, Skyllas, Azuzelos, Skylers.

– Ai meu Deus! Posso escolher os três?!

– Claro que pode! Mas agora outra pergunta e deixaremos você ir. Conte-nos sobre seu relacionamento com Ben Danniel. - Ela diz. Uma onda de tristeza me invadiu.

– Ah, somos somente amigos. - Eu disse com a voz embargada.

– Vimos nos sites que varias vezes vocês saíram para jantar em sua viagem à Whitehorse no Canadá. Só amizade?

– Sim. Sou da mesma gravadora que ele. - Eu respondo. Eu não sei como ainda não estava tendo uma crise de choro.

– Ouviram meninas, a nova Diva do Pop esta em Little Swan! - Dei um tchauzinho para as fãs. Entrei no carro. Tinha um motorista.

– Olá senhora. Presente do Lisoannel.

– Obrigada.

– Ele disse que irá ligar. Podemos ir?

– Sim. Minha casa Por favor. - Fomos para casa em silencio. Eu estava exausta. Queria dormir. E tenho que terminar o ano na escola. Preciso organizar minha vida. Agora sou uma estrela. Preciso de uma casa maior. Carro maior. Tudo maior. Cheguei em minha casa e entrei. Mamãe e papai me esperavam.

– Aah filha! - Eles disseram em uníssono.

– Ai eu senti tanta saudade! - Eu disse soltando a Açúcar no chão. Ela se enroscou no meu pé com medo.

– Me conte tudo! - Meu pai disse animado enquanto o motorista tirava minhas malas do carro. Depois de contar tudo, subi para meu quarto e a AMélie, Delante, Filipe, Melaine, Mae, Cat, Jen, Jak, e Cassie estavam ali me esperando. Pularam quando eu entrei. Abracei todos. Eu fiquei super contente. Contei as novidades e eles ficaram alegres. Depois foram embora e só AMélie ficou. Tomei um banho e pus Suh em minha cama. Vesti um pijama confortavel.

– Sky, e o Ben? Você não falou nenhuma vez dele. - Ela diz e eu me sento. - Por que ele não veio com você?! Aconteceu alguma coisa?! - Ela diz e eu sorri com uma lagrima escapando.

– Bom, é uma longa historia. Mas resumindo ele voltou com a ex dele.

– A Melissa Nicola?!

–Como sabe?

– Dar eu sou Benner, sei tudo sobre ele. Mas eles terminaram tantas vezes.

– Eu sei mais ele ainda gosta dela.

– Quer dizer que eles estão juntos agora?!

– Não, eu deixei ele livre para decidir. E é logico que ele vai escolher a Nicola.

– Amiga por que fez isso?!

– Você não me entenderia. Como seria namorar o Luke se ele ainda gostasse da ex?

– Um inferno.

– Exatamente.

– Ele aceitou bem quando você disse que viria embora?

– Não. Ele chorou muito. Mas ele não virá atrás de mim. Tenho certeza. Amiga não é o fim. Tenho certeza que me apaixonarei novamente.

– Sim, você é guerreira.

– Já chorei o que tinha que chorar.

– Verdade. Mas será que ele vai ligar?!

– Não sei. Vamos dormir?

– Sim. Temos muitas coisas para amanhã. - Ela diz. Apago a luz. Sinto falta de quando ele dormia aqui comigo. O meu quarto ainda tem o cheiro dele.

Acordei e me espreguicei. Chequei o celular nenhuma mensagem. Nenhuma ligação. Sky se acostume. Ele não vai lugar! Tomei um banho e me vesti. Calça jeans e uma blusa manga comprida verde, all*star. AMélie estava se espreguiçando.

– Ah meu senhor! - Ela diz - Nananinanão! Não vai sair usando esse trapo velho não menina! Só me falta falar que vai fazer show de botina! - Ela diz indignada.

– Não enche Mélie. - Eu digo.

– Uma pinoia assada que não vou encher ande logo e trocando. Vou tomar banho e quando voltar quero ver você vestida! - Ela diz.

– Droga, parece minha mãe. - Eu digo. Abri o closet, e escolhi um vestido sem mangas de um tecido grosso rodadinho e sapatos altos. Hoje não ia à escola, só semana que vem. Hoje eu tinha que resolver muitas coisas. Comprar uma casa nova, por exemplo ou alugar. Soltei os cabelos, e passe um... Perfume. Passei o dedo por meu colar e sobre minha aliança. Não havia tirado ela. Mélie saiu e disse que agora sim eu estava decente. Depois que ela se vestiu, descemos e nos sentamos a mesa. Olhei o lugar vazio de Ben.

– Bom dia filha, bom dia AMélie. - Mamãe nos cumprimenta. Sorri deprimida.

– Mãe, hoje vamos escolher umas coisas novas okay? Pai? Pode ir com a gente? - Pergunto baixo.

– Não dá filha, hoje reunião importante, mas ficarei feliz com qualquer coisa que comprar. - Ele diz. Sorri. Olhei novamente o lugar vazio de Ben.

– Filha? Não vai comer seu iogurte de frutas vermelhas? - Mamãe pergunta.

– Não... Eu... - Digo sem jeito.

– E torradas? Ainda tem aquela geleia de ameixa que você tanto gosta na geladeira, aquela que o Ed... - Meu pai diz sem pensar.

– Merda. - Eu disse me levantando sentindo as lágrimas brotarem e indo em direção ao banheiro. Liguei o chuveiro e comecei a chorar, e a soluçar mais o barulho da água abafava meus soluços. Por que eu fiz isso? Por que o deixei lá? Sky era o melhor a se fazer, você não ia conseguir viver na incerteza, não ia conseguir viver com a duvida. Vai doer? Vai, mais vai ser o melhor para nós... Dois.

– Amiga, abre... Vamos conversar...

– Mélie, me deixe sozinha.

– Hey, você fez o certo. Aquela cretina ia ficar dando encima dele se acalme. Vai abre a porta pra sua amiga... - Ela disse.

– Não Mélie.

– Abre logo a porra dessa porta! - Ela gritou e eu sorri fraca. Abri a porta.

– Eu simplesmente não reconheço você meiga. - Disse baixo e ela riu e me abraçou.

– Agora você é uma estrela. Estrelas não choram. Garotas grandes não choram. Eu sei que você chorar alivia mais amiga se alivie escrevendo suas musicas. Não deixe o mundo ver sua dor. Qual seu medo?

– Ele não voltar.

– Amiga, ele não vai voltar.

– Eu sei. É isso que dói. - Escorreu uma lagrima - Mas era a felicidade dele. E a minha. Foi melhor assim. - Me desgrudei dela e caminhei pela sala.

– Filha me desculpe... - Meu pai diz se levantando preocupado e minha mãe também.

– Ta, tudo bem. Só uma crise nervosa. - Eu disse sorrindo - Obrigada gente. De verdade. Mas agora chega de tristeza vamos sorrir um pouco né?! - Eu digo voltando com a animação. Minha mãe me olhou apreensiva. Entramos no meu carro, pai foi para o serviço. Deixei a AMélie na escola e depois eu e minha mãe fomos escolher uma casa.